M o t o r o l a M o t o G 5 S P l u s

Começando pela embalagem do aparelho, temos basicamente a mesma caixa predominantemente na cor verde usada no modelo lançado no início do ano, com uma arara em sua parte frontal, o nome do aparelho e as marcas da Motorola e da Lenovo. A caixa não é das mais resistentes e os acessórios não possuem qualquer tipo de divisória entre eles além da "sacolinha" em que são armazenados, ficando todos jogados abaixo da tampa em papelão que apoia o Moto G5S Plus.

Os acessórios inclusos ao menos são bem melhores do que na "geração passada", sendo incluído o mesmo carregador de tomada visto no Moto Z2 Play (corrente de saída variável de 5V-3A, 9V-1,6A ou 12V-1,2A), mesmos fones de ouvido que vimos na linha Moto E4, cabo USB-microUSB (sim, nada de USB-C por aqui), borrachinhas sobressalentes para os fones de ouvido, adaptador para uso da TV Digital, ferramenta para abrir a gaveta híbrida dos chips e os tradicionais manuais.

Falando sobre o visual do Moto G5S Plus, é possível encontrar o aparelho em três opções de cores: platinum, azul topázio ou ouro rosé, com o primeiro possuindo a parte frontal preta, o segundo na cor branca e o terceiro na mesma tonalidade do restante do corpo. O modelo que chegou às nossas mãos foi o azul topázio (e a Motorola também nos enviou o platinum para uma comparação), que provavelmente será o preferido de muita gente porque realmente se destaca na multidão.

O Moto G5S Plus é sem sombra de dúvidas o membro da linha Moto G mais elegante já lançado desde a criação da família lá em 2013, tendo seu corpo construído em peça única de metal com laterais em corte diamante e acabamento em vidro 2,5D na parte frontal. Por contar com tela maior, de 5,5 polegadas, ele não é exatamente o modelo mais compacto, porém tem dimensões similares ao que vimos no Moto Z2 Play, com 153.5 mm de altura por 76.2 mm de largura e 8 mm de espessura.

Na lateral direita do aparelho ficam seus botões de volume e energia, enquanto do lado esquerdo temos a gaveta híbrida onde você pode colocar dois chips nano-SIM ou um chip e um cartão microSD de até 128 GB. Na parte de baixo ficam o microfone principal para chamadas, a porta micro-USB e a saída de som para multimídia, enquanto na parte de cima temos apenas a porta P2 para fones de ouvido.

Sobre a saída de som, ela é mal posicionada (podendo ser facilmente bloqueada durante o uso do aparelho na horizontal), sendo realmente uma pena a mudança em relação ao que tínhamos no Moto G5 Plus.

Na parte traseira do Moto G5S Plus fica seu principal diferencial frente aos demais modelos da linha Moto G lançados até aqui, e também frente aos rivais: suas duas câmeras de 13 megapixels cada. Junto delas temos os dois LEDs em tons distintos e o laser auxiliar de foco, que acabam formando um lindo rostinho feliz se você parar para olhar direito, e pouco mais acima está o microfone secundário para cancelamento de ruído.

Já no painel frontal temos a câmera de selfies com um flash LED único, a saída de som para chamadas e os sensores de proximidade e luminosidade, ficando abaixo do display o leitor de impressões digitais multifunção que pode ser usado para substituir a barra de navegação do Android, bastando realizar gestos para bloquear/desbloquear a tela, ir para a home, entrar na tela de apps recentes ou voltar.

A autenticação biométrica funcionou bem na grande maioria das vezes, sendo praticamente nula a taxa de erros e desbloqueando o aparelho de maneira rápida. Obviamente, se seus dedos ou o sensor estiverem sujos a situação não é a mesma, mas no geral ele agrada.

No geral a pegada do Moto G5S Plus é bem confortável, e ele não parece ser tão escorregadio quanto o Moto Z2 Play, o que ajuda a evitar quedas indesejadas. Caso você tenha mãos pequenas, porém, provavelmente será necessário apelar para o modo de uso com uma mão ou então usar o aparelho com as duas mesmo.

Com relação à tela, temos um painel IPS LCD de 5,5 polegadas com resolução Full HD (1080 x 1920 pixels), o que confere ao Moto G5S Plus a densidade aproximada de 401 ppi.

Em nossos testes , o dispositivo se mostrou uma boa opção tanto para locais externos quanto internos, sejam eles iluminados ou não, apresentando bons índices de brilho, contraste e saturação. Caso desejado, é possível escolher entre cores mais vívidas ou mais naturais no menu de configurações.

Em números, tivemos brilho máximo de 496 lux com uma imagem branca sendo exibida (665 no brilho automático), e brilho mínimo de 5 lux com a mesma imagem. Com uma imagem preta, o brilho máximo foi de 3 lux, e o mínimo foi de 0.

Em termos de especificações ténicas, temos no Moto G5S Plus um conjunto virtualmente idêntico ao incluído pela companhia no Moto Z Play, com um chipset Snapdragon 625 de oito núcleos a até 2 GHz, GPU Adreno 506, 3 GB de RAM e 32 GB de espaço para o armazenamento interno, expansível via microSD, tudo precisando lidar com um display IPS LCD Full HD de 5,5 polegadas.

Nossos testes mostraram que sua performance será realmente dentro do esperado, indo de acordo com o Moto Z Play tanto nos testes práticos de abertura de apps ou execução de jogos quanto nos mais variados benchmarks. Na primeira volta de nosso teste prático, o aparelho levou 1 minuto e 13 segundos para abrir todos os aplicativos, precisando de apenas outros 24 segundos para retornar com eles ao primeiro plano, e fechando assim com 1 minuto e 37 segundos.

Nos testes de benchmark, tivemos:

No teste com jogos, vimos como o Moto G5S Plus se saía ao executar seis diferentes títulos com as mais variadas complexidades e exigências. Todos eles foram monitorados com o GameBench, que é uma prática ferramenta que sempre utilizamos em nossos testes de desempenho com jogos e agora começou a ser usada também no teste de bateria, já que é capaz de medir até a média de consumo dos apps.

Nos títulos de corrida, tivemos 30 fps tanto no Asphalt 8 quanto no Asphalt Xtreme, porém o primeiro apresentou consumo de CPU na casa de 9% enquanto a RAM ficou em 592 MB, com o segundo precisando de 10% da potência da CPU e 679 MB de RAM, o que demonstra que ele pode impactar mais no desempenho caso você decida por deixá-lo rodando em segundo plano enquanto faz outras coisas.

No Injustice 2 tivemos a menor taxa de quadros por segundo dentre os títulos executados, com uma média de 22 fps, enquanto o consumo de RAM ficou em 759 MB, sendo também o mais alto do teste. Já se você curte mais jogos de tiro, o Modern Combat 5 ficou com uma média de 32 fps, tendo seu consumo de RAM na faixa de 510 MB e 62% da CPU em uso. Sim, inverti a RAM no vídeo ao falar sobre os dois títulos, desculpe.

Por fim, passando para os jogos mais simples, tivemos 60 fps no Subway Surfers, ficando assim na faixa que todos provavelmente desejam; o consumo de RAM por aqui ficou em 319 MB, sendo o menor do teste, e o de CPU ficou em 14%. Já o Clash Royale rodou com 59 fps em média, sendo seu consumo de RAM de 356 MB e o de CPU em 5%.

O software é basicamente o mesmo que já vimos em outros modelos lançados pela Motorola com Android 7.1.1 Nougat. As principais funções, como sempre, ficam no app Moto, com o Moto Ações permitindo uma série de interações práticas e intuitivas por parte do usuário e o Moto Tela oferecendo visualização rápida de notificações e outras informações sobre o aparelho, além do filtro de luz azul para uma experiência noturna mais confortável.

O diferencial aqui está na presença da TV Digital, que além de permitir sintonização de canais tanto em HD quanto em qualidade inferior ainda oferece guia de programação, gravação dos programas com possibilidade de pausar durante o intervalo e ajustes de proporção. Obviamente, para usufruir da TV Digital você precisará conectar o acessório que vem na caixa, sendo ele responsável por fazer o papel de antena.

Eis que chegamos ao grande destaque do Moto G5S Plus, ao menos em teoria. O aparelho traz duas câmeras traseiras, sendo uma monocromática e outra RGB tradicional. Ambas contam com 13 megapixels e abertura f/2.0, sendo utilizadas em conjunto para entregar algumas funcionalidades bacanas como efeito bokeh (desfoque), coloração seletiva e até montagens onde o fundo é substituído de maneira extremamente simples e prática.

Ao colocarmos tudo em prática , contudo, as coisas não são bem assim. O Moto G5S Plus consegue registrar ótimas imagens no modo automático ou no modo manual, entregando bons níveis de detalhes, cores balanceadas e uma estabilidade razoável para um modelo sem sistema óptico de estabilização.

Ao tentar usar os diferenciais da câmera tudo, porém, tudo cai por terra, pois além de ser bastante lento para registrar as cenas com o modo de profundidade, a configuração para que as imagens saiam minimamente aproveitáveis demanda um tempo que muita gente não irá querer perder, e os modos de edição não funcionam como o prometido, o que pode ser justificado por seu estágio beta.

Na câmera frontal temos um sensor de 8 megapixels (maior resolução dentre os aparelhos da Motorola) com abertura f/2.0 e flash LED único. As selfies não decepcionam, seja em locais externos ou internos, e o flash realmente é útil para ambientes com menor iluminação, apesar de não ser tão potente ao ponto de auxiliar na gravação de vídeos.

A câmera traseira grava em até 4K a 30 fps ou Full HD a 60 fps, enquanto o sensor frontal registra vídeos em Full HD a 30 fps. As gravações são fluidas e a estabilidade é razoável, porém a captação de áudio ainda precisa de alguns ajustes, sendo bastante sensível a ruídos externos e estourando com certa facilidade.

Passando então para a bateria, temos um componente de 3.000 mAh, o que em teoria indicava uma autonomia próxima à do Moto Z2 Play, e foi de fato o que aconteceu na prática. Ainda que ele não tenha um tempo de tela tão amplo quanto do novo modelo da linha Z por possuir um painel IPS LCD, temos algo mais do que suficiente para chegar ao final de um dia de uso com alguma carga restante, sendo assim uma ótima opção para quem quer se preocupar em carregar o aparelho apenas na hora de dormir.

Nos testes de consumo, tivemos 13 horas e 13 minutos de reprodução de vídeos Full HD offline, 4 horas e 11 minutos de gravação de vídeos, também em Full HD, 4 horas e 50 minutos de videochamadas pelo Skype, usando rede Wi-Fi, 17 horas e 7 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis, e média de 5 horas e 3 minutos de jogos.

Em nosso teste prático , tivemos os seguintes resultados:

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