S a m s u n g G a l a x y A 5 P o n t o s f o r t e s P o n t o s f r a c o s

O Galaxy A5 faz parte do primeiro grupo de smartphones da Samsung que entrega design, finalmente, sem plástico e hardware ligeiramente acima de alguns de seus principais concorrentes - mesmo que isso signifique preço bem acima deles. Este dispositivo chega com processador Snapdragon 410 rodando quatro núcleos em 1.2 GHz, 2 GB de memória RAM e 16 GB de espaço interno. A embalagem segue o novo rumo da fabricante sul-coreana e ganhou uma cor azul bem bacana, com ar bem mais minimalista e deixou de lado a textura de madeira. Sério, ficou bonita.

A estrutura interna permanece a mesma de outros modelos mais antigos. Por dentro temos o carregador de tomada com porta USB, cabo de dados USB com ponta microUSB, fone de ouvido intra auricular, borrachas sobressalentes para os fones e os manuais de instruções. Tudo chega organizado e cada componente em seu devido lugar.

A parte de fora do smartphone é onde fica uma de suas maiores mudanças, já que ele é todo feito em alumínio e sem acesso para a bateria do dispositivo. Na parte da frente temos uma tela Super AMOLED de 5 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels e densidade aproximada de 294 pixels por polegada. Ainda na frente estão sensores de luz, proximidade, botões para voltar e menu, botão físico para a tela inicial e uma câmera frontal de 5 megapixels e com lente grande-angular, o que garante maior campo de captura de foto - encaixa mais gente na selfie.

Do lado esquerdo temos apenas os botões de controle de volume, com botão liga desliga do outro lado e entradas para os dois chips da operadora (pode ser um em 4G e o outro em 2G), junto de uma falha bem grave de design: uma das gavetas serve como entrada para cartões microSD e também para o SIM card (Nano-SIM), mas não comporta SIM card e microSD ao mesmo tempo. Isso significa que se você quer mais memória, é obrigado a abrir mão da segunda linha.

Abaixo fica a entrada microUSB, entrada para fone de ouvido e microfone principal para chamadas. Na extremidade oposta encontramos apenas o microfone secundário, que trabalha para isolar o áudio externo em chamadas (ou para gravar áudio estéreo em vídeos).

A parte traseira chega com um bem-vindo metal, deixando de lado (finalmente!) o plástico tradicional que a fabricante asiática utiliza em todos os smartphones - do mais básico, até o mais caro. Por aqui está a câmera traseira de 13 megapixels, flash LED e um alto-falante, tudo em metal e com ótimo acabamento. A tampa da bateria, que não é removível, é feita em pintura fosca e pouco áspera, o que passa uma sensação de ótimo acabamento e material de construção. A bateria apresenta 2300mAh, suficientes para um dia e meio de uso moderado, até 68 horas de reprodução de músicas e 15 horas de conversa ao telefone, sem qualquer pausa.

Outro ponto de mudança está na pegada, que ganhou conforto extra por conta da curvatura pequenina que há entre o fim da traseira e a lateral do smartphone. A tinta fosca e com textura áspera ajuda ainda mais e faz com que o dispositivo escorregue bem pouco nas mãos do usuário - mesmo em mãos grandes. Em números, temos 139,3 milímetros de altura, por 69,7 milímetros de largura e 6,7 milímetros de espessura, tudo isso somado aos 123 gramas de peso total.

Estes números entregam um phablet que poderia contar com um aproveitamento de tela maior, mas que utiliza apenas 71% da frente como o display. Ele não faz tanto volume na calça jeans, já que é fino. Além disso, não pesa ao segurar, o que garante que o braço não fique cansado com tanta rapidez.

A Samsung mudou muito do Galaxy A5 por fora e manteve pouca diferença do lado de dentro. Por aqui temos um Android que, por algum motivo que a Samsung prefere não comentar, ainda não está na versão 5.0. Este pondo ganha destaque, já que o Android Lollipop foi lançado meses antes do A5 e ele, ainda assim, chegou com o KitKat - a Samsung teve tempo para criar o Lollipop para ele, mas escolheu não fazer. A interface, acima do Android, continua a TouchWiz e isso pode não ser um ponto positivo - não, não é. Felizmente é possível desinstalar alguns apps pré-instaladosa, principalmente o pacote de jogos da Gameloft.

O visual segue o que foi entregue ao Galaxy S5, ou seja, uma cara mais chapada, com menor quantidade de texturas e um multitarefa que é idêntico ao que foi apresentado no Lillipop. Fica tudo mais bonito, organizado e com uma cara mais moderna - já que o Android por aqui está atrasado em uma versão. De fábrica você tem três telas iniciais, que podem aumentar em número e acomodar maior quantidade de widgets e atalhos para aplicativos que estão instalados no dispositivo. O Flipboard continua pré-instalado e dentro de uma das telas iniciais, o que é bom para quem quer a lista de fontes pré-carregadas - algo que pode frustrar quem não curte o veículo A ou B.

Não há um recurso inovador por aqui. A Samsung manteve ferramentas que fizeram algum sucesso em dispositivos anteriores, como uma área de notificações com o S FInder em um botão, app para auxiliar na conexão de dispositivos com conexão sem fios (tipo Bluetooth e Wi-Fi), junto diversos atalhos na parte de cima para recursos como hotspot, ligar dados, Wi-Fi e até a possibilidade de rodar duas janelas de aplicativos ao mesmo tempo, na mesma tela. Este segundo recurso é bastante interessante, principalmente quando você está lendo o endereço de uma pessoa em um email e quer digitar na barra de buscas do Google Maps - mas, por outro lado, seus principais concorrentes já fazem isso, como a LG.

Se você acredita que as cores da tela Super AMOLED são muito estouradas, é possível alterar isso dentro das configurações do display - isso é bem interessante. É possível escolher qual temperatura de cor você prefere na tela, ou então entrar em um modo automático que altera sozinho a exibição de cores, de acordo com o app aberto.

De fábrica temos alguns games pré-instalados e outros apps, como navegador da própria Samsung, gravador de voz, gerenciador de arquivos, Flipboard, Dropbox, Evernote, editor de fotos, manual de instruções digital, app para notas, rádio FM, assistente S Voice e os games Fazenda Verde 3, Kingdoms and Lords, UNO e Wonder Zoo. Não há nenhum app para editar documentos do Office, nem sequer o gratuito (e que é do próprio Google) QuickOffice.

O processador é o Qualcomm MSM8916 Snapdragon 410, que é uma versão do Snapdragon 400 com 64 bits e algumas melhorias internas. Não há qualquer diferença visível de desempenho com outros Galaxy de processador semelhante, por conta de ser 64 bits. Junto disso, há 2 GB de memória RAM e uma GPU Adreno 306, que trabalha junto de 16 GB de memória interna (com 11,58 GB livres para o usuário). Tudo roda bem e isso pode ser sinal de que a TouchWiz ficou menos pesada, mais leve e menos irritante. Travamentos não foram observados em uso intenso, mesmo com boa quantidade de apps abertos ao mesmo tempo (ter 2 GB de RAM ajuda bastante nisso).

A GPU que trabalha no Galaxy A5 é uma Adreno 306, versão atualizada da 305 que equipava os smartphones com Snapdragon 400. Mesmo com uma boa GPU, o A5 não é o dispositivo para games que você espera com todo o poder do mundo, mas ele foi capaz de rodar Asphalt 8 com todos os gráficos no máximo e sem demonstrar muitos travamentos ou dificuldades na execução do título. Jogos mais leves apresentam bom desempenho.

O player de música é exatamente o mesmo que você encontra em outros smartphones da Samsung, ao menos nos que foram lançados de 2014 para frente. Ele entrega um design bastante minimalista, com cores chapadas e quase nenhuma textura, permite alguns ajustes na parte de reprodução de áudio e até aumentar a velocidade da reprodução. Nativamente é possível rodar os formatos MP3/WAV/WMA/eAAC+ e FLAC, sem qualquer app terceiro para ajudar. O alto-falante mostrou estar em uma posição desconfortável, já que utilizar o smartphone em modo paisagem faz com que ele fique tampado e ligeiramente abafado. Isso acontece, muito menos, quando o A5 está em uma superfície lisa.

O player de vídeos é ainda mais simples, com menos recursos extras e, sozinho, é capaz de rodar MP4/WMV e H.264, em até Full HD e sem engasgos. Além disso, é possível passar o reprodutor para uma janela flutuante, que pode ser reposicionada em qualquer local da tela.

A câmera do A5 conta com um sensor de 13 megapixels, mas que consegue trabalhar de forma muito semelhante ao que o Galaxy S5 conseguiu. Temos uma semelhança muito grande na reprodução de cores, detalhes e na profundidade de campo (é possível embaçar o fundo com facilidade, deixando apenas a frente em foco). A câmera frontal, que é um dos chamarizes do celular, entrega 5 megapixels e é mais do que suficiente para qualquer app de chamadas de vídeo, além de garantir boas selfies. Elas, as selfies, ganham uma ajuda de uma lente grande angular que permite mais pessoas na mesma foto, ou impede que o amigo do lado fique com o braço de fora da foto.

Em fotos noturnas, a qualidade não fica muito longe de seus concorrentes. É possível notar granulado nas imagens, mesmo de longe. A reprodução de cores e de detalhes fica comprometida por conta da falta de luz, mas não impede uma foto noturna de ser capturada.

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