O Galaxy J3 (2016) foi o primeiro de sua linha, lançado ainda no final de 2015, mas chegou ao mercado apenas no começo do ano passado. O aparelho veio com a promessa de preencher o vazio que havia entre o Galaxy J2 e J5, com hardware melhorado, mas sem cobrar muito por isso.
Com esperado de qualquer lançamento de 2016 da Samsung, o J3 vem em embalagem básica feita em papel cartão na cor branca, o que facilita que a caixa suje com extrema facilidade. Na parte frontal temos apenas o nome da marca e modelo, enquanto na traseira há informações sobre algumas especificações do aparelho.
Além do Galaxy J3, você recebe um carregador padrão da empresa com saída de 1A, um cabo USB com conexão microUSB, fone de ouvido padrão (mesmo presente em outros smartphones da linha Galaxy J) e um guia rápido de uso. Em termos de embalagem e conteúdo não há nada de especial com o J3.
O Galaxy J3 conta com corpo em plástico, como esperado de um smartphone básico da Samsung, e também tampa traseira removível com textura que imita couro – algo presente em vários lançamentos da empresa entre 2014 e 2016.
O aparelho tem 142,3 mm de altura, 71 mm de largura e 7,9 mm de espessura com 138g de peso. O J3 é um aparelho razoavelmente compacto e pode ser usado confortavelmente com apenas uma mão. A sua borda lateral tem acabamento em pintura metálica para dar a impressão de ser de metal.
Apesar de ter um acabamento simples, ele não passa a sensação de fragilidade, como vemos em alguns smartphones de entrada da LG. Em termos de design ele tente a agradar boa parte dos fãs da linha Galaxy e chega nas cores preta, branca e dourada ao mercado nacional.
Em tela temos um belo painel Super AMOLED com resolução HD (720 x 1280 pixels) que apresenta contraste infinito, ótimo ângulo de visão e excelente visibilidade em ambientes externos. Sem dúvidas este é um dos pontos mais fortes do Galaxy J3.
Por padrão o painel Super AMOLED exige cores bastante saturadas, mas a TouchWiz traz quatro perfis de controle de cores que permitem ao usuário escolher o nível de saturação. O ‘Exibição adaptável’ vem por padrão e altera a saturação de acordo com o conteúdo exibido na tela. O ‘Cinema AMOED’ é o mais saturado, o ‘Foto AMOLED’ o intermediário, enquanto o ‘Básico’ é o menos saturado.
O Galaxy J3 à venda no Brasil vem com chipset Spreadtrum SC9830, que oferece um processador de quatro núcleos com velocidade máxima de 1,5 GHz e GPU Mali-400 MP2. Em termos de memória temos 1,5 GB de RAM e 8 GB de armazenamento (ficando menos da metade disponível para o usuário).
O hardware do Galaxy J3 não chega a empolgar, e mesmo com 1,5 GB de RAM ainda é normal ver a TouchWiz dando algumas engasgadas. No geral, este smartphone da Samsung oferece desempenho mais próximo de um aparelho de entrada do que o de um intermediário, de fato.
Em benchmarks temos os seguintes resultados para o Galaxy J3:
Também testamos o desempenho do Galaxy J3 ao rodar alguns jogos populares. Usamos a ferramenta GameBench para medir a taxa de FPS (quadros por segundo) destes jogos. O ideal para uma boa jogabilidade é manter no mínimo 30 FPS, mas o J3 acaba falhando em atingir esta meta em dois dos três jogos testados.
O smartphone da Samsung rodou Asphalt 8 na configuração padrão a 22 FPS. Modern Combat 5 teve um desempenho ligeiramente superior, com média de 24 FPS, o que acaba demonstrando problema de lentidão em cenas mais pesadas. O terceiro teste foi realizado com o Subway Surfers que rodou a 46 FPS no J3.
Em um uso mais convencional, o Galaxy J3 também não chega a empolgar. O processador quad-core de 1,5 GHz do chipset Spreadtrum SC9830 demora para abrir apps populares como o Facebook, por exemplo. O pior problema, no entanto, é que o aparelho não consegue segurar os apps rodando em segundo plano, mesmo tendo 1,5 GB de RAM.
O Galaxy J3 vem com câmera principal de 8 megapixels com abertura de f/2.2 e capacidade de gravar vídeos na resolução HD a 30 fps. Na parte frontal temos um sensor de 5 megapixels com a mesma abertura e também limitado à resolução HD.
Em nossos testes, a câmera do Galaxy J3 conseguiu capturar boas fotos em ambientes iluminados. Em fotos noturnas, a câmera acaba exibindo mais artefatos do que vimos em modelos inferiores da Samsung, como o J2 ou mesmo J1 2016. A câmera frontal, por outro lado, mostra um resultado acima dos aparelhos neste segmento.
No geral, a câmera do Galaxy J3 tende mais a agradar do que decepcionar, mas não espere um desempenho satisfatório em qualquer situação. Às vezes será necessário fazer mais de uma tentativa até conseguir bons resultados.
Com 2.600 mAh de bateria, é esperado que o Galaxy J3 consiga oferecer uma ótima autonomia. No entanto, em nossos testes, o aparelho da Samsung demonstrou um consumo exagerado quando em standby, fazendo o J3 chegar a perder até 5% por hora.
Desta forma, o aparelho rendeu 12 horas de uso com 5 horas de tela ligada, um tempo inferior ao do Galaxy J2, por exemplo, que tem apenas 2.000 mAh. De qualquer forma, o smartphone da Samsung ainda é capaz de oferecer uma autonomia maior ao de rivais da LG.
A bateria do Galaxy J3 demora 2 horas e 48 minutos para ser recarregada e permite reproduzir vídeos no aparelho por mais de 10 horas. Já em tempo de gravação é possível gravar vídeos por 5 horas e 31 minutos na resolução HD.
Para quem busca um smartphone para chamadas, o J3 consegue render 16 horas e 23 minutos de chamadas via 3G ou 6 horas e 5 minutos de videochamadas com apenas uma carga de bateria.
Como esperado de qualquer smartphone da linha Galaxy, temos aqui a temida TouchWiz. Essa interface modificada da Samsung traz alguns extras sobre o que o Android puro tem a oferecer, como o suporte a temas. No entanto, a mesma acaba pesando mais para o hardware devido à grande quantidade de serviços rodando em segundo plano.
Mesmo com 1,5 GB de RAM, o J3 ainda engasga e o gerenciamento de RAM acaba encerrando apps do usuário em prol dos vários serviços da TouchWiz que muitos nem devem ser usados por boa parte dos usuários.
Se você já teve algum smartphone da linha Galaxy abaixo de R$ 1 mil, já sabe o que encontrar no Galaxy J3. Porém, temos que concordar que na faixa de preço em que o J3 se encontra não há opções muito melhores em desempenho – levando em conta modelos vendidos oficialmente no Brasil.
O aparelho testado estava com Android 5.1.1 Lollipop e ainda não há planos de ser atualizado para o Marshmallow por aqui. Pelo menos o pacote de segurança é referente ao mês de janeiro de 2017, o que mostra que mesmo após um ano de mercado o J3 ainda continua tendo as suas brechas de segurança corrigidas pela Samsung.
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