O LG Prime Plus foi anunciado durante a MWC deste ano, que aconteceu em março de 2015 na cidade de Barcelona, Espanha. O aparelho chega como mais parrudo de uma linha de médio custo, mas que ainda fica em uma linha onde o desempenho está longe de aparelhos como o G4 e G Flex 2. Por aqui temos um processador MediaTek com quatro núcleos, 1 GB de memória RAM e apenas 8 GB de memória interna, em uma tela HD de 5 polegadas e que pode exibir até dois chips ativos ao mesmo tempo.

A caixa segue o padrão de aparelhos de médio custo, que significa papelão fino, uma foto na frente da embalagem e muito contraste no texto. Abrindo tudo, temos o celular, bateria, carregador de tomada, fone de ouvido e cabo de dados USB, que divide espaço com o manual de instruções.

Do lado de fora, o Prime Plus segue como uma mistura de design entre o G3 e o G4, mantendo um corpo mais curvado na traseira e os botões todos na tampa da bateria. Na frente temos uma tela IPS LCD de 5 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels, densidade aproximada de 294 pixels por polegada e que preenche 70.5% da frente do aparelho. Ainda por aqui está a câmera frontal de 5 megapixels e sensores para luz e proximidade - este é um dos raros aparelhos da LG, de médio custo, que conta com brilho automático. Por contar com um painel IPS, o ângulo de visão da tela é bastante grande, sem perda acentuada na qualidade da cor exibida.

Nas laterais não há nada, enquanto na parte de cima temos uma entrada para fone de ouvido, que divide espaço com o microfone secundário. Já abaixo, está o microfone principal e a entrada microUSB. Atrás ficam os botões de controle de volume e liga/desliga, com a câmera de 13 megapixels (que filma em Full HD com 30 quadros por segundo), LED para flash e, mais abaixo, o alto-falante em uma grelha bem diferente do que a LG está acostumada a colocar.

A bateria fica logo abaixo da tampa e conta com seus 2.540mAh de capacidade, que resulta em uma autonomia bastante bacana para um dia de uso moderado, podendo até esticar para o segundo dia, mas sem muita carga. É possível conversar por até 10 horas seguidas em uma ligação em 3G, ou então ficar até 350 horas em stand-by. Aqui também estão as duas entradas para chip da operadora (padrão Micro-SIM) e para cartão de memória microSD, que aceita modelos de até 32 GB. O alto-falante na parte inferior fica do lado mais curvado da traseira, o que garante boa reprodução de áudio, mesmo quando o aparelho está deitado em uma superfície lisa.

A curvatura que falei nos parágrafos mais acima fica evidente por aqui, proporcionando uma pegada mais confortável e que faz o aparelho encaixar bem nas mãos. As laterais vão contra esta pegada e oferecem ângulos mais retos, mas mesmo assim não atrapalham tanto na hora de segurar o aparelho - só deixam de ajudar. A textura da tampa traseira não é só visual, mas também tátil e reforça a firmeza que o celular aparenta em mãos - ela tem cara de metal escovado. Seu tamanho não exagerado ajuda ainda mais na hora de utilizar a tela com uma mão só, mesmo para quem tem mãos pequenas.

Em números, suas medidas são de 139,8 milímetros de altura, por 69,9 de largura e outros 10,1 milímetros de espessura. Tudo isso somado aos 137 gramas de peso total, que garantem um aparelho que não vai causar muito cansaço ao utilizar por muito tempo e que não faz muito volume, quando está em um bolso mais apertado.

A LG escolheu a versão 5.0.2 do Android para rodar por aqui, logo abaixo de sua customização chamada de LG UI. Ela deixou de lado toda a beleza de ícones com quase nenhuma textura que são marca registrada do Android Lollipop, mas manteve a falta de textura em apps básicos, o que pode balancear a parte em que não segue o padrão Material Design, do Google. Por dentro, controlando tudo isso, temos um processador Mediatek MT6752 que roda quatro núcleos em 1.5 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e 8 GB de espaço interno (com 3.51 GB livres), que pode crescer com um cartão microSD de até 32 GB. O desempenho de todo o aparelho é bastante suave, com animações de transição de tela que não engasgam mesmo com dois ou três apps abertos no fundo. Quando há muitas notificações na área reservada para elas, o aparelho começa a apresentar alguma queda no desempenho, que logo é resolvida ao apagar estes alertas.

Diferente de como faz com qualquer outro smartphone da mesma marca, a LG não abarrotou o Prime Plus com uma série de aplicativos pré-instalados. Esta notícia garante mais memória disponível para o que o usuário realmente quer instalar, mas se você está incomodado com o que existe pré-instalados, saiba que alguns apps que a LG colocou podem ser desabilitados, que é remover sua instalação, mas manter o apk para uma reinstalação futura, quando você formatar o smartphone. De fábrica, temos o pacote do Google com programas como Google Chrome, YouTube, Gmail, Google Maps e Hangouts, dividindo espaço com app específico da LG para músicas, outro para galeria de fotos, gravador de voz e app específico para anotações.

Em ferramentas que são bem-vindas pela LG, há o QuickMemo+ que é capaz de criar anotações em uma tela capturada, ou então criar anotações em texto como em um bloco de notas. Junto dele há um belo gerenciador de dois chips e que permite a troca rápida entre um ou outro chip ativo no momento (com botão específico para isso, abaixo da tela) e gestos que podem acionar alguns recursos, como tirar uma selfie, adiar o despertador e até pausar o vídeo ao virar o celular de lado. O Polaris Office está instalado neste modelo, que garante apenas a leitura de documentos do pacote Office - dica: há apps, de graça, que conseguem editar estes documentos.

O Prime Plus está longe de ser um smartphone voltado para games, mas não faz feio quando este tipo de entretenimento entra em cena. Para isso, o aparelho alia o processador e memória RAM com a GPU, que é uma Mali-400MP2 e que consegue bons resultados em jogos que não são muito pesados, como Asphalt Overdrive - que mesmo não sendo tão pesado como o Asphalt 8, ainda consegue ótimo gráfico, cheio de texturas e efeitos. Em títulos mais pesados, como Real Racing 3, o smartphone conseguiu rodar a pista sem engasgos maiores, mas as texturas e detalhes foram diminuídos - o que é perfeitamente aceitável nesta gama de aparelhos.

O tocador de músicas é bastante simples e com poucas funções extras. Com ele, é possível reproduzir músicas em MP3 de qualquer tamanho e qualquer qualidade, com direito até a exibir a capa do álbum corretamente e ajustar alguns efeitos sonoros na reprodução da canção. Ah, ele ainda toca WAV, eAAC+ e Flac sem necessidade de um app terceiro. Para vídeos é possível reproduzir MP4 e H.264 de até alta definição, sem engasgos - não tente Full HD, que a experiência não será tão agradável. Há rádio FM por aqui, para quando você cansar das músicas offline. O serviço funciona bem, mas exige fone de ouvido espetado no aparelho, sem poder utilizar a antena telescópica para captar os sinais de rádio - ponto negativo!

A câmera do Prime Plus conta com 13 megapixels, que trabalham bem reproduzindo as cores do ambiente e os detalhes, com pouca granulação visível ao olho. Em fotos com baixas condições de luz, a qualidade cai - esperado para esta gama de aparelhos, com desempenho muito próximo ao que seus concorrentes entregam, como o Redmi 2 e o Zenfone 5. Senti falta de HDR, que ajudaria na hora de fotos com muita luz. A qualidade final acaba ficando bem comprometida, com problemas na hora de conseguir focar de forma correta e até mesmo na reprodução de detalhes. Fotos noturnas, definitivamente, não ficam boas por aqui.