Começando pela caixa , teremos exatamente o mesmo já visto em todos os demais modelos lançados pela Sony nos últimos meses por aqui. Ela é feita em materiais razoáveis e que devem ajudar a proteger o aparelho durante o transporte, contando com algumas informações sobre ele na parte traseira e divisórias para organizar os acessórios no compartimento mais abaixo.
Abrindo, temos o Xperia XA1 Ultra logo de cara, sendo este modelo cedido para nós na cor preta, mas ele podendo ser adquirido também em branco ou dourado, garantindo assim que os usuários possam escolher aquele que mais vai ao encontro de suas preferências pessoais. Vale notar que uma versão em rosa também aparece no site oficial, porém ainda não há informações sobre sua venda no Brasil.
Abaixo do aparelho, temos os tradicionais manuais e guia rápido, que muita gente provavelmente vai ignorar. Além deles, temos um carregador de tomada no padrão de dois pinos com porta USB e saída de 1,5A, e um cabo USB-C para transferência de dados e para carregar o dispositivo. O exemplar enviado a nós não contava com fones de ouvido em sua embalagem, o que infelizmente nos impediu de testá-lo, porém o modelo comercial inclui o acessório.
Partindo então para o Xperia XA1 Ultra em si, temos um aparelho bem grandalhão, mas elegante. Ele possui 165 mm de altura por 79 mm de largura, não sendo nada fino, com 8,1 mm, e também nem um pouco leve, com 188 gramas, mesmo que sua bateria tenha apenas 2.700 mAh. Seu corpo mescla elementos de metal e plástico, passando uma pegada bacana para um modelo tão grande mas podendo incomodar um pouco por causa das quinas bem retas e do corpo liso, sendo recomentado o uso de uma capinha para melhorar nisso.
Na lateral esquerda do aparelho temos sua gaveta onde podem ser alocados dois chips nano-SIM e um cartão microSD de até 256 GB, sendo a gaveta naquele mesmo estilo adotado pela Sony em outros aparelhos. Na lateral direita ficam os botões de volume e energia, bem como a tecla dedicada para a câmera que continua como um ótimo diferencial. Como você deve ter percebido, nada de leitor de impressões digitais por aqui. Pois é, um intermediário de mais de R$ 2 mil sem leitor de digitais em pleno segundo semestre de 2017.
Na parte de baixo ficam a porta USB-C para transferência de dados e carregamento do aparelho e a saída do alto-falante para multimídia, apesar deste aparentar ser na parte frontal. Acima, temos a porta P2 para fones de ouvido e o microfone secundário para cancelamento de ruído, com o microfone principal para chamadas ficando na extremidade inferior do painel frontal, onde muita gente pode achar que fica uma segunda saída de som.
Olhando para a traseira do Xperia XA1 Ultra, temos sua câmera principal e o LED para flash, ficando no painel frontal a sua câmera de selfies, mais um LED para flash, o alto-falante de chamadas e um LED RGB para notificações.
Passando então para a tela do Xperia XA1 Ultra, temos certamente um dos pontos mais positivos do aparelho. O enorme display IPS LCD de 6 polegadas com resolução Full HD entrega uma densidade aproximada de 367 ppi, o que pode parecer pouco para os padrões atuais mas já deve ser mais do que suficiente, a menos que você queira usar o Xperia XA1 Ultra para assistir conteúdo em óculos de realidade virtual.
Deixando um pouco de lado as especificações, o display do aparelho realmente surpreendeu, conseguindo entregar cores balanceadas e ao mesmo tempo vibrantes, além de um brilho mais do que satisfatório para ambientes externos e ótimo ângulo de visão. O único porém aqui fica no brilho mínimo que é um bocado acima dos rivais, podendo incomodar um pouco em locais escuros.
Em números, temos brilho máximo de 716 lux quando uma imagem branca é exibida, algo que cai para 5 lux com uma imagem preta. O brilho mínimo com imagem branca é de gritantes 34 lux, ainda que o brilho mínimo com a mesma imagem seja de 0 lux.
Falando sobre o desempenho, temos aqui um chipset MediaTek MT6757 Helio P20, que conta com oito núcleos a até 2,3 GHz e GPU ARM Mali-T880 MP2. O Xperia XA1 Ultra tem ainda 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento interno, que como dito antes pode ser expandido via microSD.
Este conjunto se mostrou mais do que suficiente para lidar com a tela Full HD, conseguindo finalizar a primeira etapa de nosso teste prático de abertura de apps em apenas 1 minuto e 14 segundos, e levando apenas outros 23 segundos para retornar todos eles do segundo plano, fechando com tempo total de 1 minuto e 37 segundos.
Em testes de benchmark, tivemos:
Partindo para os jogos, usamos como sempre nosso fiel companheiro GameBench, que permite acompanhar a taxa de quadros por segundo alcançada com o dispositivo. No Asphalt 8, o aparelho da Sony não conseguiu a taxa máxima, sendo marcada uma média de 28 fps. Isto de forma alguma prejudica a experiência geral no jogo, mas pode desagradar aos mais exigentes devido ao preço cobrado pelo aparelho.
No Modern Combat 5 a situação já foi bem melhor, sendo encontrada aqui a média de 37 fps, o que demonstra que o jogo vem sem sua trava de quadros por segundo quando usado em aparelhos com o Helio P20. Vale notar que tanto o Modern Combat 5 quanto o Asphalt 8 foram executados com os gráficos no máximo, então é possível conseguir algo ainda mais fluido ao desabilitar algumas texturas.
Por último, temos o Subway Surfers, que aparece aqui como nosso representante dos títulos mais básicos e casuais. O divertido game de corrida infinita ficou cravado em 60 fps, o que demonstra que fãs de títulos como Clash Royale e Candy Crush não precisam se preocupar com absolutamente nada em termos de performance.
Com tudo isso, podemos dizer que o Xperia XA1 Ultra é uma boa opção para quem quer desempenho fluido nas mais variadas tarefas, não deixando a desejar em nada para outros modelos intermediários lançados entre os anos de 2016 e 2017. Ainda assim, é preciso levar em conta que você não está levando um top de linha para casa, então em tarefas gráficas mais pesadas pode ser notada uma certa diferença na taxa de quadros, mas nada que chegue a comprometer a experiência.
Na parte do software, é embarcado de fábrica o Android 7.0 Nougat. A interface é exatamente a mesma que temos em outros modelos da Sony, contando com uma cara bem mais limpa do que em gerações passadas e poucos apps nativos que substituem as soluções da Google. Felizmente, estes são bem superiores em funcionalidades e visual, como a galeria e o reprodutor de músicas, por exemplo.
Várias áreas do sistema remetem bastante ao Android puro, como a central de notificações e o menu de configurações, mas estão presentes extras importantes para regular melhor a tela, organizar o armazenamento e RAM de maneira mais otimizada, garantir um consumo de bateria mais inteligente e por aí vai, buscando entregar uma experiência de uso bem mais bacana.
Temos ainda alguns temas caso a cara da interface não lhe agrade muito, e um prático modo de uso com apenas uma mão para que você consiga acessar notificações e outros itens que podem ficar longe demais em alguns casos, bastando deslizar o dedo da extremidade inferior-direita para o centro que a mágica acontece.
Eis que chegamos então às câmeras. O sensor principal do Xperia XA1 Ultra tem 23 megapixels, com abertura f/2.0 e flash LED auxiliar. Aqui, entretanto, é a câmera frontal que se sobressai. Para as selfies temos um sensor de 16 megapixels com abertura f/2.0, flash LED, estabilização óptica e autofoco, garantindo que você consiga tirar boas fotos nos mais variados ambientes e condições.
O software de câmera é basicamente o mesmo que temos em tantos outros modelos da Sony com Android Nougat, contando com alguns filtros bacanas, rastreamento de objeto, HDR em vídeo para a câmera traseira e alguns outros extras criativos. A grande mudança aqui está na câmera frontal, que possui vários modos de uso do flash para que você tire o máximo proveito da iluminação em todas as ocasiões, além de gestos para captura das imagens de forma mais intuitiva.
Com relação à qualidade das imagens, vamos começar pela câmera traseira. Aqui, o aparelho da Sony demonstrou um ótimo alcance dinâmico, conseguindo recuperar detalhes tanto nas áreas mais claras quanto nas mais escuras das imagens de maneira muito mais eficiente que a maioria de seus rivais . Ele tende a saturar um pouco demais as cores em alguns casos, mas isso pode ser configurado facilmente no app de câmera do aparelho caso não lhe agrade.
O foco também funciona muito bem na maioria dos casos, sendo uma mão na roda o rastreamento de objeto dependendo do que você for fotografar, já que evita ter que ficar focando várias vezes. Em cenas noturnas, entretanto, ele não é exatamente o melhor que temos na categoria, entregando cores completamente desbalanceadas em alguns casos e baixando demais a exposição em outros, restando aguardarmos para ver se alguma correção de software será liberada para melhorar nisso.
Na câmera frontal, temos realmente algo acima da média em ambientes noturnos, porém durante o dia você dificilmente notará alguma diferença frente a outros modelos nessa faixa de preço. O sistema de estabilização funciona muito bem para evitar fotos tremidas e o autofoco ajuda bastante, mas a grande sacada aqui está provavelmente no modo como o flash é utilizado, já que ao configurá-lo para o modo de retrato noturno você consegue aproveitar bem mais a luz para dar ênfase ao seu rosto.
Passamos então para um dos setores mais polêmicos em vários modelos da Sony há algum tempo: a bateria. O carregador entregue pela empresa consegue carregar cerca de 49% após uma hora conectado à tomada, levando 3 horas para encher completamente os 2.700 mAh, o que é um tempo consideravelmente longo para uma bateria pequena.
Em consumo, tivemos 11 horas e 22 minutos de reprodução de vídeos offline em Full HD, 3 horas e 24 minutos de gravação de vídeos, também em Full HD, 3 horas e 58 minutos de chamadas de vídeo pelo Skype, usando rede Wi-Fi, e 12 horas e 8 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis. Em nosso teste prático conseguimos 16 horas de uso contínuo com o aparelho, sendo executados 10 ciclos e tendo a tela ficado acesa por pouco mais de 7 horas e meia no período.
Resumindo, podemos dizer que o Xperia XA1 Ultra se saiu até melhor do que o esperado para uma bateria tão pequena precisando lidar com um conjunto potente e uma tela enorme, mas caso seu padrão de uso seja mais intenso é bem provável que ele vá ficar sem carga no começo da noite, podendo ser usado um dos muitos modos de economia de energia para ajudar com isso.
Se você deseja apenas acessar redes sociais, navegar na internet e assistir alguns vídeos ou jogar de forma esporádica, o aparelho provavelmente vai aguentar sem problemas até a hora de dormir.
Confira os resultados alcançados no teste prático em tempo real :
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