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LG finalmente trouxe um conjunto triplo de câmeras para seus celulares mais básicos. Este é o Q60, que chegou ao Brasil com o nome de K12 Prime. Ele tem muito em comum com o seu irmão mais novo que testamos anteriormente, o K12 Plus , porém custa em média R$ 300 a mais. Será que vale pagar esta diferença? É isso que confere em nossa análise completa.

K12 Prime vem em caixa preta simples com o nome do aparelho estampado e também algumas informações sobre o seu hardware, como o processador octa-core de 2 GHz e a configuração de memória (3/64 GB). Além do aparelho, você recebe:

Enquanto o K12 Plus ainda aposta em design mais antigo com bordas largas, o Prime tem visual mais atual com adoção de entalhe em formato de gota. A borda inferior é um pouco larga, mas rivais nessa faixa de preço também não escondem seus queixos exagerados.

Ele tem 161,3 x 77 x 8,7 mm, o que faz com que não seja considerado um celular compacto, como é o caso do K12 Plus com seus 153 x 71.9 mm.

Ele chegou ao Brasil em duas opções de cores, a mesma azul do K12 Plus e esta preta. O corpo do Prime é feito em metal com acabamento da traseira em plástico. Não há o que reclamar da qualidade do aparelho, já que praticamente todas as fabricantes decidiram usar este tipo de material em celulares básicos e intermediários.

O diferencial dos modelos da LG está na certificação militar, que garante maior resistência contra impactos e temperaturas extremas. No entanto, ele não possui proteção reforçada contra água como temos nos modelos mais caros da marca com esta certificação.

A tela de 6,26 polegadas possui resolução HD+. Enquanto a quantidade de pixels é suficiente para ter imagens nítidas, o brilho do painel IPS LCD poderia ser maior. Ele fica no mesmo nível dos modelos da linha Moto G7, porém abaixo de rivais da Samsung e Xiaomi.

O que pode incomodar você é o contraste do IPS da LG. Ele apresenta cores mais lavadas que o IPS da Motorola, e contra o AMOLED da Samsung a diferença na vivacidade das cores é ainda maior. A tela do K12 Prime não chega a ser ruim, mas está abaixo da concorrência.

O alto-falante tem boa potência e até entrega um som balanceado, apenas quando o volume é forçado ao máximo que os agudos se destacam e deixa o som mais estridente. Para vídeos e jogos até que temos uma boa experiência, mas para músicas é bom usar um fone de ouvido que tire proveito do DTS Surround.

O fone que vem é tão vagabundo quanto aparenta e a qualidade sonora também não é lá essas coisas. Se quiser tirar proveito da boa qualidade de áudio que o K12 Prime tem a oferecer, terá que investir em um fone melhorzinho. Pelo menos há entrada P2.

O processador é o mesmo Helio P22 do K12 Plus e o desempenho acaba sendo similar entre os dois. Mesmo com mais memória, o Prime ainda conseguiu ser um pouco mais lento em nosso teste de velocidade.

O problema não está no gerenciamento de RAM como acontece em vários Android de entrada, mas sim na demora para abrir os aplicativos. Em benchmarks fica claro que o hardware da MediaTek está abaixo do desempenho oferecido pelos rivais da Qualcomm e Samsung.

Em jogos, pelo menos, ele não vai te decepcionar. Talvez se você estiver pensando em comprar o K12 Prime para jogar PUBG Mobile, será melhor buscar outra opção. Mas no geral, ele entregou bom desempenho na maioria dos jogos que testamos.

Usamos a ferramenta Gamebench para medir o desempenho com jogos no K12 Prime:

JOGOS FPS
Asphalt 8 30
Asphalt 9 30
Injustice 2 30
Modern Combat 5 46
PUBG Mobile 23
Subway Surfers 60
Vainglory 30

Caso tenha interesse em testar o desempenho em jogos no seu Android, basta fazer o download do Gamebench via Play Store .

A câmera do Prime é a mesma de 16 MP do Plus, a novidade aqui fica para a secundária com lente ultra-wide e mais uma que tem como função apenas desfocar o fundo de cenários.

Apesar do hardware parecido, o software faz um melhor trabalho e aqui temos fotos com qualidade superior ao K12 Plus.

A câmera principal registra cores mais frias, enquanto a lente mais ampla captura tons mais quentes. Apesar da abertura focal menor na câmera secundária, em alguns cenários ela conseguiu registrar fotos mais claras.

Em ambientes fechados é normal termos fotos borradas e com muitos ruídos e isso fica ainda pior ao usar a ultra-wide.

À noite você terá fotos escuras, não importa qual câmera escolha. A diferença é que a secundária registrará mais ruídos deixando as fotos granuladas.

O sensor de profundidade cuida do desfoque e por padrão entrega um resultado bastante suave, mas não falha tanto quanto outros nesta faixa de preço. O bom é que dá para regular a intensidade mesmo após a foto ser capturada.

A frontal traz resolução superior ao modelo mais barato. A qualidade, no entanto, não muda tanto. Você até consegue tirar boas selfies. O problema é que o foco é muito curto e você precisa aproximar o celular ao tirar uma selfie. Ou seja, esqueça fotos em grupos se não quiser que todo mundo saia borrado.

A filmadora grava vídeos em Full HD seja com a câmera traseira ou frontal. A qualidade é decente e o foco funciona bem mesmo em locais mais escuros. A frontal tende a tremer mais, mas nessa faixa de preço não há celular com boa estabilização. O áudio capturado é estéreo e de boa qualidade.

LG se destacava em bateria na época do X Power, sendo referência no segmento de entrada. Eis que a coreana acabou sendo passada pela Motorola e Samsung, mas ainda é capaz de entregar aparelhos com boa autonomia.

Este é o caso do K12 Prime. Ele tem 500 mAh a mais que o K12 Plus e consegue passar o dia todo longe de tomadas e até sobrar um pouco de carga para a manhã seguinte.

Só faltou vir com carregador mais potente, para evitar que ele fique quase 3 horas na tomada para ter sua bateria recarregada.

K12 Prime vem com Android Pie de fábrica e a interface padrão da LG por cima. O software é recheado de aplicativos pré-instalados, incluindo até antivírus.

A LG também possui a plataforma SmartWorld, que traz imagens de fundo, toques, fontes e vários outros para customizar a aparência do seu K12.

Também é possível esconder o entalhe e até a forma como os apps preenchem a tela. No geral, o Android modificado da LG flui bem e entrega melhor experiência que muito celular de entrada.

O K12 Prime pode ser encontrado por pouco menos de R$ 1 mil e nessa faixa de preço ele compete com o Moto G7 Power , Galaxy M30 e Redmi Note 7 .

Se você quer o celular mais rápido, pode escolher qualquer um dos que citamos ou mesmo o K12 Plus que é mais rápido mesmo possuindo o mesmo processador.

Caso ache que a bateria do Prime poderia ser melhor, o Galaxy M30 e Moto G7 Power são opções que entregam dois dias de autonomia facilmente.

Mas se câmera é o que mais importa, então a escolha cai sobre o Redmi Note 7.

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