X i a o m i M i 1 1 U l t r a

O Mi 10 Ultra foi o celular mais avançado da Xiaomi lançado em 2020, mas o top de linha ficou restrito apenas ao mercado chinês. Agora em 2021, a fabricante decidiu lançar o sucessor de forma global e temos em mãos o aparelho que traz tudo o que a Xiaomi tem de mais avançado. Ele é muito superior ao Mi 11 tradicional ? Será que supera os melhores celulares da Samsung e Apple? Vamos conferir.

O Mi 11 Ultra vem em embalagem escura, diferente do Mi 11 tradicional em caixa branca. Além do aparelho, você recebe os seguintes acessórios:

O design do Mi 11 Ultra foge do que já vimos em outros celulares da Xiaomi. Ele possui um bloco gigante para as câmeras na traseira que chama a atenção logo de cara. Além disso, há uma tela secundária que serve para apresentar informações ou ser usada para selfies.

Entre as câmeras há uma com lente periscópica e o resultado disso tudo é que o bloco de câmeras é bastante saltando, ficando 3,7 mm acima do restante do corpo. O modelo anterior tinha design mais harmônico com conjunto de câmera mais discreto. O novo pode acabar não agradando todo mundo, mas a verdade é que celulares avançados estão vindo com câmeras cada vez maiores.

Este é o caso do S21 Ultra , que também traz um bloco gigante para as câmeras, mas a Samsung se esforçou para integrar o conjunto à moldura do aparelho e as lentes não ficam tão saltadas. E enquanto a coreana e a Apple apostam em celulares com traseira de vidro, a Xiaomi investiu em acabamento de cerâmica no Mi 11 Ultra, tanto na opção branca quanto na preta. Sem falar que este é um dos poucos da marca com certificação IP68.

Olhando de frente não vemos diferença para o Mi 11 tradicional. Temos o mesmo tamanho de tela com bordas curvas nas laterais e proteção Gorilla Glass Victus. Há leitor biométrico sob o display sendo do tipo óptico e que responde rapidamente ao reconhecimento da digital. As laterais são de metal e possuem tonalidade clara na versão branca e tom mais escuro no modelo preto.

Ao olhar para a parte inferior do Mi 11 Ultra encontrará a gaveta do SIM Card com suporte a dois chips, mas nada de microSD. Ao lado temos a porta USB-C, microfone e um dos alto-falantes. No topo há outro alto-falante, um segundo microfone e o emissor de infravermelho. Na lateral direita encontramos o botão de energia e de controle de volume.

A tela principal possui 6,8 polegadas, resolução QUAD HD com painel AMOLED de 120 Hz com suporte a HDR10+ e Dolby Vision, além de ser capaz de reproduzir 1 bilhão de cores. A tela alcança brilho muito forte e possui excelente calibração que beira à perfeição. E como estamos falando de um painel AMOLED, o contraste é impecável com amplo ângulo de visão.

É possível travar a tela em 60 Hz ou deixar no modo automático que vai de 30 a 120 Hz a depender do tipo de conteúdo. As animações do sistema fluem a 120 fps e apps nativos tendem a permanecer a 60 fps para ajudar a economizar bateria. Isso também ajuda em jogos, mas o painel não traz benefícios extras como menor latência vista em celulares do tipo gamer como o ROG Phone.

A tela secundária foi herdada da Mi Band 5 e tem 1,1 polegada com baixa resolução. É um painel AMOLED simples e que está ali para ser usado como apoio e não entrega a mesma qualidade da tela principal.

Os alto-falantes do Mi 11 Ultra ostentam a grife Harman Kardon e entregam alta potência sonora com som mais equilibrado do que vimos no Mi 11 e Mi 10 Ultra. Há graves mais presentes, agudos mais nítidos e vocais agradáveis que não distorcem no máximo. A experiência sonora não fica devendo para os melhores da Samsung e Apple.

O Mi 11 Ultra vem com o mesmo Snapdragon 888 presente no Mi 11 tradicional. Esse modelo que testamos conta com 12 GB de RAM e não chegou a surpreender em nosso teste de velocidade ao empatar com o Mi 10 Ultra com Snapdragon 865. Ele também ficou abaixo do Galaxy S21 Ultra com Exynos 2100 e muito abaixo do iPhone 12 Pro Max .

Em benchmarks a história já muda, o que mostra que o aparelho tem grande poder de fogo, mas a MIUI não sabe tirar proveito disso. Ele conquistou quase 670 mil pontos e ficou acima dos seus rivais no AnTuTu.

Todos os jogos que testamos rodaram na qualidade gráfica máxima com ótima fluidez. No Coverfire, Mortal Kombat e Mario Kart tivemos média de 120 fps. No PUBG, Call of Duty, Subway Surfers, Genshin Impact e Asphalt 9 conseguimos média de 60 fps.

Em benchmarks a história já muda, o que mostra que o aparelho tem grande poder de fogo, mas a MIUI não sabe tirar proveito disso. Ele conquistou quase 670 mil pontos e ficou acima dos seus rivais no AnTuTu.

Todos os jogos que testamos rodaram na qualidade gráfica máxima com ótima fluidez. No Coverfire, Mortal Kombat e Mario Kart tivemos média de 120 fps. No PUBG, Call of Duty, Subway Surfers, Genshin Impact e Asphalt 9 conseguimos média de 60 fps.

Lembrando que o teste foi realizado com a tela em 60 Hz, como vem por padrão. Ao mudar para o modo 120 Hz a bateria vai durar ainda menos. O modo noturno pode ajudar a tela AMOLED a comer menos energia, mas não espere um ganho notável em autonomia.

A Xiaomi manda um carregador de 67W na caixa que recarrega a bateria em 44 minutos. É um tempo muito bom, mas ficou abaixo do antecessor que ia de 0 a 100% em apenas meia hora. De qualquer forma, com uma carga rápida de 15 minutos terá quase metade da bateria recuperada, chegando a 76% com 30 minutos na tomada.

O Mi 10 Ultra nos conquistou por suas boas câmeras e o Mi 11 Ultra já chegou ao mercado ocupando o topo do ranking do aclamado DxOMark. Será que a câmera do novo é isso tudo mesmo?

O Mi 11 Ultra estreia o recém-lançado sensor GN2 da Samsung com resolução máxima de 50 MP. Não se deixe enganar por números, este sensor é maior que o de 108 MP presente no Galaxy S21 Ultra e vários outros celulares. Completando o conjunto temos lente de oito elementos com alcance focal de 24mm, o que na teoria indica ser um dos celulares mais avançados em câmera.

Na prática temos ótimas fotos com imagens bem detalhadas, cores próximas da realidade e nada de ruídos em cenários com boa luz. Por padrão ele comprime quatro pixels em um, mas é possível usar a resolução máxima. Você ganha um pouco mais de nitidez, mas fica com HDR mais limitado, o que pode não acabar compensando. Fotografar à noite é uma tarefa fácil para o Mi 11 Ultra com fotos limpas com pouquíssimos ruídos.

A ultra-wide mostra uma boa evolução comparado ao antecessor e apresenta pouca perda de qualidade quando comparamos com as fotos registradas com a câmera principal: os detalhes são abundantes, há poucos ruídos e o alcance dinâmico não é comprometido. Comparado ao iPhone 12 Pro Max temos melhores fotos no modelo da Xiaomi. O seu ponto fraco fica para cenários noturnos ao sofrer com pontos luminosos e apresentar aberração cromática.

A teleobjetiva tem lente periscópica com zoom de 5X, sendo a mesma do modelo anterior. Por mais que não vejamos uma evolução na qualidade das fotos, ainda temos imagens detalhadas e com pouca perda comparada às imagens registradas com a principal. É possível ir mais longe que o iPhone sem perder qualidade nas fotos.

A ultra-wide possui foco automático e pode ser usada para macros. E mesmo que não tenhamos uma dedicada para desfoque, o Mi 11 Ultra consegue usar a secundária para gerar o modo retrato com efeito convincente e com poucos erros.

Selfies de dia apresentam bom tom de pele e nível de detalhes na medida, apesar de não chegar ao nível do iPhone 12 Pro Max. Porém, não é todo mundo que curte o tom bronzeado gerado pelo celular da Apple. À noite é que a situação complica e temos uma queda acentuada na qualidade, especialmente no contraste. O modo retrato funciona bem com a frontal.

A filmadora do Mi 11 Ultra é capaz de gravar vídeos na resolução 8K a no máximo 24 fps. Se preferir maior fluidez também é possível gravar em 4K a 60 fps. Há estabilização eletrônica em todas as câmeras e resoluções. Ela consegue reduzir bastante os tremidos, mas o foco poderia ser mais ágil para um aparelho deste porte. A frontal filma apenas em Full HD, como é padrão dos celulares da Xiaomi. A captura de áudio é nítida e apresenta poucos ruídos de vento.

Por fim, há modo multicamera que permite usar duas câmeras ao mesmo tempo, seja do trio traseiro ou em conjunto com a frontal.

O Mi 11 Ultra vem com Android 11 e interface MIUI 12.5. Ele possui todos os recursos que encontrará em lançamentos recentes da Xiaomi com o mesmo software, mas aqui temos alguns extras voltados para a tela secundária.

O Always-on display está disponível em ambas as telas. Com a principal é possível ter efeitos de luz na parte curva do vidro, como tínhamos antigamente na linha Galaxy. Já com a tela secundária também é possível customizar o relógio e as notificações exibidas, sendo possível até inserir uma mensagem motivacional para ser exibida sempre que tocar duas vezes na pequena tela.

É possível escolher quanto tempo a tela secundária deve permanecer acesa, indo de 10 a até 30 segundos. Você pode optar pelo relógio na vertical ou horizontal, assim como customizar o tema com uma única cor ou gerar um efeito degradê. Também é possível escolher uma imagem para ser exibida e quais informações serão mostradas, como a carga de bateria.

O maior benefício da segunda tela é permitir usar o conjunto de câmeras traseiro para selfies. O pequeno display tem suas limitações e pode ser estranho de usar às vezes, mas é um extra bacana. A limitação fica por conta que ele só funciona no modo Foto, não sendo possível usar em vídeos ou modo retrato.

Por fim, outro extra interessante é o medidor de batimentos integrado ao leitor biométrico na tela. Basta ativar o recurso e deixar o dedo no local por 15 segundos para a medição ser feita.

O maior rival do Mi 11 Ultra é o Galaxy S21 Ultra. O modelo da Samsung entrega qualidade próxima em vídeos e fotos, porém é mais ágil no multitarefas e sua bateria rende mais. Por outro lado, o da Xiaomi recarrega muito mais rápido. Em termos de software e atualizações do sistema, o Galaxy sai na frente.

Comparado ao iPhone 12 Pro Max temos uma diferença ainda maior no desempenho multitarefas, mas o da Xiaomi vence em jogos ao rodar alguns títulos a 120 fps, enquanto o da Apple fica limitado a 60 fps por falta de tela de 120 Hz. Em bateria temos pequena vantagem para o da Maçã, mas ele passa muito mais tempo na tomada.

O Mi 11 Ultra não é muito superior em desempenho comparado ao Mi 11 e sua bateria dura um pouco mais. O ganho mesmo fica nas câmeras e na tela secundária que dá maior flexibilidade.

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