Começando pela embalagem do aparelho, temos o padrão Alcatel de ser, com uma caixa feita em materiais resistentes (mesmo que ainda seja de papelão) e acessórios bem organizados dentro dela graças às divisórias internas. O visual da caixa remete obviamente ao grande diferencial do A5 LED, sendo bastante colorida e despojada.
Ao abrirmos, temos além do smartphone duas capinhas. A primeira é a capa de LEDs, que é construída em um plástico mais espesso e resistente, enquanto a segunda é uma capa mais tradicional em um policarbonato mais maleável, contando com acabamento externo que imita aço escovado.
Sobre a capa de LEDs, vale destacar que por ela ser bem mais rígida é um tanto quanto trabalhoso removê-la do aparelho, podendo ser necessário até mesmo o uso de uma ferramenta para fazer papel de alavanca caso você não possua unhas grandes. Já com a capa simples isto não acontece, pois por ser mais maleável ela pode ser extraída sem o mínimo de esforço.
Seguindo para os demais acessórios, temos uma película protetora para a tela, que pode não ser de vidro mas já ajuda bastante, além dos tradicionais manuais e tantos outros papéis que a Alcatel adora incluir em suas embalagens, como certificado do Reclame Aqui e outras informações pertinentes (ou não).
Temos ainda um carregador de tomada com saída de apenas 5V-1A, que não se mostrou tão viável assim para lidar com a bateria de 2.800 mAh do A5 LED, cabo USB-microUSB para transferir dados e carregar o dispositivo, e fones de ouvido bem básicos, que não contam com uma ótima qualidade sonora e possuem apenas microfone embutido.
Passando para o polêmico design do A5 LED, temos um corpo construído com muitos elementos em metal, incluindo a parte que sela sua bateria, possibilitando acesso apenas aos dois slots para chips nanoSIM e para o slot de expansão de memória via microSD.
Em linhas gerais, o aparelho em si é até bastante elegante, principalmente olhando por sua parte frontal. Ele conta com quinas mais retas (mesmo que não completamente) e seu botão home com resposta tátil e leitor de impressões digitais ganha destaque por um pequeno aro prateado. Tanto no lado direito quanto no esquerdo da tecla home temos botões capacitivos retroiluminados, porém eles só aparecem quando acionados.
Já a parte traseira (e também as laterais) irão depender de qual capa você está utilizando já que a capa simples é mais discreta e simples, enquanto a de LEDs passa um ar mais diferenciado. Vale notar aqui que a espessura e o peso do dispositivo variam de acordo com a capa usada, já que a de LEDS é mais espessa e pesada que a simples.
Independentemente da capa que você usar, os botões de volume e energia ficam localizados na lateral direita (sendo o de energia texturizado para ajudar a reconhecê-lo), enquanto na parte inferior temos a porta microUSB e duas aparentes saídas de som, mas apenas a da esquerda funciona de fato, sendo a da direita puramente estética para alocar o microfone de chamadas de maneira mais elegante.
Por fim, na parte superior ficam a porta P2 para fones de ouvido e o microfone secundário para cancelamento de ruído, ficando a câmera principal alocada na parte superior-esquerda da traseira junto a um flash dual-LED em dois tons, e a câmera de selfies ao lado direito do alto-falante de chamadas, com seu flash LED à esquerda do mesmo, o alto-falante de chamadas e um pequeno LED branco para notificações.
Em termos de dimensões, temos 146 mm de altura por 72.1 mm de largura, sendo tanto a sua espessura quanto o seu peso variáveis de acordo com a capa que estiver utilizando.
Com relação à tela , foi utilizado um painel IPS LCD de 5,2 polegadas com resolução HD (720 x 1280 pixels), o que confere ao A5 LED a densidade aproximada de 282 ppi. Apesar de apresentar um brilho bacana para ambientes externos, o vidro que protege o display tem uma forte tendência a refletir o ambiente ao redor e a ficar cheio de marcas de dedo, o que dificulta um pouco seu uso sob luz solar mais intensa.
Em ambientes escuros a situação também não é das melhores, já que mesmo com o brilho mínimo ainda temos algo bastante claro, podendo incomodar usuários com uma visão mais sensível. Os níveis de saturação e contraste ao menos ficaram dentro do esperado, mesmo que ele acabe puxando um pouco para tons mais quentes.
Para quem quiser algo um pouco mais técnico, tivemos brilho máximo de 578 lux com uma imagem branca sendo exibida e brilho mínimo de 23 lux com a mesma imagem, o que demonstra o motivo do aparelho não se sair tão bem em ambientes noturnos.
Eis que chegamos então ao desempenho, sendo este um ponto meio polêmico em relação ao A5 LED. O dispositivo da Alcatel até possui especificações razoáveis para um nicho de entrada entre os intermediários, contando com um chipset Mediatek MT6753 com oito núcleos a até 1,5 GHz, GPU Mali-T720 MP3, 2 GB de RAM e 16 GB de espaço para o armazenamento interno, que como dito antes pode ser expandido via cartão microSD.
Em nosso teste prático , entretanto, o aparelho da Alcatel precisou de 1 minuto e 44 segundos para finalizar a primeira volta, o que por si só não seria um tempo tão ruim para o nicho intermediário ao qual ele se propõe, não fossem os outros 1 minuto e 34 segundos exigidos na segunda volta, fazendo com que ele precisasse de longos 3 minutos e 18 segundos para concluir o nosso teste.
Nos testes teóricos de benchmark, tivemos:
Passando então para algo mais prático, temos a medição de desempenho em jogos, onde usamos o GameBench para ver a taxa média de quadros por segundo alcançada pelo A5 LED. No Asphalt 8, o dispositivo se saiu relativamente bem, apresentando uma média de 26 fps ainda que em alguns momentos fosse notável uma queda na fluidez, o que demonstra que pode ser melhor reduzir um pouco a qualidade gráfica em prol de um desempenho mais bacana, já que o jogo foi executado com suas configurações máximas.
No Modern Combat 5 a situação não é muito diferente, sendo encontrados exatamente os mesmos 26 fps com algumas quedas pontuais em cenas mais dinâmicas, seja por causa da correria ou pela presença de muitas partículas. Assim como no caso do Asphalt 8, o Modern Combat 5 foi executado no máximo, sendo possível reduzir seus detalhes gráficos para conseguir algo um pouco mais fluido.
Fechamos nossa lista de jogos com o Subway Surfers, que figura como nosso representante dos títulos mais básicos e casuais. Por aqui, tivemos a média de 56 fps, que pode não ser a mais fluida possível mas já deve satisfazer a maioria, ainda que seja possível notar uma ou outra queda no framerate em determinados momentos
Por fim, temos o software, sendo visto aqui o Android 6.0.1 Marshmallow com algumas customizações importantes por parte da Alcatel. Ainda que a cara do sistema seja bem próxima do que temos na versão pura, temos ícones bastante coloridos e algumas otimizações para reprodução de músicas, além é claro do app específico para configurar a capa traseira de LEDs, incluindo vários padrões de cores e ritmos que podem ser usados e a opção de alternar entre eles apenas chacoalhando o aparelho.
A qualidade sonora do alto-falante do aparelho não é tão boa quanto a do Idol 4, porém entrega algo razoável e um volume bacana, criando um conjunto no mínimo exótico quando ouvimos música e a capa começa a se agitar no ritmo do que estiver tocando. Vale notar que a capa funciona até mesmo para vídeos e outros tipos de mídia, o que pode ser desativado caso você não queira tudo brilhando loucamente enquanto assiste um vídeo qualquer no YouTube.
Nas câmeras, temos um aplicativo similar ao que foi usado em outros modelos com o Android Marshmallow, incluindo alternância entre os modos de captura arrastando para cima ou para baixo quando em orientação paisagem, HDR e filtros para tornar as fotos mais divertidas.
Com relação à qualidade das imagens capturadas , tivemos algo até razoável em ambientes externos e internos com boa iluminação, porém fotos noturnas vão demandar um pouco mais de paciência e uma mão firme, e seu flash tende a saturar bastante as imagens caso este relativamente próximo do objeto a ser fotografado. Outro ponto negativo é a gravação de vídeos com formato de saída em 3gp, que entrega uma compressão de qualidade bem inferior ao que temos no MP4, AVI ou MOV.
Sobre a câmera frontal, temos também alguns filtros e modos de captura, além do já mencionado LED para flash que teoricamente auxilia em ambientes noturnos. Como vimos em nossos testes, contudo, as coisas não são tão simples assim, já que um único LED branco faz com que você fique com cores bastante distorcidas em ambientes muito escuros
Chegamos então à bateria do A5 LED. Com o lento carregador de 1A de saída entregue pela Alcatel com o aparelho você conseguirá algo próximo dos 43% de carga após uma hora conectado à tomada, precisado de cerca de 2 horas e 40 para encher completamente os 2.800 mAh.
Com relação ao consumo, tivemos 8 horas e 34 minutos de reprodução de vídeos offline, 5 horas e 42 minutos de gravação de vídeos em Full HD, 3 horas e 23 minutos de chamadas de vídeo pelo Skype, usando rede Wi-Fi, 12 horas de chamadas de voz pelas redes móveis, e, por fim, nada menos que 26 horas e 43 minutos de reprodução de música offline, demonstrando que a capa traseira em LEDs não consome tanto assim.
Em nosso teste de uso real , o aparelho durou cerca de 10 horas e 40 minutos ou 7 ciclos, o que significa que para usuários mais intensos ele pode não ser o mais indicado. Confira abaixo um resumo dos resultados obtidos:
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