O Moto E5 Play Go já não traz tanta semelhança com os modelos um pouco mais caros em relação ao design. A construção desse modelo mais simples é toda de plástico fosco, com um acabamento menos elegante do que o Moto E5 e E5 Plus - cuja carcaça plástica tem aparência de maior qualidade.
Uma vantagem aqui é para quem gosta de aparelhos menor. A tela de 5,3 polegadas está em um corpo compacto, graças à proporção 18:9. Com isso, as dimensões são de apenas 147,88 x 71,2 x 9,19 mm, com peso de somente 145 grama. Mas, não se engane. As bordas frontais ocupam bastante espaço, no fim das contas, com a tela ficando com menos de 70% de aproveitamento.
Voltando à traseira, temos um sensor de fotografia simples e um leitor de impressão digital, algo obrigatório em qualquer smartphone hoje em dia. A tampa é removível, dando acesso, além da bateria, aos três slots de cartão, sendo dois para chips nano SIM e um para o micro SD.
A caixa é praticamente a mesma que a gente já viu no Moto E5, mas traz a bateria, que vem separada do aparelho, e não tem o extrator da gaveta de chip. A lista completa de acessórios inclui:
O display IPS LCD utiliza resolução que não chega nem mesmo ao HD, mas o tamanho da tela é pequeno e o você mal vai notar que a resolução é muito baixa. A resolução é FWVGA, com 480 x 960 pixels, em um display de 5,3 polegadas com proporção 18:9.
Mas é difícil falar bem da tela do Moto E5 Play Go. O preto é quase inexistente, o que deixa o contraste muito baixo. O brilho máximo ao menos é suficiente para enxergar embaixo da luz do sol, e o mínimo não chega a machucar os olhos. Para usar redes sociais, mensageiros e navegar na internet, está ok. Mas para ver vídeos, já fica difícil.
A qualidade do áudio, ao menos, é bem razoável. Dá para escutar bem o som de um vídeo, sem excesso e agudos ou grande problema com os graves. Não é dos melhores sons, claro, mas dá para o gasto.
Quanto ao software, temos aqui o Android 8.1 Oreo na versão Go, mais leve para rodar em um dispositivo mais modesto. O Google reduziu a quantidade de funções e animações do seu sistema, permitindo que rode em smartphones com 512 MB ou 1 GB de memória RAM, além de ocupar menos espaço de armazenamento.
O E5 Play Go já vem com o Files Go instalado, que vai ficar te mostrando notificação de arquivos para apagar sempre que puder, evitando que você acumule um monte de foto e vídeo desnecessário no seu smartphone. Vários outros aplicativos do Google também vem na versão mais leve, incluindo o YouTube, que te permite gastar menos dados, também.
Uma parte meio chata é que o E5 Play Go não tem app da Motorola, então não dá para usar as ações, nem ver as notificações com a tela apagada.
O Moto E5 Play Go tem o mesmo chipset do Moto E5 e E5 Plus. Por ser uma opção com o Android Oreo Go, temos menos memória RAM, mas ao menos o armazenamento interno é o mesmo, sendo que o sistema ocupa cerca de um quarto do total - menos do que nos modelos, digamos, completos.
Sendo assim, o hardware no interior do dispositivo é a plataforma Snapdragon 425, da Qualcomm, com um processador de quatro núcleos que rodam no clock máximo de 1,4 GHz. O dispositivo ainda tem 1 GB de memória RAM e 16 GB de armazenamento interno, expansíveis via cartão micro SD de até 256 GB.
Quanto ao desempenho, a fluidez é satisfatória, considerando a proposta do aparelho - mas fraca para a faixa de preço que a Motorola quer inseri-lo. O dispositivo não segurou quase nenhum aplicativo para a segunda volta do nosso teste de velocidade, mas isso já era esperado.
Não conseguimos rodar o AnTuTu, mas outras teste de benchmark foram concluídos com êxito. Já na hora de analisar o desempenho em jogos, novamente houve dificuldade em alguns títulos de rodar junto com o Gamebench.
Falando em jogos, a performance fica um pouco abaixo do Moto E5, com ainda mais queda na taxa de quadros até mesmo em jogos mais leves, como o Subway Surfers, por exemplo. Dá para jogar, desde que seja algo mais leve e casual, mesmo.
Apesar de ser uma variante Play, o Moto E5 com Android Go traz bateria de apenas 2.100 mAh. Esperávamos que o sistema mais leve permitisse uma autonomia um pouco melhor, mas não foi o que aconteceu.
O E5 Play com Android Go aguentou apenas seis ciclos da nossa simulação de uso real , ficando em pouco mais de nove horas de uso. O tempo de tela ficou em cerca de 4 horas, apenas. E isso se repete em todos os testes específicos, com tempo total bem baixo.
Claro, nossos testes, especialmente a simulação de uso real, são mais exigentes do que o uso médio de um aparelho desse no dia a dia. Talvez dê para passar um dia inteiro, mas não vai passar disso.
Para piorar, nada de carregador TurboPower. Com isso, o tempo de recarga ficou em quase 1h45min. O que é muito, considerando a carga baixa.
Um dispositivo simples traz apenas sensores simples de câmeras, na frente e atrás. O conjunto é mais do que modesto, e a qualidade de imagem não chega a ser nem mesmo boa para os padrões atuais. São apenas 8 megapixels no sensor principal e 5 MP no frontal, ambos com flash LED auxiliar para imagens com pouca luz. Em vídeo, ambos filmar a 1080p.
Mas nem mesmo com boa luminosidade você vai conseguir um resultado legal com as câmeras do Moto E5 Play Go. As cores são excessivamente frias e a saturação, quase inexistente. As fotos saem sem vida, e até mesmo a riqueza de detalhes não agrada muito.
A vantagem é que há um modo manual que pode ajudar quem tem algum conhecimento de fotografia a tirar fotos melhores. E isso vale tanto para o sensor principal quanto para o frontal.
Pontos positivos
Pontos negativos
Leave a comment