Em 2016, a Sony lançou no mercado uma nova linha de produtos para substituir a linha Xperia Z, que é facilmente conhecida por uma grande parcela dos usuários. Dentre esses modelos, a fabricante trouxe também para o mercado brasileiro o Xperia XZ, um smartphone topo de linha e bastante ambicioso com a proposta de capturar fotos com alta qualidade, além do desempenho que também não deixa a desejar.
Comercializado aqui no Brasil por R$ 3.999 nos canais oficiais da fabricante , o Xperia XZ pode ser encontrado nas cores preto, azul e prata, e todos eles trazem um aspecto bem fosco para o visual do aparelho, o que chega a ser bem interessante.
Dentro da caixa do smartphone, no entanto, a Sony adiciona os acessórios tradicionais... mas com exceção dos fones de ouvido, claro. Você, inclusive, pode conferir o nosso unboxing do aparelho nesta página .
O Xperia XZ traz um visual bem parecido com outros produtos da Sony, porém com algumas alterações. Com os cantos levemente arredondados, o que realmente ajuda na hora de segurá-lo, a Sony traz um celular de corpo unificado construído com metal ALKALEIDO na parte traseira. O vidro 2.5D da tela também ajuda na hora de fazer do XZ um celular tão atraente quanto os modelos anteriores, embora sejam notáveis os refinamentos.
Ele tem 146 x 72 x 8,1 mm, pesando 161 gramas. É bem fácil se acostumar a segurá-lo, pois temos conforto e segurança adicionados graças a esse design mais curvo. No entanto, o dispositivo acaba tendo bordas um pouquinho avantajadas na parte frontal. Os botões também estão localizados na lateral direita do celular, inclusive o seu leitor biométrico que fica no botão de ligar/desligar. O botão dedicado para a câmera também continua por aqui, inclusive.
A parte boa é que a Sony trouxe algumas novidades que são muito bem-vindas. O Xperia XZ conta com certificação IP68, permitindo que o aparelho possa mergulhar numa profundidade de até 1,5 metro durante 30 minutos. No caso, dá pra ficar despreocupado se entrar rapidamente rapidamente em contato com a água.
Temos ainda a porta USB Tipo-C na parte inferior e o microfone principal do celular, enquanto que na superior nós temos o conector para fones de ouvido e o microfone secundário. E o XZ, infelizmente, só aceita um chip de operadora, mas também traz slot para microSD – essa bandeja fica lá na lateral esquerda.
Esse design de “superfície em loop”, como diz a Sony, é bastante uniforme e deixa o dispositivo bem agradável. Ele lembra até mesmo alguns modelos da Nokia. Ainda na parte da frente, encontramos os alto-falantes (estéreo) do celular, sensores de luz e proximidade e um LED para notificações. No outro lado, temos o sensor de câmera, o logo da linha Xperia e uma certa quebra de layout que se faz necessária para que ele se conecte com o mundo.
Dito isto, o Xperia XZ é um celular muito elegante e bonito. O seu visual mais arredondado também se encaixa num padrão um pouquinho mais retangular, visto que a parte superior e inferior são achatadas.
Mas a Sony resolveu levar o chip NFC do celular para a parte frontal, deixando ele entre o LED e a câmera. Essa posição atrapalha um pouco, visto que você precisa encostar o aparelho de frente com a superfície de outro para que a troca de informações aconteça.
Nele, temos ainda uma tela IPS LCD de 5,2” Full HD (1080 x 1920p@424ppi), que é o suficiente para você ter uma experiência bem bacana com o conteúdo que é exibido. Ele conta com a tecnologia TRILUMINOS e X-Reality, que melhora a qualidade das fotos e vídeos adicionando mais nitidez. Além disso, temos o modo super-vívido, que talvez seja o melhor deles trazendo cores mais vibrantes e com maior nível de contraste.
A Sony também permite que você possa equilibrar o branco na tela no padrão RGB, e você tem o recurso de tocar duas vezes na tela para que o celular seja despertado.
Em termos de qualidade, a Sony de fato conseguiu fazer um bom trabalho com o smartphone. O contraste de cores funciona muito bem, e aquele problema do LCD interferir nos tons mais escuros não atrapalha muito por aqui. E quanto ao fato da resolução não ser Quad HD, precisamos concordar que não há nenhuma interferência. O Full HD ainda atende muito bem, além de trazer benefícios como a economia de energia.
O Xperia XZ chega para o mercado brasileiro com chipset Qualcomm Snapdragon 820 quad-core (2x 2.15 GHz Kryo & 2x 1.6 GHz Kryo). Ele ainda traz GPU Adreno 530, 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, com slot para microSD de até 256 GB. Inicialmente, o XZ dá aos usuários cerca de 21 GB para uso.
O fato de possuir 3 GB de RAM e não 4 GB, como boa parte dos seus concorrentes, não faz com que o Xperia XZ seja um celular “menos potente”. O desempenho do aparelho facilmente consegue suprir essa necessidade de ter mais RAM, visto que não temos engasgamentos enquanto navegamos na web, ou mesmo para manter muitos aplicativos rodando em segundo plano.
Em nossos testes de desempenho, obtivemos os seguintes resultados:
Teste de velocidade :
AnTuTu : 121.144 pontos;
Geekbench : 1.632/3.696 pontos; 6.783 pontos no Compute;
GFXBench :
3DMark : 2.107 pontos.
Em jogos mais pesados o celular da Sony também não decepciona e consegue manter os gráficos num nível legal sem perder desempenho. Asphalt 8 rodou por aqui com uma média de 30 fps com facilidade, enquanto que Modern Combat 5 rodou ainda mais liso com uma média de 40 fps, porém reduzindo a qualidade em ambientes com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Nós também testamos o game Subway Surfers, que rodou nele com 60 fps. Por fim, GTA: San Andreas rodou por aqui com uma média de 20 fps.
Ele foi recentemente atualizado para o Android 7.0 Nougat, trazendo as principais novidades do sistema, tais como utilizar dois aplicativos ao mesmo tempo de modo nativo dividindo a tela.
A interface da Sony segue ficando mais limpa e com menos animações, o que é ótimo. Ainda temos uma quantidade considerável de apps e jogos pré-instalados, como a demo de Real Football, Spider-Man e outros. Mas, no geral, ela acaba sendo bem uniforme e está mais fluida.
A Sony ainda incluiu uma área onde você pode obter sugestões de aplicativos mais utilizados e também recomendações de apps da Play Store. Com o Android Nougat, agora também é possível responder mensagens direto da Central de Notificações, que está muito mais inteligente do que na versão Marshmallow.
A bateria de 2.900 mAh do Xperia XZ nos dá comodidade suficiente para passarmos um dia inteiro de uso, como comprovamos em nosso teste de bateria – com ele já atualizado para o Android 7.0. Registrando uma descarga média de 8,4% por hora, o aparelho ficou longe das tomadas por 11 horas e 30 minutos.
Nos testes individuais, o aparelho obteve os seguintes resultados:
A autonomia do XZ fica dentro de um dia de uso, retirando ele da tomada pela manhã, no caso. Apesar de contar com Quick Charge 3.0, o software da Sony não fica carregando o aparelho o tempo inteiro, fazendo com que a degradação da bateria seja menos forte.
Ele ainda traz os modos Stamina e Ultra Stamina, que prolongam a vida útil da bateria. No segundo, a tela é adaptada para uma escala de cinza, poupando mais energia. Somente os recursos, aplicativos e ajustes essenciais são mantidos, o que também pode fazer com que você tenha mais um tempo de energia com ele.
Temos um sensor de 23 MP (f/2.0 – 24 mm) que traz EIS, foco PDAF e por laser, flash LED único e um sensor RGB que calibra melhor as cores. Com ele ainda é possível gravar na resolução 2160p@30fps e em Full HD com 30 fps ou 60 fps.
No modo manual, é possível escolher cenários pré-definidos pela Sony, calibrar o balanço de branco, valor da exposição, velocidade do obturador e foco. O ISO e HDR ficam nas configurações da câmera, onde também encontramos um botão para ativar e/ou desativar o rastreamento de objetos.
Em nosso comparativo de câmeras com outros concorrentes, o celular da Sony obteve o pior resultado. É importante salientar, no entanto, que a câmera dele tem um ângulo de captura bem bacana e consegue registrar uma boa parte dos cenários.
Ele não se destaca muito em cenários noturnos, fazendo com que algumas partes do cenário fiquem mais escuras do que as outras. Os tons mais claros também parecem se tornar um certo problema, visto que ele tende a estourar o branco nessas situações.
As cores capturadas, no lugar de ficarem mais vibrantes e destacadas, são menos nítidas, mostrando que o pós-processamento não faz alterações bizarras, mas também não compensa aonde ele precisa de uma ajudinha.
A captação de áudio também está na média, apesar de ser estéreo. O som fica bem limpo e com pouco ruído, embora tudo fique com volume baixo. A estabilização, por sua vez, funciona muito bem e os vídeos gravados, mesmo em movimento, conseguem se manter centralizados.
Na parte frontal, o celular da Sony traz uma câmera de 13 megapixels (f/2.0 – 22 mm) e que também filma em 1080p@30fps. É possível ajustar o balanço de branco e valor da exposição, além dela capturar fotos com HDR.
A qualidade dessa câmera também está “ok”. Ela não impressiona, mas também não deixa na mão. Novamente temos um ótimo ângulo de captura bacana, graças a lente de 22 mm, e as cores capturadas por este sensor não fogem muito da realidade, embora tenhamos notado que ela perca alguns detalhes no pós-processamento.
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