M o t o r o l a M o t o G 5 0 5 G

As fabricantes vêm investindo pesado em celulares 5G aqui no Brasil e agora temos mais uma opção da Motorola no segmento de intermediários, o Moto G50 . Ele foi lançado no país em uma parceria entre a fabricante e a operadora Claro, mas também pode ser encontrado na loja virtual da Motorola por R$ 2 mil. O que ele tem a oferecer por este preço? Será uma melhor compra que os intermediários 5G da Samsung, Xiaomi e realme? Vamos conferir.

O Moto G50 5G vem em embalagem escura com o logo branco da Motorola e o nome do aparelho em verde. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

Design não é o ponto forte do Moto G50 5G. Na parte frontal temos entalhe em formato de gota, normalmente encontrado em celulares mais baratos. A borda abaixo da tela também é mais larga do que vemos neste segmento, o que da a impressão de um projeto velho que estava engavetado e decidiram lançar apenas agora no final de 2021.

Seu corpo é todo feito de plástico liso e pode ser encontrado em duas opções de cores: azul ou verde. A pintura é reflexiva e tem um discreto efeito holográfico. Além de atrair marcas de dedo, ele acaba riscando com facilidade, mas a Motorola manda uma capinha de silicone na caixa.

O G50 não é um celular fino e nem leve. O lado bom disso é que o bloco de câmeras na traseira não é muito saltado. Há três câmeras formando o conjunto e um flash em LED. O logo da Motorola segue marcando presença na traseira, mas o leitor biométrico encontra-se no botão de energia na lateral. Ele apresenta bom desempenho no processo de reconhecimento da digital.

Do mesmo lado do leitor de digitais temos a tecla de controle de volume e um botão dedicado ao Google Assistente. Do lado esquerdo há apenas a gaveta híbrida para usar dois chips ou abrir mão de um para ampliar o armazenamento com cartão de memória. Na parte inferior há a entrada para fones de ouvido, USB-C, alto-falante e microfone. No topo temos apenas um segundo microfone para gravar som estéreo.

Em conectividade, além do 5G, há Wi-Fi AC para redes de 5 GHz, Bluetooth 5.0 e NFC.

A parte multimídia fica por conta de uma tela Max Vision de 6,5 polegadas com resolução HD+ e painel de 90 Hz para fluidez superior com as animações do sistema. A Motorola vem decepcionando no nível de brilho da tela dos seus intermediários e no caso do G50 temos brilho mais fraco que muito celular de entrada.

Pelo menos o contraste e o ângulo de visão do painel IPS são bons. Já a reprodução de cores peca na calibração, porém é possível realizar alguns ajustes nas configurações. Também não espere por suporte a HDR para vídeos em serviços de streaming. É uma tela que faz apenas o básico.

A parte sonora também não empolga por ter apenas um alto-falante na parte inferior, o que limita a experiência a som mono. A potência é decente e o equilíbrio sonoro carece de médios, porém os baixos e agudos não são exagerados.

O G50 vem com fone de ouvido mais básico da Motorola feito com corpo todo em plástico rígido. Ele é menos confortável que o outro fone com ponteira de silicone que acompanha os celulares mais caros, mas tem boa qualidade sonora.

O Moto G50 5G vem com a plataforma Dimensity 700 da MediaTek, a mesma presente em celulares intermediários como o Redmi Note 10 5G e o realme 8 5G . Este hardware entrega bom desempenho? Em nosso teste de velocidade focado no multitarefas tivemos um resultado decente. Ele foi mais lento que o rival da realme, porém foi mais ágil que o da Xiaomi.

Em benchmarks acabou perdendo para ambos, o que mostra que o software da Motorola precisa de otimização. No caso do AnTuTu chegamos a ter pontuação um pouco superior ao Galaxy A32 5G , que vem com a plataforma Dimensity 720.

O Moto G50 é um bom celular para jogos. No Call of Duty conseguimos 90 fps na qualidade gráfica média com taxa de quadros em Alto, mas com todos os filtros desativados. No PUBG temos bom desempenho com gráficos em HD e molduras no Alto. Games mais leves como Asphalt 9 e Mario Kart rodaram lisos sem engasgos.

Bateria de 5.000 mAh é o novo padrão nos intermediários e é isso que a Motorola oferece com o Moto G50. A fabricante promete dois dias de autonomia, mas em nossos testes não chegou a tanto. Com uso moderado incluindo um pouco de jogos e vídeos conseguimos chegar a 24 horas de uso, o que não deixa de ser uma boa marca.

Isso garante que o G50 passe o dia longe de tomadas mesmo em uso mais exigente. Ele vem com carregador de 20W que demora duas horas e meia para encher totalmente a bateria. Poderia ser melhor, já que intermediários levam menos tempo em média.

Uma carga rápida de 15 minutos recupera apenas 14% de bateria. Com meia hora na tomada temos 27% de carga.

O conjunto triplo de câmeras é formado por sensor principal de 48 MP e dois de 2 MP, sendo um dedicado para macros e outro para desfoque de fundo. É uma configuração bastante padrão atualmente em intermediários e até alguns celulares básicos. Na parte frontal há uma câmera de 13 MP para selfies.

É uma pena que a Motorola tenha deixado a câmera ultra-wide de fora, o que limita fazer capturas de cenários mais amplos. Pelo menos a qualidade fotográfica é boa, especialmente quando o HDR entra em ação. Ele deixa as fotos mais claras, realça os detalhes das sombras e torna as cores mais vibrantes.

O G50 até faz fotos decentes à noite e não sofre tanto com ruídos. Em locais com alguma luz por perto terá fotos com boas texturas e poucas manchas. A macro tem resolução baixa e não possui foco automático, o que a torna bastante limitada.

A de desfoque funciona bem com objetos, mas pode se perder um pouco com vegetações. Pelo menos não apresenta muitas falhas ao fotografar à noite, como visto em celulares mais baratos da Motorola.

A frontal faz boas selfies e captura muitos detalhes da pele com boa fidelidade. Em locais mais escuros temos selfies granuladas, mas que não comprometem o compartilhamento em redes sociais. O modo retrato tem bom desfoque com poucos erros.

A filmadora grava apenas em Full HD, o que é decepcionante já que alguns rivais gravam em 4K. A qualidade dos vídeos é decente e a estabilização ajuda a reduzir os tremidos. O foco é rápido, porém o celular fica regulando o ISO sempre que o foco é reajustado, dando algumas inconsistências no brilho do vídeo. A captura é estéreo e lida bem com os ruídos ao redor.

O G50 vem com Android 11 e estava com pacote desafado de segurança do Android quando o testamos para esta análise. A Motorola promete que soltará a atualização para o Android 12, mas sem garantia de que receberá algum update após esse. Ela também promete dois anos de atualizações de segurança, mas sem o compromisso de soltar os patches mensalmente.

O software é o mesmo de outros aparelhos da marca, com a possibilidade de realizar pequenas modificações na interface e os gestos tradicionais para abrir a câmera ou ligar a lanterna. O software flui bem na tela de 90 Hz, que permite regular a velocidade automaticamente ou travar em 60 ou 90 Hz.

O intermediário 5G acessível da Motorola é uma melhor compra que as opções da Samsung, realme e Xiaomi?

O Galaxy A32 5G peca por não ter tela de 90 Hz e mesmo que venha com hardware teoricamente superior, ele acabou saindo mais lento em nosso teste de velocidade e benchmarks. O celular da Samsung entrega melhor autonomia e passa menos tempo na tomada. Ele tem câmeras similares, mas se destaca por ter ultra-wide e permitir capturar fotos mais amplas. Além disso, ele é capaz de gravar vídeos em 4K.

O Redmi Note 10 5G é uma alternativa com tela de 90 Hz e traz resolução superior. Ele é mais compacto devido às bordas mais finas, mas o brilho do painel também é baixo. Ele foi mais lento em nosso teste de velocidade, porém a bateria dura mais e recarrega bem mais rápido. As câmeras são seu grande ponto fraco e entregam qualidade inferior ao da Motorola.

O realme 8 5G se destaca por ter desempenho superior e melhor autonomia de bateria. Ele também vem com tela de 90 Hz e resolução Full HD, porém tem brilho mais forte. O aparelho também peca por não ter ultra-wide e nem gravar em 4K, mas captura boas fotos e supera o da Motorola em selfies.

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