Não há muito o que falar em relação ao design do Moto G6 Plus. Ele é, literalmente, uma versão maior do Moto G6. As dimensões são de 159,9 x 75,5 x 7,99 mm, ou seja, cerca de 6 mm mais alto, 3 mm mais largo e 0,5 mm menos espesso. O peso é de 165 gramas - menor que o modelo básico. O acabamento também é de vidro espelhado, apesar de parecer um plástico.
A câmera segue posicionada na área que parece um robozinho ou um emoji, agora aquele de sorriso "amarelo", o grimacing face . As laterais mantêm o mesmo acabamento. Uma das mudanças é que, finalmente, a Motorola trocou a entrada micro USB por uma USB do tipo C para o cabo de dados. Isso oferece maior velocidade de transferência de dados via cabo.
A parte frontal também é idêntica ao Moto G6, exceto pelo tamanho. A tela, apesar de ser maior, acaba ocupando um pouco menos de espaço, deixando mais bordas. O leitor de impressão digital fica na borda de baixo, e ainda tem a navegação por um toque.
Um detalhe importante: esse aparelho não é à prova d’água . Ele tem proteção contra respingos, como praticamente todo smartphone hoje em dia. Mas nada de IP68 aqui. E isso vale para toda a linha Moto G6.
Quanto à caixa, a única diferença para os outros modelos de sexta geração da linha Moto G é a presença da antena da TV digital. Eis a lista completa de acessórios?
O G6 Plus tem a maior tela, mas é o modelo da linha que tem o menor aproveitamento frontal, ficando abaixo dos 75% - mais especificamente, 74,4%. A tecnologia ainda é o IPS LCD, que não oferece um preto profundo como uma tela AMOLED, mas não é de todo mal.
O brilho máximo para uso em ambientes externos, conforme vimos em nosso teste , é ok, dá para enxergar bem a tela quando você estiver na rua. Já o brilho mínimo é levemente mais alto do que os concorrentes que comparamos, que são o Galaxy A6 Plus, Xperia XA2 e Mi 5X. Mas não chega a ser agressivo para usar o dispositivo no escuro.
A Motorola deixa ainda algumas opções de ajustes das cores, que pode ser padrão ou intensidade, para quem gosta de cores mais vivas. Dá para ativar filtro de luz azul e ativar a rotação da tela inicial.
Com a tela pouco abaixo da concorrência, o Moto G6 Plus supera por boa margem os rivais ao oferecer um alto falante bem superior. O nível do volume é bem superior, sem perder muito em qualidade do áudio.
Software
A Motorola ainda mantém a interface visualmente parecida com o Android do Google - hoje representado principalmente pela linha Pixel. Mas há bastante alterações no sistema, tanto que sua fluidez não é mais a mesma, como vimos no teste de performance.
Mas vamos focar em recursos extras. A Motorola concentra todos eles no app Moto. Tem um assistente para te ajudar a manter o armazenamento o mais livre possível e a bateria no seu melhor desempenho.
Foram mantidas, ainda, as funções de gestos, incluindo os de navegação, abrir câmera e ligar lanterna, e o Moto Tela, que mostra notificações e relógio no display quando você mexe no aparelho com a tela desligada. Eagora tem também o Moto Key, que é igual uma função nativa do Android que guarda suas senhas para acessar aplicativos mais rápido.
Por fim, a TV digital, com padrão Full Seg, mantendo o que já era oferecido nos antecessores, o G5 e G5S, ambos na variante Plus. A interface possui modo escuro e permite gravar programas para compartilhar depois, em resolução reduzida.
Com mais memória RAM e chipset bem mais potente que os modelos mais modestos da linha, esperávamos ver um dispositivo veloz, que ficasse abaixo de um minuto e meio em nosso teste de velocidade. Mas, assim como o Moto G6, o G6 Plus também tem problemas com o multitarefas.
Antes, vamos repassar as especificações de hardware. Temos aqui um chipset Snapdragon 630, evolução do 625 presente nos Moto G5 Plus e G5S Plus. O processador da plataforma é de 2,2Ghz nos quatro núcleos mais velozes, com outros quatro de 1,8GHz. Além disso, aqui temos 1 GB de memória RAM a mais que o antecessor, totalizando agora 4 GB.
Porém, o O G6 Plus recarregou do zero alguns dos apps na segunda volta do nosso teste de velocidade , e demorou um tempo bem maior que o dos concorrentes para fazer as duas voltas, chegando a 2min10s . Também é um tempo maior que o min37s do antecessor.
Os resultados de benchmark ficaram dentro do esperado para o hardware, o que indica que o problema está, mesmo, no software. As pontuações foram as seguintes?
O alento vem com os jogos. A performance para rodar até alguns títulos mais pesados, mesmo que não seja nos melhores gráficos possíveis, é muito boa. Para quem não se importa com qualidade gráfica máxima, mas sim com desempenho geral, o Moto G6 Plus é uma boa opção para jogar.
Só não vai dar para ficar com dois ou três jogos abertos ao mesmo tempo. Mas isso não chega a ser um problema, né?
Os chipsets da série 600 da Qualcomm são conhecidos por oferecer grande eficiência energética. Talvez por isso a Motorola apostou em uma bateria só com 200 miliamperes hora a mais no G6 Plus do que a do Moto G6 e do Moto G5S Plus. Ou seja, são 3.200 mAh no total.
E foi um erro. O Moto G6 já oferece autonomia bem fraca. O G6 Plus conseguiu suportar mais tempo na nossa simulação de uso real , mas ficou abaixo do que se esperava. Ok, foram mais de 15 horas e meia, mas um modelo intermediário premium costuma oferecer mais.
Além do mais, foi uma boa redução perto das mais de 18 horas do antecessor. Pelo menos o G6 Plus conseguiu mais tempo que o Galaxy A6 Plus, que ainda tem carga maior. Mas usa chipset menos econômico.
Quanto ao tempo de recarga, o G6 Plus conseguiu ser mais rápido que o Moto G6, tendo bateria maior e usando carregador com a mesma potência. Mas ambos ficaram por volta de uma hora e meia, que tá de muito bom tamanho.
As câmeras do Moto G6 Plus agradam legal, considerando um dispositivo intermediário. Nosso comparativo trouxe um empate técnico entre este e o Galaxy A6 Plus sobre o Mi 5X e o Xperia XA2.
As fotos, de fato, trazem boa qualidade. Os níveis de detalhes não são dos melhores, mas o dispositivo traz bom balanço de branco e exposição. Com pouca luz, já não agrada tanto, mas para as redes sociais está de muito bom tamanho. As selfies também trazem qualidade satisfatória, apesar de um contraste um tanto exagerado.
Com relação a recursos extras, o Moto G6 Plus oferece os modos retrato, recorte, cor em destaque e efeitos animados. Todos são bacanas para se divertir, mas ainda possuem algo a evoluir. O que mais fica devendo é o recorte. O de efeitos animados pode ser a diversão em algumas festas ou encontros com amigos, mas não vai muito além disso.
O Modo Retrato tem bom nível de acerto, considerando um dispositivo intermediário. Porém, todos ainda trazem algumas limitações, o que é absolutamente normal.
Em vídeos, a câmera traseira permite o uso da resolução 4K, mas a estabilização piora consideravelmente neste caso.
Pontos positivos
Pontos negativos
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