Recém-chegado ao mercado, a Lenovo investiu pesado para dar aos consumidores uma opção verdadeiramente das que temos atualmente. Com um apelo muito forte à inovação, o Moto Z facilmente pode ser considerado um dos celulares mais legais que já foram lançados em 2016, e nós vamos explicar tudinho nas próximas linhas.
A Lenovo comercializa o Moto Z por R$ 3.199, preço oficial. Embora seja possível encontra-lo por valores inferiores, também devemos lembrar que dentro da caixa do Moto Z (a tradicional) você tem de brinde um Moto Snap de bateria da Incipio e uma “case” Moto Style Shell.
Você pode conferir o nosso review completo sobre cada um dos Moto Snaps já lançados até agora acessando esta página .
Definitivamente, uma das coisas que mais chama atenção no Moto Z é o seu visual. Com 5,2 milímetros de espessura e pesando 136 gramas, a Lenovo adota uma estrutura de metal com lateral levemente arredondada. Sim, o Moto Z é muito fino, mas também bastante resistente. Por aqui nós até tentamos entortar um pouquinho o celular, mas ele se saiu muito bem.
Esse visual novo adotado pela Lenovo é bem interessante, mas aqui vão alguns pontos chave sobre ele: a câmera traseira fica muito saltada, a parte traseira parece um imã de marcas de dedo e não temos também a entrada padrão para fones de ouvido. Nos dois primeiros casos, você pode contornar isto com uma Style Shell, que deixa a traseira bem uniforme; já no segundo, para “contorna-lo”, só usando o adaptador para fones que a Lenovo adicionou – e que, desculpem, não fica com um visual nada agradável.
Confesso que por aqui nós ficamos um pouquinho assustados com os pinos que fazem a ligação com os Moto Snaps sempre à mostra. Não tivemos nenhum problema, mas, novamente, usar uma Style Shell pode ser uma sábia decisão.
Deixando os “pequenos” problemas de lado, o Moto Z tem uma cara muito bonita e que lembra bastante outros celulares da fabricante. Ele traz o sensor de impressões digitais na parte da frente, igual no Moto G4 Plus. O dispositivo tem botões apenas na lateral direita, sendo que o de liga/desliga tem uma textura diferente. A gaveta para chips ficou lá na parte de cima, e na de baixo nós temos uma porta USB Tipo-C.
Outra coisa interessante sobre o Moto Z, é que a Lenovo adicionou também um flash frontal para suas selfies.
Um outro bom recurso é que o Moto Z conta ainda com “nano-revestimento resistente à respingos d’agua”, ou seja, o dispositivo pode até aguentar aquela chuvinha, mas não pense em fazer testes de stress “afogando” o dispositivo por aí pois você terá prejuízo na certa.
Vamos lá, o Moto Z tem 155.3 mm de altura, por 75.3 mm de largura, com apenas, como já citamos, 5.19 mm de espessura, sendo um dos flagships mais finos da atualidade. Precisamos dizer que é bastante confortável utilizar o Moto Z com ele sendo tão fino. O dispositivo não escorrega das suas mãos, é leve e confortável, mesmo com tela grande.
No entanto, precisamos concordar também que o Moto Z adora marcas de dedo. E aqui vai uma dica: não somente o corpo de metal do aparelho pode arranhar, como também a lente de sua câmera – isso se a parte traseira estiver em contato com alguma coisa prejudicial. Utilizar uma Stylle Shell não custa nada, deixa o Moto Z mais “uniforme” e não tira a identidade bonita que ele tem. Pelo contrário: as Stylle Shells foram feitas para personalizar o Moto Z, e receber uma “for free” dentro da caixa já é algo bem positivo.
A tela do Moto Z traz um painel Super AMOLED de 5,5 polegadas com resolução Quad HD (1440 x 2560 pixels) com Gorilla Glass 4, dando a ele 535 ppi de densidade. E utilizar um painel Super AMOLED resulta em uma certa economia de energia ao exibir imagens com tons mais escuros, além de facilitar bastante a utilização do aparelho sob luz solar.
Você também pode fazer alguns ajustes na qualidade do que está sendo exibido, deixando tudo com cores mais realistas ou com mais intensidade. O “Moto Tela” liga apenas alguns pixels do Moto Z para que algumas informações – como a hora e notificações – sejam exibidas sem gastar muita bateria.
Nada de brincadeiras com o Moto Z, que agora é o novo flagship da Lenovo. Por dentro esse aqui tem um chipset Qualcomm Snapdragon 820 com CPU de quatro núcleos com clock máximo de 1.8 GHz. Ele ainda tem GPU Adreno 530, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento interno, com slot para cartão microSD de até 2 TB. Tudo isso em um celular com tela de 5,5 polegadas.
De toda essa memória, o Moto Z entrega aos usuários cerca de 53 GB para uso livre, sendo que mais de 10 GB são utilizados pelo sistema Android, que por aqui está na versão 6.0.1 Marshmallow e, sim, ele será atualizado para a versão 7.0 Nougat.
Na parte do software, mais um ponto positivo para a Lenovo: interface limpa, nativa do “Android puro”, ou do Now Launcher. Essa estratégia de manter os seus dispositivos com uma cara mais limpa sempre foi adorada pelos fãs da linha Moto, e o Moto Z segue no mesmo caminho.
A única mudança feita pela Lenovo foi a adição dos aplicativos Moto e Moto Snaps. No primeiro deles você pode gerenciar as ações do aparelho, que basicamente são alguns truques feitos Moto Z, os comandos de voz (pois o celular te escuta o tempo todo) e também a tela inteligente. No segundo, é claro, você gerencia os Snaps.
E por falar nesses recursos extras, o Moto Z exibe as notificações com você próximo ao aparelho, mas sem tocar nele. Dentre outros que certamente a maioria de vocês já conhece, é possível ainda ativar o recurso de tela alerta e outros como os de girar o aparelho para abrir e câmera e mais.
O gerenciamento de hardware do Moto Z também funciona extremamente bem: com 4 GB de RAM ele facilmente consegue manter vários apps abertos em segundo plano sem ter que reiniciá-los. Nós também conseguimos pontuações respeitáveis em testes de benchmark, e você pode conferir alguns resultados no gráfico abaixo.
Em jogos pesados, novamente temos um desempenho respeitável no Moto Z. O dispositivo consegue se manter muito bem e raramente você encontra algum travamento ou lag. A GPU também trabalha com potência suficiente para manter os gráficos com a melhor qualidade, o que definitivamente ajuda na experiência final.
No geral, o Moto Z vai facilmente rodar todos os jogos da Play Store, e a boa notícia é que os mais pesados naturalmente ficam em 30 quadros por segundo.
A bateria do Moto Z é de 2.600 mAh e em nossos testes de bateria se mostrou bem eficiente, na realidade. Conseguimos utilizar o Moto Z por um período de quase 15 horas com mais de 6 horas de tela ligada. Para carregar o Moto Z você precisa de pouco mais de 1 hora, graças ao Turbo Power, que conta com 5V, 3A (15 W).
No geral, a Lenovo já cita que o Moto Z pode te acompanhar o dia todo, e nós comprovamos isto na prática. O dispositivo tem um bom gerenciamento de energia e tem um modo de economia padrão do Android que também faz um bom trabalho.
E, como já citamos, o dispositivo conta com porta USB Tipo-C, por isso consegue ter um carregamento rápido tão bacana.
A câmera traseira do Moto Z é de 13 megapixels com abertura f/1.8, com estabilização óptica de imagem (OIS), autofoco laser, flash LED duplo e ele pode gravar vídeos em Full HD com 60 fps e em 4K com 30 fps.
A interface do app de câmera é muito limpa e nós gostamos disto. Existe um botão logo ao lado do obturador onde você pode alternar entre os modos do celular, incluindo o “profissional”, que com uma cara bem simples te permite alterar o balanço de branco, ISO, exposição e muito mais.
Quanto a sua qualidade, certamente você terá em mãos um celular capaz de capturar belos cliques, mas certamente o Moto Z não é o celular atual com melhor qualidade de imagem. Vez ou outra as cores não serão reproduzidas tão fielmente, mas o foco automático do Moto Z consegue ser muito rápido.
Só a abertura de sua lente que não faz um trabalho tão bacana em fotos noturnas.
Passando para a parte frontal, encontramos um sensor de 5 megapixels com abertura f/2.2 e lente de ângulo aberto, além de contar com um flash LED. Sim, o Moto Z tem um flash LED na parte frontal.
A parte boa aqui na câmera é que o sensor do Moto Z não força aquele padrão de “modo embelezamento”, que na maioria das vezes só estraga as fotos. Pelo contrário: o celular da Lenovo mantém resultados bem fieis, o que certamente nos agradou por aqui.
Dentre outros recursos de câmera, a Lenovo adiciona integração ao Google Fotos com backup gratuito por dois anos, onde você pode salvar todas as suas fotos originais. Aqui nós também temos o gesto para ativar a câmera, que também é o mesmo para alternar entre o sensor traseiro e frontal.
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