A embalagem do Xperia L1 segue o mesmo padrão adotado em outros modelos lançados nos últimos meses pela empresa, sendo predominantemente na cor branca e com o nome "Xperia" em sua parte frontal, bem como um enorme "X" (que pode causar alguma confusão já que este não é um aparelho da linha Xperia X).
Os poucos acessórios inclusos na caixa estão bem organizados, contando com divisórias para que não fiquem "jogados" lá dentro como fazem várias companhias. Ainda assim, temos um conjunto bem escasso de itens, sendo encontrado apenas um carregador com corrente de saída de míseros 0,85A e um cabo USB-C, que é o grande diferencial do modelo frente a rivais.
Caso você nunca tenha usado um smartphone antes, há também um guia rápido para que você se situe melhor, onde são explicados alguns pontos básicos sobre o dispositivo.
Passando então ao design, temos linhas bastante retas, com seu corpo sendo construído em peça única de policarbonato. O aparelho não tem o melhor aproveitamento frontal do mundo, mas é bem menor que modelos como iPhone 7 Plus e Zenfone 3 Zoom, por exemplo, mesmo tendo também um display de 5,5 polegadas.
Em números, temos 151 mm de altura por 74 de largura, e 8,7 de espessura. Ele também não é nada leve, com 180 gramas, o que é curioso já que temos uma bateria de apenas 2.620 mAh.
De uma maneira geral o Xperia L1 não incomoda ao ser utilizado, exceto é claro se você possuir mãos pequenas, já que por ser um modelo relativamente grande e bem mais pesado que vários de seus concorrentes diretos pode ser complicado usá-lo em locais como ônibus lotado, por exemplo. Ainda assim, ele não marca tanto a calça e as laterais arredondadas ajudam na pegada, sendo preciso ficar esperto apenas porque ele é bastante liso, e isso pode acarretar em algumas quedas acidentais.
Na lateral direita temos os botões de volume e energia, não sendo adotado pela Sony um botão dedicado para câmera neste modelo. Na lateral esquerda fica a gaveta onde você pode inserir dois chips nano-SIM e um cartão microSD de até 256 GB, o que é um alento já que ele tem apenas 16 GB de espaço interno para apps e dados. Sobre a gaveta, se você não tiver unha grande é bom já procurar alguma ferramenta para puxar a bandeja dos chips, porque ela não é do tipo que você empurra para que seja ejetada.
Na parte de baixo temos a porta USB-C, o microfone principal para chamadas e a saída do alto-falante, que em nossos testes se mostrou com bom volume e qualidade acima do esperado para seu nicho, mas nada surpreendente. Por fim, na lateral superior ficam a porta P2 para fones de ouvido e um segundo microfone para cancelamento de ruído.
Na parte de trás fica a câmera principal de 13 megapixels com abertura f/2.2 e seu flash LED único. Na parte frontal temos a câmera de 5 megapixels, também com abertura f/2.2, o alto-falante para chamadas e um pequeno LED RGB para notificações.
Com relação à tela do Xperia L1, temos um painel IPS LCD de 5,5 polegadas com resolução HD (720 x 1280 pixels), o que confere ao aparelho a densidade aproximada de 267 ppi. A resolução "baixa" para o tamanho do display não deve incomodar, a menos que você fique com o rosto a menos de 10 centímetros de distância do painel o tempo inteiro, o que é bem pouco provável.
Em nossos testes , inclusive, o Xperia L1 se saiu muito bem nos mais variados ambientes, conseguindo entregar uma visualização confortável em ambientes externos e também internos, pecando talvez um pouco apenas em locais noturnos já que seu brilho mínimo é um pouco mais alto do que temos em alguns rivais.
Em números, tivemos um brilho máximo de 512 lux com uma imagem branca sendo exibida, enquanto o brilho mínimo com a mesma imagem foi de 5 lux. Com uma imagem preta, tivemos brilho máximo dos mesmos 5 lux, e brilho mínimo de 0.
Chegando ao desempenho, temos um chipset Mediatek MT6737T com quatro núcleos a até 1,4 GHz, além da GPU ARM Mali-T720 MP2, 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento interno, expansível via microSD. Como mencionado antes, é um conjunto mais voltado ao nicho de entrada do que intermediário em si, não sendo nada condizente com o valor de R$ 1.200 cobrado oficialmente pela empresa.
Isto foi visto em nosso teste prático , onde o aparelho levou 1 minuto e 46 segundos para abrir todos os aplicativos e retornar ao cronômetro, precisando de outros 1 minuto e 11 segundos para que os apps fossem reabertos, e totalizando assim 2 minutos e 57 segundos. Com isso, ele fica bem atrás de modelos como LG K10 Pro e Moto G5 Plus, por exemplo, que figuram em sua mesma faixa de preço.
Nos testes teóricos de benchmark, tivemos:
No teste prático com jogos, foi usado como sempre nosso fiel companheiro GameBench para medir a taxa de quadros por segundo. O Xperia L1 sofreu bastante logo no primeiro título testado, conseguindo a fraca média de 21 fps, o que demonstra que sua placa gráfica não é exatamente a mais indicada para uma tela HD. Como o jogo foi executado no máximo, é possível reduzir as texturas para conseguir algo mais fluido.
A situação no Modern Combat 5 já foi bem mais inspiradora, sendo marcada a média de 30 fps, que obviamente terá uma queda em momentos mais dinâmicos mas no geral não chega a incomodar, mesmo que também tenha sido rodado com a qualidade máxima.
Por fim, no Subway Surfers, conseguimos a média de 59 fps, mais uma vez demonstrando que dependendo do título você poderá ter uma experiência bem bacana com o Xperia L1.
Com tudo isso, podemos dizer que para quem busca navegar na internet, acessar redes sociais e jogar um ou outro jogo esporadicamente o Xperia L1 não deve deixar a desejar, mesmo que seu desempenho em multitasking não seja dos melhores e ele não apresente uma fluidez tão notável em títulos mais pesados.
Falando sobre o software, temos uma interface customizada pela própria Sony sobre o Android 7.0 Nougat, que apresenta vez ou outra algum atraso nas animações por causa de seu hardware limitado. Ainda asism, o sistema é fluido na maior parte do tempo, contando com otimizações importantes como uso de temas e outras opções de customização, bem como alguns apps nativos da própria marca que substituem as soluções entregues pela Google.
Aqui, é notada a falta de um leitor biométrico, o que para a faixa de preço em que ele é vendido pode desencorajar muita gente.
Falando sobre as câmeras, como mencionado anteriormente, temos um sensor principal de 13 megapixels e outro frontal de 5 megapixels, ambos com abertura f/2.2. O app de câmera usado pela Sony é bastante limpo e direto, contando com modo manual para ajustes mais aprofundados e alguns filtros para tornar as fotos mais divertidas, além é claro de vários parâmetros que podem ser configurados para deixar tudo da maneira que mais vai ao encontro de seu gosto pessoal. A câmera frontal é bastante limitada em funções, contando apenas com alguns gestos e comandos de voz para facilitar suas selfies.
Com relação às imagens capturadas , o teste feito com o aparelho no modo automático o colocou na terceira colocação de nosso comparativo cego, lembrando que os votos foram dados pelos próprios leitores do TudoCelular. Isto na verdade não surpreendeu, já que a câmera do Xperia L1 até apresenta boas fotos de uma maneira geral, mas não chega a se destacar frente a outros intermediários.
O grande ponto fraco aqui, contudo, está na câmera frontal, que mesmo em ambientes internos com boa iluminação acaba capturando imagens bem escuros e com uma redução de ruídos que atinge diretamente nos detalhes da imagem.
Sobre os vídeos, tanto a câmera principal quanto a câmera frontal gravam em até Full HD a 30 quadros por segundo, o que deve ser suficiente para a maioria.
Falando sobre a bateria, temos um componente de 2.620 mAh, o que desde o início não inspirou muita confiança se levarmos em conta o conjunto de specs do aparelho.
Em nossos testes , conseguimos algo em torno de 33% após uma hora conectado à tomada com o pífio carregador de 0,85 A, sendo necessárias longas 3 horas e 23 minutos para que a carga fosse totalmente preenchida. Em consumo, conseguimos 10 horas e 43 minutos de reprodução de vídeos, 3 horas e 39 minutos de gravação de vídeos, 3 horas 38 minutos de chamadas de vídeo pelo Skype, usando rede Wi-Fi, e 11 horas e 4 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis.
Com tudo isso, é inegável que o Xperia L1 não é o mais indicado para usuários com um padrão de uso mais intenso, pois nesse caso é praticamente certo que você ficará sem carga antes do final do dia.
Confira abaixo um resumo dos resultados obtidos:
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