O K12 Max chegou ao mercado no meio do ano juntamente com seu irmão quase gêmeo, o K12 Prime , que já analisamos. Agora vamos conferir o mais barato dos dois. Afinal, com ambos tendo tanto em comum vale investir no mais caro ou é melhor economizar de ir no Max? É isso que você confere nesta análise completa.
K12 Max vem em caixa preta simples com o nome do aparelho estampado e também algumas informações sobre o seu hardware. Além do aparelho, você recebe:
O K12 Max faz parte do segmento que fica entre os celulares básicos e intermediários. É justamente onde acontece a maior briga pelo custo-benefício. Ele chegou ao mercado custando 1.299 reais e tenta conquistar o público com sua inteligência artificial.
O design é muito parecido com o Prime, especialmente de frente. Há entalhe em forma de gota que abriga a câmera de selfies. Seu acabamento é feito em plástico de boa qualidade, a traseira tenta imitar vidro e acaba sendo um imã de marcas de dedo.
Como nos demais básicos da LG, este também possui certificação militar que garante maior resistência contra impactos e temperatura extrema. Na lateral há botão dedicado para o Google Assistente, mas peca por ainda vir com entrada micro USB.
Suas medidas são as mesmas do Prime. Apesar da adoção do entalhe, ele não chega a ser um smartphone compacto. Há modelos rivais com mais tela que são menores.
O painel presente neste é praticamente o mesmo do outro da marca. A qualidade da imagem é decente, porém o brilho poderia ser maior. Será necessário fazer um pouco de esforço para enxergar o conteúdo sob a luz do sol.
Sua tela LCD também peca por ter baixo contraste. As cores são mais lavadas que a de modelos da Motorola com tecnologia similar.
O único alto-falante na parte inferior reproduz som mais seco, sem presença de graves. Há o recurso DTS X 3D, que só funciona com fones de ouvido. O que vem na caixa tem qualidade mediana e não aparenta ter longa durabilidade. Pelo menos o som é bom, especialmente com o recurso de áudio aprimorado ativado.
Equipando o K12 Max temos a plataforma Helio P22 da MediaTek, a mesma presente nos demais membros da linha e que entrega desempenho similar ao já velhinho Snapdragon 625.
Em nosso teste de velocidade tivemos resultado decente, mas que poderia ser melhor. Se você é exigente e busca um celular que responda rápido aos seus comandos, pode acabar ficando um pouco decepcionado, mas há celulares mais lentos acima do preço do K12 Max.
Em benchmarks não há nada de especial. Se você é fissurado por números altos em testes sintéticos como o AnTuTu, não vai se empolgar com o que o Helio P22 entrega.
Já em jogos, Call of Duty e PUBG carregaram em qualidade mínima e mesmo assim, principalmente no caso de PUBG, houve alguns engasgos; tanto no gameplay, quanto nos menus. Em outros jogos, como Injustice 2 e Asphalt 8, os engasgos ficaram quase que restritos aos menus. Títulos mais leves como Subway Surfers rodaram tranquilo.
Para alimentar este hardware temos uma bateria de 3.500 mAh, que é suficiente para render o dia todo. Mesmo que você jogue ou abuse de vídeos no YouTube, dificilmente precisará realizar uma carga adicional antes de voltar para a casa no final do dia.
O carregador que vem não é dos mais potentes, e faz o aparelho ficar mais de 2 horas e meia preso à tomada. Com uma carga rápida de 30 minutos, você terá apenas 20% de bateria para usar, e mesmo que espere uma hora, não terá nem metade da carga disponível.
A principal mudança para o Prime está no conjunto de câmeras. O sensor principal tem apenas 13 MP no Max, e a câmera ultra-wide foi removida para reduzir o custo do aparelho, ficando apenas o sensor de profundidade como extra.
LG usa a inteligência artificial da câmera para promover o seu celular assim como nos demais da linha K12. A promessa é de termos as melhores fotos para cada tipo de cenário. E ela funciona da seguinte forma: ao tirar foto de uma paisagem, a câmera muda a temperatura do branco deixando a foto mais amarelada, para dar aquela sensação de dia ensolarado.
O problema é que nem sempre ela acerta e acabou reconhecendo uma escada como paisagem e aplicou o ajuste erroneamente. Já quando identifica comida aumenta a saturação para deixar frutas com aparência mais saudável. Com plantas o ajuste é estranho e tivemos uma foto pior com a IA ativada.
Ela também serve em selfies para dar um tom levemente bronzeado, mas apenas quando há boa luz. Em locais mais escuros a IA permaneceu em modo automático e não realizou nenhum ajuste.
A qualidade geral da câmera é decente e entrega fotos próximas ao que vimos com o K12 Prime. Em locais fechados ou à noite é que fica clara a limitação do hardware do aparelho. Fotos escuras e com muitos ruídos são comuns.
A câmera secundária ajuda no efeito de desfoque. Já vimos resultados melhores nesta faixa de preço. Para selfies também é possível usar o modo retrato que faz um recorte convincente. A qualidade das selfies é boa, especialmente em locais com luz artificial, porém em locais mais escuros a qualidade cai bastante.
Gravar vídeos com o aparelho pode ser um pouco decepcionante por causa do excesso de tremidos. O foco também não é dos mais ágeis, mas como estamos falando de um celular básico, não dá para esperar muito. Só a captura de áudio que poderia ser melhor.
O K12 Max sai da caixa com Android 9 Pie e ainda sem planos de receber a versão 10 por aqui. A interface é a mesma da LG presente em outros aparelhos da coreana.
Notamos pequenos engasgos que ficam ainda mais constantes quando há outros aplicativos abertos em segundo plano. Até mesmo para ativar uma ou outra função da câmera há um certo atraso.
Há alguns recursos extras da LG como poder compartilhar facilmente ou realizar anotações sob uma captura de tela. Nada de novo por aqui para quem já tem um celular da marca.
Há uma diferença de 200 reais entre o K12 Max e o Prime, vale pagar mais caro ou é melhor economizar? O Prime traz uma câmera extra, com lente grande-angular para enquadrar mais assunto nas fotos. O desempenho e bateria são idênticos ao Max. Pagar mais só pela câmera pode não valer a pena para muitos.
Uma boa alternativa que fica entre o Max e o Prime é o Galaxy M20 da Samsung. Ele é mais rápido e sua bateria dura mais. Ele tem câmera grande-angular de boa qualidade e oferece o dobro de armazenamento do K12 Max, além de tela maior em corpo mais compacto.
Já se você busca uma alternativa mais barata, há o Redmi 8A da Xiaomi. Ele pode ser encontrado por 100 reais a menos, e sua bateria dura mais. O desempenho, por outro, é seu ponto mais decepcionante. Ele só traz uma câmera, mas consegue fazer o mesmo efeito de desfoque o K12 Max.
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