A s u s Z e n F o n e 4

Recebemos uma edição especial da caixa do Zenfone 4 voltada para membros da imprensa, contando com todo um visual único e até mesmo tocando uma música ao ser aberta, além de posicionar os acessórios de maneira mais destacada do que na embalagem de venda. A caixa menor onde o aparelho é de fato enviado aos compradores não mudou muito em relação ao que vimos no Zenfone 3, contando com ótimo acabamento e acessórios bem organizados, incluindo:

Sobre o aparelho, temos um visual que pode ser visto como uma mistura do Zenfone 3 com o Zenfone AR, já que a parte traseira lembra muito o intermediário de 2016, porém o leitor de impressões digitais foi jogado para o painel frontal, contando ainda com teclas capacitivas retroiluminadas para substituir a barra de navegação do Android.

A parte traseira continua com acabamento em vidro, apresentando um efeito bem bacana dependendo da forma como a luz bate. Não são exatamente os círculos concêntricos que tínhamos no Zenfone 3, mas sim uns feixes que se originam no logo da empresa e partem para sentidos opostos. Como vidro, temos tendência a marcas de dedo, além de ser bastante escorregadio e muito mais fácil de causar danos com riscos ou quedas. Para ajudar nisso, a Asus incluiu na caixa do aparelho uma capinha em silicone, que não é das mais trabalhadas mas já quebra um galho.

Em termos de ergonomia, o Zenfone 4 é confortável de ser utilizado, contando com laterais arredondadas que ajudam na pegada. Por contar com tela de 5,5 polegadas, porém, ele não é pra todo mundo, já que suas dimensões de 155,4 mm de altura por 75,2 mm de largura fazem dele um pouco grande para quem tem mãos pequenas. Sua espessura de 7,7 mm ajuda a reduzir o incômodo quando o aparelho está no bolso, e seu peso de 165 gramas passa uma sensação de robustez bacana ao segurar.

Na lateral direita do Zenfone 4 ficam seus botões de volume e energia, ficando na lateral esquerda apenas a gaveta híbrida, onde você pode colocar dois chips nanoSIM ou um chip e um cartão microSD. Na parte de baixo temos a porta P2 para fones de ouvido, a porta USB-C para transferir dados e carregar o dispositivo, o microfone principal para chamadas uma saída de som para consumo multimídia, enquanto na lateral superior fica apenas um segundo microfone para cancelamento de ruído.

Na parte de trás do Zenfone 4 temos apenas suas duas câmeras com o flash LED ao lado, ficando na parte frontal a câmera de selfies, sensores, o alto-falante que serve tanto para chamadas quanto para multimídia, entregando assim som estéreo, e um pequeno LED para notificações que curiosamente fica posicionado dentro da grade do alto-falante. Mais abaixo ficam o leitor de impressões digitais com que também funciona como tecla home, e as teclas capacitivas de voltar e multitasking.

Por falar no sensor, ele é muito, mas muito rápido mesmo, e funciona bem na grande maioria das vezes, sendo pouquíssimos os momentos em que precisamos usar o aparelho e ele se recusou a fazer a leitura na primeira tentativa. Quando isto aconteceu, foi geralmente porque o dedo ou o próprio sensor estava úmido ou sujo.

Bom, no geral temos um aparelho bem bonito e confortável de ser usado, mas que certamente precisará de uma proteção extra para evitar danos indesejados em quedas, algo que felizmente já vem por padrão na embalagem de venda entregue pela Asus.

Falando sobre a tela, temos um painel IPS LCD de 5,5 polegadas Full HD, o que faz o Zenfone 4 entregar uma densidade aproximada de 401 ppi. O painel se saiu muito bem em nossos testes , demonstrando brilho razoável para ambientes externos, ótimo equilíbrio de cores e visualização confortável em locais com pouca ou nenhuma iluminação.

Vale notar que o Zenfone 4, assim como outros modelos da Asus, conta com uma customização profunda das cores exibidas, indo desde a configuração de temperatura da cor até nível de contraste e da própria matiz, bem como o uso de filtro de luz azul para menor incômodo em ambiente noturno.

Com tudo isso, temos uma ótima tela para os mais variados ambientes, devendo agradar desde usuários que desejam cores mais vivas até aqueles que desejam algo mais natural e balanceado.

Sobre o brilho da tela, tivemos brilho máximo de 674 lux com uma imagem branca sendo exibida na tela, brilho mínimo de 5 lux com a mesma imagem, brilho máximo de 3 lux com uma imagem preta, e brilho mínimo de 0 lux com a mesma imagem.

Ao decidir não trazer o Zenfone 4 Pro para o Brasil, a Asus deu a entender que o Zenfone 4 com Snapdragon 660 estava muito acima dos outros intermediários, e ficamos felizes em ver que isto se confirmou na prática.

O conjunto de especificações que incluem ainda a GPU Adreno 512, 6GB de RAM e 64GB de armazenamento interno fazem toda a diferença ao alternar entre apps e rodar jogos mais pesados, fazendo com que exista um verdadeiro abismo em termos de performance entre esta versão e os demais intermediários presentes no mercado brasileiro.

Vale notar, porém, que o Zenfone 4 também está disponível em outras duas variantes, sendo ambas com Snapdragon 630, mas com opções de 4 ou 6GB de RAM. A que testamos foi a mais completa de todas, então ainda precisamos fazer os testes com as versões mais básicas para ver como o desempenho fica em relação a modelos rivais.

Continuando, em nosso teste prático o Zenfone 4 ficou próximo e até chegou a superar alguns modelos top de linha que passaram por nossas bancadas, precisando de apenas 52 segundos para abrir todos os apps e levando outros 18 segundos para trazer tudo de volta à tela, totalizando assim 1 minuto e 10 segundos.

Nos testes de benchmark, tivemos:

Por fim, temos o software. O Zenfone 4 vem de fábrica com o Android 7.1.1 Nougat, trazendo a nova e renovada Zen UI 4.0. A interface conta com várias opções de customização e uso de gestos para facilitar a vida do usuário, como duplo toque para acender ou apagar a tela, virar para silenciar ou modo de uso com uma mão, além de suporte ao uso de apps duplicados de Facebook, WhatsApp, Instagram e outros, o que é especialmente útil para quem precisa dividir as vidas profissional e pessoal.

Felizmente a nova versão da interface está muito mais limpa e fluida do que tínhamos antes, com animações rápidas, visual infinitamente mais elegante e todas as funções que interfaces mais puras não possuem. Parabéns, Asus, finalmente conseguiu um meio-termo entre as funcionalidades da Zen UI e a performance do tão aclamado Android Puro, agora é só resolver um ou outro polimento nos rótulos de ícones e nas tradução que fica 100%.

Falando sobre os jogos, o Zenfone 4 se saiu como esperado em todos os títulos testados, apresentando fluidez máxima e demonstrando que ainda tem potência de sobra para alguns anos. No Asphalt 8, Asphalt Xtreme e Injustice 2 tivemos 30 fps em média, enquanto no Modern Combat 5 e Subway Surfers a média foi de 60 fps. O único que ficou um pouco abaixo disso foi o Clash Royale, com 59 fps em média, provavelmente pela enorme quantidade de itens na tela em alguns momentos da partida.

Com tudo isso, podemos realmente confirmar que o Zenfone 4 está um degrau acima dos demais intermediários em termos de performance, seja para tarefas diárias com muita troca entre apps ou para jogos mais pesados. Se comparado a flagships de outras marcas, a diferença é praticamente imperceptível por enquanto, restando aguardarmos para ver se isto mudará com o passar do tempo e a chegada de aplicações ainda mais pesadas.

Passando para as câmeras, na parte traseira temos dois sensores, sendo um de 12 megapixels com abertura f/1.8 e estabilização óptica, enquanto outro possui 8 megapixels, abertura f/2.2 e lentes grande-angulares. Na parte frontal temos uma câmera de 8 megapixels com abertura f/2.0.

O aplicativo de câmera felizmente passou por uma grande reformulação, contando agora com gestos práticos para entrar na galeria de modos de uso e também de efeitos, além de estar muito mais rápido e intuitivo do que tínhamos até então.

Os grandes destaques aqui ficam para o ótimo modo manual, que inclui todo tipo de customização para que você tire o melhor das câmeras traseiras do aparelho, para o modo retrato que funciona relativamente bem na maioria dos casos, e para o modo de embelezamento, que agrada quem quer uma foto mais artificial e sem imperfeições. O modo retrato funciona mesmo com a câmera frontal, o que é bem bacana, e ele tem um flash na tela para ajudar nas selfies noturnas.

Sobre a velocidade de foco e captura de imagens, o Zenfone 4 consegue focar de maneira rápida e precisa em grande parte dos casos, tendo um certo problema apenas para objetos menores e mais próximos, já que sua distância focal não é tão favorável assim para macros. Ele tira as fotos bem rápido, sendo encontrado um pequeno delay apenas para alternar entre a câmera principal e a grande-angular.

Na qualidade das imagens capturadas, o Zenfone 4 não se saiu nada bem em nosso comparativo às cegas realizado no site do TudoCelular, o que demonstra que ainda temos algumas otimizações que precisam ser feitas pela Asus em termos de processamento das imagens.

As cores são bem equilibradas e o HDR funciona bem quando ativado, porém temos uma tendência a imagens ou escuras demais ou completamente estouradas dependendo do local que for usado como ponto de interesse. Isto pode ser corrigido caso você perca alguns segundos regulando a exposição manualmente, mas se você deseja apenas apontar e tirar a foto, bom, pode ser necessário fazer algumas tentativas até que tudo saia corretamente.

Falando sobre a câmera wide, tivemos bons resultados tanto diurnos quanto noturnos, porém ainda com o problema da exposição, algo que mesmo após o último update liberado pela empresa ainda não foi totalmente corrigido, apenas amenizado.

A câmera frontal do Zenfone 4 entrega basicamente o mesmo que comentamos na parte traseira, conseguindo capturar ótimas imagens em alguns momentos e outras completamente fora do eixo de exposição, principalmente quando o HDR automático não é disparado em um ambiente onde deveria. Por isso, o melhor é ativar a função por conta própria. O flash na tela também deve ser usado com atenção, pois caso o aparelho fique próximo demais você ficará totalmente estourado.

Sobre gravação de vídeos, temos uma ótima estabilidade nas cenas e boa qualidade geral, com o microfone sendo bem superior ao que vimos no Zenfone 3 Zoom, o que deve agradar quem busca por uma melhor captura de áudio.

Com relação à bateria, o Zenfone 4 conta com 3.300 mAh, sendo entregue pela Asus um carregador com corrente de saída de 2A-5V. Como esperado, ele não é o mais rápido do mundo para recarregar o dispositivo, levando cerca de 2 horas para preencher totalmente a bateria, e entregando algo próximo de 73% após uma hora conectado à tomada.

Em nossos testes de consumo, conseguimos 10 horas e 38 minutos de reprodução de vídeos em Full HD, 5 horas e 1 minuto de gravação de vídeos, 5 horas e 7 minutos de videochamadas pelo Skype, usando rede Wi-Fi, 13 horas e 45 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis, e 5 horas e 36 minutos de execução de jogos, sendo os mesmos do teste de desempenho.

No teste prático de consumo , o aparelho conseguiu ficar quase 17 horas longe da tomada, executando 11 ciclos e mantendo a tela ligada por 8 horas e 10 minutos no período. Com tudo isso, temos uma autonomia mais do que suficiente para um dia de uso moderado, devendo chegar ao final da noite com uns 20% de carga restante sem grandes problemas. Caso você faça um uso mais intenso, é só deixar na tomada por uns minutos no começo da noite e pronto, terá carga até a hora de dormir.

Confira aí um resumo dos resultados alcançados:

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