O Zenfone 3 chegou com mudanças bastante radicais comparado ao seu antecessor. Para começar, a Asus trocou o acabamento em policarbonato com textura que imita aço escovado por corpo em metal e traseira em vidro. Esta mudança não apenas confere maior elegância ao Zenfone, mas também passa uma sensação mais premium.
A embalagem também recebeu melhorias comparado ao que tínhamos no ano anterior. Deixando os tons claros de lado, a caixa do Zenfone 3 vem em cinza escuro e apresenta material de maior qualidade – algo raro em smartphones intermediários. Além disso, o aparelho vem com todos os acessórios necessários em seu interior.
Além do Zenfone 3, você recebe um carregador padrão com conector microUSB que precisa de um adaptador para USB-C, que felizmente é fornecido também com o aparelho. O cabo USB, por outro lado, já vem no novo padrão, o que dispensa o uso do adaptador. Por fim, temos o fone de ouvido padrão da Asus na cor branca que acompanha três tamanhos diferentes de borrachas, além da chavinha para abertura da gaveta do cartão SIM e microSD.
Zenfone 3 chegou ao Brasil em três opções de cores: branca com dourado, completamente dourada e preto com prata. A lateral do aparelho é feita em alumínio com acabamento fosco, enquanto na parte frontal e traseira temos uma única placa de vidro com resistência Gorilla Glass 3.
O aparelho passa boa construção e elegância, mas a traseira de vidro torna o Zenfone 3 bastante escorregadio – problema que não vemos na versão Deluxe com corpo todo em metal. Desta forma, usar uma case é praticamente obrigatório com este aparelho.
O Zenfone 3 padrão chegou em duas versões: sendo esta com tela de 5,2 polegadas e outra com tela de 5,5 polegadas. Ambas contam com a mesma resolução, mudando apenas as medidas e o tamanho da bateria. Por falar em medidas, o Zenfone 3 analisado apresenta 146,9 mm de altura, 74 mm de largura e 7,7 mm de espessura com 144 gramas de peso.
Na lateral esquerda temos a gaveta híbrida para cartão SIM e microSD; do lado direto os botões para ligar e controle de volume; na parte superior a entrada para fones de ouvido e microfone; enquanto na parte inferior a entrada USB-C, alto-falante e microfone para chamadas.
O Zenfone 3 conta com tela Super IPS de 5,2 polegadas e resolução Full HD, resultando em 424 pixels por polegada. A Asus promete que a tela do aparelho é capaz de superar a marca de 600 nits, e testes realizados pelo TudoCelular realmente comprovam que o painel do aparelho é capaz de atingir um brilho tão alto.
Este brilho ajuda a visualizar o conteúdo de forma mais confortável em ambientes com forte iluminação, mas sob luz solar direta o vidro que cobre a tela reflete muito, o que reduz a visibilidade. Além disso, o brilho mínimo do aparelho é alto, o que pode causar desconforto ao usar o Zenfone 3 no completo escuro.
A ZenUI permite escolher entre dois perfis de saturação: padrão e brilhante. O usuário também pode alterar a temperatura das cores deixando o branco mais amarelado ou mais azulado variando a barra de controle entre quente e frio, respectivamente.
O Zenfone 3, assim como a maioria dos smartphones de metal, traz um único alto-falante na parte inferior. Por contar com apenas uma única unidade temos um som mono que peca na imersão. Pelo menos a qualidade sonora oferecida é boa o suficiente para ver vídeos e jogar no aparelho.
Asus trocou o hardware da Intel na geração passada por chipsets da Qualcomm nesta geração. A grande vantagem de ter escolhido o Snapdragon 625 desta vez está no fato de que este chipset é o mais eficiente dentro da linha atual da Qualcomm, fazendo a bateria do Zenfone 3 render. A versão analisada conta com 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento.
Infelizmente, a versão de 5,2” vem com apenas 2.650 mAh. Desta forma, não espere uma autonomia exemplar. De qualquer forma, o Snapdragon 625 faz bem o seu trabalho e entrega bom desempenho aqui no smartphone da Asus, especialmente em jogos. Para quem curte Asphalt 8 e Modern Combat 5, o Zenfone 3 é capaz de rodar estes jogos a estáveis 30 fps.
Em uma abordagem mais prática, abrimos 12 aplicativos em seguida, sendo o primeiro deles o de relógio para iniciarmos o cronômetro. A ordem de abertura dos aplicativos é a seguinte: Câmera, Galeria e Configurações, apps nativos, e outros baixados da Play Store, como o Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Modern Combat 5. Por aqui, realizamos dois ciclos de abertura dos aplicativos na mesma ordem, contando apenas as "voltas" no cronômetro nativo.
Na primeira rodada o Zenfone 3 levou 1 minuto e 24 segundos para abrir todos os apps, um tempo muito bom para um aparelho intermediário. A melhor parte vem na segunda rodada, onde o smartphone da Asus precisou de apenas 28 segundos para reabrir todos os apps. Isso mostra que os 3 GB de RAM foram bem usados pela ZenUI neste teste. No entanto, quando os apps ficam muito tempo em segundo plano, o sistema da Asus encerra os apps buscando reduzir o consumo de bateria.
O Zenfone 3 vem com carregador de 1A de saída que demora 2 horas e 38 minutos para recarregar a bateria de 2.650 mAh do aparelho. Em testes realizados pelo TudoCelular simulando um uso mais real, a bateria do Zenfone chegou a render 12 horas de uso com 6 horas de tela ligada.
Desta forma, se você tirar o celular às 7h da manhã, a mesma descarregará no início da noite. Para aqueles que jogam no celular, no entanto, a bateria vai acabar morrendo no final da tarde. O Snapdragon 625 faz bom uso da pouca bateria que o aparelho possui, mas seria interessante vermos 3.000 mAh nesta versão como é possível encontrar no modelo maior.
Em testes de uso contínuo temos os seguintes resultados:
Todos os testes foram realizados com o brilho de tela regulado em 200 lux (usando um luxímetro para a medição). Este nível de brilho equivale a algo próximo de 40% no Zenfone 3. Com o brilho no máximo o tempo de cada teste é reduzido consideravelmente.
A câmera principal do Zenfone 3 traz um sensor de 16 megapixels com abertura f/2.0, estabilização óptica de imagens e flash LED duplo de dois tons. Na parte frontal temos uma câmera de 8 megapixels com a mesma abertura. Enquanto a primeira é capaz de gravar vídeos em 4K, a segunda fica limitada à resolução Full HD.
O Zenfone 3 conta com infravermelho na traseira que auxilia a câmera a focar mais rapidamente. Além disso, o aparelho também conta com detecção de fases, o que auxiliado pelo OIS de quatro eixos garante vídeos estáveis, oferendo um resultado muito acima de seus rivais. No entanto, em modo automático, o foco da câmera acaba sendo um pouco problemático; não é raro o Zenfone 3 capturar fotos borradas.
O grande destaque do Zenfone é seu modo manual que oferece controles muito mais apurados que a grande maioria dos smartphones intermediários. Aqui podemos escolher a tonalidade do branco (indo de 2500K a 6500K), exposição (-2 a +2), ISO (50 a 3200), velocidade do obturador (1/50000 a 32s) e foco manual.
A câmera do Zenfone 3 é capaz de capturar boas fotos, mas o modo automático às vezes mais atrapalha do que ajuda. Se você quiser tirar o máximo que o sensor Sony IMX298 tem a oferecer, então é melhor ir treinando para aprender a usar bem os controles manuais da câmera do aparelho.
O Zenfone 3 conta com sistema Android 7.0 Nougat, e neste momento em que a análise foi escrita o aparelho recebeu o pacote de segurança do sistema referente ao mês de março de 2017.
Por cima do sistema da Google temos uma interface bastante customizada, a ZenUI. Ela conta com suporte a temas, gestos, launcher cheio de recursos, e muito mais. Esta é uma das modificações mais radicais do Android, e também uma das mais completas.
Assim como nas gerações anteriores, a ZenUI continua recheada de bloatwares, aqueles apps indesejáveis que vêm pré-instalados e que não podem ser removidos (apenas se você fizer root no aparelho).
A interface da Asus até que é ágil, mas não é raro ver as animações apresentarem leves engasgadas, mesmo em um aparelho com processador octa-core de 2 GHz e 3 GB de RAM. No entanto, no geral a experiência é bastante satisfatória.
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