A caixa do Moto E5 não tem nada muito especial. É basicamente a mesma coisa daquilo que vimos na família Moto G6, mas com a frente laranja. Dentro dela, temos o aparelho e, embaixo, os acessórios, todos embalados separadamente, mas meio jogados por ali:
O Moto E5 chegou ao Brasil nas cores Platinum (ou cinza) e Ouro. O aparelho tem acabamento plástico, sem o espelhamento na traseira que vemos no Moto G6 Play - que é o único da família G6 sem acabamento em vidro, segundo a própria fabricante.
A aparência geral, aliás, é bastante próxima à do modelo mais básico da linha intermediária. A frente tem a tela de 5,7 polegadas na proporção 18:9 e nada de leitor de impressão digital, que fica na parte traseira, embaixo da câmera. A parte frontal é quase toda ocupada pelo display. Mas as bordas ainda são relativamente grandes.
Não seria problema se na parte inferior a gente tivesse o leitor de impressão digital ou botões capacitivos. Mas o que temos é apenas uma borda vazia, com o nome da marca escrito no meio. Na borda superior, a gente tem câmera, alto-falante e flash frontal. Esse alto-falante aqui é responsável tanto pelo áudio das chamadas como pela mídia.
As laterais trazem acabamento em plástico fosco, o que, ao menos, evita as marcas de dedo. Na parte inferior, temos apenas microfone e entrada micro USB, enquanto na direita encontramos os botões de volume e energia. No lado esquerdo, a gaveta de chips, com espaço para dois nano SIM e um micro SD. Na parte de cima, entrada de fone de ouvido e o segundo microfone, de redução de ruídos.
A parte traseira, que é uma outra placa de plástico, tem a câmera principal, com o flash, naquela tampa de bueiro clássica da Motorola, e o leitor de impressão digital. Nada de navegação pelo toque aqui. Segundo a fabricante, ficaria desconfortável para o usuário.
Uma das maiores mudanças em relação aos modelos da geração passada é que não há mais traseira removível aqui. O Moto E5 tem uma gavetinha na lateral esquerda para inserir dois chips de operadora e um cartão micro SD. Isso mesmo, cabem os três ali dentro, você não vai precisar escolher entre aumentar o espaço interno ou usar uma segunda linha.
Em resmo, a aparência é realmente muito próxima à do Moto G6 Play. Acima, você pode comparar os tamanhos do E5 com seu antecessor e com o dispositivo mais básico da linha intermediária, com informações também da resolução e tamanho da tela.
Já falamos brevemente sobre a tela, que é IPS LCD, tem 5,7 polegadas, na nova proporção, e usa resolução HD+. A qualidade de exibição do conteúdo está dentro do esperado para a faixa de entrada. Nada espetacular, mas é boa.
O brilho também não deixa a desejar, como vimos em um comparativo com dispositivos mais caros que o Moto E5. com visualização ok para ambientes com muita luz, como na rua, com o sol forte, ou no escuro, baixando para um mínimo razoavelmente confortável, que não vai prejudicar muito sua vista.
Dá para trocar o modo de cor, escolhendo entre o padrão e intensidade, com 3 níveis cada: neutro, frio ou quente. Isso deve ser suficiente para agradar à maioria dos usuários, mesmo sem opções muito complexas.
Quanto ao áudio, a qualidade não é das melhores, mas é aceitável para um dispositivo básico. O som é um pouco abafado, mas o nível de volume é bom.
Quem compra um dispositivo de entrada não está muito preocupado com o desempenho, a gente sabe. O Moto E5 tem hardware bem modesto, mas ao menos entrega uma experiência satisfatória ao usuário. Pode não ser o dispositivo mais veloz para abrir aplicativos e trocar processos, mas sua performance já está bem superior aos smartphones de entrada que testamos no ano passado.
Nesse sentido, o chipset Snapdragon 425, da Qualcomm, com seu processador de quatro núcleos com clock de até 1,4GHz, GPU Adreno 308 e 2 GB de memória RAM é suficiente para um uso básico.
A primeira volta de nosso teste de velocidade do Moto E5 demorou um 1min37s para ser completada. E, com praticamente todos os aplicativos recarregando do zero, a segunda volta teve o mesmo tempo. Sendo assim, o tempo total ficou em 3min14s .
Até que não está tão ruim, se você observar que o Moto G5, que tem o Snapdragon 430, com processador de oito núcleos, foi mais devagar que o modelo de entrada de 2018. Nem preciso dizer que o tempo também é melhor que o da família Moto E4.
Quanto aos benchmarks, nenhuma surpresa por aqui. O Moto E5 entregou resultados esperados para um dispositivo de entrada, ficando na mesma faixa, por exemplo, da apresentada pelo Redmi 5A, que tem o mesmo hardware. Eis as pontuações:
Nos jogos, novamente performance dentro do esperado. Ao menos o usuário pode curtir uma jogatina de títulos mais leves sem grandes percalços, e até mesmo arriscar alguns mais pesados, como o Asphalt 8, com taxa de quadros razoável.
FPS | CPU | GPU | Memória | |
Asphalt 8 | 44 | 21% | - | 570 MB |
Clash Royale | 53 | 12% | - | 330 MB |
Injustice 2 | 24 | 23% | - | 576 MB |
Modern Combat 5 | 25 | 70% | - | 484 MB |
PUBG Mobile | 23 | 44% | - | 682 MB |
Subway Surfers | 52 | - | - | - |
Vainglory | 33 | 16% | - | 386 MB |
O grande destaque do Moto E5 é a sua bateria de 4.000mAh. É a mesma capacidade do Moto G6 Play, que ainda tem tela de mesmo tamanho e com a mesma resolução.
Porém, com um processador mais modesto, e com a metade dos núcleos - são só quatro no Moto E5 - o smartphone de entrada conseguiu autonomia para quase dois dias de uso fácil.
O grande problema fica para a ausência do carregador Turbo Power na caixa, então a recarga com o adaptador que acompanha o produto é bem demorada. Se você tem um adaptador com o carregamento rápido, pode usar sem problema, que vai funcionar.
Após um dia e meio de testes, chegamos aos seguintes resultados sobre a bateria do Moto E5:
Quanto ao software, a Motorola já oferece o Android 8.0 Oreo de fábrica, mas avisa que não há previsão para que o dispositivo receba atualizações, além dos pacotes de segurança. E mesmo esses chegam com escassez.
A câmera é mais um quesito pouco importante para quem compra um smartphone barato. Mas nem por isso o Moto E5 deixa de entregar bons resultados. O Moto E5 tem câmera principal de 13 megapixels f/2.0 e frontal de 5 MP f/2.2, ambas com auxílio do flash para fotos em ambientes com pouca luz.
Na comparação com a qualidade das imagens tiradas com o antecessor, o Moto E4, o salto foi bem grande. O E5 consegue captar ótimas imagens com luz ideal, e também não chega a ser ruim com pouca luz. A quantidade de ruídos é bem menor que o antecessor, por exemplo, e as fotos ficam menos tremidas.
Aliás, a qualidade é comparável - e às vezes até supera - o Moto G5S. Com relação ao vídeo, a qualidade também fica equiparável à do modelo intermediário de geração passada.
Pontos positivos :
Pontos negativos :
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