M o t o r o l a M o t o E 4

Começando pela embalagem do Moto E4, temos algo praticamente idêntico ao que foi visto na caixa do modelo Plus, sendo ela quase que totalmente na cor laranja. Na parte frontal temos o nome do aparelho e a logo da empresa, enquanto na parte traseira ficam algumas informações sobre ele, bem como duas das cores em que ele pode ser encontrado à venda. Além do titânio e azul safira exibidos, temos ainda uma terceira opção em ouro rosé, que tem sua parte frontal na cor branca.

Abrindo a caixa, temos o aparelho logo de cara, sendo esse modelo nosso em titânio. Abaixo dele fica a bandeja em papelão que separa o dispositivo de seus acessórios, que por sinal ficam amontoados de qualquer jeito no compartimento inferior. Por aqui, temos fones de ouvido de qualidade bacana para a faixa de preço, que contam com cabo achatado, microfone embutido e botão para chamadas, bem como borrachinhas extras pros fones em mais dois tamanhos.

Temos ainda cabo USB-microUSB para transferência de dados e carregamento do aparelho, carregador de tomada no padrão de dois pinos com porta USB e saída de 5V-2A, a bateria de 2.800 mAh que vem fora do aparelho, e por fim, os tradicionais manuais e guias para marinheiros de primeira viagem. Vale notar aqui que todos os acessórios são na cor branca, mesmo com o aparelho sendo preto, o que pode desagradar aos mais perfeccionistas

Passando então para o Moto E4, temos um modelo com boa pegada, lembrando bastante o Moto G5 tanto em dimensões quanto no seu visual. O dispositivo é bem bonito para sua faixa de preço, tendo acabamento 2,5D no vidro de seu painel frontal para passar algo mais elegante e contando com linhas arredondadas para ajudar na pegada.

Vale notar que seu corpo é predominantemente construído em plástico, havendo porém conta com uma chapa metálica em sua capa traseira para dar um ar mais premium. Isso é basicamente o mesmo que vimos no Moto G5 e no próprio Moto E4 Plus, sendo uma alternativa usada pela Motorola para manter a parte traseira removível sem entregar algo aparentemente barato demais.

Ao remover a tampa traseira você tem acesso ao compartimento onde irá inserir a bateria, bem como aos slots para dois chips nano SIM e um cartão microSD de até 128 GB, não sendo necessário escolher entre a expansão de memória e o uso de dois chips.

Em suas dimensões, o Moto E4 possui 144,7 mm de altura por 72,3 mm de largura, além de 9,3 mm de espessura. Ele não é nada fino para um modelo com bateria de apenas 2.800 mAh, e também não é tão leve assim, tendo 151 gramas. Isto não chega a incomodar, mas é estranho repararmos que ele é mais pesado que o Moto Z2 Play, por exemplo, que tem corpo construído em alumínio e é bem maior.

Na lateral direita do aparelho temos os botões de volume e energia, com este sendo texturizado para ajudar você a reconhecê-lo. Na lateral direita não temos nada, ficando na parte de baixo a porta microUSB para transferência de dados e para carregar o dispositivo e o microfone principal para chamadas. Por fim, na extremidade superior, temos apenas a porta P2 para fones de ouvido, já que seu microfone secundário para cancelamento de ruído fica na parte traseira logo acima da câmera principal.

Junto da câmera traseira temos o flash LED, e mais abaixo a saída do alto-falante multimídia, ficando na parte superior do painel frontal a câmera de selfies, a saída do alto-falante de chamadas e mais um LED para flash, e abaixo da tela o botão home multifunção com leitor de impressões digitais integrado.

Com relação à tela, temos um painel IPS LCD de 5 polegadas com resolução HD (720 x 1280 pixels), o que confere ao Moto E4 a densidade aproximada de 294 ppi. O vidro é protegido pelo Corning Gorilla Glass 3, e pelo que foi possível perceber realmente não é riscado facilmente.

Infelizmente, o mesmo não pode ser dito quanto ao nível de reflexo dele, que facilmente pode te distrair com o ambiente ao redor, principalmente em locais externos . Além disso, os ângulos de visão não são nada amplos, bastando uma leve inclinação para que as cores sejam distorcidas e você não consiga enxergar corretamente o conteúdo exibido.

Caso você não saia muito de casa, porém, o Moto E4 pode ser uma boa opção, com sua tela possuindo bons níveis de contraste e brilho, cores satisfatórias que podem ser configuradas para algo mais vibrante ou mais natural, e até mesmo filtro de luz azul, garantindo uma visualização mais confortável em horário noturno.

Com relação ao desempenho, temos no Moto E4 um conjunto bem básico mesmo para sua faixa de preço, sendo encontrado um chipset MediaTek MT6737 com quatro núcleos de processamento a até 1,3 GHz, GPU ARM Mali-T720, 2 GB de RAM e 16 GB de espaço para o armazenamento interno, expansível via microSD de até 128 GB. Considerando sua tela de resolução não tão alta, era esperada uma performance até bacana, mas não foi o que vimos.

No teste prático de abertura de apps o Moto E4 precisou de longos 1 minuto e 44 segundos para abrir todos os aplicativos e retornar ao cronômetro. A coisa não mudou muito na segunda volta, quando vários apps precisaram ser recarregados e o aparelho conseguiu voltar novamente ao relógio após quase 1 minuto e 34 segundos, totalizando assim 3 minutos e 18 segundos.

Em testes de benchmark, tivemos:

Para vermos se estes resultados se mostravam verdadeiros na prática, usamos como sempre nosso companheiro GameBench, que permite acompanhar a taxa de quadros por segundo, gasto de memória e até consumo de bateria dos aplicativos e jogos de maneira bem direta. Começando pelo Asphalt 8, tivemos a média de 14 fps, o que obviamente não chega nem perto do que muita gente poderia desejar para a faixa de preço em que o aparelho é vendido.

Passando para o Modern Combat 5, a situação melhora um pouco no geral, mas em momentos com muito tiroteio ou explosões o framerate cai bastante, deixando sua média em 19 fps. Ambos os jogos foram executados com a qualidade máxima, assim como sempre fazemos, então se você quiser algo mais fluido será necessário reduzir as partículas e texturas neles, e consequentemente abrir mão de alguns detalhes gráficos.

Por último, mas não menos importante, temos o Subway Surfers, que representa os títulos mais básicos e casuais como Clash Royale e Candy Crush. Por aqui, tivemos a média de 46 fps, o que novamente é bem abaixo do que vários outros modelos nesta faixa de preço conseguem, como o caso do K10 Novo ou até mesmo do Galaxy J2 Prime , ambos bem próximos dos 60 fps em média.

Com todos estes resultados, podemos dizer que o Moto E4 está longe de ser um modelo indicado para quem quer desempenho, seja durante tarefas mais básicas ou jogos esporádicos, podendo dar dor de cabeça até para quem quer apenas acessar redes sociais e navegar na internet por causa de seu gerenciamento de RAM quase nulo.

Falando sobre o software, temos basicamente a mesma versão do Android 7.1.1 Nougat entregue pela Motorola junto aos demais modelos da linha Moto, porém com a ausência da grande maioria das funcionalidades de gestos, como agitar para ligar a lanterna ou girar o pulso para abrir a câmera. Com isso, temos apenas o leitor de impressões digitais multifunção que substitui a barra de navegação do sistema, funcionando muito bem na grande maioria das vezes mas não sendo o mais rápido da categoria.

O Moto Tela também está presente, com filtro de luz azul e entrega de notificações na tela de bloqueio, mas as funcionalidades param por aí.

Nas câmeras do Moto E4, temos na parte traseira um sensor de 8 megapixels com abertura f/2.2, enquanto na frontal é encontrada uma câmera de 5 megapixels com abertura de pífios f/2.8, apesar de mais uma vez a Motorola indicar f/2.0 em seu site, algo que causou bastante controvérsia em nosso review do Moto Z2 Play .

O software de câmera é bem mais simples do que temos nas linhas G e Z, possuindo apenas modo de gravação de vídeos e panorama, além do modo de captura normal. O ponto positivo é a presença do HDR e modo de embelezamento, que pode ser regulado manualmente ou deixado no automático. Na câmera frontal, há ainda a possibilidade de fazer um gesto de "V" para tirar a foto ou detectar sorriso, sendo então iniciado um contador para que você se posicione corretamente para a selfie.

Tanto a câmera principal quanto a câmera frontal gravam apenas em até HD 720p a 30 fps, o que é um ponto negativo já que temos muitos modelos nessa faixa de preço que já gravam em Full HD com a mesma taxa de quadros por segundo. Ao menos o formato de saída é MP4, já que alguns aparelhos com chip da MediaTek entregam o antigo formato 3GP.

Em nossos testes, vimos que o conjunto de câmeras oferecido no Moto E4 é bem aquém do esperado para o preço de lançamento do produto, fazendo com que ele ficasse na última posição em nosso comparativo cego realizado com alguns de seus principais rivais em solo brasileiro.

Ele até consegue se sair bem em fotos de paisagens em boas condições de luz, porém seu foco é extremamente lento e impreciso, e qualquer queda na iluminação eleva isso a um patamar impraticável. Na câmera frontal a situação não é muito diferente, sendo entregue um campo de visão não muito amplo e desempenho apenas mediano, sendo necessário usar o flash em qualquer situação de ambiente interno.

O Moto E4 possui uma bateria de 2.800 mAh, sendo esta a mesma capacidade entregue pela Motorola junto ao Moto G5, porém precisando lidar com um hardware consideravelmente mais básico. Pelo que foi possível vermos, o dispositivo deve conseguir aguentar um dia inteiro de uso sem grandes problemas, já que não será possível executar tarefas mais pesadas com ele.

O carregador entregue pela empresa consegue carregar cerca de 62% após uma hora conectado à tomada, levando 2 horas e 23 minutos para encher completamente os 2.800 mAh, o que é um tempo relativamente longo para uma bateria pequena.

Em consumo, tivemos 10 horas e 24 minutos de reprodução de vídeos offline em HD, 4 horas e 58 minutos de gravação de vídeos, também em HD, 4 horas e 29 minutos de chamadas de vídeo pelo Skype, usando rede Wi-Fi, e 14 horas e 7 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis. Em nosso teste prático conseguimos quase 16 horas de uso contínuo com o aparelho, sendo executados 9 ciclos e tendo a tela ficado acesa por cerca de 7 horas e 20 minutos no período.

Em resumo, tivemos:

Leave a comment