O Redmi Note 7 é um smartphone com poder de intermediário, mas com preço bastante acessível. Se você importá-lo é possível encontrá-lo por menos de R$ 1 mil, mas aqui no Brasil o seu preço parte de R$ 1,3 mil (por importadores) e chegando a R$ 2 mil diretamente com Xiaomi e garantia nacional.
Vale pagar isso tudo no aparelho ou temos opções mais interessantes no mercado nacional como o Moto G7 Plus e o Galaxy M30? Abaixo você confere todos os detalhes do Redmi Note 7 e se ele entrega um melhor equilíbrio entre custo e benefício que o seu irmão menor, o Redmi 7.
O Redmi Note 7 vem em embalagem branca e não menciona o nome da Xiaomi, como já esperávamos. Por ser um produto barato, ele traz apenas o básico:
Apesar do aparelho suportar Quick Charge 4.0, o carregador que vem é o padrão da linha Redmi e não entrega potência suficiente. Se você quiser que a bateria recarregue mais rápido terá que ir em busca de outro carregador.
Enquanto muitos celulares na faixa dos pouco mais de R$ 1 mil trazem corpo todo feito de plástico, este aqui ostenta vidro na frente e traseira com proteção Gorilla Glass 5.
Por mais que a Redmi tenha orgulho do design do aparelho, ele não tem nada de chamativo. Lembra bastante diversos smartphones intermediários lançados em 2018. Mas por ser um produto barato não dá para esperar nada inovador e excêntrico.
Ele não chega a ser um smartphone compacto e confortável de ser usado com apenas uma mão, mas também não é maior que seus concorrentes. Aqui temos 159,2 mm de altura, 75,2 mm de largura e 8,1 mm de espessura. Ele também não chega a ser pesado com seus 186 gramas.
A traseira de vidro o torna um pouco escorregadio, mas pelo menos a Redmi incluiu capinha de proteção na embalagem. Na parte superior temos entrada P2 para fones de ouvido. Gaveta híbrida para cartões SIM e microSD fica do lado esquerdo mais acima. Do outro lado temos os botões de controle de volume e o de ligar o aparelho.
Acima da tela há o mesmo entalhe em forma de gota do Redmi 7, assim como o LED de notificações localizado na borda inferior. Uma vantagem para o Note 7 é a entrada USB do tipo C. Além de ser compatível com Wi-Fi em 5 GHz, caso esse seja um diferencial para você.
O leitor biométrico na traseira está localizado em boa altura para ser alcançado facilmente com o dedo indicador. A câmera traseira dupla vem acompanhada de flash em LED de dois tons. Enquanto na parte frontal temos apenas uma câmera e sem flash dedicado.
O Redmi Note 7 tem tela de 6,3 polegadas com resolução de 1080 x 2340 pixels, o que resulta em 409 ppi. O entalhe e as bordas finas garantem um aproveitamento frontal de 81,4%, o que é muito bom nesse segmento.
O painel LCD adotado pela Redmi entrega boa qualidade de imagem. O nível do brilho é decente, ficando no mesmo nível do Mi 8 Lite. Mas fique ciente que usar o Note 7 em ambientes abertos será um pouco complicado. Há muitos reflexos na tela e jogar o brilho para o máximo não ajuda muito.
A reprodução de cores é boa, mas o branco tem tom azulado. Mesmo que você altere a calibração de cores não é possível chegar próximo ao tom correto.
O nível de contraste também é bom e fica no mesmo nível de outros smartphones intermediários da Xiaomi. Mas o que se destaca é a potência sonora. O volume vai além ao de muitos aparelhos que testamos e mantém a clareza do áudio mesmo quando no máximo.
O aparelho não vem com nenhum fone de ouvido, mas é interessante ver que a Redmi não deixou de lado a qualidade sonora entregue pelo aparelho. Ele peca um pouco com interferência entre os canais esquerdo e direito, mas ainda assim entrega qualidade sonora superior a muitos intermediários que testamos.
Os últimos smartphones da Xiaomi que testamos decepcionam em desempenho devido ao mal gerenciamento de RAM da MIUI 10. Felizmente, esse não é um problema do Redmi Note 7.
O Snapdragon 660 presente aqui dá conta de rodar qualquer app ou jogo disponível para Android, assim como os 4 GB de RAM garantem bom desempenho ao alternar entre vários aplicativos.
Em benchmarks os resultados ficam a par ao de outros com mesmo hardware. Em jogos também não há o que reclamara. O Redmi Note 7 roda desde títulos mais leves a games mais pesados com boa fluidez.
A bateria rende bem ao jogar, entregando mais de 6 horas de jogatina antes de implorar por uma tomada. Vainglory é o mais devora bateria no Redmi Note 7, rendendo apenas 3 horas e 42 minutos. Já Subway Surfers é que mais dura com 8 horas e 36 minutos.
O Redmi Note 7 é mais um intermediário da fabricante chinesa com 4.000 mAh de bateria, e como esperado ele não decepciona perante os concorrentes. Só fica abaixo do que o Galaxy M30 entrega, mas o rival da Samsung possui 1.000 mAh a mais.
É possível passar o dia fora de casa com o Redmi Note 7 e sem se preocupar em levar o carregador com você. Mas o tempo de recarga não é dos mais rápidos.
Resultados do nosso teste de bateria simulando uso real:
Apesar de contar com suporte a Quick Charge 4.0, o carregador que acompanha o modelo é fraco e faz com que ele passe mais de 2 horas na tomada.
Sua câmera tem resolução máxima de 48 MP, mas por padrão o Redmi Note 7 captura fotos de 12 MP. Se você quiser registrar fotos na resolução máxima terá que mudar para o modo Pro.
Ao fazer isso a qualidade das imagens cai, já que o hardware do aparelho sofre para processar arquivos grandes. Por isso recomendamos manter na resolução nativa.
Em cenários abertos e com forte luz há muitos detalhes registrados, o contraste é bom, as cores são fortes (embora imprecisas), e o ruído é praticamente inexistente.
O HDR vem no automático por padrão e nem sempre ajuda. Em muitos cenários ele acaba desregulando a exposição, o que registra fotos mais escuras. E o mesmo acontece com as sombras, devido ao contraste exagerado.
Para resolver este problema, recomendamos sempre usar o HDR ativado manualmente. Você terá fotos mais claras e o contraste regulado na medida certa. No entanto, ao tirar fotos em ambientes fechados com o HDR no manual, você terá fotos muito granuladas.
O Note 7 vem com inteligência artificial em sua câmera que reconhece alguns tipos de cenários e busca registrar melhores resultados. Na maior parte do tempo o recurso é praticamente inútil.
À noite temos fotos com poucos ruídos. Entregando melhores resultados que muitos nessa faixa de preço. Mas não recomendamos usar o modo noturno ou você estragará suas fotos.
A câmera secundária de 5 MP serve apenas para desfocar o fundo do cenário. O resultado é até decente, mas às vezes acontece da câmera desfocar a pessoa fotografada ao invés do fundo.
Para selfies, o Redmi Note 7 decepciona. Em cenários com forte luz você terá fotos com o fundo estourado. Já em locais fechados as fotos saem com muito granulado e sem nitidez.
A filmadora não registra tantos tremidos e o foco é ágil. O som é estéreo, mas a qualidade não é lá essas coisas.
O Redmi Note 7 vem com Android Pie e interface MIUI 10 de fábrica. Os recursos são os mesmos que você encontra em outros modelos da Redmi.
Se você já teve um smartphone da Xiaomi antes já estará familiarizado com a interface, mas se veio de Androids menos customizados como os da Motorola, vai acabar estranhando no início.
Pelo menos a MIUI 10 não penaliza o hardware do aparelho e entrega bom desempenho na maior parte do tempo.
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