Com o iPhone XS Max temos praticamente tudo o que já vinha na geração passada com o iPhone X, exceto o adaptador para fones de ouvido de P2 para Lightning. Pois é, agora você terá que comprar o acessório se não quiser usar o fone que vem junto com o iPhone.
Na embalagem encontramos o mesmo carregador de sempre (cada vez mais fraco para lidar com baterias cada vez maiores), cabo com conexão USB-A de um lado e Lightning do outro, o fone já conhecido da Apple, manuais, chavinha para abrir a gaveta do cartão SIM e os adesivos da Maçã.
Como esperado de um iPhone de geração S, o Max herda o design do seu antecessor, trazendo como novidade o corpo avantajado que abriga uma gigante tela de 6,5 polegadas.
O aparelho continua com corpo de metal e traseira de vidro. O acabamento segue usando materiais de ótima qualidade, mas o usuário precisa lidar com um celular que pesa mais de 200 gramas.
Vale destacar que o iPhone XS tem maior proteção contra líquidos do que a geração anterior, passando agora a adotar o IP68 ao invés do IP67. A Apple promete que ele resiste não apenas a água doce, mas também salgada e até com cloro, mas é sempre bom lembrar que a garantia não cobre danos causados por líquidos, então é bom evitar usar o iPhone na piscina e, principalmente, na praia.
E assim como o iPhone X, o XS Max não oferece leitor biométrico tradicional, trazendo um Face ID aprimorado como única solução de biometria. Apple promete maior segurança, ao mesmo tempo que a tecnologia reconhece o usuário mais rapidamente.
Se achou o iPhone X pequeno, o Max agradará quem busca um celular com tela grande. Mas para quem não curtiu o entalhe no topo da tela ou design do novo DNA da Maçã, não se sentirá atraído por este modelo.
Ah, se você for do tipo perfeccionista pode acabar se incomodando um pouco, pois as grades inferiores (uma para o alto-falante e outra para o microfone) não são mais simétricas, ou seja, temos mais furos ao lado direito do conector Lightning que ao seu lado esquerdo.
Assim como o iPhone X, o XS Max traz painel com tecnologia OLED. Além do tamanho maior, a tela conta com maior quantidade de pixels, para garantir a mesma alta definição dos modelos menores.
Ao trocar o LCD pelo OLED, Apple garante cores mais vivas e menor consumo de bateria. O aparelho também permite visualizar o conteúdo de forma mais confortável ao ser usado em ambiente externo , graças ao alto nível de brilho e contraste da tela.
Como esperado, o iPhone XS Max oferece som estéreo ao usar o alto-falante de chamadas como canal secundário. O áudio está mais potente do que o do iPhone X, entregando uma experiência multimídia ainda melhor.
O ponto negativo vai para a ausência de entrada padrão para fones de ouvido, que ficou ainda pior nesta geração por não vir mais o adaptador junto com o aparelho. O fone que a Apple oferece não é dos mais confortáveis e a qualidade sonora é apenas OK.
Em seu interior temos o poderoso chipset A12 Bionic, com a promessa de alto desempenho e baixo consumo. iPhone sempre esteve entre os mais rápidos e o XS Max não é diferente.
Em nosso teste de velocidade, ele superou o iPhone X, mas apenas por 1 segundo, ficando empatado com o OnePlus 5T. É inegável que o XS Max é um celular muito rápido, mas pelo preço que a Apple pede nele, ele tinha a obrigação de superar qualquer outro do mercado.
Em benchmarks, por outro lado , o XS Max superou qualquer outro que já passou pelo TudoCelular. Para quem curte ostentar pontuações altas, este é o celular ideal para você.
Em jogos o aparelho também manda muito bem. Não foi possível medir o fps nos jogos devido a uma incompatibilidade do Gamebench com o iOS 12, mas o que vimos é que o iPhone entrega a melhor fluidez possível em todos os jogos.
Outro ponto que também empolga no iPhone XS Max é a sua câmera. Na traseira temos dois sensores que receberam melhorias comparado ao iPhone X. O resultado é que temos fotos com maior nível de detalhes e melhor equilíbrio de cores mesmo em relação à câmera do badalado Galaxy S9 e aos flagships da LG.
Porém nem sempre o iPhone supera seus rivais. Em ambiente interno ele briga de igual com os modelos da Samsung, mas em cenários com pouca luz, o Galaxy S9 ainda leva a melhor, devido à maior abertura focal do modelo sul-coreano.
Vale destacar que o modo retrato funciona muito bem, principalmente com pessoas (sejam elas reais ou não), garantindo um desfoque natural do plano de fundo e permitindo efeitos bacanas para deixar as fotos ainda melhores.
Para selfies, iPhone continua mandando bem. O iPhone XS Max entregou ótimos resultados, mas ainda continua com a mania de aplicar um efeito de bronzeamento, o que resulta em fotos bonitas, mas um pouco artificiais. O modo retrato também entrega bons resultados, assim como na câmera traseira, mas o campo de visão poderia ser maior.
Na parte da filmadora continuamos com a possibilidade de gravar em 4K a 60 fps com a câmera traseira, o que muda nesta geração é que agora também é possível gravar com esta fluidez com a câmera frontal, mas ficando limitado à resolução Full HD. Outra novidade é que o iPhone finalmente captura áudio estéreo, enquanto as gerações anteriores ficavam limitadas ao mono, o que era inaceitável para um aparelho caro. A qualidade é boa e não deixa a desejar para os seus rivais.
Apesar de vir com a maior bateria que a Apple já incluiu num celular, o iPhone XS Max acabou decepcionando em autonomia .
Ele passou menos tempo longe da tomada do que os modelos do ano passado. Se você carregar o iPhone XS Max no início da manhã ele morrerá no comecinho da noite. Em uso mais pesado ele te deixará na mão no meio da tarde.
Como se isso não bastasse, o aparelho ainda passa muito tempo na tomada para ter sua bateria recarregada, levando 3 horas e meia. O carregador que vem junto é fraco e não traz suporte a carregamento acelerado. Com 30 minutos de carga, você recupera apenas 17% de bateria, o que é suficiente para poucas horas de uso.
Vale lembrar, porém, que o próprio iOS 12 ainda não está "redondo" no que diz respeito ao consumo de energia, fazendo com que a autonomia de vários modelos tenha caído bastante após a atualização. Se isso é por causa das novas funções ou apenas falta de otimização, somente os próximos updates poderão dizer.
O XS Max foi lançado com iOS 12, mas já conta com atualização para a versão 12.1, que trouxe melhorias para o desempenho e autonomia de bateria, além de amenizar bastante o "embelezamento" da câmera frontal.
No geral, você tem os mesmos recursos que encontra no iPhone X, como a navegação por gestos e a interface adaptada para a ausência de botão home, que tínhamos nos iPhones antigos.
O sistema flui bem como é esperado de um iPhone. Mas para quem já possui algum celular da Maçã com o iOS 12 instalado (em especial o iPhone X), não verá novidades por aqui.
O iPhone XS também é Max no preço. Ele chegou ao mercado nacional com o maior valor cobrado por um smartphone. Custando absurdos R$ 8 mil para a versão mais básica com 64 GB de armazenamento e até R$ 10 mil pela versão com 512 GB de espaço para seus dados, era esperado que o modelo da Maçã superasse em tudo os seus rivais.
Temos o mesmo acabamento e design encontrados no iPhone X, mas agora em um tamanho maior, assim como o software da empresa que pode ser visto em vários outros modelos. O que muda é que você tem uma tela gigante com sistema de áudio um pouco melhor e câmera aprimorada.
O desempenho até empolga, mas deveria ser melhor. A bateria então nem se fala, deixando em muito a desejar pelo que a Apple cobra pelo aparelho, sem esquecer é claro do conjunto de acessórios muito aquém do desejado para um smartphone "de luxo", principalmente no que diz respeito ao carregador e à falta de um adaptador de P2 para Lightning, algo presente em versões anteriores.
Realmente, é difícil recomendar um celular tão caro. É inegável que o iPhone XS Max tem seus pontos positivos, mas nada justifica investir R$ 8 mil nele, quem dirá os R$ 10 mil da versão mais completa. Há diversas opções no mercado com melhor custo-benefício.
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