Começando pela embalagem , temos o mesmo vermelho vibrante visto na caixa do Moto Z2 Play, mas curiosamente a caixa do Moto Z2 Force é bem mais compacta, mesmo sendo enviada para nós a versão Power Edition, que conta com Snap de bateria.
A caixa se abre puxando pela lateral, sendo revelado logo de cara o dispositivo, que até então é encontrado apenas na cor Onix (um tom mais escuro de cinza do que temos no Platinum). Logo abaixo dele, são dispostos dois envelopes, com o primeiro contendo toda a papelada técnica e a ferramenta para abrir a gaveta de chips, que infelizmente é híbrida, obrigando o usuário a escolher entre dois chips nanoSIM ou um chip e um cartão microSD de até 2 TB.
No segundo envelope está o Snap Power Pack, sendo exatamente o mesmo que vimos na caixa do Moto Z2 Play Power Edition. O acessório é bem fino e leve, contando com capacidade de 2.220 mAh e traseira emborrachada para ajudar na pegada.
Os demais acessórios também são os mesmos que vimos na embalagem do Moto Z2 Play: um carregador turbo com corrente de saída variável (5V-3A, 9V-1,6A, 12V-1,2A), cabo USB-C e fones de ouvido de ótima qualidade, sendo a grande novidade aqui a inclusão de um adaptador USB-C/P2, já que o Moto Z2 Force não possui a entrada padrão de 3,5 mm.
Passando para o Moto Z2 Force em si, temos um painel frontal praticamente idêntico ao do Moto Z2 Play, porém com o nome "Moto" logo abaixo da tela e o sensor biométrico multifunção um pouco mais "afundado" no corpo do dispositivo, o que ajuda a encontrá-lo.
A pegada do aparelho é muito boa, já que ele é ligeiramente mais espesso que o Moto Z2 Play e conta com laterais mais arredondadas, encaixando na mão sem problemas. Caso você não possua mãos tão grandes, pode ser um pouco complicado alcançar toda a tela, mas nada que usar o modo de uso de uma mão ou usar ambas não resolva.
Na parte traseira é onde temos a principal novidade, sendo impossível não reparar no módulo duplo de câmeras com flash dual-LED estrategicamente posicionado abaixo, criando assim algo que pode facilmente se passar por um rosto feliz. Ali fica também o laser auxiliar de foco, e mais abaixo estão os conectores magnéticos para comunicação com os Moto Snaps.
Na lateral direita do Moto Z2 Force temos os botões de volume e energia, com este último sendo texturizado para ajudar no reconhecimento quando você não estiver olhando para o aparelho. Já a lateral esquerda é completamente lisa, ficando na parte de baixo apenas a porta USB-C, já que o dispositivo não possui entrada P2 para fones de ouvido, e na parte de cima a gaveta híbrida com o microfone secundário para cancelamento de ruído.
Acima do display temos a câmera de selfies, a saída de som que funciona tanto para chamadas quanto para multimídia (sendo esta de boa qualidade, apesar de não tão alta), e os LEDs para auxiliar nos autorretratos noturnos, ficando abaixo da tela o já mencionado sensor multifunção que realiza a leitura de impressões digitais de maneira rápida e eficiente, e o microfone principal para chamadas.
Em dimensões, o Moto Z2 Force tem 155,8 mm de altura por 76 mm de largura, e 6,1 mm de espessura, o que deixou muita gente confusa a respeito da falta da conexão P2 para fones de ouvido, já que há espaço suficiente para tal. No peso, temos 143 gramas, fazendo dele um modelo até bem leve para suas 5,5 polegadas de tela.
O painel usado pela Motorola é, de acordo com a empresa, Super AMOLED, contando com diagonal de 5,5 polegadas e resolução Quad HD (1440 x 2560 pixels), apresentando assim uma densidade aproximada de 534 ppi. Seu grande diferencial é a tecnologia Shattershield, que ao contrário do Gorilla Glass tradicional permite que o dispositivo sobreviva a quedas de até 1 metro e meio sem qualquer tipo de problema.
Como não poderia deixar de ser, testamos esta característica do Moto Z2 Force, e o dispositivo de fato se saiu como esperado, apresentando não sentir qualquer tipo de dano ao entrar em contato com um bloco de concreto ou com o piso de cerâmica. Vale notar, porém, que a tela apresenta uma facilidade maior para riscos do que normalmente vemos, mas nada que seja extremamente prejudicial, sendo encontrados apenas dois riscos mais visíveis após duas semanas de uso intenso.
Com relação à qualidade da tela na exibição de conteúdo , tivemos um ótimo desempenho em ambientes externos ensolarados e internos com iluminação artificial, sendo exibidas cores vibrantes mas não ao ponto de ficarem artificiais demais. Ao passarmos para locais escuros, porém o Moto Z2 Force mostrou que pode incomodar a usuários mais sensíveis, já que seu brilho mínimo é bem mais alto do que temos em modelos rivais.
Em números, tivemos brilho máximo de 700 lux com uma imagem branca sendo exibida na tela, e brilho mínimo de 19 lux com a mesma imagem. Com uma imagem preta tanto o brilho máximo quanto o mínimo são nulos, já que o painel Super AMOLED desliga completamente os pixels neste caso.
Passando para o desempenho, as especificações técnicas do Moto Z2 Force incluem um chipset Qualcomm Snapdragon 835 com oito núcleos a até 2,35 GHz, GPU Adreno 540, 6 GB de RAM e 64 GB de espaço para o armazenamento interno, que pode ser expandido via microSD de até 2 TB. Este conjunto precisa lidar com uma tela Quad HD Super AMOLED de 5,5 polegadas, sendo assim similar ou até mesmo mais completo do que temos em outros flagships nacionais.
Some o hardware extremamente potente ao sistema otimizado pela Motorola e temos um dos modelos mais rápidos do mundo, sendo até o momento o smartphone mais veloz a passar por nossas bancadas que pode ser adquirido oficialmente em solo brasileiro, ficando atrás apenas do OnePlus 5 que só pode ser encontrado em varejistas nacionais como a GearBest.
Em nosso teste prático o Moto Z2 Force precisou de apenas 40 segundos e 5 centésimos para completar a primeira volta e retornar ao cronômetro, precisando de outros 15 segundos e 48 centésimos para retornar com todos eles à tela e ir novamente ao relógio, totalizando assim 55 segundos e 53 centésimos. O grande campeão do teste até aqui, OnePlus 5, precisou de um total de 54 segundos e 22 centésimos.
Nos testes de benchmark, tivemos:
Como não poderia faltar, realizamos também nosso teste prático de execução de jogos, onde utilizamos o GameBench para medir a taxa média de quadros por segundo alcançada em cada um deles e também o consumo de outros recursos como RAM e CPU. Caso esteja interessado, o app é gratuito e não precisa de root, podendo ser encontrado no card logo abaixo.
Começando pelo Asphalt 8, tivemos 30 fps cravados, sendo esta a fluidez máxima permitida pela Gameloft. O título precisou ainda de 4% da CPU para ser executado, alocando 661 MB de RAM. O outro título de corrida da mesma desenvolvedora que testamos foi o Asphalt Xtreme, que também rodou a 30 fps e precisou de 4% da CPU, mas pedindo um pouco mais de RAM para ser mantido, com 700 MB.
O Injustice 2 é o jogo mais pesado de nosso teste, contando com ótimos gráficos e jogabilidade dinâmica. Ainda assim, ele também foi executado com taxa média de 30 fps, ocupando 7% da CPU e 918 MB de RAM. Fechando a parte de títulos um pouco mais pesados, temos o Modern Combat 5, que foi executado com 59 fps mas curiosamente demandou bem mais da CPU que os demais, com 42% do componente exigido e 589 MB de RAM.
Passando aos títulos mais simples, temos o Subway Surfers como um popular representante do gênero de corrida infinita, sendo executado com 59 fps em média e precisando de 4% da CPU, além de apenas 361 MB de RAM. O último jogo testado foi o Clash Royale, que apesar dos gráficos simples demanda uma boa capacidade gráfica por contar com muitos elementos na tela em determinados momentos. Ele também foi executado a 59 fps, mas precisou de 3% da CPU e 396 MB de RAM.
O software adotado pela Motorola é basicamente o mesmo que temos em tantos outros modelos da marca atualizados para a versão 7.1.1 Nougat. Os grandes diferenciais, como sempre, ficam dentro do app Moto, com gestos para facilitar a vida do usuário dentro do Moto Ações, o Moto Tela para entregar notificações de maneira facilitada e filtro de luz azul para visualização confortável à noite e o Moto Voz, que figura como um concorrente ao Google Assistente.
Por fim, nas câmeras, temos na parte traseira dois sensores Sony IMX386 de 12 megapixels, sendo um monocromático e outro RGB. Isto permite que a empresa use o tão comentado modo profundidade, criando efeito bokeh de acordo com a configuração realizada. Temos ainda um novo modo preto e branco, onde você acompanha em tempo real as imagens feitas com a câmera monocromática.
A câmera frontal não tem nenhum grande diferencial, sendo incluído um modo de embelezamento, HDR e panorama, além de ser possível manter o flash ligado para que você se posicione corretamente na hora da selfie, ou configurar para que ele ative apenas na hora do disparo da câmera.
Falando primeiro sobre as câmeras traseiras, ao usar o aparelho como um modelo "tradicional" temos imagens muito boas nas mais variadas condições de luz, demonstrando o quanto a Motorola conseguiu progredir nos últimos anos neste sentido, já que sempre foi muito criticada por entregar câmeras aquém da concorrência em seus flagships. Em alguns momentos ele ainda fica atrás de seus concorrentes, mas já deve satisfazer a grande maioria dos usuários.
Falando sobre os diferenciais de câmera dupla, o modo preto-e-branco é bem prático e funciona bem, permitindo a criação de imagens impactantes de maneira rápida. O modo de profundidade felizmente se mostrou muito melhor do que vimos no Moto G5S Plus, conseguindo lidar tanto com pessoas quanto com objetos sem grandes problemas, ainda que em alguns casos possa ser necessário fazer algumas tentativas para ajustar corretamente o nível de desfoque.
Com o funcionamento correto do modo de profundidade, temos também a opção de realizar algumas modificações posteriores, como um novo ajuste do efeito de desfoque, coloração seletiva e até montagens substituindo o plano de fundo, e em nossos testes tudo funcionou sem grandes problemas quando a imagem original foi capturada corretamente.
Já a câmera frontal aparentemente é a mesma que vimos no Moto Z2 Play, sendo o sensor de 5 megapixels com abertura f/2.2 capaz de registrar imagens satisfatórias em locais externos e com boa iluminação, mas pecando em locais internos e quando o flash é utilizado, já que por ser demasiadamente forte ele acaba distorcendo bastante as cores mesmo quando usado respeitando uma distância mínima.
Por fim, chegamos ao ponto mais polêmico do Moto Z2 Force: sua bateria. A Motorola incluiu apenas 2.720 mAh em seu flagship, o que gerou uma chuva de críticas à empresa até que os primeiros testes de autonomia começassem a sair. O que se viu, porém, foi justamente uma prova de que otimização continua sendo um ponto muito mais importante para fazer com que o dispositivo passe todo o dia longe da tomada do que empurrar uma capacidade enorme de bateria.
Em nossos testes de consumo , o Moto Z2 Force conseguiu reproduzir vídeos em Full HD offline por 15 horas e 56 minutos, enquanto em gravação de vídeos tivemos 3 horas e 37 minutos, também em Full HD. Nas chamadas de vídeo pelo Skype, usando rede Wi-Fi, o tempo foi de 4 horas e 20 minutos, enquanto nas chamadas de voz pelas redes móveis foram necessárias 16 horas e 5 minutos para descarregar o aparelho. Fechando, nos jogos, tivemos uma autonomia média de 5 horas e 48 minutos.
No teste prático, tivemos os seguintes resultados:
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