O Pixel XL foi lançado em 2016 como a entrada da Google no mercado de smartphones. A empresa contava anteriormente com a linha Nexus, mas com a Pixel ela tem total controle sobre o desenvolvimento dos aparelhos, podendo não apenas realizar todos os ajustes de software mas também de hardware.
O aparelho foi fabricado pela HTC, mas todo o projeto foi desenvolvido pela gigante das buscas. Você não encontrará o logo da HTC no aparelho e nem qualquer menção à fabricante taiwanesa na embalagem do produto.
A embalagem segue o padrão ‘clean’ adotado pela Google em seus outros produtos. Os acessórios que vêm juntos com o Pixel XL são os básicos necessários para usar o smartphone: carregador, cabo USB-C, chave para abrir gaveta do cartão SIM e manuais de uso.
O Pixel XL tem traseira que mescla metal com vidro, fugindo do convencional visto em smartphones com traseira toda em metal ou vidro. No canto superior esquerdo temos a câmera e o flash em LED; logo abaixo o leitor de impressão digital.
O Pixel XL tem 154,7 mm de altura, 75,7 mm de largura e 8,5 mm de espessura com 168g de peso. Na lateral direita há o botão para ligar e desligar, além do botão do controle de volume. Na lateral esquerda temos apenas a gaveta para o chip de operadora. Embaixo há a entrada USB-C, microfone e alto-falante. Já na borda superior temos apenas a entrada P2.
A qualidade de construção do Pixel XL é muito boa, e o metal fosco ajuda a evitar que o celular escorre da mão com facilidade. A parte de vidro, no entanto, pode acabar quebrando ao cair.
O Pixel 2 XL vem com tela AMOLED de 5,5 polegadas com resolução Quad HD, o que resulta em 534 ppi. O vidro que cobre a tela traz proteção Gorilla Glass 4 contra riscos. O painel usado pela Google tem boa reprodução de cores, mas quem não curte as cores saturadas por padrão das telas AMOLED pode ativar o modo sRGB nas configurações do desenvolvedor.
Além de oferecer ótimo ângulo de visão, a tela do Pixel XL também entrega brilho alto, garantindo boa visibilidade mesmo em ambiente externo. A sensibilidade também é adequada para uma experiência prazerosa com o aparelho. É muito raro ver o Pixel XL não responder a um toque na tela.
Em som temos apenas um alto-falante na parte inferior (do lado esquerdo da entrada USB-C). O som é mono e tem um nível de volume decente. Não espere ter uma experiência imersiva com o smartphone da Google, já que diferente do Pixel XL, o som não vem na direção do usuário.
O Pixel XL não vem com fone de ouvido, mas oferece entrada P2 – algo que foi removido em seu antecessor. Pelo menos o usuário não precisa se preocupar em andar com nenhum adaptador para conectar um fone de ouvido tradicional no aparelho.
O hardware do Pixel XL pode não ser mais tão atrativo em 2018. Aqui temos o Snapdragon 821, chipset que era o mais potente da Qualcomm no segundo semestre de 2016. Ele é formado por processador quad-core que chega à velocidade máxima de 2,15 GHz. A GPU é a Adreno 530, poderosa o suficiente para lidar com apps gráficos e jogos na resolução Quad HD.
O Pixel XL vem com 4 GB de RAM, sendo encontrado nas opções de 32 e 128 GB de armazenamento. Como esperado de um smartphone da Google, o Pixel XL não oferece slot para microSD, o que torna a opção de 32 GB bem menos atrativa.
Em benchmarks tivemos os seguintes resultados:
O Pixel XL com Android 8 conseguiu um resultado razoável. Foi necessário 1 minuto e 1 segundo na primeira rodada, com quase 19 segundos na volta final, para um tempo total de 1 minuto e 20 segundos. Com esses resultados o Pixel XL fica próximo do iPhone 8 e Galaxy S8 , que fecharam a mesma prova em 1 minuto e 12 segundos , e 1 minuto e 14 segundos , respectivamente.
Também testamos alguns jogos, desta vez, medindo as taxas de quadros por segundo e exigência do sistema, com a ajuda do aplicativo GameBench. Os títulos utilizados foram Asphalt 8, Asphalt Xtreme, Modern Combat 5 Injustice 2, Clash Royale e Subway Surfers.
FPS | CPU | Memória | |
Asphalt 8 | 29 | 17% | 583 MB |
Asphalt Xtreme | 30 | 14% | 532 MB |
Modern Combat 5 | 45 | 18% | 534 MB |
Injustice 2 | 30 | 22% | 823 MB |
Clash Royale | 59 | 7% | 437 MB |
Subway Surfers | 59 | 21% | 344 MB |
Em Asphalt 8 o Pixel XL usou 17% da CPU e 583 MB de RAM para manter uma taxa média de 29fps, em Asphalt Xtreme temos a taxa de 30 fps, com uso de 14% da CPU e 532 MB de RAM.
Foram necessários 18% da CPU e 534 MB de RAM para manter 45 fps em Modern Combat 5, enquanto o jogo de luta Injustice 2 forçou a CPU em 22%, além de usar 823 MB de RAM para manter a taxa de quadros por segundo em 30.
Fechando temos Clash Royale com média de 59fps e uso de apenas 7% da CPU e 437 MB de RAM, um baixo uso de RAM que se repetiu em Subway Surfers, que também manteve taxa de 59 quadros por segundo com uso de 21% da CPU e 344 MB de memória.
O Pixel XL oferece uma câmera de 12 megapixels na traseira com abertura f/2.0 e capacidade de gravar vídeos em 4K a 30 quadros por segundo. Google oferece estabilização apenas eletrônica com seu smartphone, mas o resultado funciona muito bem.
Na parte frontal temos uma câmera de 8 megapixels com abertura f/2.4 e capacidade de filmar em Full HD. A menor abertura focal pode indicar que o aparelho não é muito bom para selfies, mas mesmo em ambientes com baixa iluminação conseguimos registrar boas fotos.
Um dos maiores pontos positivos do Pixel XL é sua câmera. Ela entrega ótimo equilíbrio de luz e cor em qualquer situação. Mesmo em fotos tiradas com o sol ao fundo vimos uma boa exposição para compensar a luz de ambos os lados.
A câmera do aparelho também regula bem o ISO para evitar excesso de claridade e pontos estourados nas fotos. Em ambientes noturnos temos um baixo nível de ruído e boa claridade em ambientes fechados.
Outro ponto que a câmera do Pixel XL manda bem é em vídeos. O sistema de estabilização eletrônica funciona muito bem e entrega vídeos com poucos tremidos. O áudio capturado é decente, mas peca por ser mono.
Google também fica devendo por não oferecer controles manuais com o seu app de câmera (que pode ser baixado em outros aparelhos Android). É inegável que a câmera faça um bom trabalho no modo automático, mas permitir ao usuário regular de forma mais precisa a câmera, especialmente em vídeos, seria mais interessante.
Aqui temos uma bateria de 3.450 mAh para alimentar o smartphone da Google. O Pixel XL passa 2h08 na tomada para chegar a 100%, sendo possível usar o aparelho por 12h em um uso médio (com vídeos e jogos). É possível fazer a bateria durar até o final do dia ao fazer um uso mais leve.
Com uma carga de bateria é possível assistir vídeos por 12h20 no Pixel XL. Para gravar vídeos a bateria dura bem menos: apenas 3h45. Em chamadas temos 9h26 de altura com uma carga de bateria, caindo para 4h15 de videochamadas no Skype. Em jogos, o Pixel XL consegue render uma média de 5h de jogatina.
Ficamos com o Pixel XL durante praticamente um dia inteiro em nosso teste de bateria para chegarmos aos resultados que você confere abaixo:
O Pixel XL conta com Android 8.1 Nougat, enquanto a maioria dos smartphones que estão sendo atualizados neste começo de 2018 ainda vem recebendo a versão 8.0. A vantagem de ter um smartphone diretamente da Google é que você recebe atualizações antes de todo mundo.
Além disso, Google vem mantendo a sua promessa de manter o Android o mais seguro possível ao liberar pacotes mensais de segurança – que nem sempre são repassados por outras fabricantes para os usuários.
O Pixel XL, no geral, oferece ótimo desempenho. Ele pode não ser o smartphone mais rápido da atualidade, mas seu sistema flui muito bem e é capaz de executar qualquer app para Android sem dificuldade. O leitor biométrico do aparelho não é dos mais rápidos mas funciona bem dentro do esperado.
Leave a comment