Asus anunciou o Zenfone 5 no começo do ano, na MWC18. Depois de vários meses de espera, o intermediário metido a flagship chegou ao mercado nacional para competir com o Moto Z3 Play , Galaxy A8 Plus e Xperia XA2 Ultra .
Asus caprichou até na embalagem do no seu novo intermediário, com material firme e aparentemente resistente, com acabamento fosco que ajuda na pegada e ajuda a criar um visual mais elegante. Em suas faces ficam o nome do aparelho com o logo da campanha We Love Photo e da própria ASUS, além de informações técnicas.
Além do aparelho, você também encontra:
Enquanto as demais fabricantes abandonam a entrada padrão P2 em smartphones e incluem um adaptador na embalagem, a Asus ainda segue mantendo esta entrada tão desejada pelos consumidores.
O Zenfone 5 vem com tela enorme (6,2 polegadas) e corpo extremamente compacto graças ao ótimo aproveitamento frontal que beira os 90%, sendo ele até menor que aparelhos de geração passada com tela de 5,5 polegadas.
O visual segue a identidade de design adotada pela ASUS desde o Zenfone 3 , com acabamento em vidro na parte traseira e feixes de luz que irradiam do leitor de impressões digitais. Claro, é inegável que temos uma certa "inspiração" no iPhone X da Apple, com câmeras traseiras organizadas na vertical e o notch no painel frontal (que pode ser oculto, caso desejado), mas as semelhanças param por aí.
Na lateral direita ficam os botões de volume e energia, que são pintados na mesma cor do restante do dispositivo para criar um conjunto mais homogêneo. Na extremidade oposta temos apenas a gaveta híbrida, onde você pode colocar dois chips nanoSIM ou um chip e um cartão microSD.
Na parte de baixo temos um alto-falante para consumo de mídia, microfone principal, porta USB-C e porta P2 para fones de ouvido, ficando na lateral superior mais um microfone para cancelamento de ruído.
O painel frontal é um dos grandes destaques do Zenfone 5, sendo inegável que ele chama atenção por onde passa. Ainda temos uma pequena borda na parte inferior e o famigerado entalhe na parte de cima, mas estes pontos acabam ficando em segundo plano quando a tela está ligada.
Por falar no notch, por ali ficam somente a câmera frontal, o alto-falante que serve tanto para chamadas quanto para multimídia, LED de notificações e sensores, deixando tudo o que você precisa em um espaço bem pequeno.
Não podemos deixar de destacar ainda que o Zenfone 5, como todo aparelho quase que completamente acabado em vidro, é bastante liso e adora marcas de dedo, então a capa entregue na caixa será de ótimo uso, protegendo o dispositivo sem comprometer seu visual.
O smartphone da Asus recebeu um belo aumento em tela sem ter suas medidas esticadas. Ao adotar o entalhe no estilo do smartphone da Apple, Asus conseguiu atingir um ótimo aproveitamento frontal que chega perto dos 90%.
O painel traz tecnologia IPS LCD e entrega ótimo contraste e ângulo de visão. Os usuários podem controlar a saturação e temperatura do branco entre vários ajustes disponíveis na ZenUI.
O brilho poderia ser maior. Usar o smartphone da Asus pode ser complicado em ambiente externo, especialmente ao usar a câmera para tirar uma foto ao sol.
Se a tela chega a decepcionar um pouco, o som, por outro lado, surpreende. Ele é potente e tem efeito estéreo graças aos dois alto-falantes presentes (o de chamadas também reproduz mídia).
Há também um modo externo que força o alto-falante ao máximo para que você escute o áudio do que estiver assistindo em ambientes ruidosos. No entanto, a qualidade acaba comprometida.
O Zenfone 5 vem com fone de ouvido básico, mas que entrega boa qualidade sonora graças às tecnologias DTS e AptX presentes. A qualidade de construção não é muito boa, sendo necessário cuidado para que o fone não estrague rapidamente.
Asus fez um pequeno upgrade no hardware do seu intermediário. Saiu o Snapdragon 630 da geração passada e entrou o modelo 636 da Qualcomm. Apesar de não ser um salto grande, a fabricante do hardware promete um ganho de 40% em desempenho.
O que percebemos é que o Zenfone 5 foi mais rápido do que o Zenfone 4 mais barato, mas ficou abaixo da versão mais cara com Snapdragon 660. Em nosso teste de velocidade, o novo smartphone da Asus levou 1m4s na primeira rodada e 23s na segunda. Ter mais RAM fez o aparelho manter todos os apps abertos em segundo plano, diferente do que tivemos no ano anterior.
Em benchmarks tivemos um ganho expressivo, com 124 mil no AnTuTu e até 4,6 mil no GeekBench. Em jogos, o Zenfone 5 manda bem. Em títulos travados para não passarem de 30 fps, o smartphone da Asus fica nesta marca ou muito próximo disso. Já em títulos que vão além disso temos quase 60 fps em todos.
A exceção fica para o PUBG Mobile. O título não é muito otimizado e apresenta uma variação muito alta na taxa de quadros por segundo, mesmo em flagships.
Apensar de o smartphone da Asus não empolgar em autonomia de bateria, ele ainda aguenta algumas horas de jogatina sem reclamar. O aquecimento do aparelho em título mais pesados é aceitável e não deve incomodar a maioria.
Asus continua apostando em câmera dupla com lente grande-angular. A câmera principal entrega 12 MP de resolução máxima com abertura f/1.8, enquanto a secundária chega a no máximo 8 MP e abertura f/2.0, mas devido à maior abertura é capaz de capturar mais do ambiente.
Para filmagens temos resolução máxima de 2160p a 30 quadros por segundo. É possível reduzir a resolução para Full HD para alcançar 60 fps. O Zenfone 5 oferece estabilização óptica na traseira e eletrônica na frontal. O conjunto é bastante eficiente tanto na captura de fotos e vídeos quanto na estabilização de imagem.
O modelo nacional receberá updates exclusivos para a câmera. Essa é uma aposta da Asus para valorizar a marca no mercado nacional e entregar extras para quem adquirir o aparelho por aqui.
Enquanto testávamos o Zenfone 5, uma atualização de câmera trouxe uma melhoria considerável para a câmera frontal. O efeito bokeh também é competente. Ele não chega a ser perfeito, mas funciona melhor que muito celular mais caro.
A captura de áudio é boa e apresenta um decente nível de detalhes. Enquanto alguns smartphones ainda gravam áudio mono, como o iPhone X, o modelo da Asus aposta em som estéreo.
O Zenfone 5 vem com carregador de 10W de potência, que leva pouco mais de 2h para preencher totalmente a bateira de 3.300 mAh. A ZenUI do aparelho oferece Inteligência Artificial para controlar a carga e prologar a vida útil da bateria. Ao fazer isso, o tempo de recarga aumenta consideravelmente, passando das 3h na tomada.
Com uma carga de bateria é possível assistir vídeos por quase 12h consecutivas no Zenfone 5, o que seria suficiente para assistir uma temporada completa da sua série favorita. Em um uso misto com vários apps e jogos, a bateria dura até o início da noite, o que pode não ser suficiente para alguns.
A boa notícia é que há vários ajustes para uso do hardware e algumas funções do software, o que permite prolongar consideravelmente a autonomia do aparelho. Mas tenha em mente que o desempenho acaba caindo.
Asus manteve parte do design da geração anterior, mas foi capaz de aumentar consideravelmente a tela sem tornar seu novo intermediário maior. Claro que para isso a empresa teve que adotar o famigerado entalhe, que nem todo mundo curte.
O Zenfone 5 entrega boa tela e som, executa vários apps ao mesmo tempo sem lentidão, é capaz de registrar boas fotos e vídeos, e tem uma bateria que até pode durar o dia inteiro com uso mais leve.
A sua câmera vai além do que vemos no Moto Z3 Play ou rivais da Samsung e Sony, mas a ZenUI ainda carece de melhor otimização para superar outros aparelhos na mesma faixa de preço em desempenho e autonomia de bateria.
No geral, o Zenfone 5 é melhor do que o seu antecessor e deve agradar quem busca um bom intermediário para selfies em grupo ou efeito retrato convincente. Se a Asus conseguir aprimorar o desempenho e bateria com atualizações de software, ela terá um ótimo produto para rivalizar com Motorola, Samsung e Sony no Brasil na faixa dos R$ 2 mil.
Leave a comment