Quando um novo smartphone é lançado, todo mundo espera que ele seja superior ao seu antecessor, certo? Bem, parece que a Xiaomi não pensa da mesma forma. O Redmi 8 foi lançado com hardware mais fraco que o do Redmi 7 . E aí surge aquela dúvida? Vale investir no novo ou melhor ir no antigo? É isso que você confere na análise completa do TudoCelular.
O Redmi 8 vem em embalagem branca com o desenho no aparelho em suas versões coloridas. Apesar de ser um celular da sub-marca Redmi, no canto superior há o logo da Xiaomi. Além do aparelho, você receberá:
Visualmente tivemos algumas mudanças. O Redmi 8 ainda é um celular de plástico. Ele vem em três opções de cores. Além desta em azul, você também encontrará o aparelho em tom de preto e um vermelho mais chamativo.
Na traseira encontramos as mesmas duas câmeras de antes, porém elas ficam alinhadas no centro, logo acima do leitor biométrico. Há essa faixa preta que separa o conjunto do restante da carcaça, e também o nome da linha Redmi estampado.
A frontal continua com o entalhe em forma de gota e teve a borda inferior reduzida. Com isso o Redmi 8 acaba sendo mais compacto que seu antecessor, mesmo mantendo o mesmo tamanho de tela. E o logo da empresa agora vem estampado na frontal também.
Uma mudança bem-vinda está na troca da porta microUSB por uma mais atual no padrão C. De resto, nada mudou. Temos o mesmo alto-falante mono na parte inferior, a mesma gaveta para dois chips e um microSD, além do emissor de infravermelho para usar o celular como controle remoto.
A tela continua IPS LCD, de mesma resolução, nível de brilho ou reprodução de cores, nada mudou. São 6,22 polegadas com 720 x 1520 pixels, o que resulta em 270 pixels por polega. É menos do que o ideal para ter uma imagem bastante nítida, mas nada que vá atrapalhar o uso.
Isso não chega a ser ruim, já que a tela do Redmi 7 também é boa. Dá para usar o aparelho sem dificuldade mesmo fora de casa. E o vidro tem proteção Gorilla Glass 5, o que é muito bom para um aparelho nessa faixa de preço.
E apesar do som ser mono, o alto-falante é bastante potente. Não espere por um som balanceado, ele foca principalmente nos agudos, o que acaba distorcendo quando o volume está no máximo. Pelo menos você ouvirá o que estiver assistindo mesmo em locais mais barulhentos.
O Redmi 8, assim como todos os celulares da Xiaomi, não vem acompanhado de fone de ouvido. Você pode usar qualquer fone conectado na entrada P2. A qualidade é decente e não supera ou decepciona perante rivais.
O Redmi 7 possui a plataforma Snapdragon 632, a mesma que equipa alguns modelos da linha Moto G7. Porém para o Redmi 8, a fabricante chinesa decidiu economizar e ir de Snapdragon 439, que é o mesmo hardware do Redmi 7A.
Você já deve estar esperando que o novo seja mais lento que o antigo, certo? É aqui que vem a surpresa. O Redmi 8 é mais rápido e fica no nível de rivais da Motorola. Já em benchmarks, como no AuTuTu, a pontuação caiu. Isso mostra que o desempenho bruto realmente é mais fraco com este hardware.
E nos jogos, está melhor ou pior do que antes? Jogos mais leves continuam rodando com a mesma fluidez de antes, apenas títulos mais pesados como PUBG é que é preciso baixar a qualidade gráfica para segurar uma boa taxa de quadros por segundo. No geral, ele é uma boa opção de celular para passar o tempo jogando.
O Redmi 8 segue com câmera dupla e com mesma resolução de antes, a principal tem 12 MP e a secundária apenas 2 MP. A novidade fica para a maior abertura focal da lente, o que permite entrar mais luz e registrar fotos mais claras à noite.
Não espere muito da câmera dele, afinal é um celular barato de entrada. A qualidade das imagens está no nível da concorrência. Você terá boas fotos, seja dentro ou fora de casa. O que notamos é que o HDR é praticamente inútil aqui. É tanto que no modo automático ele raramente ativa sozinho.
A câmera do Redmi 8 também oferece recurso de inteligência artificial para obter melhores resultados, e como em outros celulares mais caros que testamos, na prática não faz diferença.
A secundária é apenas um sensor para medir profundidade e faz um trabalho muito na hora de ajudar a desfocar os cenários. Temos resultados até melhores que alguns celulares mais caros da Xiaomi.
E fotos noturnas, realmente estão melhores que no Redmi 7? Sim, é possível capturar mais dos cenários quando há pouca luz. Usar o HDR mais uma vez não traz melhorias e a IA neste caso pode até atrapalhar.
A frontal não evoluiu e tira selfies com a mesma qualidade de antes. O modo retrato também tem resultado satisfatório e pode até ajudar na nitidez em locais mais escuros.
A filmadora continua limitada a Full HD e agora não grava mais a 60 fps como antes, isso por causa do hardware mais fraco. A qualidade é decente, há muitos tremidos e o foco fica perdido em locais mais escuro. A qualidade de captura do áudio não é muito boa.
O Redmi 8 traz imensa bateria de 5.000 mAh e como esperado rende bastante. Você terá autonomia de 2 dias em uso moderado, e mesmo que abuse do celular vai poder ficar o dia inteiro fora de casa sem se preocupar com o carregador.
Porém esperávamos mais de sua bateria. Ela rende poucas horas a mais que a do Redmi 7 que tem 1.000 mAh a menos. Isso mostra que as últimas atualizações da MIUI estão pecando em otimização.
A pior parte é o tempo de recarga. Para ter a bateria do Redmi 8 totalmente cheia é preciso esperar 3 horas. Isso é 40 minutos a mais do que antes. Por mais que o novo básico da Xiaomi tenha suporte a carregadores de 18W, a fabricante incluiu apenas um de 10W na caixa, que é fraco para alimentar uma bateria deste tamanho.
Ele sai da caixa com Android 9 Pie e interface MIUI 10. Os recursos são os mesmos que você encontra em outros básicos e alguns intermediários da marca. O destaque fica para o sensor de infravermelho. Você pode baixar o app Mi Remote na Play Store para usar o Redmi 8 como controle remoto universal.
Se o Android modificado da Xiaomi não extrai o máximo da bateria, pelo menos em desempenho não temos do que reclamar. Este básico engasga menos que rivais e até modelos mais caros.
Ele receberá a MIUI 11 na segunda metade de novembro e a Xiaomi promete um sistema ainda mais otimizado.
Vale a pena investir no Redmi 8 ou é melhor economizar e ir de Redmi 7? O novo é mais rápido e a bateria dura mais, porém passa mais tempo na tomada. A câmera continua básica como antes, mas é capaz de tirar melhores fotos em locais mais escuros.
Na mesma faixa de preço você encontra o Moto G7 Power , que entrega desempenho similar e tem bateria que dura muito mais. E o modelo da Motorola tem câmera mais avançada que grava em 4K.
Em dúvida entre Xiaomi e Samsung? O melhor rival sul-coreano para o Redmi 8 é o Galaxy M20 . Ele é mais rápido, sua bateria rende mais e ainda traz câmera com lente ultra-wide. E para fechar o pacote, o modelo da Samsung ainda passa 1h a menos na tomada.
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