A LG criou a linha L como uma porta de entrada para seus smartphones mais parrudos, como os gadgets das linhas F e depois os que fazem parte da linha G. O L90 é uma forma bastante agressiva da empresa sul-coreana entrar numa briga contra o Moto G , que reina absoluto quando o assunto é smartphone Android que não custa muito. Por dentro, temos um processador Snapdragon 400 quad-core de 1.2 GHz, 1 GB de memória RAM e uma tela de 4.7 polegadas. Tudo isso em um design bastante agradável aos olhos e para a mão. A embalagem segue o mesmo padrão utilizado pela LG para seus aparelhos mais baratos, o que significa um papelão fino, frágil e com muito contraste de cor.
Abrindo a caixa, temos o celular, seguido de fone de ouvido, cabo de dados USB, carregador de tomada com porta USB e um manual de instruções. O fone é simples, o que é de se esperar de um smartphone deste preço, mas conta com microfone para atender chamadas e controle para ligar ou desligar uma ligação - o básico de um fone, que não é tão simples.
Nesta terceira geração da linha L, encontramos pontos de ambas as versões passadas dentro de um mix que agrada bastante ao olhar. Ainda estamos com um corpo plástico bem simples, mas ele deixou de ter ângulos mais retos e agora mistura entre curvas e linhas retas. Na parte da frente está a tela IPS de 4,7 polegadas, com resolução de 960 x 540 pixels, densidade aproximada de 234 pixels por polegada e câmera frontal de resolução VGA, que divide espaço com botões sensíveis ao toque, sendo que um deles é dedicado para a troca de chip ativo.
Do lado direito está apenas o botão liga/desliga.
Do outro lado, ficam os controles de volume.
Abaixo de tudo está a entrada microUSB e um microfone.
Acima temos entrada para fone de ouvido, porta infravermelho (para transformar o smartphone em controle remoto universal) e outro microfone, para isolamento de ruídos externos.
Atrás, em uma textura áspera e de tinta fosca, fica a câmera de 8 megapixels, flash LED e alto-falante.
Abaixo da tampa traseira temos as entradas para os chips da operadora, um slot para cartões microSD de até 32 GB e a bateria de 2.460mAh, que é capaz de suportar um dia inteiro de uso moderado, com até mais de um dia se o uso não abranger fotografia e muito jogo.
O tamanho do gadget não é dos mais atrapalhados, o que garante uma pegada confortável e a possibilidade de utilizar todo o sistema com apenas uma mão. Além disso, há textura áspera da traseira e cantos mais arredondados nas bordas, que passam uma maior sensação de segurança para quem está com o celular nas mãos. Suas medidas são de 131,6 milímetros de altura, por 66 milímetros de largura e 9,7 milímetros de espessura, tudo isso somado aos 126 gramas de peso total.
Estes números entregam um smartphone que não é tão volumoso para um bolso apertado, muito menos desajeitado para ficar dentro de uma bolsa feminina - que é naturalmente bastante cheia de outras coisas.
O LG L90 não é o smartphone mais potente do mercado e nem tenta ser. Seu custo deixa bem claro que temos aqui pouco mais do que apenas básico para rodar bem o sistema operacional móvel do Google (que está na versão 4.4.2), sem engasgos ou travamentos - e é isso que notamos em nossos testes, mas não em todo o tempo. Por dentro, a LG colocou um processador Qualcomm MSM8226 Snapdragon 400 rodando dois núcleos a 1,2 GHz, com uma GPU Adreno 305, 1 GB de memória RAM e 8 GB de espaço interno - com 3,87 GB livres para o usuário. Este conjunto de hardware garante ótimo multitarefa antes do sistema apresentar queda em sua velocidade de transições - claro, sem muitos apps abertos ao mesmo tempo.
A tela inicial conta com cinco painéis, que contam com espaço suficiente para ficarem recheados de widgets, atalhos e outros recursos - na necessidade, é possível adicionais outros dois painéis e ficar com sete deles. A barra de notificações, assim como em outros LG, continua com o mesmo problema de falta de espaço - culpa dos ícones de atalho grandes demais e do slider para brilho (que poderia ser substituído por um menu pop-up, por exemplo.
Um recurso que o L90 herdou de seus irmãos mais velhos e parrudos, é o desbloqueio de tela com o Knock Code. Esta forma de desbloquear o smartphone utiliza um padrão de toques na tela, que substitui o de desenho ou ainda o de senha - mas que mantém a senha, no caso de você esquecer o padrão de desbloqueio. O Knock Code garante um nível maior de segurança para o dispositivo, já que o número de combinações possíveis é bem maior do que o de desenho na tela, além de não deixar rastros de onde você passou, para quem estiver atrás do aparelho. Outro ponto bacana deste destravamento, é que ele funciona mesmo com a tela desligada.
Como estamos com um smartphone de dois chips, há uma área de gerenciamento das linhas ativas (que pode ser acessada pelo botão da direita, abaixo da tela ou dentro das configurações). Neste menu, você pode selecionar qual chip fica ativo, alterar a cor de tema para cada chip e até limitar o uso para apenas uma linha, com o objetivo de economizar energia.
Outra modificação do Android (que a LG chama de Optimus UI) permite que você altere um ícone de algum aplicativo, aumente o tamanho em duas vezes (o que ajuda para quem tem algum problema de visão) e até colocar uma foto para personalizar o ícone.
Há um modo de economia de energia que garante mais tempo de bateria, quando a carga alcança os 30%. Este modo permite que você desligue algumas funções para economizar a carga, como desligar o Wi-Fi ou Bluetooth quando não estiver conectado em uma rede conhecida, diminuir o brilho para 50%, 40%, 30%, 20% ou 10% e, por fim, diminuir o tempo de limite de tela acessa para até 15 segundos.
Por fim, temos um aplicativo que cria um controle remoto universal e que está presente em alguns modelos da fabricante sul-coreana. Ele permite controlar uma grande gama de aparelhos, independente da marca do fabricante e de qual modelo é. Basta tocar em algumas teclas de teste e a configuração é realizada sem problemas. Os controles podem ser acionados pelo app ou diretamente na tela de notificações - o que diminui bastante o espaço disponível para notificações.
Por dentro do L90, temos uma GPU Adreno 305, que é capaz de rodar a maioria dos jogos - até os mais pesados. Testamos o intenso Asphalt 8, que não rodou em momento algum - travou em todas as tentativas e fechou o app. Para teste, então fomos para o Asphalt Overdrive. Games mais simples, como Minion Rush, rodam sem qualquer problema para o sistema.
O tocador de músicas é bastante simples e com poucas funções extras. Com ele, é possível reproduzir músicas em MP3 de qualquer tamanho e qualquer qualidade, com direito até a exibir a capa do álbum corretamente (não na música que testamos).
O tocador de vídeos é ainda mais simples e os únicos recursos extras que propõe é de remover barras superiores ou laterais, junto de criar uma janela flutuante para que o vídeo seja executado acima de outros apps. Conseguimos rodar vídeos de até 720p, sem engasgos. Arquivos em Full HD não foram suportados, nem sequer reproduzidos.
A câmera deste modelo serve apenas como uma boa companheira para momentos onde a foto é bastante necessária. O sensor conta com 8 megapixels de resolução. O resultado é de fotos com quantidade de detalhes razoável e granulado visível quando aplicado 100% de zoom para ver a imagem em tamanho real. Em fotos noturnas, este ruído na imagem é ainda maior e há certo problema na hora de firmar o foco em algum objeto - sem luz ajudando.
Ele é capaz de filmar em até 1080p (1920 x 1080 pixels, ou Full HD) e a qualidade segue o mesmo padrão que temos para as fotos.
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