A caixa mantém o padrão Sony para dispositivos intermediários, sendo um modelo menor que a do XA2 Ultra. Na cor branca, com o nome do dispositivo em destaque e sem muita firula. Na parte de dentro, dispositivo aparece primeiro, com acessórios bem guardados na parte de baixo, separados organizadamente.

Além do Xperia XA2, a caixa comporta o cabo USB para USB C e o adaptador de parede. O modelo de demonstração não tem o fone de ouvido intra-auricular, que também vai acompanhar o produto. Quem comprar no site da fabricante, leva dois fones. Ah sim, tem manual junto com dispositivo e acessórios, ainda.

A Sony não inclui extrator de gaveta de chips porque a remoção desta é fácil, basta puxar com a unha.

Comparado ao Xperia XA1, não há muitas diferenças em design. O acabamento do aparelho é de metal, com a parte da frente toda coberta por vidro com proteção Gorilla Glass 4.

As bordas frontais parecem grandes por conta da ausência de sensores ou botões capacitivos, mas o aproveitamento frontal do aparelho é bom, comparando com o Moto G6, por exemplo, que já tem a tela que ficou conhecida como infinita. O XA2 tem dimensões de 142 x 70 x 9.7 mm, sendo até mais baixo que seu antecessor. O peso é maior, chegando agora a 171 gramas.

A Sony mantém o botão exclusivo da câmera, localizado na lateral direita, onde também se encontram os botões de energia e volume. A entrada de fone de ouvidos fica na parte superior, enquanto na inferior temos o conector USB tipo C e alto falante. Na esquerda, a gaveta de chips, que tem um slot híbrido para colocar um chip ou um cartão micro SD, além de um slot exclusivo para o nano SIM.

A parte traseira tem a câmera, na parte superior central, com o leitor de impressão digital logo abaixo. A fabricante chinesa parece que desistiu totalmente do sensor na lateral, junto ao botão de energia.

A tela do XA2 tem 5,2 polegadas, sendo bem menor que a tela de 6 polegadas do XA2 Ultra. A Sony mantém a proporção 16:9 em seus intermediários, que contam com painéis IPS LCD e resolução Full HD, com densidade aproximada de 424 ppi. O aproveitamento frontal fica em torno de 75% no XA2 - melhor que os 74,4% do Moto G6 Plus.

Quanto ao tamanho menor do display em relação ao XA2 Ultra e também na comparação com seu principal concorrente, é bom saber que isso não afeta a qualidade da exibição de conteúdo, que ainda é boa. O único ponto fraco aqui é o brilho máximo, um pouco fraco para uso na rua, com a luz do sol forte. O brilho mínimo também não é dos mais confortáveis, mas dá para o gasto.

A Xperia UI ainda permite uma série de ajustes, desde modos de cor pré-programados até ajustes finos no balanço de branco. Também dá para trocar a fonte do sistema, assim como o tamanho do texto e uma série de outras personalizações que existem, também, em outros aparelhos Android.

Quanto ao áudio, a qualidade é excelente para a categoria, mas o volume máximo é um pouco baixo. Para escutar em um local menor e mais silencioso, é ótimo. Mas em locais maiores ou com barulho da rua, já é melhor partir para o fone de ouvido.

Assim como o modelo maior, o Xperia XA2 vem com o chipset Snapdragon 630, o mesmo usado, também, no Moto G6 Plus. Porém, ele tem uma desvantagem na quantidade de memória RAM, que é de apenas 3 GB, contra 4 GB nos outros dois citados. O espaço de armazenamento interno também é menor que o XA2 Ultra e que o G6 Plus, de 32GB (contra 64 GB).

Mas isso não foi problema em nosso teste de velocidade . Apesar de ter sido consideravelmente mais lento que o XA2 Ultra, o XA2 foi bem melhor que o G6 Plus, segurando todos os aplicativos na segunda volta e encerrando o teste com 1min35s. Foram 14 segundos a menos que o XA2 Ultra, apenas. E quasse um minuto mais veloz que o rival da Motorola.

Os testes de benchmark comprovam o hardware aqui dentro. Veja abaixo as pontuações nas quatro ferramentas utilizadas pelo TudoCelular:

Com relação aos jogos, a experiência fica dentro do esperado, com boa performance até mesmo para alguns títulos mais pesados, sem precisar reduzir muito a qualidade dos gráficos.

Com uma tela de 5,2 polegadas e bateria com capacidade pouco menor que a do XA2 Ultra, esperávamos que o XA2 oferecesse autonomia até melhor que o modelo maior.

Mas não é bem assim. O XA2 não deixa de oferecer boa duração, mas ficou cerca de quatro horas atrás do resultado do modelo Ultra. Foram 16 horas e meia em nossa simulação de uso real , o que ainda é suficiente para um dia inteiro de uso com uma sobrinha de carga no final. O G6 Plus cravou cerca de uma hora a menos, apenas.

A Sony fabrica os melhores sensores e as melhores lentes do mercado de dispositivos móveis. Mas não acerta em seus próprios dispositivos.

O XA2 Ultra tem câmera com resolução gigantesca, mas a qualidade das imagens não é legal. Com muita luz, o aparelho exagera na exposição e entrega resultados estourados. O equilíbrio entre áreas muito claras e muito escuras também deixa a desejar. E com pouca luz, o nível de ruídos é mais alto que dos concorrentes .

Quem gosta de cores mais frias, vai gostar das fotos do XA2. Mas a qualidade está abaixo dos concorrentes da mesma faixa de preço. As selfies com boa luminosidade são o ponto positivo.

Em vídeos, a estabilização é bem razoável, desde que você evite a resolução 4K. A captação de áudio, ao menos, é boa.

A Xperia UI não traz muitas novidades em suas versões mais recentes. A vantagem dos dispositivos da Sony para a concorrência é a velocidade de atualização. Os intermediários demoram um pouco mais, mas ainda são atualizados com mais frequência e rapidez que concorrentes da mesma faixa de preço.

O XA2 foi lançado com o Android 8.0 Oreo. Os pacotes de segurança não chegam com tanta frequência, mas costuma ser melhor que boa parte da concorrência.

Pontos positivos

Pontos negativos