O Zenfone 2 Laser é mais uma variante do Zenfone 2 lançada em 2016, tendo como foco a tecnologia de infravermelho que agiliza o foco automático da câmera do aparelho. Lançado inicialmente nas opções de 5 e 5,5 polegadas, Asus trouxe mais uma versão de 6 polegadas com hardware mais potente.
Vamos focar aqui no modelo mais simples da variante de 5,5 polegadas, que traz hardware de 2014 e sistema Android de 2015. Apesar de ser um aparelho de baixo custo, o Zenfone 2 Laser oferece boa qualidade de construção, mesmo com seu corpo em plástico. A embalagem é diferenciada e traz o essencial para aproveitar bem o aparelho.
Além do Zenfone 2 Laser, você leva um carregador de parede convencional com 1A de saída, cabo USB com 60 cm de comprimento, fone de ouvido com ponteiras em três tamanhos diferentes, manual de instruções e guia de garantia.
O Zenfone 2 Laser com tela de 5,5 polegadas apresenta 152,5 mm de altura, 77,2 mm de largura e 10,8 mm de espessura com 170 gramas. O seu design lembra bastante o Zenfone 2, compartilhando o mesmo tipo de acabamento. Por ser um smartphone básico, não espere nada sofisticado.
Fugindo um pouco do tradicional, o Zenfone 2 Laser traz o botão de ligar e desligar no topo do aparelho, o que dificulta o acesso com apenas uma mão. A boa notícia é que o software da Asus tem suporte a gestos, permite ligar e desligar a tela com dois toques.
Os botões de volume também fogem das laterais do aparelho e ficam localizados na parte traseira abaixo da câmera. Esta mudança é interessante, já que fica de fácil alcance para o dedo indicador do usuário – layout visto em smartphones de outras empresas.
Na parte superior temos a entrada para fones de ouvido e um microfone para cancelamento de ruídos, enquanto na parte inferior há a entrada micro USB. O alto-falante do aparelho está disposto na traseira indo de uma ponta a outra. Por fim, ao remover a tampa do aparelho temos acesso à bateria, assim como os slots para cartão SIM e microSD.
O modelo analisado conta com tela de 5,5 polegadas com resolução HD e painel IPS LCD. O Zenfone 2 Laser oferece boa qualidade de imagem, em termos de contraste e reprodução de cores. Para quem prefere tonalidades mais vivas na tela do aparelho é possível escolher o perfil de saturação ‘Vívido’. Também é possível montar o próprio perfil escolhendo a matiz de cores e saturação.
Apesar de ser básico, o Zenfone 2 Laser vem com proteção Gorilla Glass 4, o que garante boa proteção contra riscos e quedas. Claro que isso não garante que seu smartphone nunca irá quebrar, mas o uso de película acaba não sendo tão obrigatório aqui quanto em smartphones chineses que não vêm com Gorilla Glass.
Assim como a grande maioria dos smartphones do mercado, o Zenfone 2 Laser conta com apenas um único alto-falante, o que limita a reprodução de áudio para um canal mono. Além disso, por ficar localizado na traseira, ele acaba reduzindo a imersão que você teria em filmes e jogos. De qualquer forma, é um alto-falante potente e que oferece som com qualidade razoável.
O Zenfone 2 Laser vem com hardware bastante antigo, mas ainda presente em modelos básicos recentes do mercado, o chipset Snapdragon 410. Aqui temos um processador com quatro núcleos que trabalham na velocidade máxima de 1,2 GHz. O modelo Laser do Zenfone 2 é vendido em diversas versões, onde analisamos a mais básica com 1 GB de RAM e 8 GB de armazenamento.
Fica claro que 1 GB de RAM é muito pouco para fazer a ZenUI rodar sem engasgos. O pior disso é que praticamente todos os apps nativos e até aqueles baixados da Play Store travam com frequência, o que deixa claro que investir no modelo mais caro com pelo menos 2 GB de RAM é o ideal.
Em benchmarks temos os seguintes resultados:
Em benchmarks temos os seguintes resultados:
Em uma abordagem mais prática, abrimos 12 aplicativos em seguida, sendo o primeiro deles o de relógio para iniciarmos o cronômetro. A ordem de abertura dos aplicativos é a seguinte: Câmera, Galeria e Configurações, apps nativos, e outros baixados da Play Store, como o Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Modern Combat 5. Por aqui, realizamos dois ciclos de abertura dos aplicativos na mesma ordem, contando apenas as "voltas" no cronômetro nativo.
O aparelho da Asus precisou de 3 minutos e 47 segundos para abrir todos os apps citados. Este é um tempo consideravelmente ruim, ficando abaixo do esperado para um smartphone intermediário. A pior parte é que ter apenas 1 GB de RAM não é suficiente para oferecer um bom uso do sistema – talvez a variante com 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento ofereça melhores resultados.
Por fim temos o teste com jogos usando a ferramenta Gamebench para medir a taxa de quadros por segundo. E mais uma vez a Adreno 306 mostra que é uma GPU já defasada para os padrões atuais. O Zenfone 2 Laser consegue rodar o jogo Modern Combat com apenas 24 quadros por segundo na resolução regular que vem como baixamos o jogo da Play Store.
Em Subway Surfers, um jogo consideravelmente mais leve, rodou com o dobro da taxa de quadros, neste caso 48 FPS. Curiosamente, a ferramenta Gamebench não conseguiu medir a taxa de quadros por segundo do Asphalt 8 aqui no Zenfone 2 Laser. Tentamos com outras ferramentas similares e tivemos o mesmo problema.
O Zenfone 2 Laser conta com bateria de 3.000 mAh que demora 3 horas e 23 minutos para ser recarregada com o carregador de 1A que acompanha o aparelho. Em teste simulando o uso real, conseguimos fazer a bateria do Zenfone 2 Laser render 13 horas com um total de 7 horas e 12 minutos de tela ligada.
Realizamos 9 ciclos de testes que incluíram:
Em teste de uso contínuo tivemos 10 horas de reprodução de vídeos em Full HD com o brilho em 50%. Em gravações de vídeos na mesma resolução, o Zenfone 2 Laser sobreviveu por apenas 3 horas e 17 minutos. Para quem faz muitas chamadas no celular, este intermediário da Asus oferece 18 horas e 11 minutos de ligações via 3G ou 5 horas e 51 minutos de videochamadas via Skype.
O smartphone da Asus oferece uma câmera de 13 megapixels com abertura f/2.0 capaz de gravar na resolução Full HD a 30 quadros por segundo. O destaque da câmera do Zenfone 2 Laser está no infravermelho ao lado do sensor principal que mede a distância do objeto a ser fotografado e agiliza o foco da câmera.
Na parte frontal temos uma câmera de 5 megapixels também com a mesma abertura f/2.0 capaz de gravar em Full HD a 30 fps. Pode parecer um conjunto básico, mas que ainda está acima de intermediários mais recentes que muitas vezes oferecem uma abertura de lente menor ou não conseguem gravar em 1080p.
O grande destaque do Zenfone é seu modo manual que oferece controles muito mais apurados que a grande maioria dos smartphones intermediários. Aqui podemos escolher a tonalidade do branco (indo de 2500K a 6500K), exposição (-2 a +2), ISO (50 a 800), velocidade do obturador (1/1000 a 32s) e foco manual.
O foco a laser funciona muito bem, não demorando mais do que milissegundos para focar no objeto desejado, o que ajuda quem busca um smartphone para tirar macros. No geral, a câmera do aparelho consegue capturar boas fotos e vídeos, mas se quiser extrair o máximo que a câmera do Zenfone 2 Laser tem a oferecer, é recomendável aprender a lidar com os controles manuais.
Por ser um modelo já antigo, o Zenfone 2 Laser conta com versão defasada do Android, a 6.0.1 Marshmallow. O maior problema aqui está na segurança comprometida do aparelho, já que a Asus não vem lançando atualizações de segurança do sistema desde maio de 2016.
O sistema é modificado pela interface ZenUI, presente em todos os aparelhos da empresa. Ela foge totalmente do que vemos do Android puro, vem com vários apps pré-instalados, consome muita memória, mas traz recursos adicionais que podem ser úteis para alguns usuários.
Aqui no caso do Zenfone 2 Laser, o recurso de gestos para ligar e desligar a tela do aparelho é muito bem-vindo, já que o botão de energia fica no topo do aparelho, sendo de difícil acesso para quem se segura o smartphone com apenas uma mão.
No geral, a interface da Asus engasga e trava com frequência no Zenfone 2 Laser, pelo menos nesta versão com 1 GB de RAM. Para quem busca boa fluidez é recomendado investir na variante mais cara.
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