M o t o r o l a M o t o Z 2 P l a y

Antes de mais nada, é preciso destacarmos que esse modelo adquirido por nós é o chamado Power Edition , que vem com o novo Snap de bateria da própria marca Moto, substituindo assim a opção da Incípio por algo mais fino e leve, porém com os mesmos 2.220 mAh de capacidade. Por isso, a caixa é bem grandinha em relação ao que temos no Moto Z2 Play "puro", por assim dizer.

A embalagem do Moto Z2 Play segue o mesmo padrão visto nos recentes Moto G5 e Moto G5 Plus , porém troca a cor verde por um forte tom de vermelho, o que vai ao encontro da nova política de resgate da jovialidade da marca com o Hello Moto. Vale notar que a caixa é feita em materiais bastante resistentes, e conta com seus acessórios muito bem organizados, algo que não é visto nas linhas mais baixas.

Logo que a abrimos damos de cara com o aparelho, ficando abaixo dele o envelope onde são armazenados os tradicionais guias e termos de garantia, bem como a ferramenta responsável por abrir a gaveta onde você poderá colocar dois chips nanoSIM e um cartão microSD para expansão de memória. Sim, felizmente mais uma vez a Lenovo decidiu por não incluir um slot híbrido.

Em seguida temos mais uma caixa, desta vez contendo a Power Pack com capacidade de 2.220 mAh. O mais interessante aqui é que o acessório é bastante fino e leve, evitando que o smartphone fique desconfortável de ser utilizado enquanto é recarregado. De acordo com a Lenovo, serão entregues opções nas mais variadas cores e estilos, porém a que recebemos dentro da embalagem é preta com acabamento emborrachado.

É encontrado ainda o carregador turbo com corrente de saída que varia entre 5V-3A, 9V-1,6A e 12V-1,2A, fazendo com que o início da carga seja extremamente rápido e depois isto vá diminuindo conforme a bateria vai chegando próxima de sua capacidade máxima. O cabo USB que acompanha é do tipo-C, sendo necessário destacarmos que ele pode incomodar um pouco quem deseja maior liberdade, já que é relativamente curto.

Por fim, temos fones de ouvido finalmente condizentes com o que se espera para acompanhar um modelo lançado na faixa dos R$ 2 mil, contando com cabo achatado para evitar que se enrole facilmente, botão para chamadas e microfone embutido, além de borrachinhas sobressalentes em outros dois tamanhos. O áudio dele é bem bacana, entregando bons graves e agudos, e baixa distorção mesmo nos volumes mais altos.

Passando para o design, podemos dizer que a Lenovo decidiu unir os melhores pontos dos modelos Moto Z e Moto Z Play de 2016, aproveitando o corpo em peça única de alumínio que passa uma sensação maior de segurança e reduzindo bastante a espessura, porém sem remover a porta P2 para fones de ouvido.

O aparelho foi anunciado em três opções de cores: ouro, platinum e azul topázio, que nada mais são que dourado, cinza escuro e prata azulado. O nosso modelo é o na cor platinum, sendo este o único com a frente preta, já que os outros dois possuem a parte frontal branca.

Com dimensões de 156,2 mm de altura por 76,2 mm de largura, o Moto Z2 Play é basicamente do mesmo tamanho de seu antecessor, o que garante que os Snaps se encaixem perfeitamente. Vale notar, entretanto, que ele pesa apenas 145 gramas, sendo 20 gramas mais leve que o Moto Z Play original, e conta com somente 5,99 mm de espessura, 1 mm a menos do que o encontrado em seu precursor.

Aqui, é preciso destacarmos dois possíveis pontos negativos deste design tão fino, além é claro da redução na capacidade da bateria. Ao posicionar o aparelho sobre uma mesa ou outra superfície plana qualquer, ele ficará apoiado na câmera, o que pode acarretar em riscos. Além disso, ele pode ser um tanto quanto escorregadio, então se você for do tipo desastrado é bom pensar em uma capinha ou comprar o modelo Power Edition, já que o Snap de bateria tem traseira emborrachada e ajuda bastante na pegada.

Por falar no Snap, ao usá-lo a espessura do aparelho vai para algo próximo dos 9 mm, já que sua câmera traseira fica completamente coberta e na parte dela temos 8,49 mm de espessura. Ainda assim, ele não fica desconfortável, e como dito anteriormente, isso acaba até ajudando a passar uma segurança maior ao manusear o dispositivo.

Caso você esteja curioso sobre as portas e botões, na lateral esquerda não temos absolutamente nada, ficando os botões de volume e energia na lateral direita, com o de energia sendo texturizado para ajudar no tato, na parte de baixo ficam a porta USB-C e a porta P2 para fones de ouvido, enquanto na lateral superior temos a gaveta para chips nano-SIM e cartão microSD de até 2 TB, além de um segundo microfone para cancelamento de ruído.

Na frente do Moto Z2 Play fica a câmera de 5 megapixels, dois LEDs em tons diferentes para flash e o alto-falante que serve tanto para chamadas quanto para mídia, ajudando bastante na imersão ao jogar e assistir vídeos. Mais para baixo fica o leitor de impressões digitais com controle por gestos, e o microfone principal para chamadas. Na parte de trás temos a câmera de 12 megapixels, outros dois LEDs em tons distintos e o laser auxiliar de foco, bem como a logo da empresa e os conectores magnéticos para uso dos Moto Snaps.

Passando para a tela, temos ainda um painel Super AMOLED de 5,5 polegadas com resolução Full HD (1080 x 1920 pixels), o que confere ao Moto Z2 Play a mesma densidade de 401 ppi encontrada no Moto Z Play original. Porém, pelo que foi possível perceber em nossos testes o Moto Z2 Play conta com uma tela ligeiramente superior ao seu antecessor, principalmente em ambientes noturnos onde o Moto Z Play original apresentava um brilho mínimo bem alto.

De uma maneira geral, as cores são muito bonitas e os níveis de contraste e brilho satisfazem, sendo confortável de usar o aparelho tanto em ambientes externos quanto internos, seja com iluminação ou não. Caso o padrão de cores que vem de fábrica não lhe agrade, é possível alterar para algo mais natural.

Aos interessados em algo mais técnico, temos brilho máximo de 805 lux com imagem branca sendo exibida e brilho mínimo de 6 lux com a mesma imagem, sendo tanto o brilho máximo quanto mínimo de 0 lux com uma imagem preta, já que o painel Super AMOLED desliga completamente os pixels nesse caso.

Chegamos então ao desempenho do Moto Z2 Play, que por sinal foi um dos pontos em que o aparelho mais se destacou. Em termos de especificações técnicas, temos um chipset Snapdragon 626 com oito núcleos a até 2,2 GHz, GPU Adreno 506 e 4 GB de RAM, com 64 GB de armazenamento interno expansível via microSD de até 2 TB.

Em nosso teste prático , o dispositivo simplesmente trucidou seus rivais, precisando de apenas 1 minuto e 10 segundos para concluir as duas etapas de abertura de apps, o que o coloca no mesmo nível de flagships como Galaxy S8, OnePlus 3T e G6 e Mi 6. Obviamente que o desempenho durante a execução de jogos mais pesados não será o mesmo, porém para tarefas mais básicas já podemos ver que a diferença é praticamente nula.

Nos testes teóricos de benchmark, tivemos:

Curiosamente, o teste de CPU do GeekBench até hoje não é concluído no aparelho, sendo feitas repetidas tentativas nestas últimas semanas sem sucesso.

Passando para os jogos, usamos como sempre nosso fiel escudeiro GameBench para medir a taxa média de quadros por segundo alcançada neles. No Asphalt 8, tivemos a taxa média de 30 fps, que pelo visto é o limite alcançado nesse jogo em dispositivos Android. Vale notar que o jogo foi executado em sua qualidade máxima, o que significa que mesmo outros jogos similares devem ser executados sem qualquer tipo de problema.

No Modern Combat 5 a cena se repetiu, sendo encontrada exatamente a mesma média de 30 fps. Aqui, por outro lado, é possível conseguir taxas superiores a isso, porém não é visto algo que chegue a incomodar de maneira alguma durante a jogatina. A exemplo do Asphalt 8, este jogo também foi executado em sua qualidade máxima, podendo ser conseguido algo ainda mais fluido caso você não faça tanta questão assim de partículas e outros detalhes gráficos.

Por fim, temos o Subway Surfers, que figura como nosso representante de títulos mais básicos e casuais. Como esperado, foi alcançada a taxa média de 60 fps, que é o máximo possível e assim mantem exatamente a mesma taxa de atualização do display. Com isso, saiba que se você é fã de títulos como Clash Royale ou outros similares você não terá problema algum com relação a atrasos ou engasgos.

Não podemos deixar de falar do software, ainda que seja incluída aqui uma versão bastante limpa do Android 7.1.1 Nougat. De uma forma geral, temos basicamente o mesmo visto na forma mais pura do sistema, sendo incluídas aqui apenas duas grandes mudanças.

A primeira é a presença do app Moto, que inclui alguns comandos que facilitam bastante a vida do usuário. No Moto Ações, temos a possibilidade de usar o leitor biométrico como substituto da barra de navegação do Android, bastando deslizar para um lado ou para o outro para acessar a tela de multitasking ou voltar à tela anterior, ou dar um rápido toque para voltar para a tela inicial. Caso você deixe o botão pressionado, a tela é bloqueada, bastando posicionar o dedo cadastrado para biometria que ela será desbloqueada rapidamente.

Em nossos testes, o leitor de impressões digitais funcionou bem na maioria das vezes, exceto é claro quando a mão estava úmida. Outros comandos importantes do Moto Ações são o de girar o pulso duas vezes para abrir a câmera ou alternar entre a câmera traseira e a frontal, e o de agitar o aparelho para ligar ou desligar a lanterna, ambos muito intuitivos e que geralmente funcionam na primeira tentativa. Existem também alguns outros como deslizar para baixo para ativar o modo de uso com uma mão ou virar o aparelho para ativar o Não Perturbe, tornando a experiência de uso bastante intuitiva.

Temos ainda o Moto Tela, que inclui o círculo de informações na tela de descanso e o filtro de luz azul, que pode ser programado para ativar e desativar automaticamente de acordo com horário em que o Sol se põe e nasce na sua região.

Por último, mas não menos importante, temos a volta do Moto Voz, que pode não ser tão completo quanto tínhamos no icônico Moto X mas já traz algumas funcionalidades bacanas com o Me Mostra. Infelizmente, você ficará limitado a abrir aplicativos ou visualizar seus compromissos com ele, mas devemos ter atualizações para algo mais completo no futuro.

A outra grande mudança é o menu de configurações dos Snaps, onde você pode por exemplo escolher como será feita a recarga com o Snap de bateria, estando disponíveis as opções Padrão e Modo de eficiência, onde a primeira mantém a bateria do telefone em 100% até que o Snap seja totalmente descarregado e o segundo mantém em aproximadamente 80%, o que estende a duração do Snap.

Falando então sobre as câmeras do Moto Z2 Play, temos um sensor principal de 12 megapixels com abertura f/1.7, tecnologia Dual Pixel para foco mais rápido, flash Dual LED em dois tons e laser auxiliar de foco, o que é um conjunto que vem se tornando bastante usado no nicho intermediário. Na parte frontal temos uma câmera de 5 megapixels com abertura f/2.2 e flash também duplo em dois tons diferentes.

O app de câmera é praticamente o mesmo que você vai encontrar no restante da linha Moto atualizada pro Android Nougat, sendo a grande mudança aqui a presença de um atalho para gravação de vídeos na tela inicial da câmera, algo que deve chegar para os demais assim que receberem a versão 7.1.1 do robozinho verde.

Com relação às imagens capturadas, podemos dizer que o Moto Z2 Play até entrega algo razoável para o nicho intermediário, porém ainda fica atrás de seu principal rival no mercado nacional, Zenfone 3 Zoom. Os grandes problemas encontrados aqui são o baixo alcance dinâmico, algo que pode ser amenizado com o uso do HDR mas que vai demandar uma paciência maior do usuário na hora de tirar a foto, além da falta de estabilização óptica de imagens.

Com relação aos vídeos, é preciso destacarmos que estranhamente o Moto Z2 Play some com os 2 primeiros segundos de gravação, então caso você vá registrar algum evento importante é bom se atentar a isso. O aparelho grava vídeos em até 4K a 30 fps, além de permitir também Full HD a 60 fps para cenas mais fluidas.

A câmera frontal do Moto Z2 Play é bem bacana, entregando imagens razoáveis tanto em ambientes externos quanto internos, e contando com o bom flash LED em dois tons para que até mesmo suas selfies noturnas saiam boas. É preciso ficar esperto para não acabar estourando tudo quando tirar a foto com flash, mas no geral o resultado é muito bom.

Passamos então para o ponto mais polêmico do Moto Z2 Play: bateria. Com o carregador entregue pela Motorola você conseguirá nada menos que 87% de carga após uma hora conectado à tomada, o que demonstra a preocupação da empresa em buscar um meio de amenizar essa redução. Para carregar totalmente a bateria, é necessário aguardar por 1 hora e 43 minutos, demonstrando que o grande foco aqui é em várias cargas rápidas no decorrer do dia ao invés de uma só até o final.

Nos testes de consumo, tivemos 16 horas e 49 minutos de reprodução de vídeos Full HD offline, 4 horas e 51 minutos de gravação de vídeos, também em Full HD, 5 horas e 33 minutos de videochamadas pelo Skype, usando rede Wi-Fi, e 21 horas e 39 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis. Em nosso teste prático , conseguimos 19 horas e 37 minutos de uso, com 12 ciclos executados e cerca de 9 horas e meia de tela ativa no período.

Com tudo isso, é inegável que temos uma redução na autonomia em relação ao modelo anterior, mas de forma alguma o Moto Z2 Play é uma opção ruim em termos de bateria. Ainda realizaremos os testes mais específicos com o Snap Power Pack, incluindo uma comparação com o da Incipio, mas já podemos dizer que a autonomia é realmente muito boa com ele.

Confira abaixo um resumo dos resultados obtidos:

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