O Galaxy J1 (2016) foi lançado pela Samsung no início de 2016, chegando ao mercado com hardware bastante simples – algo esperado de um modelo de entrada – mas oferecendo componentes de qualidade, como a sua bela tela Super AMOLED.
Claro que a empresa realizou alguns cortes no custo de produção para garantir entregar um celular mais em conta com este tipo de tecnologia, o que deixa clara a escolha da empresa em não incluir um cabo USB tradicional na embalagem.
O J1 2016 segue com embalagem similar à de outros membros da linha J 2016. Aqui temos uma caixa feita em papel cartão que traz em seu interior, além do próprio smartphone da Samsung, um carregador de parede com conector microUSB, fone de ouvido básico e guia rápido de instruções.
Como dito anteriormente, o grande destaque do Galaxy J1 2016 é sua bela tela Super AMOLED que traz contraste infinito – entregando preto absoluto – cores vívidas, brilho alto e excelente ângulo de visão. Desta forma, você tem um aparelho que consegue apresentar o conteúdo na tela de forma satisfatória em qualquer tipo de ambiente.
Infelizmente, a tela de 4,5 polegadas conta com resolução baixa para os padrões atuais, oferecendo apenas 480 pixels horizontalmente por 800 pixels verticalmente, o que resulta em 207 pixels por polegada. Resultado disso? Se você usar o celular muito próximo dos seus olhos vai acabar enxergando os pixels na tela.
Em termos de acabamento e design, temos aqui um celular feito em plástico – o que já era esperado pelo preço cobrado. A tampa traseira tem uma textura que simula couro, algo adotado pela Samsung em seus aparelhos lançados desde 2014, mas que foi abandonado recentemente.
A lateral do J1 2016 traz plástico com pintura metálica, para dar um ar de aparelho mais caro, porém ao passar a mão pela carcaça do J1 fica claro que estamos diante de um smartphone de entrada. A tampa traseira é removível e permite ter acesso à bateria e também aos dois slots para cartão SIM e também o do MicroSD.
Por ter uma tela de apenas 4,5 polegadas, o J1 2016 pode ser considerado um aparelho relativamente compacto com seus 132,6 mm de altura, 69,3 mm de largura e 8,9 mm de espessura. Ele também é confortável de usar, já que apresenta apenas 131 gramas de peso.
Quando falamos de smartphones de entrada esperamos por um hardware bastante simples ou até mesmo bastante antigo, e no caso do J1 2016 temos os dois. O chipset é o Spreadtrum SC8830, que oferece um processador quad-core de 1,2 GHz e a GPU Mali-400. Este chip gráfico é bastante antigo, sendo incompatível com APIs gráficas mais recentes como a Open GL ES 3.0.
Completando o pacote temos 1 GB para RAM e 8 GB para armazenamento. Quem já teve algum smartphone da linha Galaxy sabe que a TouchWiz, interface modificada do Android pela Samsung, consome bastante memória, e no caso do J1 vemos que apenas 300 MB de RAM e 4 GB de armazenamento ficam livres para o usuário.
Em benchmarks temos os seguintes resultados para o Galaxy J1 2016:
Também testamos o desempenho do Galaxy J1 2016 ao rodar alguns jogos populares. Usamos a ferramenta GameBench para medir a taxa de FPS (quadros por segundo) destes jogos. O ideal para uma boa jogabilidade é manter no mínimo 30 FPS, mas o J1 acaba falhando em atingir esta meta em dois dos três jogos testados.
O smartphone da Samsung rodou Asphalt 8 na configuração padrão a 25 FPS. Modern Combat 5 teve um desempenho consideravelmente inferior, com média de 24 FPS, o que acaba demonstrando problema de lentidão em cenas mais pesadas. O terceiro teste foi realizado com o Subway Surfers que rodou com média de 36 FPS no J1.
Em um uso mais convencional, o Galaxy J1 2016 também não chega a empolgar. O processador quad-core de 1,2 GHz do chipset Spreadtrum SC8830 demora para abrir apps populares como o Facebook, por exemplo. O pior problema, no entanto, é que o aparelho não consegue segurar os apps rodando em segundo plano.
Em nosso teste de velocidade abrindo vários apps como Câmera, Galeria e Configurações, Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Asphalt 8, o Galaxy J1 demorou 2 minutos e 41 segundos para abrir todos. A parte mais crítica é que o aparelho precisou de 2 minutos e 50 segundos para reabri-los.
O J1 2016 também chega a travar ou apresentar engasgos constantes, o que deixa claro que a TouchWiz precisa de mais de 1 GB de RAM para funcionar de forma eficiente. Infelizmente, este é um dos principais pontos negativos do aparelho de entrada da Samsung.
O Galaxy J1 2016 conta com câmera traseira de 5 megapixels com abertura f/2.2 capaz de gravar vídeos na resolução HD a 30 quadros por segundo. Na parte frontal há um sensor de 2 megapixels com a mesma abertura e capacidade mais limitada de gravação, apenas 480p.
O J1 apresenta bons resultados em fotos tiradas em ambientes com boa iluminação, especialmente em lugares ensolarados. Como estamos diante de uma abertura f/2.2, é esperado que a câmera do aparelho não consiga bons resultados em ambientes noturnos, mas nada inferior ao de outros na mesma faixa de preço.
A câmera frontal, apesar de ter apenas 2 megapixels, é capaz de oferecer selfies com qualidade, mais uma vez, apenas em ambientes bem iluminados. No geral, o J1 agrada para quem busca um aparelho barato com boa câmera, onde este modelo chegou a vencer um comparativo de fotos realizado pelo TudoCelular contra rivais da LG, o K4 e K5, além de outros modelos mais avançados da Samsung, o J2 e J3.
Se tem outro ponto que o Galaxy J1 2016 empolga é em sua ótima autonomia de bateria. O smartphone básico da Samsung conta com apenas 2.050 mAh, o que pode parecer pouco, mas é capaz de render 14 horas de uso. Desta forma, ao tirar o smartphone da tomada às 7h da manhã, o mesmo ainda terá carga sobrando quando você voltar para casa no fim do dia.
Para quem busca um smartphone barato para realizar chamadas, o J1 2016 também é um forte candidato, rendendo mais de 20 horas de chamadas via 3G. Em reprodução de vídeos, assim como gravação de vídeos, temos resultados medianos com pouco mais de 6 horas de autonomia em ambos.
Em nosso teste prático, tiramos o J1 2016 às 9h da tomada e o mesmo só chegou a descarregar após à meia-noite. Em tempo de tela ligada temos uma média de 7 horas, um valor muito bom para um smartphone com apenas 2.050 mAh. O hardware do J1 2016 pode ser antigo, mas a Samsung fez um bom trabalho no gerenciamento de energia.
Lembrando que em nosso teste tivemos o uso de jogos e também reprodução de vídeos no YouTube. Para quem busca um uso mais simples, a bateria do J1 2016 renderá ainda mais do que foi visto acima.
O Galaxy J1 2016 chegou ao mercado com Android 5.1.1 Lollipop, e ainda continua com a mesma versão do sistema. No entanto, Samsung vem liberando atualizações de segurança para o aparelho de forma constante, e em 2017 o J1 2016 ainda continua sendo atualizado.
A interface, conhecida como TouchWiz, apresenta modificações bastante radicais comparado ao que temos no Android puro. Abusando de cores e elementos diferenciados, aqui vemos a mesma interface presente em outros aparelhos da empresa com Android Lollipop.
A TouchWiz permite alterar a saturação das cores da tela Super AMOLED da Samsung, deixando as cores menos vibrantes com o perfil ‘básico’. Também é possível turbinar o brilho por no máximo 15 minutos, o que ajuda a melhorar a visibilidade do conteúdo em ambiente externo.
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