A Redmi deixou de ser a linha de smartphones básicos da Xiaomi e agora atua como uma sub-marca da gigante chinesa, como temos com a Pocophone. O foco dessa divisão está em oferecer smartphones ainda mais acessíveis sem abrir mão da qualidade.
Será que o Redmi 7 surpreende por menos de R$ 1 mil (valor extraoficial encontrado no Brasil)? Não podemos esquecer que a DL está trazendo produtos da Xiaomi para serem comercializados oficialmente por aqui, e com direito a garantia nacional e assistência técnica. Ainda não sabemos o preço que será cobrado, mas vamos descobrir se este lançamento chinês é melhor que as opções da Samsung e Motorola no mercado nacional.
O Redmi 7 vem em embalagem branca com um grande '7' estampado na tampa. Por ser um produto acessível não espere muitos acessórios em seu interior:
Como de praxe da Xiaomi, nada de fones de ouvido. Pelo menos há uma capinha para proteger o Redmi 7 assim que o tirar da caixa. Curiosamente, ela possui proteção para a entrada micro USB, mas o encaixe é falho e vai acabar incomodando muita gente.
O Redmi 7 é todo feito de plástico. O seu acabamento é brilhante e vem em cores chamativas e com efeito degradê - o que o torna bastante moderno para atrair o público jovem. Além desse em azul analisado pelo TudoCelular, há também uma opção em vermelho. Se você não curte, também é possível encontrar o Redmi 7 todo em preto.
Ele é praticamente do mesmo tamanho do Moto G7 Power, com seus 158,7 mm de altura, 75,6 mm de largura e 8,5 mm de espessura. Apesar de sua tela ter as mesmas proporções do Galaxy M10, o modelo da Samsung possui bordas mais finas, o que o deixa mais compacto e confortável de ser usado com apenas uma mão.
Apesar de simples, ele é bem completo. Há entrada padrão para fones de ouvido e até infravermelho para usá-lo como controle remoto, e o leitor biométrico na traseira funciona bem. E sim, o Redmi 7 tem LED de notificações, que fica localizado na borda inferior.
Porém, uma coisa que surpreende é a presença de Gorilla Glass 5 no vidro que cobre a tela, algo muito raro de se ver em celulares básicos. Isso acaba compensando a falta de película na caixa.
O processador do Redmi 7 é o mesmo do Moto G7 Power, assim como a quantidade de memória deste que analisamos. Mas o modelo da Motorola acaba entregando melhor desempenho.
Isso acontece porque a MIUI 10 não está com bom gerenciamento de memória e sofre para manter os apps abertos – também vimos isso em intermediários da Xiaomi como o Mi 8 Lite.
Porém ele é mais rápido que o Galaxy M10 e também entrega melhor desempenho em jogos. Em benchmarks também temos vantagem do Redmi 7 e Moto G7 Power contra o modelo da Samsung.
Assim como no Redmi 6, o novo básico chinês mantém a câmera dupla na traseira, mas o sensor secundário caiu de 5 MP para apenas 2 MP. A câmera principal continua com os mesmo 12 MP de antes, assim como a mesma abertura f/2.2. A câmera para selfies foi melhorada e agora entrega 8 MP de resolução com abertura maior (f/2.0).
Sua câmera não chega a decepcionar se considerar o preço cobrado. Ela oferece boa qualidade de imagem e registra cores mais frias do que vemos em modelos básicos da Samsung. O foco nem sempre ajuda ao fotografar de perto. O nível de detalhes registrados poderia ser melhor, assim como falta nitidez em cenários mais amplos.
O Redmi 7 traz inteligência artificial que reconhece alguns tipos de cenário e tende a fotos mais saturadas quando o HDR está no automático. Forçar o HDR no manual te dará um maior controle sobre o alcance dinâmico, deixando as fotos mais claras em ambientes fechados.
Neste tipo de cenário a inteligência artificial não faz a menor diferença. Mas pelo menos o Redmi 7 controla bem os ruídos quando há pouca luz. Nas fotos noturnas temos menos granulados, com resultados melhores que no Galaxy M10 e no mesmo nível do Moto G7 Power. Porém, o foco sofre ainda mais em cenários escuros.
A frontal registra boas selfies, mas não espere muito do modo retrato. O efeito é exagerado e apresenta falhas na separação dos planos.
A filmadora grava em Full HD, e como esperado de um aparelho barato, há muitos tremidos (especialmente com a frontal). O Redmi 7 captura áudio estéreo, mas a qualidade é baixa.
Xiaomi possui uma infinidade de aparelhos com 4.000 mAh de bateria e normalmente não decepciona quando o assunto é autonomia. No entanto, o Redmi 7 rende menos que o Galaxy M10 que tem bateria menor.
Isso não chega a ser algo ruim, já que é possível usá-lo o dia inteiro sem se preocupar em levar o carregador com você.
Um ponto que decepciona é no tempo de recarga. Para ter a bateria do Redmi 7 cheia é preciso esperar mais de 2 horas – quase o mesmo tempo do Moto G7 Power. Porém, a bateria do rival da Motorola dura muito mais.
Diferente do Galaxy M10 e K12 Plus, este aqui chegou ao mercado já com o Android Pie e traz por cima a conhecida MIUI 10.
Ela é bastante customizada e foge do que vemos no Android mais limpo presente no Moto G7 Power. Cada um tem sua preferência, mas o que vemos é que o Android modificado da Xiaomi responde bem mesmo em celulares mais baratos da marca. A empresa só precisa melhorar o gerenciamento de memória.
O Redmi 7 deve acabar ficando preso ao Android Pie, mas ele continuará recebendo atualizações da MIUI por um bom tempo.
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