R e d m i N o t e 1 0 P r o

O TudoCelular analisou toda a linha Redmi Note 10, incluindo até o Pro Max lançado na Índia, mas acabamos deixando um por último, o seu irmão quase gêmeo: o Redmi Note 10 Pro . Ele foi lançado recentemente no Brasil juntamente com o Redmi Note 10S e com isso surge a dúvida: qual o melhor da família? Vale mais a pena o nacional ou o importado? Vamos descobrir tudo isso nesta análise.

O Redmi Note 10 Pro vem em embalagem branca tradicional da Xiaomi com uma ilustração do aparelho na tampa. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

O Redmi Note 10 Pro apresenta mesmo design da variante indiana e possui corpo de plástico com traseira de vidro e certificação IP53 para proteção contra respingos e poeira. O modelo que testamos vem na cor azul, que é tão sutil que quase parece branco. Também é possível encontrar o Note 10 Pro nas opções cinza e bronze.

Ele é um pouco maior e mais pesado do que o Redmi Note 10S. A moldura ao redor da tela também é mais fina para entregar melhor aproveitamento frontal. Há proteção Gorilla Glass 5 de ambos os lados para proteger o celular contra riscos e a Xiaomi ainda manda uma capinha de silicone na caixa.

O conjunto fotográfico na traseira vem separado em duas peças de vidro: a inferior e maior abriga o flash LED e um sensor que ajuda no foco, enquanto o bloco superior traz quatro câmeras, com a principal se destacando pelo aro cromado à sua volta. Já a câmera frontal fica localizada no único furo próximo ao alto-falante superior.

O leitor biométrico fica na lateral direita integrado ao botão de energia, logo abaixo do botão de controle de volume. Do lado oposto há apenas a gaveta que não é híbrida, o que permite usar dois chips e um cartão microSD para expandir o armazenamento.

No topo do aparelho temos a entrada para fones de ouvido, uma saída de som, o emissor de infravermelho e um microfone; enquanto na parte inferior há o segundo alto-falante, a entrada USB-C e outro microfone. Uma diferença para o Pro Max é que este vem com suporte a NFC.

A tela do Redmi Note 10 Pro conta com quase 6,7 polegadas com resolução Full HD+, taxa de atualização de 120 Hz e painel Super AMOLED com suporte a HDR 10. Ele preenche todos os requisitos que se espera para um bom intermediário e garante boa visibilidade fora de casa graças ao brilho alto da tela.

É possível escolher o modo 60 Hz para economizar bateria ou deixar no automático 120 Hz que vem por padrão. Para as animações do sistema e apps nativos temos o aparelho fluindo a 120 fps, mas ele reduz automaticamente para 60 fps em conteúdo estático ou vídeos.

Há som estéreo que entrega potência e qualidade superior ao antecessor com áudio mais rico e envolvente que abrange todas as frequências. Claro, não espere graves intensos em um alto-falante pequeno, mas mostra que a Xiaomi está levando mais a sério a parte sonora dos seus intermediários.

O Redmi Note 10 Pro vem com a plataforma Snapdragon 732G, sendo um pouco mais potente do que o Snapdragon 720G do seu antecessor. O Note 9 Pro apresentou bom desempenho em nosso teste focado no multitarefas, mas o novo não impressionou e levou o dobro do tempo. Este é mais um intermediário da Xiaomi que carece de otimização da MIUI e o gerenciamento de RAM não consegue manter os aplicativos abertos em segundo plano.

Também não espere por um grande avanço nos testes de benchmarks. No caso do AnTuTu tivemos um pequeno salto na pontuação que chega a apenas 5% de diferença. E nos jogos, o novo consegue tirar bom proveito da tela de 120 Hz?

No Mortal Kombat conseguimos 120 fps, mas não em jogos leves, como o Subway Surfers, talvez por alguma limitação de software. Em jogos mais pesados como Call of Duty notamos um pouco de lag na configuração máxima. Já na qualidade Alta tivemos bom desempenho, apesar do celular esquentar. No PUBG conseguimos boa fluidez na qualidade Alta, mas não sendo possível ativar o HDR.

O Redmi Note 10 Pro tem bateria de 5.020 mAh, mesmo tamanho do seu antecessor. A autonomia acabou caindo um pouco devido à tela mais veloz, mas a diferença foi pequena em nosso teste e o intermediário da Xiaomi entrega bateria para o dia todo com folga.

Ele vem acompanhado de carregador de 33W, que faz a bateria ir de 0 a 100% em pouco mais de uma hora. Uma carga rápida de 15 minutos recupera 29% de bateria, que chega a mais de 50% com meia hora na tomada.

O modelo indiano acaba demorando mais para carregar em tomadas de 110v, problema que não acontece na versão global.

O Redmi Note 10 Pro vem com conjunto fotográfico completo, incluindo um sensor de 108 MP, uma câmera ultra-wide para registrar fotos mais amplas, uma macro com foco automático e uma quarta dedicada para desfoque de fundo. Apenas a principal é novidade, enquanto as demais foram reaproveitadas do Redmi Note 9 Pro, e isso inclui a frontal de 16 MP.

Sua câmera registra boas fotos e acerta no contraste e nitidez no modo padrão. É possível usar a resolução máxima da câmera para ampliar a nitidez e registrar mais detalhes e sem pesar tanto no armazenamento.

A ultra-wide poderia ser melhor: as fotos saem mais escuras e perdem detalhes nas sombras. Esta câmera acaba sofrendo bastante ao fotografar à noite. A nitidez fica inferior nas bordas e às vezes sai até borrado. Pelo menos o software de correção de distorção de lente faz o seu trabalho.

A macro tem resolução suficiente para registrar pequenos detalhes da natureza. O seu foco automático tem alcance entre 3 e 10 cm, o que dá uma boa flexibilidade para a câmera. A de desfoque é a que menos impressiona do conjunto; ela acaba apresentando falhas em cenários muito complexos, mas não chega a interferir na qualidade das fotos em locais escuros.

A frontal registra selfies com bom tom de pele, cores equilibradas e contraste acertado. O modo retrato não sacrifica os detalhes e faz uma boa separação de planos com poucos erros. Selfies noturnas apresentam nitidez inferior, mas sem serem tomadas por ruídos. O modo retrato, por outro lado, já apresenta falhas.

O Note 10 Pro é capaz de filmar em 4K com a câmera principal ou Full HD com todas as demais. A estabilização eletrônica reduz bastante os tremidos, mas não está disponível na resolução máxima. O foco é ágil e funciona bem em todas as resoluções.

O problema fica para filmagens noturnas que perdem nitidez e não apresentam as mesmas cores equilibradas ao gravar de dia. A captura de áudio é estéreo, mas a qualidade poderia ser melhor.

O Redmi Note 10 Pro vem com Android 11 modificado pela MIUI 12.5. Os recursos são os mesmos dos demais da linha e outros com esta versão de software, incluindo os modelos da subsidiária Poco. A tela vem lotada de atalhos, pastas e widgets, além de ter o Google Discover na tela esquerda.

Você pode separar a tela de notificações em duas partes, como temos no iPhone. A gaveta de apps organiza os aplicativos por categoria, sendo possível customizar ou desativar. Há modo escuro para ajudar a economizar bateria com a tela AMOLED, suporte a temas para customizar a interface, além de várias melhorias realizadas na parte de privacidade nesta versão.

O sistema flui bem e raramente apresenta engasgos, apesar do problemático gerenciamento de RAM. O leitor biométrico é ágil e raramente falha no reconhecimento da digital. É possível configurar para que a leitura seja feita ao apenas encostar o dedo no sensor ou apenas quando o botão de energia for pressionado.

Como visto, o Redmi Note 10 Pro acerta e erra nos mesmos pontos do Redmi Note 10 Pro Max. Se você estava em dúvida entre a versão global e indiana, compre a que estiver mais barata, já que a principal diferença entre os dois está apenas no suporte a NFC.

O seu maior rival por aqui será o Galaxy A72 , que atualmente pode ser encontrado por menos, mas tem tela de apenas 90 Hz. Pelo menos o restante do conjunto manda bem e o modelo coreano tem atualizações garantidas por muitos anos.

Vale a pena pagar a mais pelo Note 10 Pro ou é melhor ir de Note 10S? Você ganha tela de 120 Hz e melhor câmera principal, mas em troca perde em bateria e no desempenho. O que é mais importante para você?

Leave a comment