A linha Galaxy Note é a divisão de smartphones mais potentes da Samsung, que geralmente apresenta novos processadores e recursos que chegarão aos outros dispositivos no ano seguinte. Desta vez o Galaxy Note 5 incorporou mudanças que chegaram com a linha S e mudou drasticamente seu visual. Por dentro, há um processador de oito núcleos da própria Samsung, que roda com 4 GB de memória RAM e que está protegido por um corpo que é misto de metal e alumínio, em um conjunto bastante bonito - além de colocar metal na S Pen, deixando a canetinha com mais cara de coisa chique.
A embalagem segue o mesmo que já vimos nos aparelhos mais recentes, com um papelão fino, quase sem textura e que lembra material reciclado - mas não é. Abrindo a caixa encontramos o celular, uma bandeja com a ferramenta para extração do Nano-SIM, material promocional e manuais de instrução, junto de uma organização de acessórios que lembra bastante a Apple. A inspiração é tão grande, que a Samsung colocou o fone de ouvido em uma caixinha própria, junto do cabo USB mais abaixo e o carregador de tomada.
Esta mudança realmente mostra de onde vem parte da inspiração da marca sul-coreana, mas ao mesmo tempo deixa tudo mais organizado e sem as divisões de papelão, que estavam até a geração passada do Note e que ficavam amassadas com facilidade.
O corpo do Galaxy Note 5 é feito em um misto de metal com vidro, deixando de lado - FINALMENTE - o plástico que estava até a versão 4 do phablet. Ele recebeu curvas e linhas que lembram muito a linha S, mas mantendo uma cara mais quadradona que sempre esteve neste modelo. Na frente há uma tela Super AMOLED de 5,7 polegadas, com resolução de 2560 x 1440 pixels, densidade aproximada de 518 pixels por polegada e que preenche 75,9% da frente do celular. Ainda por aqui está o leitor de impressões digitais (que evoluiu junto da linha S e agora não exige mais que você "raspe" o dedo por ele, é só encostar e pronto), sensores de luz, proximidade e uma câmera frontal que trabalha com 5 megapixels - e com lente de maior ângulo de visão, que coloca mais gente na mesma selfie.
Do lado direito está o botão liga/desliga e do outro lado ficam os controles de volume. Acima está a gaveta que serve apenas para encaixar o Nano-SIM, junto do microfone secundário. Abaixo ficam as entradas para fone de ouvio, cabo microUSB, alto-falante e o alojamento da caneta S Pen, que pode causar um dano quase que irreversível - não tente, de forma alguma, colocar a caneta ao contrário (com a ponta para fora e o botão de ejeção para dentro). Se você fizer isso, ela trava e dificilmente sairá, perdendo por completo sua função e danificando o visual do aparelho. Sério, não tente. O que assusta é: até o Galaxy Note 4 a Samsung colocava uma espécie de trava na caneta e que impedia a inserção ao contrário, algo que não existe neste modelo. Poxa Samsung!
Atrás fica a câmera de 16 megapixels, capaz de filmar em 4K e que convive com o leitor de batimentos cardíacos e o flash LED, logo ao lado. A traseira é em vidro e ganhou as curvaturas da tela do Galaxy S6 Edge, que não faz muito sentido ao primeiro olhar, mas que ajuda na hora de encaixar nas mãos. Fica mais confortável.
A bateria conta com 3.000mAh e você consegue saber mais sobre sua autonomia, clicando aqui .
Ok, temos uma traseira levemente curvada nas bordas e isso ajuda bastante na pegada, mas está longe de resolver o problema de um aparelho grande. Ele é grande, tipo phablet que você está acostumado a ver e fica complicado usar a tela com apenas uma mão. O que me chamou atenção na pegada não foi bem a curvatura das laterais, mas sim que o vidro não escorrega como um vidro deveria fazer - ponto positivo, Samsung!
Suas dimensões são de 153 milímetros de altura, por 76 de largura e 7,6 milímetros de espessura, tudo isso somado aos 171 gramas de peso total. São números de um aparelho que é fino, mas não é tão leve assim e que vai fazer volume em um bolso mais apertado.
Do lado de dentro está um processador parrudo, mas que já vimos em outro aparelho (no S6), que é um Exynos 7420 rodando oito núcleos de 64 bits, sendo quatro em 1.5 GHz e outros quatro em 2.1 GHz, acompanhados de 4 GB de memória RAM e 32 GB de memória interna (com 24,9 GB livres para o usuário e que não podem receber ajuda de um microSD, já que a memória externa foi abolida daqui). Tudo isso significa que o desempenho deste cara é veloz, extremamente veloz e lida com facilidade quando há mais de um app aberto ao mesmo tempo. Eu consegui rodar até 10 deles, sem perceber queda na velocidade de transição de telas.
O mesmo Android modificado pela Samsung que está no Note 5, está nos aparelhos mais recentes da linha S, só que com algumas mudanças para adicionar recursos para a S Pen. Focando o papo nela, temos algumas ações que podem ser realizadas logo quando você retira a caneta de seu pequenino buraco:
É só puxar a caneta com a tela desligada/bloqueada e escrever no display, que uma "tinta branca" preenche todo o display e permite anotações rápidas. Este recurso é novo e garante que você possa sair anotando tudo, sem a necessidade de colocar a senha para desbloquear o display para, só depois, anotar.
Além destas três funções, é possível adicionar alguns atalhos na lista de possibilidades e este atalho pode ser pra qualquer app instalado no aparelho - ou até mesmo para abrir o menu de configurações, por exemplo.
O Android que controla tudo isso está na versão 5.1.1 e fica com a famigerada TouchWiz por cima, que ficou famosa por ser extremamente pesada e lenta, acabando com o desempenho do hardware que a Samsung sabe fazer - ela faz muito hardware para muito concorrente, como a própria Apple. Porém, desde o Galaxy S6, os sul-coreanos mostraram que aprenderam com a enxurrada de comentários negativos sobre sua interface, que deixaram alguns pontos mais leves e diminuíram a quantidade absurda de apps pré-instalados.
O aparelho continua bem longe do Android puro que a Motorola utiliza, mas o hardware ficou potente ao ponto em que a TouchWiz já não é um problema - graças ao UFS 2.0, sistema de arquivos que a Samsung utiliza e que agiliza bastante toda a leitura e escrita de dados na memória interna, além de trabalhar junto dos 4 GB de memória RAM. Na parte de apps pré-instalados, temos seis apps da Microsoft (Word, Excel, PowerPoint, OneNote, OneDrive e Skype), 12 apps do Google, três de redes sociais (Facebook, Instagram e Messenger) e mais 29 apps, sendo que o total gira em 50 apps. Os que valem a pena, são:
Na parte de apps desnecessários e que poderiam sumir daqui, temos o assistente de voz S Voice (que perde feio para o Google Now, que já está instalado no Note 5), navegador da Samsung (com recursos inferiores ao Chrome, também já presente no aparelho) e a tela do Flipboard, que seria mais interessante ter o Google Now Launcher nesta tela, do que notícias de fontes que você não pode adicionar ou remover.
Ah, se você curte benchmarks, aqui vão três deles:
A GPU que controla toda a parte gráfica é uma Mali-T760MP8, que trabalhando em conjunto com o processador e os 4 GB de memória RAM, consegue entregar um desempenho em games espetacular. Qualquer coisa que você quiser rodar aqui, desde os simples Angry Birds e Candy Crush, indo até para os pesados Asphalt 8 e Real Racing 3, vai rodar bem. Os jogos mais pesados rodaram com todos os gráficos no máximo e sem qualquer engasgo do sistema operacional, mesmo quando estavam muitos carros na mesma cena.
A Samsung é uma das melhores fabricantes de smartphones com boas câmeras, entregando não somente ótima experiência em fotos, mas também uma forma muito veloz de capturar estes momentos. O Galaxy S6 me surpreendeu com a velocidade de captura das fotos, com o trabalho do HDR e na reprodução de cores e, no Note 5, a história se repete. O sensor continua com os 16 megapixels de modelos deste ano, com abertura de f/1.9 e estabilização ótica de imagem, que resultam em fotos com ótima qualidade nas cores, nos detalhes e ruído quase que inexistente mesmo em fotos noturnas.
Definitivamente a Samsung tem o melhor sensor de câmera em smartphones, deixando a bem falada Microsoft (Nokia) de lado e indo para o esquecimento.
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