O Vivo X21 não é o primeiro smartphone do mercado com biometria na tela, mas trouxe uma solução de leitura de digitais melhor do que a que estreou no X20 Plus, também da mesma fabricante chinesa.
Enquanto o primeiro aparelho da empresa apresentava limitações no uso da tecnologia, o X21 veio aprimorado para permitir que você possa usar sua digital na tela mesmo com uma película aplicada.
Mas será que ter biometria sob a tela é único atrativo do X21? É isso que você descobrirá em nosso review.
Antes de colocarmos os nossos olhos atentos em cada detalhe deste belo smartphone, vamos primeiro conferir o que vem junto na embalagem.
Começamos com um belo par de fones de ouvido, algo que é muito raro de se ver em aparelhos chineses. O design do fone é até bacana, mas a qualidade de construção não é das melhores. Mas o que importa é saber se ele entrega bom som, e isso veremos logo mais.
Há também um carregador que fornece 18W de potência, cabo USB ainda no padrão micro, chavinha para abrir a gaveta do cartão SIM e microSD, capinha de proteção e manual do usuário que vem nos idiomas chinês e inglês.
Por fim, há também uma película que já vem aplicada na tela. E o melhor é que ela não atrapalha o leitor biométrico. O reconhecimento da digital pode até ficar um pouco mais lento, mas creio que muitos vão preferir manter a tela protegida contra riscos.
Vivo lançou duas versões do aparelho. Há o modelo tradicional com leitor biométrico na traseira e este aqui com biometria na tela que recebe o nome X21 UD.
Os dois compartilham o mesmo design e qualidade de construção, com corpo de metal com acabamento brilhante e traseira em vidro.
Apesar de tentar oferecer um design premium, o X21 ainda deixa claro que estamos segurando um smartphone intermediário. Mesmo tendo traseira de vidro, às vezes passa a impressão que o acabamento é de plástico.
Pelo menos não encontramos nenhuma falha de construção. O aparelho tem bordas curvas, o que torna a pegada mais confortável. Mesmo com sua tela grande de mais de 6 polegadas, usar o X21 com apenas uma mão não será muito complicado para maioria.
O leitor biométrico fica mais fácil de acessar estando diretamente na tela, enquanto no X21 tradicional você precisa esticar o seu dedo até a parte superior traseira.
A tecnologia funciona bem, reconhecendo de primeira sua digital na maioria das vezes, mas é mais lenta que o leitor biométrico de muito celular que já testamos.
O X21 vem com tela Super AMOLED com resolução Full HD+ (1080 x 2280 pixels), o que resulta em cores vívidas e preto perfeito. Para um aparelho com entalhe, esta é a tecnologia certa a ser usada, já que esconde melhor o recorte no topo da tela.
Além disso, ajuda a reduzir o gasto de bateria com o leitor biométrico, já que o ícone da digital fica sempre ativo na parte inferior da tela.
O software da Vivo não permite esconder completamente o entalhe, mas é possível configurar para que alguns apps ignorem o recorte na tela ao exibirem uma barra preta no topo.
Para isso, basta acessar as configurações em Exibição e Brilho e sair escolhendo o modo de exibição para cada aplicativo.
A qualidade da imagem da tela é muito boa, e o nível de brilho é suficiente para usar o aparelho mesmo em ambiente externo. Infelizmente, não é possível calibrar a reprodução de cores ou o balanço de branco.
O Vivo X21 tem apenas um alto-falante na parte inferior, o que resulta em som mono. A qualidade do áudio é boa e entrega um volume potente para curtir vídeos e jogos sem problema.
O fone que acompanha entrega boa qualidade sonora, mas peca na falta de graves. Pelo menos ele tem suporte a áudio de alta fidelidade, além de entregar som com efeito panorâmico com o aplicativo de música nativo do celular.
O X21 pode tentar passar a impressão que é um aparelho top de linha, mas ele vem com chipset Snapdragon 660, que é um modelo intermediário da Qualcomm. Em termos de memória, o modelo analisado veio com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, o que é suficiente para rodar vários aplicativos ao mesmo tempo em problema.
O Snapdragon 660 pode não ser o chipset mais poderoso do mercado, mas ele tem poder de fogo de sobra para rodar o Android com boa fluidez, e é isso que vemos aqui no smartphone da Vivo.
Tanto em abertura de apps quanto em gerenciamento de RAM, o modelo apresentou ótimo desempenho. Ele também consegue números altos em benchmarks, mas claro que fica abaixo do Galaxy S9 e de qualquer outro equipado com Snapdragon 845.
O que importa é que o X21 manda bem em multitarefas e também na execução de jogos. Mesmo os títulos mais pesados fluem bem, o que deixa claro que o chip gráfico do aparelho tem potencial de sobra para rodar qualquer app na resolução Full HD+.
O Vivo X21 tem duas câmeras na traseira, sendo a principal de 12 megapixels com abertura f/1.8 e a secundária de 5 megapixels com abertura f/2.4.
Como típico de um smartphone intermediário chinês, a câmera do X21 é apenas OK. As imagens capturadas são boas em condições bem iluminadas, apresentando detalhes nítidos, boa faixa dinâmica e cores ricas. O foco automático também é rápido, pois quase nunca precisamos tocar na tela para focar.
Já ao tirar fotos em cenários com pouca luz tivemos resultados menos impressionantes, o que já era esperado. As imagens têm detalhes mais suaves, talvez para suprimir o ruído, além de cores mais lavadas, mas ainda são boas o suficiente para serem usadas em redes sociais.
A câmera secundária serve para borrar o fundo do cenário, permitindo que o usuário escolha o nível de intensidade do efeito. Também é possível usar a câmera frontal para o modo retrato, mas o resultado fica bem mais artificial.
O X21 é capaz de gravar na resolução 4K tanto com a câmera traseira quanto com a frontal, entregando vídeos com bom contraste, detalhes nítidos e cores precisas. O ponto ruim, é que o aparelho não oferece estabilização de imagem, o que resulta em gravações tremidas. O microfone faz um bom trabalho ao capturar áudio com qualidade decente.
O X21 vem com apenas 3.200 mAh de bateria, o que pode parecer pouco para os padrões atuais. No entanto, em nosso teste o aparelho passou o dia inteiro longe da tomada. Carregamos a bateria no início da manhã e ela foi descarregar apenas à meia-noite.
Mesmo ao reproduzir vídeos, a bateria do X21 rende bastante. É possível curtir sua série favorita por mais de 14 horas, o que é suficiente para ver mais de uma temporada sem precisar recarregar a bateria do aparelho.
O carregador fornecido pela Vivo é potente o suficiente para garantir que o X21 não passe muito tempo na tomada. Em média, você terá a bateria totalmente recarregada em pouco mais de 1 hora e meia.
A Vivo é mais uma chinesa que tenta copiar o iOS da Apple. Chamado de FuntouchOS, o software da empresa mostra que tem muito em comum com o que você encontra no iPhone, incluindo o painel de controle que fica na parte inferior.
Até mesmo a tela de notificações é mais parecida com a do iOS do que vemos em outros aparelhos com Android. Em termos de recursos há muitas modificações realizadas pela Vivo. A interface é um pouco desorganizada e menos intuitiva do que a de outras empresas, mas o desempenho é muito bom, entregando animações rápidas e o mínimo de engasgo possível.
O aparelho testado estava na versão mais recente, com Android 8.1 Oreo. Não há qualquer confirmação oficial se receberá update para o Pie.
O Vivo X21 chegou oferecendo biometria na tela como seu principal atrativo. A tecnologia funciona bem, até mesmo com película aplicada. Mas este não é o único ponto positivo do smartphone chinês.
Ele oferece ótima tela AMOLED, som potente com fone de ouvido que oferece efeito de áudio panorâmico, belo design, câmera com diversos ajustes e qualidade decente para o preço, além de bateria que rende o dia inteiro mesmo em uso mais pesado.
O seu acabamento pode não ser premium e sua filmadora deixa a desejar por não entregar estabilização de imagem, mas no geral você tem um aparelho rápido e com interface que responde bem aos seus comandos. Talvez para quem não curte a cara do iOS, pode não ficar animado com o Android modificado da Vivo.
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