Que os smartphones estão cada vez maiores não é novidade para ninguém, mas algumas vezes as companhias levam isso a sério demais. É o caso do Mi Max 2 da Xiaomi, que tem tela de 6,44 polegadas para agradar quem quer a maior área possível para assistir vídeos mas não quer andar com um tablet por aí.
A caixa do aparelho é bem simples, mas organizada, contando com os seguintes acessórios devidamente alocados em seu interior:
Infelizmente, nada de fones de ouvido por aqui. :(
Obviamente que a primeira coisa a chamar atenção no Mi Max 2 é seu tamanho, já que é humanamente impossível usar o aparelho da Xiaomi com apenas uma mão, além de ser bem engraçado levá-lo ao ouvido para atender chamadas.
Seu visual é o mais básico possível e remete a vários outros modelos da marca, sendo usado um corpo em peça única de metal sem nenhum detalhe ou textura.
Apesar de grande, o Mi Max 2 é bem fino, então dependendo do tamanho do seu bolso ele poderá ser acomodado sem qualquer incômodo. Ainda assim, é bom ficar esperto ao segurar o aparelho, já que a estrutura em metal é escorregadia e as dimensões exageradas não ajudam em nada na ergonomia.
Na lateral direita do aparelho ficam os botões de volume e energia, deixando na extremidade oposta apenas a gaveta híbrida onde você pode colocar dois chips nano-SIM ou um chip e um cartão microSD. Na parte de baixo temos a porta USB-C, uma saída de som e o microfone principal, enquanto na lateral superior ficam a porta P2 para fones de ouvido, mais um microfone e o emissor infravermelho para controlar outros aparelhos.
Olhando pela parte traseira temos apenas a câmera principal com seu flash dual-LED e o leitor de impressões digitais, ficando no painel frontal a câmera de selfies, sensores, mais uma saída de som que serve tanto para chamadas quanto para multimídia, um LED para notificações, e as teclas capacitivas para navegação, que felizmente são retro-iluminadas.
O Mi Max 2 traz leitor de impressões digitais na parte traseira, sendo um pouco acima da posição ideal para desbloquear o aparelho assim que o pega em mãos. A leitura é feita de forma rápida e precisa na maioria das vezes, sendo possível cadastrar vários dedos para que consiga sempre desbloqueá-lo da forma mais intuitiva.
Resumindo, o Mi Max 2 é um smartphone enorme e meio desengonçado, mas com um visual simples e funcional, devendo agradar quem não tem problema em usar o aparelho com ambas as mãos.
Como dito antes, o Mi Max 2 tem no consumo multimídia seu grande diferencial, oferecendo uma tela enorme de alta qualidade e um sistema de áudio raramente visto em modelos intermediários.
Além de grande, a tela Full HD de 6,44 polegadas do Mi Max 2 se mostrou uma boa opção para assistir vídeos, jogar, e navegar na internet em absolutamente todos os cenários, conseguindo lidar bem tanto com luz solar direta em ambientes externos quanto em locais completamente escuros, o que faz dele uma das melhores opções neste sentido.
Em números, encontramos brilho máximo de 561 lux com uma imagem branca sendo exibida, valor que cai para 1 lux com o brilho mínimo. Já com imagem preta as marcas foram de 3 lux no máximo e 0 no mínimo.
O sistema de som não fica para trás, já que graças às duas saídas de áudio temos uma ótima imersão ao assistir vídeos e jogar, sendo entregue ainda um volume relativamente alto e sem distorções graves.
O ponto negativo é que não temos fones de ouvido na caixa do Mi Max 2, mas o dinheiro economizado na compra do aparelho pode ser investido em um acessório de boa qualidade para tornar a experiência ainda mais completa.
O Mi Max 2 traz especificações mais do que suficientes para boa parte dos usuários, incluindo um processador Snapdragon 625 que une desempenho e eficiência energética com 4 GB de RAM e opções de 32, 64 ou 128 GB de armazenamento interno, que ainda podem ser expandidos caso você não faça questão de um segundo chip SIM.
Durante uso diário você não terá qualquer problema mesmo ao manter vários apps em segundo plano e ficar alternando entre eles, com a MIUI conseguindo gerenciar tudo muito bem para que os aplicativos voltem à tela sem precisarem ser recarregados.
Para se ter uma ideia, o aparelho concluiu nosso teste prático de abertura de apps com um tempo total de 1 minuto e 27 segundos, o que o coloca no mesmo nível de aparelhos mais recentes como Galaxy A8 e Xperia XA2 Ultra.
Obviamente que nos jogos você não terá o mesmo desempenho de modelos topo de linha ou de intermediários mais caros, mas já será possível executar alguns títulos mais pesados com fluidez bacana, e aqueles jogos mais simples rodarão no máximo sem dificuldade, como pode ser visto na tabela abaixo:
FPS | CPU | GPU | RAM | |
Asphalt 8 | 25 | 8% | 83% | 420 MB |
Asphalt Xtreme | 30 | 8% | 59% | 398 MB |
Modern Combat 5 | 29 | 11% | 62% | 429 MB |
Injustice 2 | 28 | 11% | 91% | 598 MB |
Clash Royale | 59 | 5% | 75% | 302 MB |
Subway Surfers | 60 | 16% | 78% | 253 MB |
Pode-se dizer então que o Mi Max 2 é uma ótima opção em custo-benefício para quem deseja executar tarefas mais básicas com fluidez de sobra para alguns anos, ou arriscar algumas aplicações mais robustas, desde que não faça tanta questão de encontrar a taxa máxima de fps nos jogos.
Modelos da Xiaomi geralmente sofrem um certo preconceito devido à fama da empresa de entregar câmeras ruins, principalmente dentre os intermediários.
Por isso, foi uma boa surpresa quando o Mi Max 2 venceu nosso comparativo às cegas , superando outros modelos para o mercado chinês e demonstrando que você conseguirá tirar boas fotos caso tenha um pouco de paciência.
Nem tudo são flores, e fotos em locais noturnos ainda não terão tanta qualidade, mas tanto a câmera traseira quanto a frontal são boas opções para a maioria dos usuários.
Vale notar ainda que o Mi Max 2 também se mostrou bastante razoável em gravação de vídeos, ainda que o sistema de estabilização não seja dos melhores.
Assim como seu antecessor, o Mi Max 2 tem na duração da bateria um dos grandes diferenciais, sendo incluídos pela Xiaomi nada menos que 5.300 mAh.
Com essa capacidade toda, nem é preciso dizer que leva um bom tempo para que a bateria seja totalmente carregada, com o aparelho apresentando cerca de 40% depois de uma hora na tomada e precisando de quase 2 horas e 40 minutos para chegar à carga total.
Felizmente, você não precisará levá-lo à tomada com frequência, já que o Mi Max 2 é um verdadeiro titã em autonomia, conseguindo durar 18 ciclos em nosso teste e passando das 13 horas e 40 minutos de tela ativa.
Além disso, no teste de reprodução de vídeos o aparelho aguentou quase 20 horas de reprodução contínua, demonstrando que quem quer um companheiro para assistir seus filmes e séries estará mais do que bem servido.
Em resumo, tivemos:
O Mi Max 2 traz o Android 7.1.1 Nougat sob a interface MIUI 9.5, onde temos vários funcionalidades bacanas como controle por gestos, temas, clonagem de aplicativos para usar duas contas no WhatsApp, Facebook e outros, e até mesmo um segundo espaço para que você possa separar bem sua vida pessoal da profissional.
Obviamente que a interface da Xiaomi pode desagradar alguns, já que tem uma cara extremamente customizada e mais parecida com o iOS do que com a versão pura do Android, mas sua fluidez e funcionalidades falam mais alto por aqui.
O Mi Max 2 foi uma das melhores surpresas do mercado de smartphones, entregando um conjunto difícil de ser criticado.
Temos ótima tela e sistema de áudio, bateria para até dois ou três dias dependendo do seu padrão de uso, desempenho equilibrado capaz de lidar com a demanda da maioria dos usuários, e bom conjunto de câmeras que superam com alguma folga outros modelos em sua faixa de preço.
Claro, você precisará lidar com um aparelho enorme que se aproxima de um tablet, mas se for capaz de superar essa questão terá um ótimo companheiro para todas as horas, sendo o único grande ponto negativo aqui a presença do slot híbrido, que acaba sendo amenizada caso você compre o Mi Max 2 em sua versão com 64 ou 128 GB de armazenamento.
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