O Zenfone Max Pro vem em uma caixa com abertura deslizando horizontalmente a parte de baixo para fora. Uma segunda caixa, contendo manual, informações da garantia e extrator da gaveta de chips pode ser retirada para acesso ao smartphone. Abaixo do aparelho, temos carregador de 10W, cabo de energia e dados e fone de ouvido estéreo, guardados e embalados separadamente.
O smartphone em si tem acabamento metálico na traseira, com as laterais em plástico. A bateria não é acessível pelo usuário, então temos uma gavetinha de chips com três slots, sendo dois para chips nano SIM e um para o cartão micro SD.
Com a 'tela infinita' em 18:9, o Max Pro tem corpo compacto para um display de 5,99 polegadas, trazendo poucas bordas e bom aproveitamento frontal. As dimensões do dispositivo são de 159 x 76 x 8.46 mm, enquanto o peso é de apenas 180 gramas - o que é pouco, considerando que a bateria tem 5.000mAh de capacidade.
Na parte traseira ainda encontramos, no cantinho, uma câmera dupla e, mais centralizado, o leitor de impressão digital. O dispositivo tem um conector micro USB e o alto falante mono na parte de baixo. Na frente, a boa notícia para quem não gosta do notch: esse modelo tem bordas pequenas na parte de cima e de baixo do display.
O display do Zenfone Max Pro tem 5,99", mas a própria ASUS arredonda para 6". A tecnologia é IPS LCD, a resolução, Full HD esticada (1080 x 2160 pixels) e a tela ocupa mais de 75% da parte frontal do dispositivo. A densidade aproximada é de 403 ppi.
Aqui temos brilho máximo ok para usar embaixo da luz do sol, com luminosidade que fica na média dos dispositivos intermediários. O brilho mínimo também é bem baixo, e incomoda bem pouco para usar em ambientes escuros.
No brilho máximo, o preto fica visivelmente mais acinzentado, o que reduz um pouco o contraste, mas ainda é melhor que outros smartphones intermediários IPS LCD que já testamos. Não há muitos ajustes de cores, mas é possível escolher entre uma cor mais quente ou mais fria, com vários níveis entre os dois.
Quanto ao áudio, o nível do volume é bem alto e a qualidade não se perde tanto. E mesmo que você obstrua a saída do som, ainda dá para escutar um pouco.
Um dos grandes diferenciais desse modelo, pelo menos em comparação com outros dispositivos da ASUS, é o software. A experiência do Android puro, como a companhia preferiu anunciar por aqui. A cara do software é basicamente a mesma que você vê em um Nexus ou Pixel, por exemplo.
O app de câmera é diferente, mas o menu de configurações rápidas e de ajustes, bem como a gaveta de apps, são iguais ao que o Google utiliza em seus aparelhos. O mais interessante é que já temos o Android 8.1 Oreo aqui, e não o Nougat como no Zenfone 5 Selfie e Selfie Pro. Porém, o aparelho não está no programa Android One, então as atualizações não são tão rápidas quanto gostaríamos.
O Zenfone Max Pro é mais barato que os dois Zenfone 5 Selfie, mas tem chipset mais potente. Esse modelo aqui é o que tem menos RAM e menos armazenamento, mas isso não parece afetar muito o desempenho geral, que é muito bom.
E isso se deve, principalmente, ao chipset Snapdragon 636, da Qualcomm. Apesar de apresentar clock inferior ao modelo 630 (máximo de 1,8 GHZ versus máximo de 2,2 GHZ), esse chipset conta com um processador que utiliza a arquitetura Kryo, que é mais potente sem abdicar da eficiência energética. Sendo assim, a performance com 3 GB de memória RAM pode superar o Zenfone 5 Selfie Pro, que tem 4 GB de memória.
No nosso teste de velocidade, o dispositivo mostrou boa rapidez no carregamento e troca de aplicativos, além de conseguir segurar todos os 12 apps para a segunda volta. No AnTuTu, a pontuação ficou na casa dos 115 mil pontos, bem mais que os 87 il pontos do modelo mais potente da família Zenfone 5 Selfie.
E a ótima performance se repete em jogos. Não chega a ser um desempenho de topo de linha, mas o chipset intermediário dá conta do recado e roda os títulos mais pesados da Play Store numa boa, de maneira agradável para a maioria dos usuários.
O grande destaque desse smartphone é a bateria. Com 5.000mAh aqui dentro, o Zenfone Max Pro suportou uma maratona bem longa em nossa simulação de uso real, ficando com o quinto maior tempo que já registramos até o momento.
Os testes específicos corroboram a ótima autonomia que, no entanto, poderia ser um pouco melhor em um aparelho com Android puro e capacidade monstruosa - um dos líderes em nosso ranking, o Redmi Note 4X, tem tela pouco menor, 900mAh a menos e duração bem superior, com 27,5 horas.
Ah sim, e não adianta ter bateria de sobra e o tempo de recarga ser muito alto. O Zenfone Max Pro consegue preencher a carga de 0% a 100% em 3 horas. Um tempo apenas razoável para o tamanho de sua bateria.
O conjunto de câmeras principal tem abertura f/2.2, mas isso não parece afetar muito a qualidade das imagens. Com boa luminosidade, o Max Pro oferece cores vibrantes e bons níveis de detalhes, com um bom equilíbrio de exposição.
E mesmo com pouca luz o dispositivo não vai mal. Não chega a competir com um smartphone de elite, claro, mas a qualidade é bem razoável, ainda mais considerando que a abertura é bem menor que a de um Galaxy S9, por exemplo.
Nas selfies, novamente o Max Pro consegue realizar um bom trabalho. Mesmo com pouca luz, a imagem fica aceitável, e sem mudar muito o seu rosto para um efeito de embelezamento forçado.
Um dos pontos fracos é que o app é diferente do que a ASUS utiliza em seus smartphones com a ZenUI. Há diversos modos disponíveis, desde HDR até noturno, praia e neve. Mas não há um modo profissional, de fato. É possível mexer em configurações de ISO, balanço de branco e exposição, mas pelo menu de configurações, apenas.
Pontos positivos
Pontos negativos
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