Q u a n t u m F l y

O Quantum FLY chega com a premissa de ser o primeiro high end da fabricante brasileira, mas é claro, por aqui devemos considerar que o seu hardware está mais para um “intermediário premium”, visto que ele também tem um visual verdadeiramente bonito, o que de fato nos remete a um flagship.

A caixa onde o dispositivo vem é bastante criativa e os seus acessórios vêm em compartimentos separados, deixando tudo bem organizado. Você pode conferir o nosso unboxing com o Quantum FLY clicando aqui.

O Quantum FLY é construído com corpo de alumínio e de fato isso dá a ele um visual bastante premium. Não seguindo outros modelos do mercado, a sua câmera não é “saltada” e fica mais uniforme com a traseira. Já na parte da frente nós também temos um layout bastante simples e o seu vidro conta com a tecnologia 2.5D, trazendo um acabamento arredondado.

Mas vamos voltar para a traseira. Por aqui nós temos um leitor de impressões digitais logo acima do “Q”, logo da marca. É tudo muito simples, e isso é bem positivo: câmera principal e flash LED no topo, além do microfone auxiliar. Temos uma certa “quebra”, mas isto se fez necessário para que o celular pudesse se “comunicar com o mundo” – Wi-Fi, redes móveis, Bluetooth e afins.

Aqui na frente nós temos os sensores de luz e proximidade, alto-falante para ligações e o sensor de câmera que também conta com flash LED. Já na parte de baixo a gente encontra a porta microUSB e o alto-falante tradicional, que se confunde e muito com o microfone (e está apenas na parte direita).

A qualidade de som que sai do Quantum FLY não é das melhores, e nós concordamos com isto. Ele está mais para “som de celular” e deixa de lado a expectativa de conseguirmos algo mais potente e, é claro, com mais qualidade.

O botão de ligar e desligar está localizado na parte direita, bem como os botões para controle de volume. Sendo assim, o conector para fones de ouvido fica na parte de cima, deixando a lateral esquerda reservada apenas para a gaveta híbrida, onde você pode utilizar dois chips de operadora. Mas, é claro, se você quiser expandir a memória do celular, precisará utilizar apenas um dos chips e o cartão microSD.

Para finalizar a composição, nós encontramos uma tela IPS LCD de 5,2 polegadas com resolução Full HD (1920 x 1080 pixels), dando a ele uma densidade aproximada de 432 ppi. Essa tela ainda conta com proteção Gorilla Glass 3, e como já citamos ela é arredondada (no padrão 2.5D).

A qualidade de exibição pode variar de acordo com o que você está reproduzindo. Os tons pretos, por exemplo, apresentam uma tonalidade mais próxima do cinza, o que pode prejudicar principalmente na hora de assistir algum vídeo nele.

No geral, ele consegue ter uma boa reprodução e contraste de cores, mas também encontramos um outro problema em imagens com tons mais claros: o dispositivo tende a e estourar os brancos de maneira exagerada (até demais).

Já em ambientes externos com muita luz solar, o Quantum FLY se comporta muito bem e nos dá uma boa visualização mesmo nos mais variados ângulos, deixando os únicos problemas para os que nós citamos anteriormente.

Um ponto bem positivo nessa tela, porém, é que nós temos a tecnologia MiraVision, da MediaTek, que permite aos usuários fazerem ajustes manuais mais precisos na tela do Quantum FLY. Por aqui, além do contraste dinâmico, nós podemos fazer ajustes na saturação, nitidez, temperatura das cores e mais.

Este corpo mais arredondado nos cantos dá ao Quantum FLY mais conforto na hora de ser controlado com apenas uma das mãos, e de fato o aparelho se mostrou bastante confiável nestas últimas semanas em que nós utilizamos ele.

No seu corpo, temos 149 mm de altura, por 73 mm de largura, com apenas 7.5 mm de espessura. Juntando tudo isso daqui, temos um celular que pesa 141 gramas.

Dificilmente você terá muitos problemas com a pegada do Quantum FLY. O dispositivo fica bastante seguro na mão e tem uma pegada confortável. Nossa única crítica é: temos um espaço considerável na parte de baixo da tela, onde a Quantum poderia ter incluído botões capacitivos, mas ela preferiu utilizar os botões virtuais do Android.

Pois bem, o Quantum FLY foi anunciado como um flagship, mas como já citamos o aparelho é, de fato, um intermediário com boas especificações e um visual bastante premium. Além do mais, a Quantum se gaba do chipset Mediatek Helio X20 de dez núcleos (64-Bit), com velocidade máxima de 2.1 GHz.

O smartphone ainda traz GPU ARM Mali-T880MP4 de 780 MHz e 3 GB de RAM. De memória interna a gente conta com 32 GB, sendo ~25.49 GB livres para os usuários. Ele ainda tem suporte para microSD de até 128 GB, mas o seu slot é híbrido, então você terá uma dura escolha pela frente.

Poucas modificações de interface compõem o Quantum FLY, que roda Android 6.0 Marshmallow de fábrica. Segundo a Quantum, o dispositivo será atualizado para a versão 7.0 do sistema em breve, levando em consideração que ele foi lançado já no início da chegada do update.

Os ícones não são padrões do Android, mas a interface utilizada é basicamente o Google Now Launcher. Outros apps estão instalados, porém são poucos. Dentre eles, temos o “Apps Brasileiros”, um para a Rádio FM e outros mais simples, como o Manual do Usuário e um player de música.

Outra modificação leve no FLY é a adição de uma opção para programar o celular para ligar/desligar. Até aqui, nenhuma crítica. Mas o grande problema do dispositivo está realmente no desempenho.

Instabilidade na hora de navegar entre os aplicativos e até travamentos aleatórios nos foram apresentados nas últimas semanas. O leitor biométrico, que funcionava perfeitamente no início, começou a apresentar alguns lags e precisamos recadastrar as biometrias para que tudo voltasse ao normal.

A RAM do aparelho se mostrou bastante eficiente e conseguiu manter boa parte dos aplicativos abertos em segundo plano. No nosso teste no AnTuTu, o celular atingiu 86 mil pontos e ficou na frente de alguns modelos como o iPhone 6 e Galaxy Note 5, por exemplo.

Mas apesar dos problemas com instabilidade, com o Quatum FLY nós tivemos sim uma boa performance em boa parte dos nossos testes. Jogos mais pesados foram reproduzidos com bastante fluidez, e como também já falamos por aqui, o dispositivo conseguiu manter boa parte dos aplicativos que foram abertos anteriormente no segundo plano sem muitos problemas.

Como já mencionamos no tópico anterior, o Quantum FLY traz potência suficiente para reproduzir os principais jogos da atualidade, e ele o faz sem nenhum problema. Mesmo títulos mais pesados e com muitas renderizações em 3D acontecendo ao mesmo tempo, o smartphone conseguiu ser bem fluido, algo que é bem positivo.

Testamos jogos como Mortal Kombat X, Injustice, Modern Combat 5 e outros games também pesados. Por aqui, nenhum problema para reproduzir estes games. Em jogos mais leves, é claro, o dispositivo não teve nenhum problema.

A qualidade gráfica, em praticamente todos os títulos, também se manteve na melhor qualidade, algo que importa bastante para quem é mais exigente com jogos.

O Quantum FLY tem uma bateria de 3.000 mAh, mesmo sendo um celular com pouca espessura. A ideia da Quantum foi trazer para o mercado, novamente, um dispositivo que possa acompanhar os usuários durante um dia inteiro, embora seu desempenho não seja suficiente para mais do que isto.

Em nosso teste de bateria, conseguimos ficar longe das tomadas por 10 horas, com 4h43 minutos de tela. Para carrega-lo de 0 – 100% foram necessárias 2 horas e 10 minutos, enquanto que os 30 primeiros minutos carregaram apenas 26% de bateria do aparelho.

Durante os testes, ficamos 30 minutos (no total) jogando alguns games e mais 30 minutos utilizando o Facebook, Gmail e Google Maps.

De modo geral, o Quantum FLY é capaz de ficar ligado por um dia inteiro, mas se você espera passar mais tempo com ele ligado, é claro, precisará abdicar aquelas tradicionais olhadinhas no Facebook, WhatsApp e outros aplicativos de redes sociais.

Na câmera principal nós temos um sensor de 16 megapixels com abertura f/2.0, que pode gravar em Full HD com 30 fps. Existe ainda o modo Quantum Resolution, que amplia as imagens para até 24 MP. Nós, no entanto, não recomendamos que vocês façam isso e usem a resolução nativa.

Ele tem ainda o sistema PDAF de foco automático, mas na prática nós tivemos, sim, algumas dificuldades para focar em objetos.

Já a qualidade das imagens é um tanto quanto contraditória. Você conseguirá fazer fotos boas com o Quantum FLY, mas isso vai depender do ambiente e da luminosidade. Em ambientes noturnos o celular peca bastante e exibe um alto nível de ruído. Nos nossos últimos comparativos de câmeras, por exemplo, o aparelho não teve bons resultados em fotos tiradas durante a noite.

O modo HDR é algo que também precisamos comentar: o celular demora um pouquinho para capturar as imagens, e o pós-processamento também não é tão rápido.

Já na parte frontal nós temos um sensor de 13 megapixels com ângulo de visão de 80 graus e flash para selfies, mas no geral ela segue o mesmo padrão da traseira: fotos boas durante o dia, fotos ruins durante a noite.

Leave a comment