A p p l e i P h o n e 8

Começando pela embalagem, temos exatamente a mesma caixa usada pela Apple há alguns bons anos, com a imagem do aparelho na parte frontal, o nome "iPhone" em ambas as laterais e algumas informações importantes na parte de trás, como o modelo adquirido e o que vem na caixa, por exemplo.

Abrindo, temos primeiro o papel com a inscrição "Desenhado pela Apple na Califórnia", ficando dentro do envelope os tradicionais manuais e a ferramenta para abrir a gaveta do chip nano-SIM. Logo abaixo fica o iPhone 8 em si, sendo este modelo nosso em cinza espacial, mas ele podendo ser adquirido também em dourado ou prateado, com estes dois tendo a parte frontal branca.

Deixando o aparelho de lado, abaixo dele ficam os demais acessórios, incluindo:

E é isso, chega de falar da caixa.

Passando para o iPhone 8 em si, temos uma cara praticamente idêntica ao que vimos no iPhone 7, ou no iPhone 6s, ou no iPhone 6, porém isto muda ao olharmos o aparelho pela parte de trás, já que o corpo em peça única de metal deu lugar para um acabamento em vidro na parte traseira, demonstrando que a Apple resolveu dar o braço a torcer e voltar com este tipo de conjunto que não era visto desde o iPhone 4s.

Isto fez com que o dispositivo ganhasse uma vida nova em termos de design, porém também aumentou consideravelmente a preocupação em quedas, para não falar que o vidro adora marcas de dedo. O ponto positivo é que finalmente temos a chegada do carregamento wireless, sendo possível usar seu carregador Qi tradicional sem problemas com o novo iPhone. Isso aí, Apple, bem-vinda a 2012.

Continuando, na lateral direita do aparelho temos o botão de energia e a gaveta onde pode ser colocado apenas um chip nano-SIM - como sempre, nada de expansão via microSD ou um segundo slot para quem precisa de mais um número. Na lateral esquerda você tem a chave para ativar o modo silencioso e os botões de volume, ficando na parte de baixo a porta Lightning, a saída de som ao lado direito e o microfone de chamadas escondido na grade ao lado esquerdo. Por fim, na parte de cima, não temos nada.

Na traseira do iPhone 8 vemos sua câmera posicionada exatamente no mesmo lugar dos antecessores, com um microfone e o conjunto de LEDs logo ao lado e o famoso símbolo da maçã mordida mais abaixo. Por fim, olhando de frente, temos na enorme borda superior da tela a câmera de selfies, um segundo alto-falante para chamadas e som estéreo em multimídia, e os sensores que felizmente ficam ocultos na versão cinza-espacial. Já na grande borda inferior fica apenas o sensor Touch ID com reconhecimento de impressões digitais e feedback tátil.

O leitor funcionou como se espera na esmagadora maioria das vezes, sendo bem rápido e permitindo a configuração de vários dedos para que você possa se precaver para os mais diversos cenários.

O iPhone 8 tem basicamente o mesmo tamanho de seu antecessor, com 138,4 mm de altura por 67,3 mm de largura e 7,3 mm de espessura, porém é ligeiramente mais pesado, com 148 gramas. Com tudo isso, temos um aparelho até confortável de ser utilizado, principalmente por quem tem mãos pequenas, mas certamente é bom correr atrás de uma capinha para evitar que a parte traseira fique completamente estilhaçada na primeira queda acidental.

Assim como o iPhone 7, temos certificação IP67 contra danos por água e poeira, então mergulhar seu iPhone 8 em até 1 metro de água doce por 30 minutos não será problema, quem dirá tomar uma chuva mais forte no caminho de casa.

Falando sobre a tela, temos o mesmo painel IPS LCD de 4,7 polegadas com resolução HD e proporção ligeiramente diferente do padrão, com 750 x 1334 pixels, o que dá o número mágico da Apple de 326 ppi.

Em nossos testes , vimos que o iPhone 8 é certamente um ótimo aparelho em termos de exibição de conteúdo, podendo ser visualizado sem problemas sob forte luz solar e também em ambientes internos, seja com iluminação artificial ou não.

O único porém aqui fica para a falta de uma customização mais profunda nas cores exibidas, sendo possível apenas usar os filtros voltados para deficientes visuais que se encontram nas configurações de acessibilidade, mas nada voltado especificamente para consumo de conteúdo.

Para quem curte números, tivemos um brilho máximo de 652 lux com uma imagem branca sendo exibida, e brilho mínimo de 3 lux com a mesma imagem. Já com uma imagem preta o brilho máximo foi de 2 lux, e o mínimo de 0.

Com relação ao desempenho, temos o novo chipset A11 Bionic com seis núcleos, sendo dois de alta potência com clock em 2.74 GHz e quatro mais simples para poupar energia, com clock em 2.39 GHz. A GPU foi projetada pela própria Apple em parceria com a Imagination, não tendo um nome comercial nem muitas de suas informações divulgadas. Ele tem ainda 2 GB de RAM e opções com 64 ou 256 GB de armazenamento interno, sem expansão via microSD.

No teste prático de velocidade , vimos que o iPhone 8 continua bem rápido, mas todo aquele abismo visto em anos anteriores para modelos Android não existe mais, sendo ele inclusive ultrapassado por vários aparelhos com o robozinho verde. Na primeira volta, ele precisou de quase 54 segundos para abrir os 12 apps e retornar ao cronômetro, levando outros 19 segundos para abri-los novamente, e totalizando assim 1 minuto e 12 segundos.

Em termos de números de benchmark, tivemos:

Com relação ao software, temos o novo iOS 11 rodando de fábrica, que não traz lá muitas novidades em relação ao iOS 10. Aqui é vista apenas uma central de controle com design reformulado, alguns papéis de parede novos e o suporte nativo ao ARkit, que entrega realidade aumentada sem precisar de toda aquela parafernalha vista no projeto Tango da Google.

Infelizmente, as opções atualmente ainda são extremamente limitadas, sendo encontrados apenas alguns jogos bobos e ferramentas de medição, algo que deve mudar com o passar do tempo.

Enfim, é o iOS que você já conhece, oferecendo todo o completo ecossistema da Apple com apps e jogos muito otimizados, principalmente em termos de aplicações gráficas.

Nos jogos, o iPhone 8 se portou como o esperado, conseguindo cravar a taxa máxima ou ao menos algo bem próximo disso em todos os títulos testados. Com isso, tivemos 59 fps no Modern Combat 5, Subway Surfers e Clash Royale, 56 fps no Injustice 2, 30 fps no Asphalt 8 e 29 fps no Asphalt Xtreme.

Com todos estes testes, podemos dizer que desempenho não será problema para você em um futuro breve, com o iPhone 8 ainda devendo ser mais otimizado nas próximas atualizações do iOS 11 e ficando ainda melhor até o final deste ano, devendo "aguentar o tranco" ainda por um bom tempo sem apresentar problemas de performance.

Falando sobre as câmeras, na parte traseira temos um sensor de 12 megapixels com abertura f/1.8 e estabilização óptica de imagens, enquanto na parte frontal temos uma câmera de 7 megapixels com abertura f/2.2.

O software de câmera é exatamente o mesmo que vimos no iPhone 7, não recebendo nenhuma novidade marcante com a chegada do iOS 11 além de um ou outro refinamento visual. Por isso, continua sendo possível acessar os modos de uso de maneira muito prática, com o software decidindo praticamente tudo por você na hora da captura.

Isto deve agradar aos usuários convencionais que querem apenas apontar e tirar a melhor foto possível sem qualquer configuração prévia, mas nem tanto assim aos entusiastas da fotografia, já que nenhum ajuste manual mais fino é permitido.

O iPhone 8 foca de maneira rápida e faz os registros de forma quase que instantânea, mas é preciso ficar esperto ao gravar vídeos em 4K, seja a 30 ou 60 fps, pois o aparelho esquenta um bocado após pouco tempo de gravação, mesmo em locais internos com temperatura ambiente mais amena.

Falando sobre as imagens capturadas, tivemos um desempenho praticamente impecável na maioria dos cenários, com o iPhone 8 vencendo nosso comparativo com votação popular contra Pixel 2 e outros flagships. Ele demonstrou um ótimo HDR, foco preciso e nível rico de detalhes, tendendo a saturar mais as cores e puxar um pouco para tons mais quentes do que tínhamos em modelos anteriores da Apple, o que aparentemente agradou à grande maioria.

O mesmo é visto em cenas noturnas, onde não temos muito ruído e a estabilização dá conta do recado sem problemas, garantindo que suas fotos saiam sem tremidos indesejados na maioria das vezes.

Nas selfies, tivemos também resultados interessantes, sendo entregue um ótimo nível de detalhes sem todo aquele embelezamento artificial visto na grande maioria das companhias Android. O HDR não é dos melhores e se você estiver com muita luz no fundo provavelmente ele ficará estourado, além de ser entregue um campo de visão bem mais limitado do que em aparelhos rivais. Para as selfies noturnas, ao menos temos o flash na tela que ajuda a tornar as capturas mais bacanas.

Falar de bateria em iPhone 8 é sempre um ponto delicado, já que salvo raríssimas exceções temos sempre modelos com autonomia de mediana para fraca, isto sendo bonzinho.

Por aqui a situação não é diferente, já que além de demorar uma eternidade para encher a bateria de apenas 1.821 mAh com o carregador padrão o aparelho ainda não se saiu nada bem em nossos testes de consumo, demonstrando que muito provavelmente você precisará correr até uma tomada ainda no final da tarde, e ficar um bom tempo pregado nela esperando a bateria recarregar.

Em números, conseguimos 8 horas e 42 minutos de reprodução de vídeos, 3 horas e 51 minutos de gravação de vídeos, 6 horas e 36 minutos de chamadas de vídeo pelo Skype, usando rede Wi-Fi, 14 horas e 48 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis, e 4 horas e 36 minutos de execução de jogos.

No teste prático , o iPhone 8 levou 11 horas e 31 minutos para atingir um nível crítico, conseguindo executar apenas 7 ciclos de nosso teste. Eis um resumo dos resultados alcançados:

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