O novo Moto G chega ao mercado com o objetivo de continuar com o título de smartphone que mais vendeu da Motorola, sendo um dos mais bem vendidos de todos os concorrentes. Seu preço justo, desempenho acima da média, interface simples (sem nada pesado, como fazem LG e Samsung) e a garantia de atualização que não demora para chegar, fizeram o aparelho ficar famoso. Por aqui a ideia é continuar esta fama. Dentro do smartphone a Motorola manteve o hardware que fez um bom trabalho no ano passado, ou seja, temos um Snapdragon 400 rodando quatro núcleos em 1.2 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e a opção entre 8 GB e 16 GB de memória interna. A embalagem segue as mesmas linhas do modelo anterior, com a foto do aparelho na frente e o restante da caixa em branco.
Abrindo o pacote, está o celular, um carregador de tomada com porta USB, cabo de dados USB com ponta microUSB, fone de ouvido simples e com microfone para atender chamadas, manuais de instruções e, para o modelo colors, uma (pois é, nome no plural e apenas uma capa extra) capa na cor turquesa (azul claro) e uma pequenina antena que serve como antena para TV digital - melhora a captura do sinal.
O Moto G de segunda geração lembra bastante o primeiro modelo, com uma pequena adição de fermento na hora de escolher o tamanho de tela. Ela cresceu e cresceu bastante. Além disso, os alto-falantes estão na parte frontal e com som estéreo, uma sacada bastante genial da Motorola e que entrega uma experiência para músicas, jogos e filmes muito superior do que falantes para a parte traseira. Na frente temos uma tela IPS LCD de 5 polegadas, com proteção Gorilla Glass 3, proteção contra respingos (tipo começo de chuva, nada de mergulhar com o celular nas mãos), resolução de 1280 x 720 pixels e densidade aproximada de 294 pixels por polegada. Ainda na frente estão sensores de luz, proximidade e a câmera frontal de 2 megapixels.
Enquanto de um lado não há nada, do outro estão os botões de controle de volume e liga/desliga.
Abaixo fica a entrada microUSB.
Acima de tudo está a entrada para fones de ouvido e também o microfone secundário, que serve como redutor de ruídos e para captura de áudio estéreo para os vídeos.
Atrás está a tampa da bateria, menos áspera do que o Moto X de segunda geração e com a mesma cor fosca do primeiro Moto G. Nela temos um flash LED e a câmera, que agora conta com 8 megapixels e filma em até 720p (HD).
Abrindo a tampa vemos as duas entradas para chip da operadora e uma para cartões microSD de até 32 GB. A bateria não pode ser acessada pelo usuário, mas ela conta com 2.070mAh, que é capaz de suportar mais de um dia de uso moderado. Sua carga é feita, ao menos pela metade, em menos de 30 minutos. É o suficiente para chegar em casa e continuar carregando até os 100%.
Sua pegada é confortável e encaixa perfeitamente até em mãos mais pequenas. A traseira é levemente curvada e isso ajuda na hora de ficar firme nas mãos. As bordas tem alguma curvatura, que quando encontram as linhas retas fazem dele um ótimo aparelho para ter em mãos. Se a traseira fosse mais áspera, como é no Moto X, seria melhor - seria um extra, já que o conjunto existente no Moto G já é bom.
Suas dimensões são de 14 centímetros de altura, por 7 centímetros de largura e 1,1 centímetro de espessura, tudo isso somado aos 149 gramas de peso total. Estes números revelam um aparelho bastante compacto, leve e fino, que não ocupa muito espaço em um bolso de calça jeans mais apertado. Muito menos o espaço disputado e concorrido de uma bolsa feminina.
Assim como outros modelos da recente linha Moto, da Motorola, o novo Moto G não conta com uma interface alterada pela empresa. Apenas há alguns recursos extras e pouquíssimos apps pré-instalados, daqueles que você realmente pode usar um dia na vida (tem um que nem é tão assim, mas até que chega lá). A interface escolhida vem do Google Now Launcher, que aciona o Google Now ao mover a tela para a direita. Visualmente, não há diferenças entre um Nexus e este celular - o que é bom, já que não há consumo extra de energia e desempenho do smartphone, para segurar tamanha modificação (não é, Samsung?). Na área de notificações temos apenas o mais básico que você espera de lá: notificações. Há atalhos, que ficam em uma aba secundária e que é acionada quando você puxa o topo da interface com dois dedos, ou quando toca no ícone que aparece no canto superior direito, da tela de notificações.
Na área de apps, não há como organizar manualmente os aplicativos e jogos. Não é possível criar pastas para organizar o conteúdo. Tudo fica lá, exatamente da mesma forma como você encontra em um Nexus. Por dentro temos um processador Qualcomm MSM8226 Snapdragon 400, rodando quatro núcleos em 1.2 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e 16 GB de espaço interno, com aproximadamente 13 GB livres para o usuário e expansão para até 32 GB em um microSD - há um modelo com 8 GB e pouco mais de 5 GB livres para o usuário. Tudo roda muito, muito bem e sem qualquer travamento. Durante quase que uma semana de uso, não passei por um engasgo do Android, que está na versão 4.4.4, a mais atual do Google - e vai receber o Android L, assim que estiver disponível.
As modificações e adições que a Motorola faz no Moto G são bastante pequenas e muito sutis. De apps a empresa colocou o bem-vindo Assist. Este app permite acionar automaticamente alguns recursos, de acordo com o horário ou sua localização. É possível, por exemplo, fazer com que o celular fale as mensagens que chegaram e quem te liga, além de reproduzir algumas músicas automaticamente em um dispositivo Bluetooth. Também é possível deixar o celular em modo silencioso, durante alguma reunião que já estava salva na agenda do Google. Tudo automaticamente e sem a necessidade de tocar na tela.
Outro app que chama atenção e que foi adicionado pela fabricante do smartphone é o Alerta. Nele você envia uma mensagem de alerta para alguns números selecionados, ativa um alarme, envia um local para ponto de encontro e até envia a localização atual do smartphone, de forma automática. É bacana para um momento em que você não pode escrever no celular, mas precisa da ajuda de alguém - como em um sequestro.
Outra novidade bastante bacana é a inserção de um app que exibe uma infinidade de tutoriais sobre o dispositivo, com a possibilidade até de conversar (por voz ou chat de texto) com alguém de suporte da fabricante. É possível seguir um tutorial, passo a passo, para várias funções do smartphone. Desde apenas aprender como desligar o celular, passando para como utilizar melhor o teclado e até como realizar uma ligação. Tudo é exibido de forma bastante lúdica e simples de entender.
Por fim, como extra, temos a possibilidade de sintonizar canais de TV digital aberta. Infelizmente a Motorola continua com o padrão de baixa resolução, o 1Seg. Ele é o mais simples de acessar, mas em uma tela de alta definição (1280 x 720 pixels), exibir 320 x 240 pixels de transmissão é bastante frustrante - pela quantidade de quadrados que ficam visíveis e com a perda na qualidade geral da imagem enviada pela emissora. Dentro do app é possível ver a programação dos canais, gravar algo que está passando e até capturar a tela.
O navegador padrão é o Chrome, sem nenhum navegador extra - como fazem quase que todas as fabricantes de smartphones Android. Ele é capaz de abrir qualquer site, com sincronia de dados, senhas e histórico de navegação de um Chrome em outro dispositivo, navegação em abas e a interface mais limpa que chegará ao Android L, já disponível por aqui.
O Moto G não é o smartphone mais potente do mercado e nem tenta ser isso tudo. Por outro lado, ele foi um dos pouquíssimos aparelhos que conseguiu rodar bem o Asphalt 8, sem travamentos aparentes e quedas bruscas na taxa de quadros por segundo, custando menos de R$ 800. Testamos jogos mais leves também, que rodaram de forma ainda melhor. Tudo isso acontece por conta da combinação de uma interface bastante limpa, leve, do processador Snapdragon quad-core de 1.2 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e da Adreno 305. É suficiente para rodar boa parte dos jogos mais recentes, sem qualquer reclamação ou engasgo.
O player de música é o nativo do próprio Android, ou seja, o Play Música. Ele é capaz de rodar qualquer arquivo em MP3, AAC+, WAV e WMA. A capa do álbum é exibida sem problemas, junto de informações que estão no arquivo executado. Além disso, ele é capaz de conectar com o Google Play Música e acessar as músicas que estão salvas no serviço - que não funciona no Brasil, infelizmente.
Não há player de vídeo nativo, sendo a galeria o player padrão de fábrica. Com ela você consegue reproduzir arquivos MP4, H.263, H.264 eWMV em alta definição. Não há travamentos ou engasgos durante a reprodução.
Chegamos ao calcanhar de Aquiles do Moto G, que era o mesmo ponto fraco do modelo anterior - só que recebeu grandes melhorias para esta versão. A câmera não é tão boa quanto seus principais concorrentes. São 8 megapixels que não trabalham muito bem imagens noturnas. O resultado final, em boas condições de luz, é de fotos com bons detalhes e cores bem reproduzidas. Em fotos noturnas, tudo fica meio granulado e com pouca luz entrando. A interface da câmera é bastante simples e conta com a função de abrir o app ao girar o smartphone na mão.
Em vídeos, o aparelho filma até 720p e pode realizar filmagens em câmera lenta na mesma resolução. A qualidade final é a mesma que temos em fotos, ou seja, boa em boas condições de luz e bem razoável quando a luz apaga.
Pontos fortes
Pontos fracos
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