A Samsung é uma das empresas que mais adota a forma de criar versões extras de um smartphone topo de linha. A Galaxy S5 Mini entra justamente neste meio e fica justamente como um dos aparelhos que herdou alguma coisa de seu irmão mais velho - que infelizmente deixa de lado grande parte do desempenho. Por dentro temos um processador Exynos 3 Quad 3470 que roda quatro núcleos em 1.4 GHz, com 1,5 GB de memória RAM e uma GPU Mali-400MP4. São detalhes que passam longe do S5 grande, que foi lançado no começo de 2014. A embalagem segue um padrão visual bastante semelhante ao que já vimos em modelos mais recentes da marca - ou seja, um papelão fino que imita a textura da madeira.
Por dentro há o aparelho deitado em uma pequena cama, com manuais de instruções logo abaixo, fone de ouvido intra auricular, cabo de dados microUSB com ponta USB, carregador de tomada com porta USB e um pacote de borrachas sobressalentes para o fone.
Enquanto a parte interna do S5 Mini não tem muito de seu irmão mais velho, a carcaça que envolve o hardware tem um visual muito semelhante ao Galaxy S5 - só que em menores proporções. Na parte da frente temos uma tela Super AMOLED de 4,5 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels, densidade aproximada de 326 pixels por polegada, câmera frontal de 2,1 megapixels e a mesma configuração de botões e sensores de outros aparelhos da marca.
Do lado direito fica o botão de liga/desliga, enquanto do outro lado temos os botões que controlam o volume.
Abaixo está a entrada microUSB 2.0, com microfone principal e, logo acima, ficam o microfone secundário, saída infra vermelho e entrada para fones de ouvido.
Atrás a Samsung reservou um espaço para a câmera de 8 megapixels, leitor de batimentos cardíacos, flash LED e um alto-falante logo abaixo. Abrindo a tampa temos a bateria de 2.100mAh que dura até 47 horas de reprodução de música, 10 horas de conversa no telefone e aproximadamente um dia inteiro de uso moderado. Junto dela estão duas entradas para chip da operadora e uma para cartões microSD de até 64 GB. Toda a parte traseira conta com proteção para garantir que o smartphone possa mergulhar em até um metro de profundidade por 30 minutos - em água doce.
O Galaxy S5 Mini é um aparelho bem compacto, exatamente da mesma forma como o próprio nome propõe. A parte traseira conta com plástico levemente emborrachado e isso garante uma pegada ainda mais confortável (já que com tamanho diminuto, até mãos pequenas sentem segurança ao utilizar o smartphone). Em números temos um corpo de 131,1 milímetros de altura, por 64,8 milímetros de largura e 9,1 milímetros de espessura, tudo isso somado aos 120 gramas de peso total - já com a bateria instalada.
Estes números relevam um aparelho bastante compacto, leve e que não vai disputar muito do espaço que está dentro de uma bolsa feminina, ou então de uma mochila recheada de livros e cadernos.
O Android que está por aqui segue exatamente a mesma linha de renovação, quando olhamos para a interface TouchWiz, que a Samsung entregou junto do Galaxy S5. A tela inicial conta com cores chapadas, pouca textura e uma sensação de que ela não está tão lenta como costumava ser - mas ainda é bem menos fluida do que o Android puro, ou a interface que a Motorola utiliza em seus dispositivos. De início você encontra três telas iniciais, que encaixam todos os widgets e atalhos do sistema - e que pode crescer até sete delas, basta fazer um movimento de pinça e ajustar a quantidade e posição delas.
A TouchWiz continua presente, pesada e bastante poluída visualmente. Ela evoluiu bastante e deixou de ser uma pedra enorme no sapato do hardware, mas ainda consome boa parte do poder de fogo e impede que o sistema rode tão bem como poderia rodar, se trabalhasse sozinho. De fábrica há uma série de apps pré-instaldados, como é o caso do Dropbox, Evernote, Flipboard, Bejeweled 2, Fazenda Verde 3, Modern Combat 4, Kingdoms and Lords, Monopoly Millionaire, Need for Speed Most Wanted e o jogo Uno. Da Samsung há um gravador de voz, o assistente S Voice, a loja de apps Samsung Apps e uma agenda de compromissos criada pela fabricante sul-coreana. O pior de tudo, é que os apps não podem ser desinstalados (nem mesmo aqueles que ainda não foram baixados e estão na lista de apps, pra te lembrar que a fabricante te obriga a gastar espaço na memória com algo que pode não te agradar. Você pode "desativar", mas não desinstalar e, assim, ganhar espaço interno.
O sistema operacional até que roda bem, na versão 4.4.2 e sem previsão para novo update do Android. Alguns recursos que estão presentes por aqui vieram de aparelhos mais caros, como a possibilidade de leitura dos batimentos cardíacos no dedo, ou então o leitor de impressões digitais que fica no botão que leva para a tela inicial. Junto disso temos ainda soluções bem agressivas para economia de energia (como deixa o aparelho em preto e branco) e sensores que são capazes de pausar um vídeo que está sendo reproduzido, quando o usuário não olha para a tela.
O navegador é o Chrome, sendo que há um navegador da Samsung instalado - que poderia ser removido, para manter apenas um browser. Ambos os navegadores cumprem muito bem o que devem (navegar em sites), mas o Chrome sai na frente ao oferecer sincronia entre outros dispositivos - seja ele um Android, iOS ou até o computador de casa.
A Samsung colocou, por dentro do S5 Mini, um hardware muito inferior ao S5 grande e isso resulta em um desempenho muito inferior para games, mesmo para os mais leves. Testamos o pesado Asphalt 8, que rodou com taxa de quadros por segundo visivelmente inferior aos 30 fps, o que deixa a jogatina menos fluida e mais engasgada. A culpa disso está na GPU Mali-400MP4, que é apenas uma atualização da mesma placa gráfica que foi inserida, pela primeira vez, no Galaxy S2.
O player de músicas segue o mesmo padrão encontrado em outros aparelhos da Samsung. Ele reproduz qualquer arquivo MP3, de qualquer tamanho e ainda entrega melhorias no áudio e uma forma de escolher a música de acordo com seu humor - dá pra escolher músicas mais animadas, calmas e até músicas apaixonantes.
O tocador de vídeos, mais simples, roda arquivos Full HD sem problemas. Sem muito extra para o usuário, o app permite que um vídeo fique em uma janela flutuante, enquanto é executado e passeia acima de qualquer app aberto. É um recurso bacana, mas que faz mais sentido em um tablet - por conta da tela maior.
Mais uma vez temos redução drástica na diferença entre o Galaxy S5 grande e este pequenino, que é a capacidade de tirar fotos com o dispositivo. A resolução de imagens baixou para 8 megapixels e a qualidade do sensor baixou junto, mas ainda assim é pouco acima de seus principais concorrentes. As fotos tiradas em boas condições de luz saem com muitos detalhes, enquanto fotos noturnas entregam quantidade razoável de brilho entrando - no modo HDR, que leva segundos para tirar uma foto e, se você não tiver mãos firmes, borrará a maioria das fotos.
Para vídeos, é possível filmar em até 1080p, com 30 quadros por segundo e com qualidade que lembra bastante os resultados que temos em fotos. O áudio não é gravado em estéreo.
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