A LG, assim como faz a Samsung há anos, está criando uma grande quantidade de variantes de smartphones mais parrudos. O mais recente deles é o G3 stylus, versão muito mais simples do G3, com quase o mesmo tamanho, muita semelhança externa e interna, junto de uma canetinha stylus para telas capacitivas. Por dentro temos um processador Mediatek de quatro núcleos rodando a 1.3 GHz e rodando a já antiquada placa gráfica Mali-400MP2. A embalagem é bastante semelhante ao que temos em modelos da linha L - isso significa uma caixa de papelão bem fino, com foto do aparelho na frente e muito contraste de cores, focando no branco e vermelho.
Por dentro há o celular, um carregador de tomada com porta USB, cabo de dados USB, manual de instruções e um pequenino e - muito - simples fone de ouvido. Tudo isso ocupa um espaço muito menor do que o da embalagem, o que poderia ocasionar em uma caixa menor e com maior organização dos acessórios - o que gera economia, já que há menor quantidade de papelão na construção de todo o produto.
Do lado de fora, praticamente tudo que tivemos com o G3 está presente por aqui. A traseira continua com ligeira curvatura, os botões físicos estão atrás do smartphone e a tampa da bateria conta com uma textura áspera que lembra algo metálico - mas ainda assim, é de plástico. Na frente temos uma tela IPS LCD de 5.5 polegadas, com resolução de 960 x 540 pixels, densidade aproximada de 200 pixels por polegada e uma câmera frontal de 1.3 megapixel, sem qualquer sensor de luz na frente - o que faz com que o brilho não funcione de forma automática, um problema chato para quem entra e sai de lugares com grande alteração de luz.
Nas laterais não há qualquer botão ou entrada, enquanto em cima está uma porta infravermelho, microfone secundário e a canetinha stylus guardada em um compartimento próprio. Abaixo temos a entrada microUSB, outra para fone de ouvido e o microfone principal.
Atrás fica a câmera de 13 megapixels, que filma em Full HD, botões de controle de volume, liga/desliga e um pequenino flash LED. Abaixo, está o alto falante e, na parte de dentro da tampa, fica a bateria de 2.940mAh, duas entradas para chip da operadora e outra para cartões microSD de até 32 GB. A bateria é capaz de entregar uma autonomia de 880 horas em stand-by e até 25 horas de conversa ao telefone. Em uso cotidiano, durou pouco mais de um dia inteiro.
O G3 Stylus é grande, grande ao ponto de que a pegada não é das mais confortáveis e passa a sensação de que o conjunto irá escorregar. Esta sensação é um pouco reduzida por conta da curvatura da parte traseira, mas que é lisa e anula parte da segurança. Sim, mesmo em mãos grandes o phablet é enorme e ele vai ocupar muito espaço para o usuário - que fica quase que impossibilitado de usar o dispositivo com uma só mão. Em números, temos 149,3 milímetros de altura, por 75,9 milímetros de largura e 10,2 milímetros de espessura, tudo isso somado aos 163 gramas de peso total.
Estes números entregam um celular que vai ocupar espaço dentro de um bolso apertado e de uma bolsa feminina. Ele também é ligeiramente pesado, não que isso atrapalhe algo, mas sim que é mais pesado do que seus concorrentes diretos.
O Android que roda debaixo dos panos da LG, neste aparelho, recebeu um refinado retoque que apareceu pela primeira vez lá no G3. São texturas com menor número de detalhes, menor contraste em cores e um visual que remete ao que o Google criou para o Android Lollipop. A tela inicial conta com três painéis onde ficam os widgets e atalhos, sendo que você pode ficar com qualquer quantidade entre uma e sete destas telas.
Um erro que a LG teima em continuar adotando é a área de notificações extremamente populosa. Isso faz com que você fique com menor espaço para notificações, qualquer uma. Se você abrir o QSlide e adicionar os controles de volume e brilho, por exemplo, perde grande parte da área visível para notificações - elas continuam lá, só que você precisa sempre deslizar a tela para cima para ler. Mesmo com estes dois recursos eliminados da tela, muito da área é ocupada com botões e atalhos. Outro problema, que acontece com certa frequência em aparelhos não tão parrudos, é que a LG não insere um sensor para controlar o brilho automaticamente. Todo controle precisa ser manual, o que é bastante chato para momentos onde você entra e sai de locais com grande diferença de luz.
Assim como já acontecia com outros smartphones da LG, dos mais recentes e parrudos, a marca colocou a possibilidade de abrir mais de uma janela ao mesmo tempo. É possível abrir, por exemplo, o navegador e o Google Maps, ou então o Maps junto do app de mensagens - para ver o endereço que um amigo acabou de te enviar. Senti falta de ter a opção de abrir um app de notas, por exemplo, que seria bacana quando você recebe alguma mensagem e quer anotar um texto e salvar. Outro porém fica por conta da resolução de tela do smartphone, que limita bastante o que pode ser visualizado na tela dividida.
A área de multitask recebeu cara nova também, com a possibilidade de ver previews do que está aberto de forma bem grande e pouco maior do que o Google faz com o Android puro, da linha Nexus. Também dá pra ver as prévias bem pequenas e em maior número, o que ajuda a gerenciar o que está aberto e se vale a pena fechar. O desempenho do G3 Stylus não é dos melhores quando há muitos apps abertos ao mesmo tempo, já que o processador Mediatek MT6582 quad-core de 1.3 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e uma GPU Mali-400MP2 não permitem que mais do que cinco apps funcionem ao mesmo tempo sem comprometer o bom desempenho. O maior gargalo não é bem no processador, mas na quantidade de memória RAM - o Zenfone 5, por exemplo, conta com o dobro desta quantidade e custa menos do que o G3 Stylus.
O teclado pode ser ajustado de acordo com a altura e tamanho que você preferir - há dois limites, sendo um para cima e outro para baixo, liberando qualquer escolha de tamanho no meio do caminho entre ambos os extremos. Ele também permite que você utilize a barra de espaço para selecionar parte da palavra que você está digitando, o que ajuda na hora de corrigir alguma letra que entrou no lugar errado.
A LG nunca foi o tipo de empresa que deixa o Android limpo, com pouca customização e poucos apps pré-instalados - a Samsung inunda seus smartphones com tudo que você quer e coisa que você sequer sabia que existia, que nunca vai usar. O G3 Stylus recebeu uma quantidade menor de apps pré-instalados, algo que pode ser reflexo dos apenas 8 GB internos do dispositivo. Por dentro, temos apps como previsão do tempo, navegador próprio da LG, controle remoto, gravador de voz, gerenciador de arquivos, QuickMemo+, rádio FM e o visualizador ThinkFree Viewer, para documentos do Office.
Não há navegador padrão instalado, sendo que o usuário fica divido entre um modificado pela LG e o Chrome, ambos prontos para o uso. O Chrome leva vantagem ao permitir que dados sejam sincronizados entre diversos aparelhos (sejam eles Androids, iOS ou o computador). Isso inclui abas, senhas e histórico - o navegador, o outro, não permite nada disso.
Em geral, o Android roda bem e está na versão 4.4.2 (que deve ser atualizado, já que no momento deste review o Google já lançou o Android 5.0). O desempenho sofre exatamente do mesmo problema que sofre a Samsung, com o TouchWiz - só que com menor intensidade. O hardware trabalha bem com o que há de software, mas não ao mesmo ponto que consegue a Motorola com seu Android quase que puro. A interface, por mais que não seja tão pesada como a TouchWiz, ainda dá demonstrações de que poderia ser mais leve e entregar uma experiência de uso superior.
Por dentro do G3 Stylus, temos uma GPU Mali-400MP2, que é capaz de rodar a maioria dos jogos - até os mais pesados. Testamos o intenso Asphalt 8 e ele rodou sem qualquer engasgo ou travamento do sistema operacional, o mesmo ocorreu com outros títulos como Modern Combat 5 e Asphalt Overdrive. A GPU não é recente e tem muitos anos de presença em vários aparelhos, mas mostra que ainda lida bem com a promessa de jogos rodando bem.
O tocador de músicas é bastante simples e com poucas funções extras. Com ele, é possível reproduzir músicas em MP3 de qualquer tamanho e qualquer qualidade, com direito até a exibir a capa do álbum corretamente e ajustar alguns efeitos sonoros na reprodução da canção.
O tocador de vídeos é ainda mais simples e os únicos recursos extras que propõe é de remover barras superiores ou laterais, junto de criar uma janela flutuante para que o vídeo seja executado acima de outros apps. Conseguimos rodar vídeos de até 1080p, sem engasgos.
A câmera deste modelo serve apenas como uma boa companheira para momentos onde a foto é bastante necessária. O sensor conta com 13 megapixels de resolução. O resultado é de fotos com quantidade de detalhes razoável e granulado visível quando aplicado 100% de zoom para ver a imagem em tamanho real. Em fotos noturnas, este ruído na imagem é ainda maior e há certo problema na hora de firmar o foco em algum objeto - sem luz ajudando
Ele é capaz de filmar em até 1080p (1920 x 1080 pixels, ou Full HD) e a qualidade segue o mesmo padrão que temos para as fotos.
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