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A caixa do K10 Pro segue exatamente o mesmo padrão já adotado nos outros dois modelos de sua linha, contando com plano de fundo em cinza esverdeado, algumas informações em sua parte frontal e mais alguns detalhes na parte traseira. Vale destacar que a embalagem é feita em materiais não muito resistentes, além de não contar com divisórias internas entre os acessórios.

Com relação aos itens inclusos na caixa, temos um carregador de tomada de 1,2A de saída (o que é melhor que os 0,85A entregues com o K10 Novo, mas ainda bem abaixo do desejado), cabo USB-microUSB para transferência de dados e recarga do aparelho, fones de ouvido de qualidade bastante básica (que ao menos possuem microfone embutido e botão para chamadas), sua bateria de 3.080 mAh e os tradicionais manuais.

Temos ainda a caneta Stylus que vem dentro de seu compartimento no próprio K10 Pro, sendo um acessório bastante fino mas que não causa qualquer desconforto ao ser manuseado, contando com ponta emborrachada para evitar riscos na tela e um pequeno gancho na parte traseira para que você não a coloque do lado errado.

Em nossos testes, vimos que a caneta possui uma precisão razoável, porém nos cantos da tela pode ser difícil fazer com que ela seja reconhecida e é nítido o delay entre o toque e a escrita em alguns momentos. Para a faixa de preço do aparelho, entretanto, está mais do que suficiente, não sendo esperado de qualquer forma algo no nível da linha Galaxy Note da Samsung.

É inegável que o K10 Pro é um modelo bem mais elegante que os demais de sua linha, possuindo parte traseira com uma textura que imita aço escovado e um bom aproveitamento frontal para sua tela, fazendo com que ele não seja tão grande assim para um modelo com painel de 5,7 polegadas. Nas dimensões, temos 155.6 mm de altura por 79.8 mm de largura, sendo o K10 Pro mais baixo, mas ligeiramente mais largo que o Samsung Galaxy A7 2017 .

Um ponto de seu design que merece destaque é a espessura, sendo o K10 Pro uma verdadeira "telha", ou seja, amplo mas fino. Isto passa ao dispositivo um ar ainda mais requintado, porém pode incomodar durante o uso dependendo do quão sensível é a sua mão. Com relação ao peso, temos 149 gramas, o que é bem abaixo de outros aparelhos com tela deste tamanho por causa do corpo inteiramente em plástico.

Sobre os botões e conexões, temos as teclas de volume na lateral esquerda, porta microUSB, entrada P2 para fones de ouvido e microfone principal na parte de baixo, microfone secundário para cancelamento de ruído e slot para a caneta Stylus na lateral superior, e seu botão de energia com leitor de impressões digitais integrado na parte de trás, logo abaixo do flash da câmera.

Com relação ao leitor de digitais, ficamos felizes em afirmar que ele trabalha muito bem na maioria dos casos, conseguindo reconhecer sua digital de maneira quase que instantânea e permitindo o registro de até cinco padrões, o que significa que você pode cadastrar dois dedos de cada mão e ainda sobre espaço.

As gavetas para chip SIM e cartão microSD podem ser acessadas removendo a capa traseira, assim como a bateria de 3.080 mAh, sendo possível usar dois chips nanoSIM e um cartão microSD de até 256 GB, o que é um alento para quem não fica satisfeito com 32 GB internos mas precisa de dois números no mesmo aparelho.

Falando sobre a tela, temos um painel IPS LCD de 5,7 polegadas com resolução HD (720 x 1280 pixels), o que confere ao K10 Pro a densidade aproximada de 258 ppi. Certamente seria mais aconselhável o uso de um painel Full HD, principalmente se levarmos em conta as dimensões do display e o fato de vários modelos na faixa até de R$ 800 contarem com tal resolução, porém fosse feito isso todo o conjunto de especificações precisaria ser modificado, como veremos mais para frente.

Em nossos testes , vimos que o K10 Pro até conta com boa resposta ao toque e ângulos de visão satisfatórios, porém seu brilho máximo é bem inferior ao de outros modelos em sua faixa de preço, e ele possui uma tendência a exibir tons mais quentes, seguindo assim a mesma linha vista em outros aparelhos intermediários da LG. De uma forma geral, dá pra dizer que é uma boa tela, mas nada além disso.

Para quem quer algo mais técnico, foi alcançado brilho máximo de apenas 338 lux com uma imagem branca sendo exibida, e brilho mínimo de 2 lux com a mesma imagem. Com isso, podemos dizer que ele se sai muito bem em ambientes internos, principalmente noturnos, porém sob luz solar direta pode ser necessário forçar um pouco mais a visão para enxergar o conteúdo exibido.

Eis que chegamos no primeiro grande "porém" do K10 Pro. O dispositivo da LG até conta com um hardware bacana para tarefas diárias, conseguindo lidar bem com apps de redes sociais, navegação web e até mesmo um ou outro jogo, porém por possui exatamente o mesmo conjunto dos modelos mais simples de sua linha (que são encontrados por até R$ 700) ele deixa bastante a desejar frente a rivais diretos.

Em nosso teste prático de velocidade , o K10 Pro manteve a "fama" de outros intermediários da LG, demonstrando que a fabricante conseguiu otimizar sua interface de tal forma que ela consegue trabalhar sem qualquer tipo de problema mesmo em especificações mais simples, entregando uma multitarefa bastante fluida para um modelo com apenas 2 GB de RAM.

Na primeira volta, foram necessários 1 minuto e 24 segundos para que todos os apps fossem abertos, com o dispositivo precisando de apenas outros 33 segundos na segunda volta para reabrir todos eles e retornar ao cronômetro. Com isso, ele totalizou bons 1 minuto e 57 segundos, ficando à frente de boa parte de seus rivais.

Nos testes teóricos de benchmark, tivemos:

No desempenho prático com jogos, como sempre, foi utilizando nosso fiel companheiro GameBench. No Asphalt 8, tivemos a boa taxa média de 29 fps, ficando assim no mesmo nível de tantos outros modelos e apresentando algo satisfatório para a jogatina como um todo. Vale notar que o jogo foi executado em sua qualidade máxima, o que significa que se você quiser algo ainda mais fluido basta abrir mão de algumas texturas.

No Modern Combat 5, infelizmente tivemos algo ligeiramente menos fluido, sendo encontrada aqui a média de 27 fps, o que acaba ficando ainda mais abaixo em momentos de explosões e outras cenas mais dinâmicas, mas não chegando a incomodar de uma maneira geral. A exemplo do Asphalt 8, este jogo também foi executado em sua qualidade máxima, podendo ser conseguido algo mais fluido caso você não faca tanta questão assim de partículas e outros detalhes gráficos.

Por último, temos o Subway Surfers, que figura como nosso representante de títulos mais básicos e casuais. O K10 Pro não teve qualquer problema para executar o jogo, mantendo a média de 59 fps e demonstrando que você poderá aproveitar de opções como Candy Crush e Clash of Clans sem se preocupar com travamentos e engasgos.

Sobre a interface da LG, na parte do sistema em si temos basicamente o mesmo Android 7.0 Nougat presente no restante da linha K10 2017, sendo uma versão bastante limpa e otimizada que conta apenas com algumas poucas funcionalidades extras como o filtro de luz azul para visibilidade mais confortável à noite, além do uso de temas e de alguns apps da LG que substituem as opções nativas do Android, como galeria, discador e mensagens, por exemplo.

O grande diferencial aqui, contudo, está nas funções voltadas para o uso da caneta Stylus. Ao retirar a caneta com a tela desbloqueada, você tem acesso ao menu flutuante com alguns atalhos, incluindo a possibilidade de escolher apps que podem ser acessados à partir daí e as funções Pop Memo, Capture+, Pop Scanner e QuickMemo+.

A primeira delas abre um bloco de notas flutuante que pode ser arrastado pela tela e conta com todas as ferramentas de edição da caneta, incluindo várias opções de pontas diferentes, cores e compartilhamento direto com o menu de contexto do Android.

A segunda, como o nome já diz, captura a tela e permite edições com a caneta, possibilitando assim que você faça anotações sobre o que está sendo exibido para mandar para alguém. Aqui também temos todas as opções de pontas e cores para a caneta, bem como uma extra para captura seletiva em uma área da tela que for desenhada.

Passando para a Pop Scanner, não temos na verdade um uso muito intenso da caneta por aqui, sendo usada a câmera para capturar algo que poderá ser editado para ser anexado no bloco de notas ou enviado diretamente para alguém.

Por fim, temos o QuickMemo+, que como você deve ter adivinhado abre o app do bloco de notas da LG para uma nota rápida com a caneta.

Outra função que não pode deixar de ser destacada é a anotação com a tela apagada, bastando que você tire a caneta de seu slot mesmo com o dispositivo bloqueado para que seja exibida uma página com fundo preto para que você faça sua anotação, o que é algo bastante prático para quando você precisa anotar algo e não tem papel por perto

Passando então para as câmeras, temos aqui um ponto que é bastante criticado nos modelos intermediários da LG há algum tempo, porém que se olharmos para outros intermediários de companhias rivais não temos algo tão ruim assim quanto dizem. Em nosso teste às cegas , por exemplo, o sensor de 13 megapixels com abertura f/2.2 do K10 Pro superou todos os concorrentes na maioria dos cenários, conseguindo a primeira colocação com uma certa folga.

Obviamente que nem tudo são flores, o software de câmera ainda é bastante limitado em termos de funções e a abertura poderia ser maior para um desempenho mais satisfatório em ambientes noturnos, porém caso ele caia para uma faixa de preço mais similar ao restante da linha K10 2017 teremos uma boa relação custo-benefício.

Na câmera frontal, temos algo também razoável, e que por sinal nos convenceu mais que a câmera do K10 Novo que conta com todo um marketing por causa de suas lentes ultra-wide. Ainda que não seja uma exímia câmera, temos algo que deve ser suficiente para selfies em redes sociais mesmo em ambientes noturnos, graças ao flash na tela que cumpre bem o seu papel em auxiliar o sensor de 8 megapixels com abertura f/2.4.

Eis que chegamos à bateria do K10 Pro. Usando o fraco carregador de 1,2 A de saída que vem com o aparelho você conseguirá algo em torno de 41% dos 3.080 mAh, precisando de um total de praticamente 3 horas para carregar 100% o dispositivo, o que é um tempo considerável para uma bateria não tão grande assim.

Em termos de consumo, a situação não é tão boa mas também não decepciona, sendo conseguidas 10 horas e 52 minutos de reprodução de vídeos offline, 3 horas e 32 minutos de gravação de vídeos em Full HD, 3 horas e 29 minutos de video-chamadas pelo Skype usando rede Wi-Fi, e 15 horas e 32 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis.

Em nosso teste prático o aparelho aguentou por 9 ciclos, ou quase 16 horas de uso contínuo, o que significa que para usuários mais moderados ele deve chegar ao final do dia com carga sobrando sem grandes problemas. Confira abaixo um resumo dos resultados obtidos:

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