Depois de analisarmos o iPhone 11 e 11 Pro , chegou a vez de conferir o que o Pro Max tem a oferecer. Ano passado o XS Max não chegou a superar os seus irmãos menores, entregando desempenho e bateria inferiores. Será que a Apple acertou na receita desta vez e o modelo mais caro agora é o melhor da linha? É isso que você confere nesta análise completa do TudoCelular.
Apple não apenas vem reciclando o design desde o iPhone X, mas todos os acessórios que acompanham os novos aparelhos são os mesmos de antes.
A única exceção fica para o carregador. Apple finalmente criou vergonha na cara e não manda mais aquele carregador fraco de 5W. Agora temos o modelo de 18W que era vendido separado. Isso vai ajudar a reduzir drasticamente o tempo de recarga que antes passava das inaceitáveis 3 horas.
Conteúdo da embalagem:
Se você conferiu a nossa análise do iPhone 11 Pro, então não há novidades com relação ao design deste aqui. O Pro Max é exatamente igual ao seu irmão menor, tendo como diferencial apenas a altura e largura para abrigar uma tela maior.
Comparado ao XS Max também não há grandes mudanças. A frontal segue igual com o grande entalhe no topo. O 11 Pro Max está ligeiramente maior e mais pesado, devido à adoção de um novo vidro reforçado que a Apple alega ser o mais resistente do mercado.
O acabamento traseiro agora é em vidro fosco. Ele reduz as marcas de dedos e torna o aparelho menos escorregadio. As câmeras estão organizadas em um quadrado elevado e são maiores do que antes. Elas chamam a atenção, especialmente nas cores mais claras do Pro Max, e isso não agradou muita gente.
Apesar de continuar com a mesma certificação IP68 de antes, Apple alega que o novo iPhone é capaz de sobreviver por até 4 metros abaixo d’água, desde que não passe mais de 30 minutos submerso. Você teria coragem de molhar um celular caro como esse? É bom lembrar que a garantia é bem limitada para danos causados por líquidos.
Sua tela continua com as mesmas 6,5 polegadas de antes e a resolução também não mudou. Ele vem com um novo painel OLED que a Apple chama de Super Retina XDR. É apenas um nome elegante para dizer que o novo iPhone reproduz HDR estendido e entrega brilho e qualidade de cores superiores aos demais do mercado.
Não demorou muito para o 11 Pro Max ser eleito como o celular com a melhor tela do mercado. Ela é isso tudo mesmo? Bom, o que podemos dizer é que seu brilho é realmente muito alto, superando demais que testamos. A reprodução de cores é excelente e o contraste alto ajuda a enxergar bem o conteúdo sob o sol.
Para ficar perfeito só faltou a tela ter mais de 60 Hz, como vimos em recentes modelos Android. Isso casaria perfeitamente com as animações suaves do iOS e entregaria uma experiência ainda melhor. Quem sabe no iPhone 12?
Outro ponto que o novo iPhone surpreende é na parte sonora. Seus alto-falantes são potentes e entregam som mais balanceado que rivais que testamos. Também se percebe uma maior presença dos graves, algo que muito celular peca. E para completar, o 11 Pro Max ainda tem suporte a áudio espacial, dando uma maior imersão que o efeito estéreo comum.
O fone de ouvido que vem junto é o mesmo de sempre. Se você não curte terá que investir em algum fone sem fio ou comprar o adaptador para P2. A qualidade sonora usando fones é muito boa, mas a potência não é tão alta. As linhas S10 e Note 10 da Samsung são melhores.
O hardware é o mesmo dos modelos mais baratos. Temos o poderoso chip A13 Bionic aliado a 4 GB de RAM. O iPhone 11 Pro Max conseguiu ser ainda mais rápido que seus irmãos, sendo o celular mais veloz que testamos. Ele realmente abre tudo rápido e consegue manter diversos apps na memória. Alguns usuários, no entanto, podem sentir falta de ter mais RAM.
Em benchmarks ele também atropela a concorrência. Foram mais de 450 mil pontos no AnTuTu e no GeekBench os rivais com Android não chegam nem perto. Isso mostra o quanto o processador da Apple está à frente da concorrência. E talvez demore para vermos algum Android superar esses números.
O iPhone 11 Pro Max também é excelente para jogos. Tudo roda suave nele e alguns títulos temos uma taxa de quadros mais alta que em rivais com Android. Faz questão de jogar a 60 fps? Aqui você terá isso nos games de corrida da Gameloft, PUBG, Fortnite, Call of Duty e muitos outros. Com este hardware e uma tela de 120 Hz, ele teria tudo para ser o melhor celular gamer do mercado.
O conjunto de câmeras é o mesmo do 11 Pro. E como esperado a qualidade é idêntica. Comparado aos modelos do ano passado tivemos um belo salto em qualidade, fazendo com que a Apple agora consiga competir com o Google e superar Samsung.
Fotos tiradas de dia apresentam alta riqueza de detalhes, cores bem representadas e bom balanço de branco. Você não terá tons exagerados como na linha Galaxy, o que é bom para quem curte jogar algum filtro por cima na hora de postar no Instagram.
Apple vem testando um recurso chamado de Deep Fusion, que usa inteligência artificial para combinar várias fotos e gerar a melhor imagem. Testamos a novidade e notamos que a câmera realmente fica ainda melhor. O 11 Pro Max conseguiu pegar mais detalhes da pele, deixando os defeitos mais evidentes.
Normal (esquerda) - Deep Fusion (direita)
O recurso ainda está em estágio beta e nem sempre apresenta uma diferença significativa. Talvez melhore com o lançamento oficial do iOS 13.2. Então podemos esperar que a câmera dos novos iPhones fique ainda melhor nos próximos meses.
O destaque da vez está na lente ultra-wide presente em uma infinidade de Androids e que finalmente chega ao iPhone. Com esta câmera você consegue enquadrar muito mais do cenário e sem perder muita qualidade. O campo de visão é um pouco mais limitado que o da lente ultra-wide nos flagships da Samsung.
Por mais que seja algo bem-vindo, Apple ainda precisa melhorar. Samsung domina melhor as lentes ultra-wide e temos fotos com menos ruídos e melhor equilíbrio de cores na linha Galaxy.
iPhone 11 Pro Max vs Galaxy Note 10 Plus
Porém, algo que a sul-coreana precisa aprender com Apple é a implementar um modo noturno decente. O iPhone 11 Pro Max registra fotos mais claras e sem sacrificar os detalhes distantes. Comparado ao XS a diferença é ainda maior, e consegue até superar a linha Pixel. E o melhor de tudo é que pode ser usado com a lente zoom, mas, infelizmente, não está disponível na ultra-wide.
A teleobjetiva permite aproximar em 2 vezes sem apelar para o zoom digital, como já tínhamos no XS. A perda de qualidade está menor e temos macros melhores que nos rivais.
A frontal evoluiu e registra selfies ainda mais ricas em detalhes. O lado ruim é que registrará todas as imperfeições da sua pele. A lente mais ampla agora permite tirar selfies com mais gente sem precisar mais se esticar todo ou usar um pau de selfie.
Selfie e retrato: iPhone 11 Pro Max vs iPhone XS Max
O modo retrato não evoluiu como esperado e temos a mesma qualidade de efeito de antes. Há pequenas falhas, mas isso também acontece com seus rivais. Porém o grande destaque da câmera frontal fica para a possibilidade de gravar vídeos 4K a 60 fps, além de permitir vídeos em câmera lenta a 120 fps na resolução Full HD. Uma novidade que a Apple apelidou de slofies.
O iPhone 11 Pro Max também filma em 4K a 60 fps com a câmera traseira e tem estabilização dupla. O resultado é ótimo e a captura de áudio espacial tira proveito dos alto-falantes do aparelho. A ultra-wide tem estabilização mais limitada e peca por falta de foco automático.
Tudo bem, você já entendeu que o novo iPhone é muito rápido. Mas e a bateria? Este sempre foi o calcanhar de Aquiles dos smartphones da Maçã. E aqui vai a melhor notícia: Apple finalmente acertou a mão e 11 Pro Max entrega a melhor autonomia de bateria entre todos os flagships que testamos.
Sua bateria dura mais de 24 horas, isso se você usar direto com direito a jogos e vídeos. Em uso normal terá carga para dois dias tranquilamente. Isso mostra que a otimização do iOS supera rivais Android com bateria maior.
Outro ponto que Apple sempre decepcionou foi no tempo de recarga. Agora temos um carregador mais potente incluso na caixa, mas ainda demora um pouco para ter o 11 Pro Max totalmente recarregado. Enquanto alguns modelos com bateria maior demoram 1h ou menos, aqui você terá que esperar o dobro do tempo.
Se você quiser é possível fazer a bateria do 11 Pro Max render ainda mais. Para isso, basta ativar o novo tema escuro que estreou com o iOS 13. Ele desligará os pixels da tela ao exibir a cor preta, o que ajuda a economizar energia.
Não apenas a interface fica escurecida, mas os apps nativos também possuem suporte ao novo tema. Aplicativos de terceiros como Instagram, Word e vários outros da Microsoft também tiram proveito da novidade para ajudar a economizar bateria e causa menor desconforto visual ao usar o iPhone no escuro.
Apple alega que o Face ID está mais ágil nos novos iPhones. A câmera frontal tem lente mais ampla, o que permite reconhecer o usuário de ângulos diferentes. Já o 3D Touch foi removido sendo substituído pelo Haptic Touch. Ao tocar e segurar na tela ou tocar com mais força você sentirá uma vibração similar ao que tínhamos no 3D Touch do modelo anterior.
O iPhone 11 Pro Max realmente é um excelente smartphone, mas vale pagar 7.600 reais por ele? É, o preço é muito salgado e supera qualquer Android à venda no Brasil.
O Galaxy Note 10 Plus custa 2 mil reais a menos e você terá um celular um pouco mais lento com bateria inferior. O modelo da Samsung tem câmera ligeiramente inferior, perdendo mais com o modo noturno, mas pela diferença no preço vale economizar e ir nele.
O top de linha Android com a melhor bateria é o P30 Pro que custa 3 mil reais a menos que o iPhone. Ele tem desempenho muito bom e traz com diferencial zoom de longo alcance. Se você curte tirar fotos da lua ou de objetos distantes, ele seria uma melhor escolha.
Se você quer o celular Android que chega mais perto do desempenho do iPhone 11 Pro Max, então a escolha seria o OnePlus 7 Pro que custa metade. A maior diferença fica para a câmera que entrega fotos muito inferiores.
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