Buscando um bom celular intermediário da Samsung para comprar? Você já deve ter percebido que a coreana não para de lançar novos aparelhos e diante de tantas opções temos modelos bastante parecidos. Este é o caso do M32 , um dos lançamentos mais recentes da marca e que tem muito em comum com o Galaxy A32 . Ele faz sentido ou é apenas mais um produto para fazer peso no portfólio? É isso que esta análise completa do TudoCelular vai te ajudar a descobrir.
O Galaxy M32 vem em embalagem convencional da Samsung com uma ilustração do aparelho na parte superior. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
Quando falamos que o Galaxy M32 e A32 são bastante parecidos não estamos nos referindo ao design. O M32 segue o mesmo padrão com câmeras no estilo cooktop dos demais da linha, enquanto o A32 aposta em algo mais minimalista e atual.
Porém de frente eles são mais parecidos com entalhe em formato de gota no topo e borda mais larga abaixo da tela. Os dois possuem quase o mesmo tamanho e se assemelham em espessura e peso.
O intermediário da Samsung tem acabamento simples em plástico brilhante e chegou ao mercado nacional nas cores preta, azul e branca. O modelo azul que recebemos tem pintura espelhada com pequenas linhas cromáticas que cruzam a traseira verticalmente. As laterais possuem pintura cromada para dar a impressão de ser metal.
Há entrada para fones de ouvido na parte inferior, assim como microfone, alto-falante e entrada USB-C. No topo há apenas mais um microfone; na lateral direita temos o botão de energia com sensor biométrico e tecla de controle de volume; do lado esquerdo há apenas a gaveta que comporta dois chips e um cartão de memória ao mesmo tempo.
Em termos de conectividade temos Wi-Fi no padrão AC para redes 5 GHz, Bluetooth 5.0 e NFC. Esse modelo que testamos não vem com conectividade 5G.
Um ponto forte do M32 é a sua bela tela Super AMOLED de 6,4 polegadas com resolução Full HD+. Ela tem painel de 90 Hz para fluidez superior e ainda alcança alto nível de brilho que supera muito celular mais caro da Motorola e Xiaomi. A tecnologia usada pela Samsung garante contraste infinito para preto perfeito e amplo ângulo de visão.
A tela vem por padrão no modo 90 Hz, mas é possível mudar para 60 Hz caso você prefira ter mais bateria ao invés de fluidez superior. Não há um modo automático que altere entre várias velocidades a depender do conteúdo, o que seria o melhor dos dois mundos. Já com relação às cores, a calibração padrão tende para tons frios, mas é possível mudar nas configurações.
O som do M32 é apenas mono, como acontece em celulares mais baratos da Samsung. A potência sonora é alta, mas tende a distorcer bastante no máximo devido aos agudos exagerados, enquanto os médios e graves ficam ofuscados. Isso torna o M32 um aparelho ruim para curtir músicas e a Samsung não manda fone de ouvido na caixa. Pelo menos há entrada padrão para que você use qualquer acessório.
Um ponto que o M32 e A32 têm em comum é na plataforma Helio G80 da MediaTek. O que muda é que o M32 vem com mais RAM e isso ajuda no multitarefas. Em nosso teste de velocidade focado na abertura de vários apps e jogos tivemos melhor resultado. Também pelo fato de que este não apresenta um atraso considerável no sensor de toque ao alternar rapidamente entre aplicativos – problema que afeta vários da linha A.
Em benchmarks tivemos números próximos do Moto G30 , com os dois praticamente empatando no AnTuTu. A parte mais curiosa é ver o M32 ficar abaixo do seu antecessor com Exynos 9611, o que pode ser decepcionante para quem esperava por números maiores.
Nos jogos tivemos desempenho razoável em games mais pesados. No Call of Duty tivemos fluidez decente na qualidade gráfica média com antialising desativado. No PUBG rodou bem apenas na qualidade HD com texturas no alto, mas foi possível ativar alguns filtros. Fica claro que o M32 é um aparelho para jogatina casual e não para quem busca jogar a 90 fps.
Um detalhe curioso fica para a bateria que tem o mesmo tamanho da bateria do A32, mas os 5.000 mAh renderam menos. Parece que a Samsung priorizou desempenho neste modelo enquanto valorizou a autonomia no outro. De qualquer forma, o M32 consegue passar o dia inteiro longe de tomadas e ainda sobra carga para o dia seguinte.
Ele supera com pequena folga o seu antecessor mesmo no modo 90 Hz de tela. Outro ponto que também evoluiu foi o tempo de recarga. O carregador de 15W demora menos de 2 horas para encher totalmente a bateria. Em 15 minutos de carga temos 14% recuperados, chegando a 28% com meia hora na tomada.
O conjunto fotográfico é formado por quatro câmeras. A principal tem sensor de 64 MP, com direito a ultra-wide de 8 MP e duas de 2 MP para macro e desfoque. É um conjunto levemente mais fraco do que o Galaxy A32, mas a frontal é a mesma de 20 MP em ambos os aparelhos.
Assim como vimos no A32, este intermediário também tem boas câmeras. A principal registra fotos detalhadas com cores acertadas e próximas da realidade. O HDR entra em cena para balancear bem o brilho e evitar céu estourado em dias ensolarados.
A ultra-wide captura muito mais dos cenários e entrega cores próximas da câmera principal. Há um pouco de distorção nos cantos e nitidez inferior, mas o que estiver no centro da imagem apresenta detalhes suficientes sem sofrer com excesso de contraste como é comum em intermediários.
O M32 até consegue registrar fotos decentes à noite com poucos ruídos e perda aceitável de nitidez, desde que use a câmera principal. As limitações da ultra-wide já ficam mais evidentes. Há modo noturno para deixar as fotos mais claras em troca de um pouco mais de ruídos, o que pode ser útil para evitar perder muitos detalhes para sombras em locais mais escuros.
A macro é a mais fraca do conjunto. A resolução baixa dificulta na captura de imagens nítidas e a falta de foco automático não permite chegar muito perto do que deseja fotografar. A de desfoque funciona bem e apresenta poucos erros em cenários mais complexos. É bom ver que o HDR não é desativado, apesar das fotos normalmente saírem um pouco mais escuras.
A frontal acerta nas selfies sem exagerar no pós-processamento para esconder as imperfeições da pele. As cores saem naturais e mesmo com o sol de fundo não terá fotos ofuscadas, o faz o M32 ser um bom celular para fotografar ao pôr do sol. À noite temos queda considerável na qualidade, mas ainda aceitável para a categoria. O modo retrato funciona bem com efeito convincente e com poucos erros.
É uma pena que o M32 não grave vídeos em 4K. Você pode filmar em Full HD a 30 fps com a câmera principal, a ultra-wide e frontal. A diferença é que a principal tem melhor estabilização e foco ágil, enquanto as demais possuem foco fixo. A frontal sofre com excesso de luz de fundo, mas você sairá bem nos vídeos assim como acontece nas selfies. Filmar à noite com o M32 pode ser mais complicado, sendo necessário ficar próximo de uma fonte de luz. O áudio capturado é um pouco abafado, mas não sofre com ruído de vento.
O Galaxy M32 é mais um da linha M que não veio com a One UI Core, a versão mais capada da interface da Samsung. Desta forma, aqui você encontra os mesmos recursos presentes no A32 e demais modelos da linha A. Ele sai da caixa com Android 11 e no momento que testamos não estava com pacote de segurança muito atual.
Há o Tela Edge para ter vários atalhos de qualquer lugar do sistema, assim como é possível configurar um atalho para o botão de energia ao apertá-lo duas vezes. O sistema em si tem fluidez razoável, mas poderia ser melhor para um aparelho com tela de 90 Hz. Pelo menos a Samsung tenta compensar com o maior suporte a updates comparado à Motorola e Xiaomi.
Como deu para ver, o M32 tem muito em comum com o A32. Ele é mais rápido no uso com vários apps, tem ultra-wide mais equilibrada com a principal e foco mais ágil. Por outro lado, o A32 entregou mais bateria, tem som mais equilibrado e melhor câmera macro. Eles são tão próximos que acaba rolando uma grande rivalidade dentro do próprio catálogo da Samsung.
E qual o seu maior rival da concorrência? O Moto G30 é a opção da Motorola com tela de 90 Hz, porém vem com painel IPS com brilho inferior e contraste mais limitado. Ele é mais lento no uso com vários apps e sua bateria também rende menos, além de demorar mais para recarregar. Em câmera é mais limitado, também sem a possibilidade de gravar em 4K.
Se você busca ainda mais bateria, há o C25 da realme. Ele é o nosso atual campeão em autonomia, mas tem tela de apenas 60 Hz e entrega desempenho inferior. Suas câmeras também são inferiores às do Galaxy M32.
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