Começando pela embalagem , temos algo no mesmo estilo adotado por outros modelos mais caros da linha Zenfone 3, incluindo um acabamento na cor chumbo com o nome do dispositivo impresso em dourado em sua parte frontal. A caixa é feita em materiais bastante resistentes e tem uma abertura diferenciada que demonstra o cuidado da empresa, com todos os acessórios bem organizados logo abaixo do aparelho.
Com relação aos acessórios inclusos pela Asus na caixa, temos um conjunto bastante completo, incluindo fones de ouvido de ótima qualidade (mesmo entregue com outros produtos da marca, excetuando o Zenfone 3 Deluxe), cabo USB-C, carregador de tomada com saída de 5V-2A e uma ferramenta para abertura da gaveta híbrida onde podem ser usados dois chips nanoSIM ou um chip nanoSIM com um cartão microSD de até 2 TB.
Ele tem ainda um útil cabo USB OTG, que funciona tanto para carregar outros aparelhos usando o Zenfone 3 Zoom quanto para conectar periféricos como pendrive ou teclado, por exemplo. Por fim, temos os tradicionais manuais e guias técnicos do aparelho.
Passando ao dispositivo em si, temos algo extremamente bem trabalhado por parte da Asus, que apesar de lembrar o iPhone 7 Plus em determinados pontos ainda consegue entregar uma identidade própria, como a parte frontal virtualmente idêntica ao Zenfone 3 de 5,5 polegadas.
O aparelho é construído em liga de alumínio, sendo o primeiro no mundo com proteção Corning Gorilla Glass 5 (tendo ainda acabamento 2,5D), já que o Galaxy Note 7 acabou descontinuado por problemas amplamente conhecidos. Os pontos negativos por aqui, contudo, são a ausência de retro-iluminação nas teclas capacitivas abaixo do display e a facilidade em ganhar marcas de dedo, mesmo sendo feito em metal.
Em termos de dimensões, ele possui 154.3 x 77 x 7,99 mm, não sendo exatamente o modelo mais compacto com tela de 5,5 polegadas mas não chegando a incomodar durante o uso na maior parte do tempo. Por ser bastante liso, contudo, é preciso ter cuidado, pois qualquer descuido pode fazer com que ele voe de suas mãos.
Sobre a tela, temos a troca do painel IPS LCD usado no Zenfone 3 tradicional por uma solução AMOLED, porém mantendo as 5,5 polegadas com resolução Full HD, o que confere ao Zenfone 3 Zoom a densidade aproximada de 401 ppi. O aparelho por padrão vem com níveis de saturação bastante elevados, algo perceptível assim que você o liga pela primeira vez, porém está disponível um menu de ajustes bastante profundo para que você regule as cores para a forma que mais lhe agrade.
Em nossos testes , vimos que o Zenfone 3 Zoom é capaz de entregar uma visualização confortável tanto em ambientes externos e ensolarados quanto em locais internos, sejam eles com iluminação artificial ou totalmente escuros. Temos ainda bons índices de visão, porém o vidro protetor tem uma certa tendência a refletir o ambiente a seu redor, bem como de ficar com algumas marcas de dedo após pouco tempo de uso.
Caso você queira algo um pouco mais técnico, o brilho máximo alcançado com o display foi de 648 lux quando uma imagem branca era exibida, enquanto o brilho mínimo com a mesma imagem foi de 12 lux. Com imagem preta tanto o brilho máximo quanto o mínimo são nulos, já que painéis AMOLED desligam completamente os pixels neste cenário.
Como esperado, o Zenfone 3 Zoom apresentou um desempenho extremamente similar ao seu irmão Zenfone 3 de 5,5 polegadas, conseguindo executar todos os aplicativos e jogos testados sem qualquer tipo de problema. Isto não surpreende se lembrarmos da presença do potente Snapdragon 625 em conjunto com 4 GB de RAM (há opção com 3 GB) para lidar com uma tela Full HD, porém é necessário um adendo.
Durante nosso teste prático oficial o aparelho apresentou a incapacidade de manter apps em segundo plano, o que nos surpreendeu devido aos 4 GB de RAM incluídos pela Asus. Pelo visto este foi um problema pontual que a companhia rapidamente solucionou, pois refizemos o teste quando o review estava sendo gravado e ele conseguiu manter tudo em segundo plano como o esperado.
Devido a isto, conseguimos concluir a primeira etapa do ciclo de execução de apps com 1 minuto e 13 segundos, precisando de apenas outros 24 segundos para reabrir novamente os 12 aplicativos, e totalizando assim 1 minuto e 37 segundos. Curiosamente, o aparelho levou mais tempo agora para abrir todas as aplicações, porém conseguiu retorná-las mais rapidamente do background.
Nos sensores, temos o conjunto completo, com acelerômetro, giroscópio, bússola, proximidade e luminosidade, além é claro do leitor de impressões digitais que funcionou de maneira rápida e precisa na maioria dos casos. Ele possui ainda Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, Bluetooth 4.2 com LE/EDR/A2DP e GPS/A-GPS/GLONASS/BeiDou para localização.
Com relação aos testes de benchmark, tivemos:
No teste prático em jogos o Zenfone 3 Zoom se saiu como um digno intermediário de elite, conseguindo executar os títulos mais pesados de nosso catálogo com a taxa de 30 fps cravados, o que deve ser mais do que suficiente para a grande maioria dos usuários. Talvez a única "decepção" aqui fique para o fato do Subway Surfers não ter sido executado em 60 fps, porém não é algo que atrapalhe a jogatina no geral.
Com tudo isso, podemos dizer que tanto para tarefas mais básicas e corriqueiras como acesso a redes sociais e navegação web quanto em jogos o Zenfone 3 Zoom não irá desapontar, valendo uma menção honrosa à possibilidade de adquiri-lo com até 128 GB de armazenamento interno, o que praticamente dispensaria o uso de um cartão microSD para expansão de memória, possibilitando assim que você use os dois chips SIM sem problemas.
Por fim, quanto ao sistema operacional, temos o Android 6.0.1 Marshmallow com a polêmica Zen UI. Neste ponto vale frisar que o Zenfone 3 Zoom foi originalmente imaginado para o Android 7.0 Nougat, o que justifica a ausência de algumas funções como o modo retrato na câmera, além de inúmeros bugs presenciados durante as últimas semanas. Como se trata "apenas" de um problema com software, é esperado que tudo seja solucionado o mais rapidamente possível.
Com relação à interface, temos algo extremamente personalizado, o que pode ser positivo ou negativo dependendo de suas preferências pessoais. No meu caso, quanto mais funcionalidades, melhor, porém ainda assim o visual da Zen UI conta com alguns pontos que não podem ser alterados e certamente deveriam ser melhorados para entregar um conjunto mais homogêneo e limpo para o usuário.
Eis que chegamos ao primeiro grande diferencial do Zenfone 3 Zoom frente aos seus concorrentes. Como o nome do dispositivo já entrega, o trunfo da Asus para chamar a atenção é a possibilidade de realizar zoom óptico com seu intermediário, sendo entregue aqui uma imagem aproximada em 2,3 vezes em relação ao sensor padrão.
Ambas as câmeras traseiras contam com 12 megapixels, sendo a primeira com sensor IMX362 (mesmo do Moto G5 Plus), abertura f/1.7, estabilização óptica e tecnologia DualPixel para foco ultrarrápido, enquanto a segunda possui abertura f/2.6 e estabilização apenas digital. Ambas são auxiliadas por dois LEDs em cores diferentes, um laser especialmente útil em ambientes noturnos e até um sensor infravermelho para otimizar a correção de cores.
A câmera de selfies também não deixa a desejar em conjunto, tendo um sensor IMX214 de 13 megapixels com abertura f/2.0, e podendo ser auxiliada por um flash na tela que de fato é bem útil em ambientes escuros, já que seu painel AMOLED é bastante brilhante. O ponto negativo aqui é para a supressão exagerada de detalhes, que torna rostos completamente artificiais mesmo no modo automático em determinados cenários.
Mas o que isso quer dizer na prática? Bom, acho que a galeria acima já fala por si só. O Zenfone 3 Zoom ganhou nosso comparativo contra outros intermediários por uma larga vantagem, se saindo muito bem na maioria dos cenários e contando com um sistema de foco realmente muito rápido. Únicos "poréns" aqui ficam para a saturação exagerada principalmente em tons de verde ou azul e para o baixo alcance dinâmico em determinados momentos.
O app de câmera entregue pela Asus se destaca principalmente por seu completo modo manual que se assemelha ao que temos em câmeras profissionais, disponibilizando ajustes profundos e, talvez até mais importante, muitas informações a respeito do cenário que você está registrando. Temos ainda uma tonelada de outros modos como câmera lenta, criação de GIFs e muito mais, porém certamente é o modo manual que pode ser visto como ponto fora da curva.
Infelizmente, o modo manual não está disponível para a câmera frontal, porém aqui ao menos temos um bom modo de embelezamento com vários filtros que podem ser aplicativos para tornar suas fotos mais "apresentáveis" em redes sociais.
A câmera principal é capaz de gravar vídeos em até 4K a 24 fps ou 1080p a 60 fps, enquanto o sensor frontal chega a Full HD a 30 fps.
Logo depois da câmera já passamos para o segundo grande destaque do Zenfone 3 Zoom: sua bateria. Os 5.000 mAh entregues pela Asus no aparelho se mostraram capazes de aguentar até o padrão de uso mais pesado por ao menos um dia, contando ainda com alguma carga para que você não precise correr desesperado até uma tomada. Caso você seja um usuário mais moderado, pode ser possível chegar ao final do segundo dia.
Em nosso completo teste com o dispositivo , ele precisou de nada menos do que 24 horas e 51 minutos para chegar ao seu ponto crítico, marcando quase 13 horas de tela ativa no período. Este é um dos resultados mais contundentes já atingidos por aparelhos que passaram por nossas bancadas, ficando atrás apenas de modelos como Redmi Note 4X e Redmi 4 Pro , ambos da Xiaomi e que não são vendidos oficialmente no Brasil.
De maneira resumida, foi possível alcançarmos os seguintes resultados:
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