O J8 tem algumas evoluções e alguns retrocessos quando comparado ao J7 Pro, considerado o seu antecessor direto. Uma das evoluções é a tela. O chamado display infinito foi adotado na linha de entrada da Samsung, com a tela de seis polegadas em proporção dezoito e meio para nove neste modelo.
Isso garante que o display ocupe uma boa taxa da parte frontal - quase 76%. As bordas são pequenas, apesar de maiores que as dos modelos topo de linha da Samsung. Principalmente as laterais, uma vez que a tela curva continua restrita aos modelos de elite.
Já um dos principais retrocessos é o acabamento. Nada de metal como o J7 Pro. O J8 tem corpo de plástico. Por um lado, é um material que aguenta quedas melhor que o vidro, além de ser mais leve que o metal. Mas perde em elegância. E não é o tipo de material que se espera de um dispositivo de quase R$ 2.000, pelo preço de lançamento.
Mesmo assim, o Galaxy J8 é bem construído, e não lembra em nada os aparelhos de entrada de dois anos atrás, apesar do acabamento. O plástico tem boa aparência, e o design encaixa bem, por assim dizer.
Aliás, o formato do smartphone é bastante confortável. A tela é grande, mas o corpo é compacto. São seis polegadas em um corpo pouco maior que o antecessor, e quase a mesma largura e espessura, aliás. As dimensões são de 159.2 x 75.7 x 8.2 mm, contra 152.4 x 74.7 x 7.9 mm do antecessor. O peso foi de 181 gramas para 177 g.
Ah sim, apesar da traseira plástica, o J8 não dá acesso à bateria. Para colocar o chip, o usuário tem que remover uma das duas gavetinhas - que somam três espaços: dois para chips e um para cartão micro SD.
Na parte de trás, temos duas câmeras, posicionadas na vertical, e um flash LED, além do leitor de impressão digital abaixo das lentes. O J8 ainda tem entrada para fone de ouvido e saída de som mono na lateral direita, acima do botão de energia.
Na caixa você vai encontrar os acessórios de sempre, incluindo carregador, cabo micro USB, fone de ouvido e extrator da gaveta de chips. Não tem capinha.
Como já falamos, a tela tem 6". E aqui vem outro retrocesso deste modelo: a resolução é HD+. No J7 Pro era Full HD. Mas com o display Super AMOLED você mal percebe a resolução mais baixa.
A exibição de conteúdo é muito boa, com cores vivas e opções para alguns ajustes caso você não goste da calibragem de fábrica. O nível de brilho também está dentro do que se espera de um aparelho de entrada com Super AMOLED. Dá para usar tranquilamente na rua, com brilho máximo se o sol estiver forte, e no escuro, com brilho mínimo, sem cansar demais sua vista.
Quanto ao áudio, a qualidade é boa para um dispositivo em tese mais barato, mas o volume é um pouco baixo.
O Galaxy J8 tem o Android 8.0 Oreo instalado de fábrica, ainda sem atualização para o 9.0 Pie prevista. A Samsung Experience 9.0 roda por cima do sistema do Google, sem grandes novidades em relação a recursos.
O aparelho tem Dual Messenger, tem suporte à Pasta Segura e só fica devendo em relação ao A6 Plus na compatibilidade com o Samsung Pay, ausente aqui nesse modelo da linha J.
Curiosamente, o J8 tem exatamente o mesmo hardware do Galaxy A6 Plus: Snapdragon 450, 4 GB de memória RAM e 64 GB de armazenamento interno. Isso ajuda a explicar um pouco a diferença pequena no preço dos dois, mas não deixa de ser confuso.
Enfim, a fluidez aqui é boa e o dispositivo conseguiu bom tempo em nosso teste de velocidade, com o multitarefas funcionando perfeitamente na segunda volta, realizada sem a necessidade de recarregar nenhum aplicativo.
A pontuação no AnTuTu ficou dentro do esperado, na mesma faixa de pontos do Moto G6 e Galaxy A6 Plus, dispositivos com o mesmo chipset Snapdragon quatrocentos e cinquenta.
Em jogos, também, nada fora do normal. Dá para rodar alguns títulos até um pouco mais pesados, se você aceitar gráficos em qualidade baixa. Isso vale principalmente para o PUBG Mobile, que roda legal nas configurações mínimas.
O Galaxy J8 tem três mil e quinhentos miliampéres/hora de carga para alimentar a tela infinita de seis polegadas. O chipset não é dos mais econômicos, sendo da série quatrocentos da Qualcomm, mas tem eficiência razoável. E a tela HD Mais também ajuda bastante.
Assim, o dispositivo aguentou incríveis 21 horas em nossa simulação de uso real. É um tempo muito bom e, dependendo do seu tipo de uso, é suficiente para até dois dias longe da tomada.
O problema é o tempo de recarga. A Samsung ainda não inclui suporte ao carregamento rápido em seus modelos mais básicos, e o J8 demorou mais de duas horas para fazer a recarga de zero a cem por cento com o carregador padrão.
As câmeras duplas chegaram à linha J em 2018. O J8 não é o primeiro da linha com esse recurso, mas tem dois sensores na parte de trás e permite ao usuário tirar fotos no modo retrato, inclusive abrindo a possibilidade de editar o desfoque posteriormente.
As fotos com boa iluminação têm boa qualidade, com nível de detalhes bem satisfatório para um aparelho intermediário. O problema está nas cores. Se você gosta de imagens bastante saturadas, vai achar as fotos do J8 um pouco sem graça. Bom para quem prefere fotos mais lavadas para editar a cor depois. Com pouca luz, já não dá para elogiar demais. Muitos ruídos, ou a foto fica bastante escura.
As selfies são ok, também, com bons detalhes e cores um pouco mais saturadas que as do sensor principal. Com pouca luz, não chega a ter tanto ruído, mas também não é muito recomendável.
A captação de vídeo, que tem resolução máxima Full HD tanto no sensor traseiro quando no frontal, é bastante razoável. A estabilização fica dentro do esperado para um dispositivo da linha mais básica da Samsung, e o ponto mais fraco é a captação de áudio, muito abafada.
Pontos positivos
Pontos negativos
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