A embalagem do Q6+ é bem bonita e discreta, toda na cor preta, com alguns detalhes sobre o aparelho na parte traseira e seu nome na parte frontal. É feita em um papelão bem resistente e deve aguentar viagens bem longas sem sofrer danos ou amassados.
Abrindo a caixa, a gente encontra o dispositivo, cedido para nós na cor preta, mas disponível também nas opções platinum ou ouro rosé. Tirando o papelão divisor, temos os acessórios bem organizados, cada um em seu próprio compartimento, seguindo o que a gente vê em dispositivos de elite. A lista de acessórios inclui:
O Q6 Plus tem corpo bastante elegante para um modelo de entrada, sendo ainda o primeiro da LG a não pertencer à elite e trazer corpo de alumínio, no caso aqui da série 7000. A traseira tem um plástico brilhante, que lembra o revestimento em vidro do G6. E sim, isso significa aprender a conviver com marcas de dedo.
Os botões de volume ficam no lado esquerdo do dispositivo, onde também se localizam as gavetas dos chips nanoSIM e cartão micro SD. Slots para todos aqui, não precisa escolher entre ter duas linhas ou expandir a memória do seu smartphone se você optar pelo Q6 Plus.
No lado direito, encontramos apenas o botão de energia. Já na parte de baixo, temos os conectores para fones de ouvido, cabo de dados e energia, no padrão micro USB, e o microfone principal de chamadas. Um segundo microfone, para redução de ruídos, fica no topo.
A parte traseira é bem minimalista. Temos aqui no canto superior esquerdo a câmera, com um flash LED bem ao lado, e lá embaixo encontramos o alto falante multimídia.
Já na parte da frente, temos a tela ocupando a maior parte, com os sensores e saída de som para chamadas na pequena borda superior. Na inferior, também pequena, tem só o logo da fabricante.
Apesar de ser um dispositivo com tela de 5,5 polegadas, o Q6 Plus é bem compacto. São 142.5 mm de altura por 69.3 mm de largura, com 8.1 mm de espessura. Não é tão fino, mas a pegada é ótima. O peso total do aparelho fica em 149 gramas.
A LG trouxe a tela com proporção 18:9 para um dispositivo de entrada, com um painel IPS LCD FullVision de 5,5 polegadas. A resolução utilizada é a chamada Full HD+, com 1080 x 2160 pixels, resultando em uma densidade aproximada de 442 ppi.
O brilho dessa tela não alcança números muito altos, chegando a 650 lux em imagem branca no brilho máximo, como vimos em nosso comparativo de telas . O preto também não é muito profundo, sendo que encontramos 4 lux em imagem preta no brilho máximo.
Ao menos o brilho mínimo é bem confortável para uso no escuro. O Q6 Plus reduz para 4 lux em imagem branca no brilho mínimo, de acordo com nossa medição com um luxímetro.
Já a exibição de conteúdo em si, não foge muito do padrão das telas IPS LCD. O preto, como já mencionei, não chega a ser muito profundo, enquanto o restante das cores ficam bem reais, sem muita saturação.
Esse dispositivo não permite ajustes nas cores, mas ao menos tem a função de visualização confortável, que é o filtro de luz azul.
Quanto ao áudio, há apenas um alto falante para mídia, localizado na traseira, no canto esquerdo. Apesar de ser um local fácil de tampar com a mão, principalmente para quem for canhoto, o som só fica um pouco abafado se você tampar a saída. Ainda é bastante audível, pelo menos, apesar de perder qualidade. A qualidade do som, porém, não é nada mal.
O hardware aqui promete. Temos um chipset Snapdragon 435, com oito núcleos rodando a no máximo 1,4GHz é auxiliado por uma placa gráfica Adreno 505, com mais 4GB de memória RAM e armazenamento interno de 64GB, uma boa vantagem sobre concorrentes na mesma faixa de preço.
Porém, algo não funcionou muito bem aqui no Q6 Plus. Apesar de ter processador com quatro núcleos a mais que o Snapdragon 425, esse dispositivo não apresentou bons resultados em nosso teste de desempenho . Nosso teste de velocidade resultou em 1 minuto e 24 segundos na primeira volta e 22 segundos na segunda, totalizando 1 minuto e 46 segundos .
Mas, velocidade para abrir aplicativos não é tudo. Os testes de benchmark, que você vê aí embaixo, apresentaram resultados na mesma faixa ou pouco acima apenas de outros aparelhos com o processador, em tese, mais fraco da Qualcomm, o Snapdragon 425.
E foi nos jogos que mais sentimos a falta de poder. Foram 20 quadros por segundo no Asphalt 8, 15 fps no Asphalt Xtreme, 11 no Injustice 2, 20 em Modern combat 5, 44 fps em Subway Surfers e 48 fps em Clash Royale.
Como você deve ter notado, os resultados nos dois jogos mais leves ficaram muito abaixo do esperado. É possível que isso seja solucionado com uma atualização de software, mas não sabemos se podemos esperar tal correção por parte da LG.
Essas taxas de quadros são médias calculadas pelo aplicativo Gamebench, para o qual temos uma conta premium cedida pelo pessoal da ferramenta para fazer nossos testes.
Concluindo, a LG colocou 4GB de RAM aqui dentro, mas parece que o processador não consegue fazer proveito desse poder de fogo extra. A coisa só piora porque placa gráfica deixa bastante a desejar. Podia ter colocado só 3GB de RAM e investido mais em outra área, talvez um processador um pouco melhor ou até um leitor de digitais
O q6 plus tem sensor traseiro de 13MP com abertura f/2.2 e uma distância focal de 4mm. Já o sensor de selfies tem 5MP, abertura f/2.2 e distância focal de 2mm. Esse sensor ainda pode ter um modo grande angular ativado, que abre o campo de visão em um ângulo de 100°. As duas câmeras filmam em full hd como resolução máxima.
O app de câmera segue o padrão LG, com váris funções herdadas do G6, como o modo quadrado, que te permite visualizar as fotos tiradas instantaneamente enquanto já prepara a próxima, ou fazer colagens, montagens e sobreposições. Também dá para ativar alguns filtros e, no menu de ajustes, um HDR automático ou sempre ativado, além do modo desligado. zoom é feito com movimento de pinça na tela.
Deslizando na tela em qualquer sentido, você alterna entre os sensores. Nas selfies, o app permite o controle por gestos e usa a iluminação da tela como flash.
A qualidade das fotos é, no máximo, razoável, como vimos em nosso comparativo de câmeras . Em boas condições de luminosidade, dá para tirar fotos muito boas, principalmente para usar em redes sociais. Apesar de o alcance dinâmico não ser lá muito bom, as cores são reais o bastante, sem exagero em saturação. Mas, baixou um pouco a luz, surgem os problemas: ruídos, dificuldade em focar, fotos tremidas.
Para quem é mais exigente com fotografia, não recomendo o Q6 Plus. Tem opções melhores na faixa de preço, como o Moto G5 Plus, que ainda considero a melhor câmera na faixa de 1.000 a 1500 reais, e ele já até pode ser encontrado por menos que isso.
Em vídeo, ele funciona legal. Estabilização dentro do esperado para a faixa de preço, qualidade da imagem boa, transição de ambiente com muita luz para pouca luz também satisfatória. No contra luz, ele já tem um pouco mais de dificuldade, especialmente na câmera de selfies.
O Q6 Plus tem bateria com 2.900mAh e a autonomia fica dentro do esperado. O aparelho suportou mais de 11 horas em nosso teste de simulação de uso real , o que pode não ser o bastante caso você fique muito tempo fora de casa, mas alguns ajustes devem te ajudar a levar a carga até o fim do dia.
O tempo de tela chegou perto das 5 horas. Considerando que você dificilmente vai jogar muito, devido à dificuldade do processador em lidar com os gráficos mais pesados, é capaz que aguente bem o seu dia a dia até sem precisar se esforçar tanto.
Já o carregamento é um problema. O processador tem suporte ao Quick Charge, mas a LG não incluiu um carregador para isso na caixa. Resultado: demora 2 horas e 22 minutos para carregar essa bateria de 0 a 100%.
Veja todos os resultados:
A interface da LG aqui roda em cima do Android 7.1.1 Nougat e é bem fluida, sem recursos em excesso e sem apps demais pré-instalados. É bem parecida com a interface que já vimos no G6, com a aposta no minimalismo, para quem gosta de alterações, mas sem exageros.
Aqui entra uma das questões que acaba sendo um dos maiores pontos fracos desse dispositivo: não tem leitor de impressão digital. A LG apostou forte no desbloqueio facial, mas esse recurso é bastante falho no Android, e uma foto sua é suficiente para deixar qualquer um acessar seus dados.
Mas isso é quando o reconhecimento funciona. Basta deixar a barba crescer, ou tirá-la, por exemplo, que o recurso deixa de funcionar. Com pouca luz também é um problema conseguir desbloquear seu smartphone.
Você ainda pode acionar um reconhecimento avançado, mas aí vai demorar até 5 segundos para o aparelho te reconhecer. E isso quando o dispositivo conseguir, o que depende de boa iluminação e que você fique mais ou menos parado por todo esse tempo. Melhor ficar com um PIN ou um padrão para sua segurança, mesmo.
O Q6 Plus acende a tela ao dar dois toques, para compensar a falta de meios para ligar a tela, que ficaria restrito ao botão de energia. A tela também acende quando você pega o dispositivo e posiciona para a leitura facial.
E não podemos esquecer da presença de TV digital, que funciona com um fone de ouvido ou o adaptador que vem na caixa.
Pontos positivos :
Pontos negativos :
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