O Zenfone 3 Deluxe marca a entrada da Asus no mercado dos flagships potentes, e não por menos o aparelho acrescenta ao consumidor uma opção robusta: ele é o celular mais potente já lançado pela fabricante até então.

O flagship trouxe uma série de novidades para o portfólio da companhia, tendo 6 GB de RAM e 256 GB de armazenamento, o que não é tão comum de vermos por aí. Mas isso, é claro, tem o seu preço: o valor do dispositivo aqui no Brasil é de R$ 4.899 – para esta versão –, tendo como um fator decisivo a opção da Asus de importa-lo, e não fabricá-lo por aqui.

O dispositivo vem numa caixa com um visual bastante elegante, o que reforça ainda mais o posicionamento da marca neste setor. Você pode conferir o nosso unboxing completo do Zenfone 3 Deluxe nesta página .

O que chama bastante atenção no Zenfone 3 Deluxe é o seu tamanho. O dispositivo tem um corpo de 156.4 x 77.4 x 7.5 mm, pesando 170 gramas. A sua tela é de 5,7 polegadas, o que de fato faz dele um celular muito grande e desconfortável para ser utilizado com apenas uma das mãos. Mas, é claro, a ergonomia acabou não sendo prejudicada por causa dos matérias utilizados.

O Zenfone 3 Deluxe é construído com liga de alumínio em um corpo único, e é interessante notarmos que ele não possui as listras das antenas à mostra. O visual dele segue bem o padrão adotado pela linha Zenfone 3, e praticamente todos os botões e outros componentes estão no mesmo lugar – com exceção do flash LED e foco laser, que estão invertidos.

Na parte traseira, o dispositivo tem um aspecto mais áspero, ajudando na hora de segurá-lo. E de fato, ele é bem menos escorregadio que o Zenfone 3 tradicional. Outra alteração nele está nos botões capacitivos, que finalmente são retroiluminados. Isso ajuda e muito na hora de mexer nele em um lugar mais escuro.

Por aqui nós também temos o leitor de impressão digital do dispositivo, que funciona basicamente como o do Zenfone 3. Ele ainda carrega alguns truques bem bacanas, como tocar nele duas vezes para ativar a câmera ou mesmo para tirar uma foto ou atender uma ligação.

Algo notável no seu visual são as bordas pretas que ficam ao redor da tela. Isso pode incomodar um pouquinho no início, embora não seja algo incomum nos outros smartphones. Ela fica muito notável quando você está vendo algum conteúdo mais claro na tela, porém este é o único ponto negativo da estética do celular.

A tela Super AMOLED de 5,7 polegadas é muito grande, e traz resolução Full HD (1080 x 1920 pixels) com densidade aproximada de 387 ppi. Essa tela tem um alto nível de contraste e de brilho, além de ser protegida por Gorilla Glass 4 – mas não é no padrão 2.5D. A visualização realmente é muito boa, e o dispositivo chega muito próximo do que encontramos no Galaxy S7, por exemplo.

As cores vivas e a boa reprodução de cores são pontos que merecem destaques. Os tons pretos são os mais próximos do “preto real”, e não do cinza que os painéis IPS tendem a apresentar. Com luz solar direta, por exemplo, você certamente terá alguma dificuldade de visualizar o conteúdo, mas ele se sai melhor do que outros aparelhos do mercado.

O aplicativo Splendid também está presente por aqui, e nele você pode fazer ajustes manuais na matiz e saturação, além de ativar/desativar o Filtro de Luz Azul, que torna o seu uso mais confortável durante a noite.

Por dentro desse cara, encontramos um chipset Qualcomm Snapdragon 821 (quad-core Kryo) com clock de 2,4 GHz e GPU Adreno 530, o que por si só já garante um belo desempenho em jogos, por exemplo. Mas ele ainda carrega 6 GB de RAM e 256 GB de armazenamento, com slot para microSD de até 2 TB.

É muita coisa, mesmo. E uma das suas últimas preocupações deverá ser com o gerenciamento dos aplicativos rodando em segundo plano. Da memória interna, você tem disponível 227 GB para uso, refletindo na quantidade de aplicativos pré-instalados e outros arquivos. Mas, de qualquer maneira, é memória de sobra!

Antes de prosseguirmos, devemos lembrá-los que o Zenfone 3 Deluxe tem uma gaveta híbrida, então você vai precisar fazer aquela velha escolha entre dois chips, ou um chip e o microSD.

Mas bora lá. No nosso teste de desempenho com o Zenfone 3 Deluxe, o dispositivo marcou 156.789 pontos no AnTuTu, e ficou em 4° lugar no ranking de dispositivos mais potentes testados até então pela ferramenta. No 3DMark, voltado para a GPU, ele marcou 2.608 pontos.

Basicamente falando, o Zenfone 3 Deluxe tem poder de fogo suficiente para rodar o Android sem nenhum engasgamento, mesmo que você seja o tipo de usuário que gosta de abrir muitos aplicativos em seguida. Mas por aqui nós até que nos deparamos com alguns leves problemas.

Quando você trava o celular com a câmera aberta e, depois, faz o desbloqueio pelo leitor biométrico, o dispositivo fica totalmente bugado e não tem a menor ideia do que está acontecendo. Isso é bem ruim, mas foi o único aspecto negativo que encontramos por aqui, e acreditamos que isto possa ser mais uma falha de software.

E por falar em software, ele já roda Android 6.0.1 Marshmallow de fábrica, com atualização prevista para a versão 7 Nougat. Ele embarca a versão 3.0 da ZenUI, que vem lotada de aplicativos pré-instalados, e boa parte deles está voltada para situações específicas.

Não somente o visual do Android foi remodelado, como também alguns truques chegam nesta versão da interface da Asus. Você pode abrir a câmera rapidamente com gestos na tela, além de acessar um menu de pesquisa rápida a partir da tela inicial.

A empresa também mantém nele o aplicativo Asus Mobile Manager, onde você pode gerenciar a memória, uso de dados, bateria e pode dar um “up” no desempenho do dispositivo.

Nos jogos nós também não temos nenhuma novidade: tudo o que se espera de um topo de linha, o Zenfone 3 Deluxe consegue cumprir. O modelo consegue rodar títulos pesados com médias de 30 a 60 fps, como no caso de Asphalt 8 e Modern Combat 5, que respectivamente obtiveram essas taxas.

A qualidade gráfica também não é comprometida em nenhum momento, e também não notamos nenhum problema com a temperatura do celular durante as jogatinas. E não vamos esquecer do Game Genie, que permite transmitir suas partidas para o YouTube ou Twitch, usando também a câmera frontal para gravar seu gameplay.

O seu alto-falante não é estéreo, mas consegue atingir bons níveis de grave. Nada que se sobressaia em relação a outros celulares. Por aqui, mesmo com a tecnologia SonicMaster 3.0, o celular da Asus se mantém na média. O destaque vai para o suporte ao Hi-Res, mas aí você também vai precisar de fones de ouvido compatíveis com a tecnologia.

A mesma potência de 3.000 mAh se manteve por aqui, mesmo com ele sendo maior que o Zenfone 3. Em nossos testes, o celular conseguiu manter a tela ativa por 6 horas e 23 minutos, com descarga média de 8,6% por hora. E para recarregá-lo de 0 – 100%, você vai precisar de aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

Isso deve ao fato do Deluxe ter porta USB Tipo-C 3.0, que também garante uma recarga muito mais rápida do que o tradicional. E aqui vão alguns resultados dos nossos testes:

A bateria, no entanto, acabou não nos impressionando. Está na média para um flagship e você com certeza vai passar um dia inteiro com ele ligado em uso normal. Com uso mais intenso, é claro, o desempenho tende a diminuir, mas ainda é possível ter uma autonomia bastante satisfatória.

Na parte traseira, o Zenfone 3 carrega uma câmera saltada de 23 megapixels com abertura f/2.0 com foco a laser (com alcance de 1,5 metro) e PDAF, além da estabilização óptica e eletrônica de imagem. O dispositivo ainda possui flash LED dual-tone e um sensor para corrigir as cores logo acima dele.

Além disso, o Zenfone 3 Deluxe conta também com HDR em tempo real e com o PixelMaster 3.0, que adiciona 21 modos de fotografia, incluindo o manual, time-lapse e o Super Resolution, que amplia as fotos para até 92 MP.

O aparelho consegue fazer bons cliques e mantém as cores dos cenários com bastante nitidez e contraste, o que é algo extremamente positivo. A velocidade dos cliques é algo que impressiona, de fato, além do foco automático que também é bem rápido.

Ele realmente faz fotos muito boas, mas nada acima da média. Tudo vai depender, mesmo, do ambiente. Em lugares com baixa iluminação, as fotos já não saem tão bacanas, principalmente durante a noite. Nestes casos, o celular demora muito mais para encontrar os pontos de foco. As fotos não ficam inutilizáveis, mas também não trazem um resultado muito bacana.

Na parte frontal, temos uma câmera de 8 megapixels com abertura de f/2.0 com ângulo de captura de 84º e também pode filmar em Full HD com 30 fps. Ela traz os modo de embelezamento, HDR Pro, grava em câmera lenta e outros.

Falando de um modo geral, essa câmera permite a você fazer bons cliques em cenários bem iluminados, mas durante a noite ela peca e muito. As fotos não são tão diferentes das que temos no Zenfone 3 comum, e a parte chata é que o modo de embelezamento parece não ser desligado nunca, trazendo um aspecto bem ruim às selfies.

O Zenfone 3 Deluxe ainda pode gravar em HD, Full HD e em 4K com 30 fps.