Um dos grandes destaques deste ano é o Moto Z Play, que traz consigo, como grande diferencial, uma bateria que promete durar um tempo muito acima do que alguns de seus concorrentes propõem. A ideia é muito bacana, e de fato, o dispositivo tem uma autonomia excelente.
Custando R$ 1.999 nos canais oficiais da sua fabricante, o modelo carrega consigo a mesma premissa do Moto Z, com os Moto Snaps auxiliando e expandindo as possibilidades para os usuários. E nós confessamos: os Moto Snaps até que são legais, mas por enquanto, talvez, eles não sejam as melhores opções – você, inclusive, pode conferir os reviews de todos os módulos nos links abaixo.
Dentro da caixa do Moto Z Play, a sua fabricante adiciona a Stylle Shell, que protege a parte traseira de vidro do celular. Você pode conferir o nosso hands-on do Moto Z Play nesta página .
É o seguinte: dessa nova linha da Lenovo/Motorola, o Z Play certamente é um grande atrativo e carrega consigo alguns pontos que o seu irmão mais robusto não possui. Ele pesa 165 gramas com um corpo de 156,4 x 76,4 x 6,99 mm, abrigando uma tela Super AMOLED de 5,5 polegadas no padrão 2.5D, que é levemente arredondada nos cantos.
Seu corpo, diferente do Moto Z, é construído com vidro na parte traseira, que traz uma customização bacana com algumas listras bem finas. Temos também a presença do metal nas laterais, que possui cantos arredondados mas também tem um visual mais flat. Por ser mais espesso e pesado, o celular tem uma ergonomia muito bacana e se encaixa perfeitamente bem na mão. Ele não escorrega, e por aqui também não ganhou arranhões durante os nossos testes.
O que ainda nos incomoda, mesmo ele sendo mais espesso, é a câmera muito saltada na parte traseira. Logo abaixo dela, temos o logo da Moto e os conectores para os Moto Snaps. Dá um certo medo tê-los expostos, mas você pode “corrigir” estes dois pontos com a Style Shell que vem na caixa do produto. Além de deixar o aparelho mais uniforme, ela é construída em nylon balístico – bem bonita, na realidade, mas essa cor suja fácil, fácil.
Todos os botões estão na lateral direita em uma posição bem confortável, enquanto que o microfone secundário e a gaveta para os dois chips de operadora e o microSD (de até 2TB) ficam no topo, e lembrando que estes são slots dedicados – amém!
Na parte inferior, temos a porta USB Tipo-C e o conector para fones de ouvido, que ficou faltando no Moto Z. Na parte frontal dele, encontramos o logo da “Moto” no topo, perto do alto-falante (principal/para ligações), os tradicionais sensores de luz e proximidade e também a câmera que conta com flash LED. Sim.
E ainda falando dos Moto Snaps: com o Moto Z, praticamente todos eles deixam o conjunto muito pesado e espesso.
Vale citar, também, que o Z Play traz nanorrevestimento resistente a respingos d’água, garantindo que ele sobreviva a pouca coisa, mas é uma proteção a mais para o usuário. Não pense que você poderá afogá-lo aleatoriamente, pois isso vai matar o seu celular de R$ 2 mil. Contato com a água? Pode ser pouco, de maneira bastante moderada.
Mas, vamos lá pra tela desse rapazinho. Temos um display Super AMOLED de 5,5” Full HD (1080 x 1920), com densidade aproximada de 403 ppi. Ela ocupa cerca de 69% do corpo do aparelho, o que é muito bacana e o deixa sem bordas tão exageradas. Aqui nós ainda temos o recurso de se aproximar da tela para que ela acenda alguns pixels, exibindo as horas e notificações. No hype de Star Wars, você se sente um Jedi fazendo esse gesto.
Essa tela tem brilho máximo de 420 nits e traz um ótimo ângulo de visão. A qualidade das imagens não se perde, ainda mais tratando-se de um painel Super AMOLED. O contraste de cores é muito bacana, considerando também que os tons pretos condizem com a realidade, o que melhora ainda mais a experiência de uso.
Em ambientes ensolarados, ainda é possível enxergarmos parte do conteúdo que é exibido nele. Já em lugares internos, é claro, a qualidade tende a ser muito superior. As cores, de um modo geral, são exibidas de um modo mais saturado, coisa que é possível ajustar para o modo “Intensidade”, que aprimora um pouco mais o que é exibido no Z Play.
Temos um chipset Qualcomm Snapdragon 625 octa-core (Cortex-A53) de 2 GHz e GPU Adreno 506, com 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno, com slot para microSD de até 2 TB. Você tem cerca de 23 GB livres para uso.
No geralzão, o Z Play não decepciona nenhum pouco. O aparelho consegue facilmente lidar com as atividades do dia-a-dia e raramente você vai se deparar com travamentos. Ele também consegue manter muitos aplicativos rodando em segundo plano, ilustrando uma multitarefa bem forte – com comprovamos no nosso teste de velocidade e desempenho.
Pra quem curte benchmarks, o dispositivo marcou 62.674 pontos no AnTuTu e 460 pontos no 3DMark. É uma média bacana para a sua faixa de mercado, e o uso tradicional, como já citamos, é mais do que satisfatório.
Com jogos muito pesados, o aparelho também consegue ter um bom desempenho, mas alguns títulos podem não rodar com gráficos no máximo. Asphalt 8, por exemplo, rodou nele com 30 fps, e Modern Combat 5 com 44 fps de média; Subway Surfers, muito mais leve, rodou tranquilamente com 60 fps.
Ele ainda tem NFC, giroscópio, Bluetooth 4.0, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n (com bandas de 2,4 GHz e 5 GHz) e leitor biométrico. Aqui você pode cadastrar até cinco biometrias e ele fica “ligado” o tempo inteiro; basta encostar o dedo para que o desbloqueio seja feito antes da tela ser ligada.
E esse leitor de impressões digitais ainda carrega alguns truques legais, pois na mesma medida em que desbloqueia o celular, ele também pode bloqueá-lo: basta tocar e segurar por cerca de 1 segundo que a tela é bloqueada.
No software, temos o Android 6.0.1 Marshmallow de fábrica, com atualização garantida para o Nougat. Pouquíssimos apps pré-instalados, e da fabricante temos o aplicativo “Moto”, onde você gerencia os gestos de atalhos do sistema, de voz e da tela. Outro app é o “Moto Snaps”, onde você também pode gerenciar as opções dos acessórios modulares.
A interface utilizada é a do Google Now Launcher, que traz, além da tradicional cara, uma gaveta com todos os seus aplicativos.
E nós comentamos, pouco antes, que o alto-falante dele fica na parte frontal. É uma caixa que não impressiona, mas também não deixa na mão. O aparelho não consegue manter os graves quando o volume está no máximo, mas também não distorce o som quando o volume está mais moderado.
O ponto principal do Moto Z Play é, sem dúvida, a sua bateria de 3.510 mAh. Foram 17 horas de uso intenso (mesmo), com a tela ligada por pouco mais de 12 horas. Para carregá-lo por completo com o carregador padrão da Motorola, levamos cerca de 1 hora e 52 minutos, mas com uma hora conectado à tomada ele conseguiu 86% de carga.
Nós fizemos alguns testes drenando a sua bateria, também. Retiramos ele da tomada após a recarga completa e obtivemos os seguintes resultados:
Podemos afirmar com propriedade que o Moto Z Play tem uma autonomia incrível de bateria e certamente não vai deixá-lo na mão. O trabalho realizado pela Motorola merece os créditos pela autonomia do dispositivo, que certamente pode passar dois dias de uso moderado.
Na parte traseira, temos a câmera que não fica nada uniforme com o corpo do Z Play. Trata-se de um sensor de 16 MP com abertura f/2.0 com foco a laser e foco automático por detecção de fase (PDAF). Ela tem ainda flash LED duplo e estabilização para os vídeos.
Dentre os recursos de câmera, temos um modo manual bastante rico onde é possível ajustar o foco, intensidade das cores, velocidade do obturador, ISO e o balanço de branco. Ele também grava em 720p com 120 fps, 1080p com 30 fps e em 4K com 30 fps. Temos ainda a captura de fotos em HDR e fotos panorâmicas.
No nosso comparativo de câmeras, que inclui ele, o Zenfone 3, Galaxy A7 2016, Quantum FLY e o Moto G4 Plus, o dispositivo foi o vencedor. A votação cega foi feita pelos leitores do TudoCelular, que garantiu os melhores resultados para o aparelho em todas as fotos noturnas e na maioria dos nossos cliques diurnos.
De fato, a câmera do Moto Z Play condiz com o preço cobrado pelo aparelho e também com a faixa de mercado onde ele atua. As fotos mantêm um bom nível de saturação e contraste, não prejudicando os detalhes dos seus cliques.
O pós-processamento não faz um trabalho forte em cima das fotos, mantendo o resultado mais próximo do clique real que você faz com ele. Nos cliques noturnos, apesar de se sair melhor que alguns de seus concorrentes, o Moto Z Play ainda exibe um nível considerável de ruído, mas não é nada tão preocupante e nem vai deixar as fotos nestes ambientes com um visual horrível.
A câmera frontal é de 5 megapixels com abertura f/2.2 e conta com flash LED e tem ângulo de captura de 85º. Aqui, também temos o modo profissional/manual, além da possibilidade de gravar também em slow motion. É uma câmera bacana, mas poderia ser muito melhor para ser equiparável com o sensor traseiro.
Essa câmera não faz cliques tão bons, principalmente se você estiver em um ambiente com baixa luminosidade. Ela tem aquele modo de embelezamento, que deixa as fotos parecendo uma pintura a óleo. Você pode, claro, desativá-lo sempre que quiser.
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