A Samsung é uma das maiores empresas quando o assunto é celular, mas também é uma das mais conhecidas por inundar o mercado com modelos extremamente semelhantes e que confundem a cabeça do usuário. Em 2015 a marca prometeu diminuir a quantidade de Galaxies novos, mas não foi bem isso que aconteceu e o Galaxy On7 é mais um aparelho de médio custo da marca sul-coreana, com processador quad-core, tela grande, botão físico na frente e que vem com o mesmo visual de tantos outros smartphones. A diferença? Ele só é vendido em sites, nada de loja física - por isso do "On", no nome.
A embalagem é a mesma que já vimos em smartphones de outros momentos e da mesma marca, só que focando nos mais recentes. Temos por aqui um papelão bem fino, com visual minimalista e que apresenta apenas o nome do modelo e algumas informações sobre o dispositivo. Abrindo o pacote você encontra o smartphone, material impresso, carregador de tomada, cabo de dados USB e um fone de ouvido que está longe de ser confortável, mas que quebra o galho por ser "de graça".
Do lado de fora pouca coisa difere o Galaxy On7 de outros modelos, já que ele mantém o mesmo visual com cantos levemente curvados, plástico que imita metal nas bordas e traseira texturizada, só que desta vez em uma textura que lembra (muito) o couro, algo bem próximo do que já vimo no Galaxy Note 4. Na parte da frente você encontra uma tela LDC TFT de 5.5 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels, densidade aproximada de 267 pixels por polegada e que é capaz de reproduzir bem as cores - para um TFT. Em ângulos maiores a tonalidade das cores acaba se perdendo de forma bem mais intensa do que o que acontece em displays IPS, ou mesmo nos AMOLED. Ainda na frente está o botão físico central (que a Samsung insiste em manter, sendo uma das únicas fabricantes do mercado que ainda utiliza este tipo de interação), sensor de proximidade e uma câmera frontal de 5 megapixels e abertura f/2.2, que é quase a mesma abertura que você encontra lá na câmera traseira.
Do lado esquerdo estão os controles de volume, com botão liga/desliga do outro lado. Abaixo estão as entradas microUSB e para fone de ouvido, com nada do outro lado. Atrás, em um plástico que já foi mais fino e agora é mais resistente, temos a câmera traseira com seus 13 megapixels, abertura de f/2.1 e que é capaz de filmar em até Full HD, com 30 quadros por segundo. Ao lado dela está o alto-falante e também o LED para flash.
Por dentro ficam as duas entradas para SIM card e outra, para cartões microSD de até 128 GB. A bateria é removível e conta com 3.000mAh de capacidade, bem gerenciadas pelo sistema operacional e que garantem um dia inteiro de uso moderado. Em meus testes, fiquei durante um dia inteiro com o aparelho no bolso e como smartphone principal, saindo da tomada às 8 da manhã e voltando para casa por perto das 19h, com aproximadamente 20% de carga restante. Dá pra voltar pra casa, ir pro bar e carregar novamente só depois do retorno.
Temos por aqui um aparelho grande, que como qualquer smartphone grande de qualquer fabricante, é grande demais para mãos pequenas - até mesmo para mãos que não são tão pequenas assim, mas que enfrentam dificuldades para operar o conjunto com apenas uma mão. O aproveitamento de tela é de 70,9% da frente do dispositivo, o que é bom sinal - afinal, mais tela na frente do aparelho significa, obrigatoriamente bordas mais finas e isso é visível na frente do aparelho. Com dimensões de 15,1 centímetros de altura, por 7,7 centímetros de largura e 0,8 centímetro de espessura, junto dos 172 gramas de peso total, temos um verdadeiro phablet que vai ocupar espaço no seu bolso e até mesmo em uma bolsa que não desfruta de muito espaço.
A Samsung escolheu a versão 5.1.1 do Android para rodar aqui, que é a versão mais atual do sistema operacional do Google no momento de seu lançamento. Ela roda abaixo da famigerada TouchWiz, que não está com visual sem tantas texturas, como em aparelhos mais parrudos, mas que entrega uma sensação de modernidade. A quantidade de porcarias pré-instaladas diminuiu bastante e isso pode ter ocorrido por conta da memória interna bastante limitada. Por aqui são 37 apps pré-instalados, há app até para o que o Google já faz nativamente no Android, como é ocaso do aplicativo de roteador, função que você ativa de forma nativa na área de comunicações, dentro dos ajustes do aparelho. Felizmente é possível desinstalar a grande maioria deles, mas o espaço do apk (instalador dos apps) continua ocupando a memória interna. Outro app que existe por aqui e deveria morrer, é o navegador da Samsung. Ele é bom, mas perde feio em funções e capacidades quando comparado com o Chrome, que também está por aqui e pronto para o uso.
São 8 GB de espaço, com pouco mais de 4 GB livres para o usuário. Ter uma dupla de navegadores que não podem ser desinstalados, nem mesmo escolher qual dos dois ficará no aparelho, é bastante doloroso para a capacidade de instalação de apps do dispositivo.
As animações são fluidas, sem engasgos quando você está com menos de cinco aplicativos abertos ao mesmo tempo. O processador é um Qualcomm MSM8916 Snapdragon 410 que roda quatro núcleos em 1.2 GHz, acompanhado de 1.5 GB de memória RAM e Adreno 306 fazendo o papel da placa gráfica, conjunto que é responsável pela fluidez, mesmo na pesada TouchWiz.
As funções extras que a interface alterada coloca são bem bacanas, como tocar duas vezes no botão de início para chamar a câmera (mesmo com a tela bloqueada), modo fácil para crianças ou idosos (apenas alguns ícones ficam na tela, bem grandes) e há uma solução da Samsung para recarregar crédito de quem tem linha pré-paga no smartphone. Como estamos com um modelo mais simples, não há ações por gestos para controlar recursos como reprodução de mídia ou colocar o aparelho em modo silencioso.
Por fim, há um app chamado Gerenciador Inteligente, que promete limpar a memória RAM, ficar de olho no nível da bateria e sugerir os modos de economia de energia, excluir dados temporários e desnecessários, junto da solução da Intel para proteção contra malwares (desnecessário, de verdade).
Ah, para vocês que gostam de benchmarks:
A GPU que trabalha no Galaxy On7 é uma Adreno 306, versão atualizada da 305 que equipava os smartphones com Snapdragon 400. Mesmo com uma boa GPU, o On7 não é o dispositivo para games que você espera com todo o poder do mundo, mas ele foi capaz de rodar Real Racing 3 com os gráficos pouco reduzidos e sem demonstrar muitos travamentos ou dificuldades na execução do título. Jogos mais leves apresentam bom desempenho. Ah, claro, mantive as configurações sugeridas, para garantir um desempenho estável, fluido e sem engasgos.
A câmera deste modelo conta com um sensor de 13 megapixels, mas que consegue trabalhar de forma muito semelhante ao que o Galaxy S5 ou o mais próximo, que é o Galaxy A5, conseguiu. Temos uma semelhança muito grande na reprodução de cores, detalhes e na profundidade de campo (é possível embaçar o fundo com facilidade, deixando apenas a frente em foco). A câmera frontal, que é um dos chamarizes do celular, entrega 5 megapixels e é mais do que suficiente para qualquer app de chamadas de vídeo, além de garantir boas selfies. Elas, as selfies, ganham uma ajuda de uma lente grande angular que permite mais pessoas na mesma foto, ou impede que o amigo do lado fique com o braço de fora da foto.
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